domingo, julho 05, 2015

Parece que Jobson não tem mesmo jeito

Internautas lamentam a situação de Jobson (Foto: Site oficial do Botafogo)
O atacante Jobson foi detido na madrugada de quinta para sexta-feira em Conceição do Araguaia, sua cidade-natal, no sul do Pará, por dirigir embriagado e tentar resistir à prisão.O jogador ficou preso em uma delegacia da cidade até a tarde de sábado (4), quando pagou fiança e foi liberado.
Jobson despontou no Brasiliense-DF com grande destaque e chegou a ser apontado como uma grande promessa do futebol. Tanto que acabou contratado pelo Botafogo, em 2009, quando tinha 21 anos. A carreira do polêmico atacante, contudo, entrou em declínio por conta dos problemas extracampo.
O último caso havia acontecido em março deste ano. O jogador recusou-se fazer exame antidoping no Al-Ittihad. Por isso, acabou suspenso por quatro anos pelo Comitê Antidoping da Arábia Saudita. O Botafogo só aceitou utilizá-lo com o aval da Fifa.
Internautas do DOL lamentaram a situação do atleta.
"E muito triste ver esse rapaz de tanto talento para jogar futebol, mas perdendo a batalha contra as drogas"
"Um grande atleta que está jogando a carreira fora por causa dos inúmeros escândalos em que já foi envolvido. É uma pena".
"Simplesmente triste. Digno de pena. Jogou toda sua vida fora por conta de não pensar".
(DOL)
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Meu comentário: É uma pena. Tinha tudo para ser mais uma daquelas histórias que renderia uma boa reportagem em programas tipo, Faustão, Ratinho, Gugu, Portioli e outros mais. Todavia, o que se vê é esse jogador abreviar o final de sua carreira de futebolista, perdendo sua guerra pessoal para as drogas.
De origem humilde, oriundo de Conceição de Araguaia, Jobson era a esperança da redenção econômica de sua família, além do orgulho que familiares, amigos, todo o município e o estado do Pará sentiriam dele, e tudo levava a crer que assim seria. Mas, infelizmente, as drogas tem sido um obstáculo difícil, muito difícil de ultrapassar.
Em vez de condenar esse jovem, o sentimento que toma conta da gente é pena, aliada à impotência de saber que não há muito que se possa fazer em seu favor, sem que ele dê o primeiro passo no sentido de sair desse mundo de ilusão.

Jota Parente

Queira morrer, e morreu

Um homem morreu na rodovia Transamazônica, na noite de ontem, atropelado por uma moto BIZ, quase em frente ao Posto Dado.

Por duas vezes ele foi retirado do meio da rodovia, para onde ia, dizendo que queria morrer. Só que não terceira vez, o condutor da BIZ não o viu e passou por cima, ocasionando a morte do homem.

O motociclista caiu e se machucou bastante, sendo levado para o Hospital Municipal de Itaituba.

Ainda ontem à noite, aconteceu outro acidente em frente ao Boteco do Fabão, também na Transamazônica, envolvendo motocicleta, sem vítimas fatais.

De ontem para hoje foram três acidentes em um perímetro de menos de dois quilômetros, no trecho urbano da Transamazônica.

O de hoje foi registrado pela reportagem do blog, que chegou pouco depois de ter acontecido. As informações sobre os dois acidentes de ontem à noite foram passadas pelo blog pelo cinegrafista Jean da Garapeira.

Acidente envolvendo duas motos na Transamazônica

         A moto BROS de placa OFP 2987, do município de Placas, invadiu a preferencial, saindo de uma rua que fica no começo da descida da Chácara dos Queiroz, na Rodovia Transamazônica.

O condutor, que apresentava visíveis sinais de ter ingerido muita bebida alcoólica, atingiu outra moto BROS, placa OTQ 8972, de Itaituba, que vinha em direção ao centro da cidade, tendo a preferência.

O motociclista que provocou o acidente machucou muito a mão esquerda, havendo suspeita de fraturas em alguns dedos, tendo sido atendido no local por socorristas do Corpo de Bombeiros, sendo levado de ambulância para o Hospital Municipal.

O condutor da outra moto sofreu apenas pequenas escoriações. Ele disse que iria ao Hospital Municipal para ser avaliado pelo médico de plantão, mas, afirmou que não bateu a cabeça, nem outra parte do corpo.

Foi um acidente provocado pela mistura de álcool com direção, que nunca dá certo, e inúmeras vezes termina em tragédia.

Agentes do Detran chegaram ao local logo após o acidente, para colocar ordem no trânsito. A Polícia Militar também esteve no local.

sábado, julho 04, 2015

É muita leseira (do Nato Aguiar), diz Nelson Vinencci, em seu blog


O Secretário de Cultura de Santarém, é a figura mais representativa do Governo Von, para ser mais claro; é a cara cuspida e escarrado deste Governo perereca - É muita leseira e patetice que a gente já não aguenta mais, por Deus do céu!


Pessoa delata PSDB, que quer usá-lo para o golpe

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A estratégia delineada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para derrubar à força a presidente Dilma Rousseff agora tem um complicador; os depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC/Constran, em sua delação premiada são bem mais amplos do que se imaginava; Pessoa implicou nada menos que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo o PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro Demóstenes Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal pelo recebimento de propinas; para o PSDB, no entanto, apenas os trechos da delação que citam a campanha da presidente Dilma Rousseff merecem fé pública?; será que cola?

