sexta-feira, maio 13, 2022

Assalto faz voo ser cancelado e filha perder velório do pai. "Estou sem chão"

Uma mulher perdeu o velório do pai por causa do
cancelamento de um voo, na madrugada desta sexta-feira (13/5), em Salvador (BA). 

A Gol suspendeu o embarque, com destino ao Rio de Janeiro, porque a tripulação foi vítima de um assalto enquanto se deslocava do hotel para o aeroporto. Em função disso, todos os passageiros tiveram de ir para delegacia.

Mesmo tentando negociar com a companhia, a analista Claudia Reis não conseguiu viajar a tempo de se despedir do pai. A única solução apresentada pela empresa foi remanejar o embarque para as 9h. Contudo, nesse horário, ela perderia a cerimônia.

“Estou sem chão. Me disseram aqui que sentem muito e que não tem outro voo. Tentaram Latam e não conseguiram. A previsão é de que consigam remanejar para as 9h. Embarcando às 9h, eu não chego a tempo de me despedir, porque está previsto para chegar 11h20, e esse horário não dá tempo mais”, lamentou a analista em entrevista à TV Bahia.

Como a viagem não foi planejada, Cláudia contou com a ajuda de parentes para reunir a quantia necessária para pagar a passagem, que custou quase R$ 6 mil. Sem conseguir dar um último adeus ao pai, a analista afirmou que está “arrasada”.

“Foi uma passagem emergencial, uma passagem cara. Então, a família me ajudou. Meu tio ajudou a pagar esse valor de R$ 5.937 e eu não vou conseguir ir no velório do meu pai. Eu estou arrasada, arrasada. Meu pai era uma pessoa exemplar”, disse.

Assalto

Os passageiros vítimas do assalto pernoitaram no hotel para fazer a viagem às 4h20. No entanto, a tripulação foi abordada enquanto esperava a van do transporte na frente do estabelecimento.

Armados, os dois suspeitos levaram celulares de três dos tripulantes e de três funcionários do hotel. Por causa do crime, as vítimas do assalto precisaram procurar uma delegacia para prestar queixa e depoimento.

Fonte: G1

As urnas eletrônicas e os generais do Presidente

O uso das instituições públicas para buscar informações contra as urnas eletrônicas vem desde 2019 e envolve o general Luiz Eduardo Ramos e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), atrelada ao Gabinete de Segurança Institucional chefiado pelo também general Augusto Heleno, mostra o inquérito da Polícia Federal.

A investigação da PF, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi aberta para apurar a live presidencial de 29 de julho de 2021.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez seu maior ataque ao sistema eleitoral, apresentando uma profusão de mentiras e teorias da conspiração sobre as urnas. O caso agora tramita dentro do inquérito das milícias digitais.

Bolsonaro ataca o sistema eleitoral desde quando era deputado e aumentou o tom das críticas na Presidência, em especial após a sua popularidade diminuir com as seguidas crises de sua gestão. Foi quando passou a levantar suspeitas sobre os resultados desta próxima eleição.

No embalo de Bolsonaro, as Forças Armadas passaram a questionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre supostas fragilidades no sistema eletrônico de votação e criaram tensão com o Judiciário por causa do alinhamento às teses conspiratórias do presidente da República.

Com o aumento das críticas, em 2021, o TSE deu prazo para que Bolsonaro apresentasse provas sobre as supostas fragilidades do sistema eleitoral.

Quando se aproximava o fim do prazo, estipulado para agosto de 2021, o presidente convocou a live de 29 de julho em que atacou diretamente o sistema eleitoral e, entre outros fatos, levantou sem provas a suspeita de fraude na eleição de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu o tucano Aécio Neves.

No caso de 2014, Bolsonaro utilizou como prova uma análise simplória sobre o suposto padrão nos números da apuração dos votos que deu a vitória para a petista. O material, uma planilha com os números de votos, foi elaborado pelo técnico em eletrônica Marcelo Abrieli.

Chamado para depor no inquérito aberto pela PF, Abrieli relatou como foi procurado ainda no primeiro ano de governo, em 2019, pelo general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para convidá-lo a participar de uma reunião com Bolsonaro no Planalto.

O tema do encontro era "indícios de fraudes" nas urnas.

