sexta-feira, maio 29, 2020

Santarém, Itaituba, Oriximiná e Juruti registram 80 por cento de mortes por Covid no Baixo-Amazonas; Óbitos em Santarém saltam de 30 para 74 em uma semana

Portal OESTADONET - 29/05/2020

Os municípios de Santarém, Itaituba, Oriximiná e Juruti juntos já registraram cerca de 100 mortes no Baxo-Amazonas. Isso representava, até quinta-feira(28), cerca de 80 por cento do total de óbitos na região, que totalizavam 147, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Estado.

Santarém tem a metade dessas mortes, 74. Há uma semana as mortes por Covid-19 em Santarém eram 30. Isso representa um aumento de mais de 60 por cento nos últimos sete dias. Os casos confirmados de Covid-19 em Santarém estão em torno de 1.500, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.

Em Itaituba, segundo a SESPA,  foram registradas 14 mortes, mesmo número de casos fatais da doença em Oriximiná. Seguem Juruti com 11, Alenquer com 9, Almeirim com 6, Belterra com 5 mortes por Covid-19.

Duas moradoras da comunidade Santo Antônio do Abuí, localizada na região do Alto Trombetas, em Oriximiná (PA), testaram positivo para Covid-19 no último dia 26 de maio de 2020. As comunitárias são da mesma família (mãe e filha) e seguem internadas em leitos de isolamento do Hospital da MRN em Porto Trombetas, apresentando sintomas moderados da doença.

Com crise na Saúde, avaliação de Bolsonaro na pandemia piora, mostra Datafolha


O presidente Jair Bolsonaro com máscara na porta do Palácio da Alvorada

Rejeição sobe a 50%, mas 45% acham que presidente não é responsável pela disseminação do vírus


Pesquisa do Datafolha mostra que os brasileiros estão mais insatisfeitos com a condução do presidente Jair Bolsonaro na pandemia do coronavírus.

Segundo o instituto, em levantamento feito na segunda (25) e terça (26), 50% dos 2.069 entrevistados consideram o manejo da crise ruim ou péssimo -5 pontos a mais do que em 27 de abril e 17 de maio e 17 acima do registrado em 18 a 20 de março, na primeira aferição.

A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. 

Empresários fazem outdoors em apoio a Moro e STF contra fake news

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Empresários do Paraná estão distribuindo folders e usando outdoors em apoio ao ex-ministro Sergio Moro e ao STF, no combate às fake news.

O presidente da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), Fabio Aguayo, diz que a intenção é apoiar o combate a mensagens odiosas nas redes sociais, inclusive contra estabelecimentos comerciais.

As informações são da coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo.

Engenheiro Andryo Henrique

quinta-feira, maio 28, 2020

Estamos indo para o abismo

    

O sentido da frase, LIBERDADE DE EXPRESSÃO, foi totalmente deturpado no Brasil, pelo grupo de delinquentes que se encastelou em Brasília.

 Liberdade de expressão para Jair Bolsonaro e para o seu grupo de lunáticos apaixonados quer dizer: espalhar notícias falsas sobre qualquer pessoa ou instituição da República que faça ou diga qualquer coisa que lhes desagrade.

 Já foi dito antes por Élio Gaspari, que nem todos os eleitores que votaram em Bolsonaro são golpistas, porém, com certeza absoluta, todos os golpistas votaram nele. Da mesma forma eu afirmo que nem todo brasileiro que continua apoiando o presidente é lunático, mas, todos aqueles irresponsáveis que desafiam e ameaçam as instituições e discordam da ciência, certamente são todos lunáticos.

 Jamais se viu neste país, em tempos de democracia, nenhum grupo político com tamanha sede de enxovalhar reputações como esse. Não importa quem seja, ou os métodos utilizados. O importante e desacreditar todo aquele que se manifestar contra o “status quo”.

 Onde já se viu um deputado federal, filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, vir a público afirmar que, não é que o STF vai ser fechado, mas, quando isso acontecerá, e ficar por isso mesmo?

 Estamos vivendo um momento muito perigoso em que as instituições são atacadas toda hora por integrantes do Poder Executivo e por simpatizantes de Bolsonaro. Ele é a eminência parda do sub mundo das Fack News, pois dele as fábricas de notícias falsas recebem as bençãos, e o arquiteto de tudo é seu filho Carlos.