"No final de 2019, o general Ramos entrou em contato, por telefone, com o declarante para agendar uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Bolsonaro. Que a reunião teria como tema indícios de fraude nas urnas eletrônicas e que o declarante falaria sobre as informações descobertas em 2014 sobre as eleições", disse Abrieli no depoimento.

De acordo com a versão dada por Abrieli, além do general Ramos e Bolsonaro, participaram da reunião de aproximadamente uma hora de duração cerca de oito pessoas.

O técnico em eletrônica disse à PF que relatou suas descobertas sobre a possível fraude no pleito de 2014 e que as outras pessoas também apresentaram informações sobre possíveis falhas nas urnas.

Questionado pela PF sobre quais informações seriam essas, Abrieli disse não se recordar do conteúdo das apresentações, mas afirmou "saber informar que tudo girava sobre o mesmo tema, ou seja, possível fraude das urnas eletrônicas".

Ainda em seu depoimento, o técnico em eletrônica afirmou que, entre junho e julho de 2021, foi novamente procurado pelo general Ramos. Segundo ele, o contato foi feito quando Bolsonaro estava junto com o general e a ligação foi colocada no viva voz.

"Durante essa conversa foi avisado que estavam reunindo várias informações sobre possível fraude nas urnas eletrônicas. O general Ramos pediu para o declarante falar um pouco sobre as informações que descobriu", disse Abrieli à PF.

Logo após a conversa, segundo Abrieli, outro militar, o coronel Eduardo Gomes da Silva, responsável por apresentar as suspeitas de fraudes na live, entrou em contato com o argumento de que estava trabalhando com Ramos "na coletânea das informações" sobre as urnas.

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Além de Ramos, Augusto Heleno, militar que chefia o Gabinete de Segurança Institucional e, por consequência, a Abin, também atuou para obter desinformação contra as urnas.

No mesmo inquérito, o perito criminal da PF Ivo Peixinho, especialista em crimes cibernéticos e responsável por testes nas urnas eletrônicas, disse que, entre 2019 e 2020, o governo federal, por meio da Abin, buscou informações sobre a segurança no sistema eleitoral brasileiro.

O perito conta que "em 2019 ou 2020" a Abin, sob o comando de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro e chefiado por Heleno, enviou uma consulta "sobre informações sobre ocorrências ou atividades envolvendo urnas eletrônicas nas eleições".

Segundo ele, nessa ocasião, produziu um informe com todas as atividades da PF sobre o tema e os relatórios de análise no código fonte das urnas e testes públicos do TSE.

Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional afirmou que não se manifesta sobre temas sob apreciação da Justiça Federal.

Embora não apontasse para nenhuma possibilidade de fraude, o material produzido nos testes por Peixinho e outros peritos da PF foi utilizado na live presidencial pelo ministro Anderson Torres (Justiça).

Apesar dos depoimentos, os generais de Bolsonaro não entraram até agora na mira desse inquérito da PF.

Ao concluir a apuração, a delegada Denisse Ribeiro entendeu que a busca por informações para desacreditar o sistema eleitoral é mais um evento relacionado à organização criminosa investigada no inquérito das milícias.

Segundo a delegada, a live presidencial foi realizada com o "nítido propósito de desinformar e de levar parcelas da população a erro quanto à lisura do sistema de votação" e "alimenta teorias que promovem fortalecimento dos laços que unem seguidores de determinada ideologia dita conservadora"

Viajar de ônibus para Santarém é mais negócio, hoje

No auge do ciclo do ouro, nos anos 1980, costumava-se falar que ter um barco na linha Itaituba para Santarém um “garimpo sem malária”. Sim, porque só faltava andar gente pendurada, pois as embarcações saíam sempre lotadas de passageiros e cargas. Era comum denúncia de superlotação.

          Uma das marcas registradas era a grosseria das tripulações, de maneira especial de parte dos responsáveis. Evitava-se falar com eles, temendo-se uma resposta mal educada. Poucos, como o saudoso Edil, do B/M Leão e Rosinaldo, do São Bartolomeu eram exceções, destacando-se por serem pessoas educadas.

          Os anos se passaram, entraram as lanchas, os barcos foram sumindo até desaparecerem quase completamente da linha, a viagem ficou mais rápida, mas, uma coisa não mudou: a qualidade das embarcações que fazem a linha continua a mesma, uma porcaria, que é motivo de reclamações constantes dos usuários.

          Já foram feitas inúmeras reclamações para a Arcon, a Câmara Municipal já tratou incontáveis vezes desse assunto, já reuniu com o órgão estadual responsável pela fiscalização, a Arcon, e com a Capitania dos Portos, mas, os donos das lanchas estão pouco se lixando para a situação, certos que sempre estiveram da inércia das autoridades na defesa dos interesses do contribuinte.

          Mais uma vez o assunto foi levantado em uma sessão da Câmara Municipal de Itaituba através do vereador Rangel Moraes, que foi procurado por um passageiro que viajou de Santarém para Itaituba numa dessas lanchas, o qual reclamou ao edil as péssimas condições da embarcação, que estava fazendo uma promoção de passagens a R$ 10,00, o que fez com a mesma viesse superlotada.

          O denunciante informou ao vereador, que quando foi reclamar junto a direção do desconforto pelo excesso de passageiros, pois havia gente viajando em pé, por que as poltronas estavam lotadas, teve como resposta, que se estivesse insatisfeito, que descesse na primeira parada e depois seguisse em outra condução.

          É desse jeito que o negócio funciona. Tanta expectativa gerada quando essas lanchas entraram nessa linha, para absolutamente nada. A passagem é cara, a viagem é cansativa, porque ficaram somente as lanchas menores, que fazem os passageiros se sentirem como se estivessem numa lata de sardinhas. Fora o barulho ensurdecedor dos motores. A única lancha que oferecia conforto, por ser de um porte bem maior, a Ana Karoline, faz tempo que trocou de linha, viajando atualmente de Santarém para Manaus.

          Na sessão do dia 19 de abril, quando o vereador Rangel Moraes levantou essa questão pela enésima vez, o vereador Peninha, no espaço em que usou a tribuna, também abordou o problema. Ele sugeriu que a Mesa Diretora da Casa de Leis convidasse a Arcon para uma reunião na sala da presidência para tratar com o órgão sobre o que é possível fazer para melhorar a qualidade do serviço.

          Se os passageiros de Itaituba que precisam viajar para Santarém, utilizam bem mais o transporte rodoviário em vez do fluvial, desfalcando consideravelmente as lanchas, provavelmente mexessem com esses empresários.

          Os ônibus dessa linha estão cada vez melhores, com ótima estrutura, ar-condicionado, semileito, sem o barulho infernal das lanchas e com hora para chegar, pois uma das reclamações dos passageiros é por conta de serem cada vez mais comuns panes nessas embarcações, o que provoca atrasos na chegada ao destino.

Boletim do golpe: Cresce o uso dos militares contra a democracia

 “Quem trata de eleições são forças desarmadas. As eleições dizem respeito à população civil, que, de maneira livre e consciente, escolhe os seus representantes. Diálogo, sim. Mas, na Justiça Eleitoral, a palavra final é da Justiça Eleitoral”. (Edson Fachin, presidente do TSE)

Aumenta a escalada do uso por Jair Bolsonaro das Forças Armadas contra a democracia e a situação inspira sérios cuidados. Foi a essa conclusão que chegaram por unanimidade os poucos convidados da senadora Kátia Abreu (PP-TO) para jantar na quarta-feira (11) em seu apartamento na Asa Sul, de Brasília.

Além da anfitriã, fartaram-se com generosas porções de bacalhau os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP). E os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o mais antigo, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandoski.

Apesar de mineiro, Pacheco, presidente do Senado, destacou-se pela firmeza de suas declarações. Uma delas: “Não deixarei a Justiça isolada”. E menos de 24 horas depois, em Salvador, ao participar da abertura do Congresso Brasileiro de Magistrados, fez uma enfática defesa da democracia e do Poder Judiciário:

“É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que chegássemos em 2022 precisando defender o judiciário. Precisamos defender a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira”.

O sujeito oculto da fala de Pacheco foi Bolsonaro, que tenta, sem apresentar provas, desacreditar o processo eleitoral. É grande o medo que ele tem de não se reeleger e de ser preso depois que passar o cargo ao seu sucessor. Bolsonaro é investigado pelo Supremo por estimular manifestações antidemocráticas.