 Leio nas redes sociais, políticos regionais que foram ordenadores de despesas, que se lambuzaram com dinheiro público, fazendo loas aos Bolsonaro. Faz bem o perfil de determinados grupos que defendem o atual governo. Roubaram, mas, são os primeiros a apontar o indicador cobrando moralidade, exibindo um moral que nunca tiveram.

Os críticos de quem critica Jair Bolsonaro dizem: ah, então, tempo bom foi quando o PT estava no comando, roubando o país! Não é isso. Tiramos o PT na esperança de colocar em seu lugar um governo decente, não um governo de néscios delinquentes, pois é assim que agem muitos dos integrantes da cúpula governamental juntamente com seus apoiadores.

 Bolsonaro instiga a massa com suas bravatas recheadas de sandices que colocam em risco a democracia brasileira. Ele rasgou o discurso de combate à corrupção que usou na campanha, pois se tem coisa que seu governo não faz é combater coisa errada. Ele até dá força para ações da Polícia Federal, desde que não envolvam seus filhos e seus chegados. Se for adversário e ele puder, ajudar a ferrar o dito cujo.

 Como o coronel Hugo Chaves, o capitão Jair Bolsonaro sonha com poderes absolutos, e só ainda não deu um golpe de estado porque não encontrou terreno fértil, porque, felizmente, as instituições atacadas por ele e sua turma de milicianos ainda estão fortalecidas. Mas, ele tenta a todo custo miná-las para impor a sua vontade ditatorial doentia.

O povo brasileiro tem fama de pacífico, embora as estatísticas não nos favoreçam. De qualquer forma, não somos um povo afeito a guerras internas, uns contra outros, ou guerra civil. Todavia, esse acirramento de ânimos fez com que o país fosse transformado nesse barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. E eu não duvido, nem um pouco, que Bolsonaro e seus filhos pensem nisso como uma coisa boa para que eles alcancem os seus propósitos mesquinhos.

 Estamos sendo levados para abismo o abismo por quem deveria nos conduzir a um porto seguro. Eles, Bolsonaro e sua turma de semeadores de discórdia e plantadores de ódio veem inimigos em todos os lugares. Inimigo, para eles, é quem pensa e expressa opiniões diferentes das deles.

 São tão atabalhoados, que conseguem criar crises diplomáticas com a China, maior parceiro comercial do Brasil, e com Israel, motivo de grande veneração por parte do presidente. E é esse pessoal que desgoverna o país, que vai na contramão de tudo, que lambe as botas dos Estados Unidos sem a devida reciprocidade, que desrespeita a Ciência, que está transformando o Brasil nesse vulcão que pode entrar em erupção.

 O coronel Hugo Chaves queria armar a população da Venezuela. Em 2006, no seu oitavo ano de mandato, afirmou que um milhão de venezuelanos deveriam ser fortemente armados para defender o país contra uma possível invasão dos Estados Unidos. Comprou 100 mil fuzis da Rússia e comprou uma carga milionária de armas da Espanha.

 No Brasil, durante a campanha, o capitão Jair Bolsonaro prometeu facilitar o acesso da população ao porte de armas. Na prática aconteceu quase nada. Mais por conta da burocracia e pela discordância do ex-ministro Sérgio Moro. Na famosa reunião ministerial, o presidente defendeu que o Ministério da Justiça tomasse alguma medida para que o povo pudesse comprar armas.

 Chaves foi ditador de extrema esquerda na vizinha Venezuela. Bolsonaro sonha em ser ditador de extrema direita por aqui. Muda o viés das extremas, mas, o resultado final será sempre parecido, com o povo se ferrando.

 Jota Parente

'Muito grave', 'absurdo', 'aberração': ex-ministros da Justiça e juristas reagem a habeas corpus de Mendonça a favor de Weintraub

André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana, deixou o cargo de AGU e é atual ministro da Justiça. Foto: Jorge William / Agência O Globo

Para ex-ministros da Justiça e especialistas, ação de Mendonça pró-Weintraub é parte da ofensiva contra o STF e sinaliza união do governo contra o órgão

SÃO PAULO —  Ex-ministros da Justiça e especialistas em Direito criticaram nesta quinta-feira a decisão do ministro da Justiça, André Mendonça, de entrar com habeas corpus em favor do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no inquérito de investigação de fake news em curso no STF.

O pedido visa suspender a convocação de Weintraub para depor na Corte por ter afirmado em reunião ministerial de abril que deveriam se colocar "vagabundos na cadeia" e "começando pelo STF". O habeas corpus foi considerado sem precedentes e duramente criticado por antecessores de Mendonça no cargo, para quem o pedido dá tom institucional e governista às graves críticas do ministro da Educação ao Supremo.

Ministro da Justiça durante o governo FH, Miguel Reale Júnior considera “extremamente grave” a atual defesa do ministro da Educação pelo ministro da Justiça:

— É muito grave um ministro apresentar esse habeas corpus. Nunca vi nada parecido. No momento em que o faz, (Mendonça) transforma a ofensa pessoal proferida pelo ministro contra o STF em institucional: tem sua chancela de ministro e do governo, porque ele certamente não fez isso sem anuência da Presidência — declara.

Reale acredita também que a medida é um “tiro no pé”, com efeito nulo além de acirrar tensões e mobilizar a base bolsonarista contra um adversário comum:

— Não é porque ele é ministro da Justiça que o habeas corpus têm mais chances de ser aceito pelo STF. Pelo contrário, piora a situação. É um ministro da Justiça se colocando em favor de ofensas às instituições. Sinaliza que o STF é o inimigo. Nunca vi uma crise artificial tão grave.O ineditismo da medida causou, entre juristas, ampla defesa de que Weintraub utilize-se de defesa própria no inquérito.

— Chamar ministros do STF de ‘vagabundos’ não pode ser ato de ofício defensável pela advocacia pública  — defende Eugênio Aragão, ministro da Justiça em 2016. — O que Bolsonaro está fazendo é apostar na disruptura da autoridade estatal.

Ministro da pasta também no governo FH, o jurista José Gregori categoriza o habeas corpus de Mendonça como “mais uma aberração jurídica”:

—  Duvido que haja precedentes. E não houve no Brasil, onde há milhares de advogados competentes, um só que quisesse lhe patrocinar a causa? — questiona.

O pedido protocolado por Mendonça pede suspensão da convocação de Weintraub pelo STF, defende a garantia de “liberdade de expressão dos cidadãos” e “independência, harmonia e respeito entre os poderes” e menciona pedido da Procuradoria Geral para arquivamento do inquérito sobre fake news.

— O argumento de defesa da liberdade de expressão utilizado no habeas corpus é totalmente dissimulado. É uma vergonha que o ministro da Justiça atue para impedir investigação de um grupo criminoso organizado — afirma Tarso Genro, ministro da Justiça e da Educação entre 2004 e 2010. —  Ele fez um arranjo e entrou com o pedido com seu nome próprio, não como ministro. Qualquer um pode pedir um habeas corpus, mas nesse caso é um desvio inaceitável de sua função de ministro. É absurdo.

O Globo

Pará vai receber R$1,345 bilhão de auxílio financeiro

O presidente da República sancionou, nesta quinta-feira (28), lei que garante auxílio financeiro da União a estados e municípios como forma de reduzir os impactos causados pela pandemia do coronavírus. A União vai transferir R$ 60 bilhões aos estados e municípios, divididos em quatro parcelas. Deste total, R$ 50 bilhões representam compensação pela queda de arrecadação e R$ 10 bilhões são destinados às ações de saúde e assistência social.

O Pará vai receber R$ 1,345 bilhão, sendo R$ 249 milhões destinados especificamente as ações de saúde. De acordo com o secretário da Fazenda do Pará, René de Sousa Júnior, o Estado deve ter, nos próximos seis meses, despesas emergenciais em torno de R$1,5 bilhão. A maior parte destes investimentos serão nas áreas da saúde e da educação, para enfrentar os efeitos da pandemia.

Investimentos - Os recursos serão utilizados para manter os quatro hospitais de campanha em funcionamento, abrir quatro novos e manter o funcionamento das oito unidades, garantindo a montagem da estrutura, compra de equipamentos, medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); além da contratação de Organização Social para administrar os hospitais; e o reaparelhamento das unidades públicas já existentes, para que possam ampliar a capacidade de atendimento e, por fim, garantir o vale alimentação para os estudantes das escolas públicas.

O projeto sancionado pelo presidente da República também suspende o pagamento das dívidas de estados e municípios com a União, inclusive os débitos previdenciários parcelados pelas prefeituras que venceriam este ano. Com isso, um valor de R$ 337 milhões, que seria pago de março a dezembro, referentes a dívidas com a União e com bancos, terá o pagamento postergado.