Como de hábito, quando se vê confrontado, ele recuou e se fez de santo. Bolsonaro chegou a sugerir que as Forças Armadas fizessem uma apuração paralela dos votos. Como resposta, ouviu do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que em breve cederá o lugar ao seu colega Alexandre de Moraes:

“Quem duvida do processo eleitoral é porque não confia na democracia e quem defende ou incita a intervenção militar está praticando ato de afronta à Constituição e à democracia. Não se trata de recado.. […] A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja”.

Então, Bolsonaro miou:

“Não existe interferência, ninguém quer impôr nada, atacar as urnas, atacar a democracia, nada. Ninguém tá fazendo atos antidemocráticos. […] Então, prezado ministro Fachin, a gente não entende a maneira do senhor se referir às Forças Armadas, que foram convidadas a participar do processo eleitoral”.

Voltará a rosnar logo mais.

Ricardo Noblat (Metrópoles)

O Peso da Competência e das Habilidades Profissionais na Hora de Conseguir um Emprego

Muitas vezes, pode parecer complicado conseguir o tão sonhado emprego, ainda mais quando se considera o tempo médio de recolocação profissional no Brasil: de 6 a 12 meses dependendo da área de atuação e do nível hierárquico. Entretanto, as oportunidades existem e estão aí para os profissionais que souberem desenvolver métodos e aprimorar suas habilidades para alcançá-las.  

A decisão de fazer uma transição de carreira nunca é fácil, e envolve balancear diversas prioridades, interesses e riscos. Para poder ajudar os adultos a terem uma transição bem-sucedida para o próximo emprego ou carreira, é preciso levar em consideração objetivos específicos para cada fase da vida pessoal e profissional.

É necessário que o aprendizado seja orientado às necessidades do profissional e do mercado onde ele pretende atuar, que possa ser concluído em um curto espaço de tempo, durante um período longe do emprego, ou que possa ser concluído durante a transição planejada de carreira, além de ter um custo compatível com a situação econômica em cada momento da vida.  

O ideal é usar o tempo disponível de forma positiva, procurando se tornar um destaque entre os concorrentes. Mas como fazer isso? Algumas formas de tornar sua recolocação um sucesso são se inscrever em cursos da área que deseja trabalhar, pois é uma forma de agregar conhecimento; analisar as pessoas que conhece e buscar realizar networking; se manter informado; e reorganizar o currículo para torná-lo mais atrativo com suas novas conquistas e habilidades. Caso não se sinta seguro em realizar esses procedimentos sozinho, há a opção de contratar uma consultoria que auxilia quem precisa se recolocar no mercado de trabalho.   

De forma geral, cada região, estado ou as organizações, sabem muito pouco sobre as capacidades, aspirações e o potencial dos profissionais. Enquanto isso, os profissionais eles têm dificuldade em demonstrar o que sabem, ou podem fazer, por que faltam as credenciais certas ou o poder certificador de um curso universitário.   

Por outro lado, a maior parte dos empregadores e legisladores não tem dados para orientar com precisão a criação de cursos que efetivamente atendam às necessidades regionais das empresas.

Embora entendam, intuitivamente, que a força de trabalho é local, eles não sabem como isso afeta o desenvolvimento regional e o recrutamento de mão de obra. Com uma análise mais precisa das demandas do mercado de trabalho e um melhor entendimento da trajetória de carreira de milhões de pessoas, podemos começar a desenvolver atividades orientadas às melhores oportunidades. Habilidades customizadas para preencher necessidades específicas em um mercado de trabalho cada vez mais mutável e complexo.  

O uso assertivo da tecnologia pode oferecer uma visão mais apurada do tipo de habilidades comportamentais e técnicas, as chamadas soft e hard skills, que melhor habilitam os profissionais a avançarem em suas vidas e trabalho. A internet surge como uma facilitadora nessa busca. Nela, existem diversas plataformas que são voltadas para o meio corporativo, como o LinkedIn e o Peixe 30.

Duas redes sociais com foco no mercado e disponibilidade de vagas, tanto para oferta quanto para busca. No Peixe 30, plataforma mais recente e que incentiva o uso de vídeos para “vender o seu peixe”, você faz a sua apresentação profissional em 30 segundos, destacando suas principais habilidades e competências. Além disso, o aplicativo permite que o usuário acompanhe conteúdos no feed e escolha o vídeo de algum profissional para comentar.   

Com recursos como estes, é possível ‘distribuir’ o currículo para as mais variadas empresas em um curto período e mapear de forma mais organizada as vagas que estão sendo oferecidas. É de extrema importância fazer uso dessas redes sociais e mantê-las atualizadas, pois são bastante visitadas pelos líderes das empresas antes das entrevistas com os seus candidatos, no intuito de conhecê-los melhor profissionalmente.   

Informações em tempo real, como oportunidades e perfis de trabalho acessível a todos, educadores, profissionais e empregadores, possibilitarão desenvolver cursos customizados necessários a cada papel, habilidade ou comportamento, baseados nas necessidades pessoais do profissional ou da empresa, preenchendo os gaps entre o que o profissional é e o que a empresa necessita. Em contrapartida, a customização profissional, das habilidades comportamentais e técnicas focadas nas informações em tempo real do mercado e dos profissionais, se torna factível e permitirá uma evolução sem precedentes na produtividade da mão de obra.  

A customização profissional poderá, finalmente, ser chave para o aprendizado baseado em competências, de forma a atender necessidades locais e pontuais do mercado de trabalho. Em tempos de grandes mudanças tecnológicas, é necessário identificar e projetar cursos mais flexíveis e adequados a cada necessidade.  

O mercado de trabalho é um ambiente dinâmico. Portanto, independentemente de estar ou não buscando sua recolocação profissional, é necessário se manter informado sobre as novas habilidades e competências exigidas pelas empresas e sintonizado com as tendências do mercado. Quanto maior a qualificação, maiores são as chances de recolocação e contratação. 

Jânyo Diniz – Presidente do grupo Ser Educacional

17 de outubro de 2008: perdidos em Caracas

     17 de outubro de 2008. Caracas, capital da Venezuela era o nosso próximo destino. Para não fugir à regra, a rodovia de Puerto la Cruz até Caracas estava em ótimas condições, como em quase todas as estradas pelas quais pilotamos no país de Hugo Chaves, com direito a centenas de quilômetros por uma autopista excelente.

          O sol se punha sobre os morros da capital venezuelana quando avistamos os primeiros bairros assentados nos diversos morros que cercam aquela metrópole, que fica a 1.000 metros acima do nível do mar, em média. Embora tenha muitos morros ao seu redor, grande parte do relevo de Caracas é constituída de terreno plano. É uma cidade muito grande, com um trânsito para lá de louco.

          Quando a gente leu, e quando algumas pessoas nos disseram que ali estava um dos piores trânsitos do mundo, imaginamos que enfrentaríamos dificuldades, mas, não fazíamos ideia do que nos esperava. Só conduzindo algum tipo de veículo naquela cidade para se sentir na pele o que é o caos no trânsito. Para piorar, quando chegamos lá, estava acontecendo uma manifestação contra o presidente Hugo Chaves.

          Nossa programação da manhã seguinte, 17 de outubro, constaria de uma visita à Colônia Tovar, uma bucólica comunidade alemã, distante 63 quilômetros de Caracas, que fica a mais de dois mil metros de altitude sobre o nível do mar, lugar muito visitado por turistas. Mas, nossos planos foram por água abaixo porque nos perdemos um do outro, de novo e dessa vez por cinco horas, de oito da manhã até uma da tarde do dia 17 de outubro.

          Depois de rodar um pouco sem conseguir encontrar o Jadir, resolvi perguntar qual era o caminho para a Colônia Tovar. Comecei a subir, subir, até que cheguei à frente de uma universidade, onde fiquei parado na esperança de que meu amigo aparecesse. Antes disso, perguntei a um guarda de trânsito se ele não tinha visto alguém, com as características do Jadir passar. Ele disse que não.

          Perdi as esperanças depois das onze horas da manhã, momento em que decidi que era hora de descer a serra com destino ao centro de Caracas, onde tentaria encontrar o hotel onde havíamos pernoitado, sem ter comigo o endereço do mesmo. A única coisa que sabia era que o mesmo ficava perto da Plaza Bolívar, e o nome do mesmo eu lembrava. Após chegar à praça me informei e encontrei o hotel sem muita demora. Ali estavam todas as minhas esperanças de nos reencontrarmos.

          Enquanto isso, o Jadir rodou de um lado para outro tentando me localizar. Chegou a correr riscos, pois ficou parado em um local complicado. Quando ele estava lá, parou um carro da polícia querendo saber o que estava acontecendo. O Jadir falou para um policial que tentava localizar seu companheiro de viagem. Incontinente, o guarda pediu para que ele o acompanhasse, pois aquele era um lugar extremamente perigoso, onde ocorriam assaltos e mortes com frequência. Disse que o Jadir correu sério risco de ter, no mínimo, sua motocicleta roubada, e sairia no lucro se fosse só isso.

          Não foram todos os policiais com os quais Jadir conversou que foram atenciosos, mas alguns se esforçaram para ajudá-lo. Houve um que mandou uma viatura até o Hotel Persa para ver se eu estava lá. Infelizmente o policial incumbido da missão foi para outro hotel.

          Sem muito que fazer diante daquela situação, Jadir resolveu que estava na hora de ir até o Hotel Persa, última esperança, também para ele, da gente se reencontrar. E para nossa enorme felicidade, perto de meio-dia e meia ele chegou. Trocamos um longo e apertado abraço, pois havia de fato o que comemorar, conquanto ainda estávamos muito longe de nosso destino final, Itaituba.

          Tanto eu quanto o Jadir, quando estávamos perdidos, chegamos a pensar em procurar a embaixada do Brasil para ver o que podia ser feito. Minha situação era a mais complicada, porque o Jadir estava com todos os meus documentos, pois a gente resolveu guardar tudo num lugar só, para que ficassem bem protegidos por causa da chuva. Menos mal que a gente tenha se reencontrado. Quase uma da tarde nos mandamos de Caracas, não sem antes enfrentar o caótico trânsito daquela cidade.

          Como disse meu amigo Jadir, em Caracas nós descobrimos para que serve buzina de carro. É para venezuelano buzinar até mais tarde. O que se buzina na capital da Venezuela, não é brincadeira. Porém, com todas as suas loucuras, os motoristas caraquenhos respeitam motociclistas ao ponto de facilitarem a movimentação dos mesmos no meio daquele mar de carros. Nós experimentamos essa consideração deles. Em nenhum momento nos sentimos ameaçados por veículos maiores.

          Precisávamos trocar o óleo das motos e apertar as correntes, mas decidimos que isso seria feito na cidade de Maracay, tendo feito o percurso de 98 quilômetros que separa aquela cidade de Caracas em pouco mais de uma hora, porque o tráfego era intenso na autopista. Parecia que estávamos pilotando dentro de uma grande cidade, tal a intensidade do tráfego. Partimos de Maracay, e às seis da tarde chegamos a Morón, cidade balneária da costa do Caribe, onde decidimos passar a noite. No dia seguinte eu completaria 58 anos.

Jota Parente

quinta-feira, maio 12, 2022

Marido suspeito de matar esposa em Marabá se joga embaixo de caminhão

A mulher foi morta com várias marretadas na cabeça

Uma verdadeira tragédia! Assim pode ser definida a situação envolvendo um casal em Marabá, no sudeste do estado. 

Uma mulher identificada como Gleiciane Lima Rabelo Amaral foi encontrada morta na manhã desta quarta-feira (11), na residência que morava com o marido e a filha, na Folha 16, Quadra 30, na Nova Marabá. 

O principal suspeito do crime era o marido dela, Eliezer Almeida Amaral, de 30 anos, técnico da justiça eleitoral. O corpo de Gleiciane foi achado em avançado estado de decomposição.

De acordo com levantamentos preliminares, a vítima foi morta com marretadas na cabeça há cerca de três dias.

O corpo de Gleiciane foi encontrado por colegas de trabalho de Eliezer, que não aparecia no trabalho há dias. Preocupados, os colegas resolveram ir à residência onde o casal morava quando se depararam com o cadáver da mulher e acionaram as autoridades. 

Após a localização do corpo da mulher, no início da tarde desta quarta (11), Eliezer Almeida se jogou embaixo de uma carreta bitrem na rotatória do Km 6, na Nova Marabá. Ele morreu na hora.

Uma equipe da Polícia Científica e Polícia Rodoviária Federal estiveram no local do acidente fazendo os primeiros levantamentos. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML). A filha de Gleiciane, que morava com o casal, está sendo procurada. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.  

Fonte: DOL Carajás