247 – Ventríloquo de Aécio Neves (PSDB-MG), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) marcou a data para o início da derrubada da presidente Dilma Rousseff: 14 de julho, quando Ricardo Pessoa, dono da UTC/Constran irá depor no Tribunal Superior Eleitoral sobre suas doações à campanha presidencial de 2014.
“Acreditamos firmemente que, já no próximo semestre, haverá o julgamento que poderá cassar o diploma da presidente Dilma Rousseff e o do vice-presidente Michel Temer. Assume, pelo comando constitucional, por três meses, o presidente da Câmara”, disse Cunha Lima, apostando que a investigação no TSE será a base para o impeachment.
No entanto, o projeto golpista tem um novo obstáculo. Nesta sexta-feira, o Jornal Nacional noticiou que a delação de Ricardo Pessoa é bem mais ampla do que se supunha. O dono da UTC/Constran implicou nada menos que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo o PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro Demóstenes Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal pelo recebimento de propinas de R$ 1,1 milhão.
Embora tenha noticiado o caso, e citado PSDB e DEM, a imprensa familiar tem dado mais ênfase às falas de Pessoa que envolvem a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
No entanto, será muito difícil convencer juízes e ministros de tribunais superiores que a delação premiada de Ricardo Pessoa só merece fé pública quando atinge a presidente Dilma Rousseff e o PT, como desejam Aécio e seus parceiros no golpe.
Os depoimentos do empresário escancaram uma dura realidade: o financiamento empresarial de campanhas atinge todos os partidos e é um mal que deveria ser combatido por toda a sociedade. O discurso hipócrita e golpista de Cunha Lima, que já foi cassado por compra de votos, encontrou um duro obstáculo pela frente.

Adevisos pornogoráficos contra Dilma: Filha de Serra suspeita de participação

Filha do atual senador tucano paulista José Serra, Veronica Serra volta aos noticiários, nesta sexta-feira, como suspeita de participar na fabricação e distribuição de adesivos pornográficos com a foto da presidenta Dilma Rousseff.

A empresária, que já esteve envolvida em um rumoroso escândalo por sua participação no conselho administrativo de uma companhia com Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Desta vez, aparecendo nas redes sociais em torno dos adesivos pornográficos de Dilma.

Verônica Serra seria sócia do Mercado Livre, o site em que os adesivos estavam sendo vendidos. O Mercado Livre, como mostra a Wikipédia, é um dos campeões de queixas de consumidores no site
Reclame Aqui, no qual aparece como “não recomendado”.

“Para a acionista Veronica Serra, a situação é especialmente embaraçosa, dada a virulência com que seu pai tem investido contra Dilma. É difícil acreditar que ela tenha tido qualquer papel na autorização da venda dos adesivos, já tirados do ar.

Mas ainda mais difícil é crer que qualquer produto ofensivo a seu pai fosse vendido como aconteceu com os adesivos de Dilma”, acrescenta Kiko Nogueira.

(No Correio do Brasil)

Professor Edivaldo afirma que estado do Tapajós está sendo construído

Hoje, o programa O ASSUNTO É ESTE foi totalmente dedicado à discussão da luta pela criação do estado do Tapajós.

O convidado foi o presidente do Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós, professor-doutor Edivaldo Bernardes.

A luta continua, disse Edivaldo, afirmando que se trata de um momento diferente do plebiscito, mas, muito importante.

O presidente da Associação Empresarial, Fabrício Schuber, o jornalista Diego Mota, presidente da API, o presidente da CDL e do Fórum de Entidades, Davi Menezes, o médico Ivan de Araújo, o vereador Peninha, o diretor da TV Tapajoara, Ivan Araújo e o jornalista Weliton Lima participaram do programa, por meio de perguntas gravadas previamente pela produção.

Isso deu uma dinâmica muito interessante, porque foram apresentados enfoques diferenciados e visões diferentes sobre esse tema tão importante para todos os que vivem nesta região do Pará.

João Paulo candidato a prefeito? Por que não?

Quinta-feira desta semana, enquanto participava do programa A HORA DO AGRICULTOR, apresentado por Elin Cordeiro, de segunda a sexta, na Rádio Clube de Itaituba, o assunto de uma possível candidatura do vereador João Paulo (PT) a prefeito de Itaituba foi tratado.

Aliás, conforme citou Elin, isso foi motivo de conversas em Brasília, depois que alguns agricultores que compunham a comitiva que foi até a capital federal para apresentar uma pauta de reivindicações iniciaram uma conversa sobre a eleição municipal de 20016, apontando o vereador como um bom candidato.

Quando se falou dessa possibilidade, o deputado federal Zé Geraldo afirmou que via o assunto com muita simpatia, e que se dependesse dele, o vereador itaitubense podia começar a amadurecer a ideia.

Questionado pelo apresentador sobre a chance de isso acontecer, João Paulo respondeu que tem a dimensão das dificuldades que isso representa, pois enfrentar uma campanha para prefeito é uma missão muito complicada. Sobretudo financiar uma campanha de tal magnitude.

Apesar disso, o vereador do PT disse que se essa for a vontade do partido, e se houver consenso para que tal candidatura seja construída, como soldado do partido ele acatará e irá à luta. 

Hoje, essa possibilidade é muito remota, mas, no momento em que o PT está precisando respirar novos ares para fugir do ar poluído que tem sufocado a legenda, quanto mais nomes de candidatos com ficha limpa houver, melhor para o partido.

Só esperando.

Rivas Magazine está em nova casa


A loja Rivas Magazine inaugurou suas novas instalações na manhã de hoje, tendo mudando da Travessa 13 de Maio para a 16ª Rua, no bairro Bela Vista, entre as travessas Lauro Sodré e João Pessoa.

O novo ambiente é muito mais espaçoso, oferecendo muito mais conforto para seus clientes.

A única coisa que não mudou foi o atendimento, que se já era bom, agora está ótimo, porque a equipe aumentou e o espaço proporciona uma melhor qualidade no serviço prestado.

Agora, o Rivas Magazine dispõe de uma área especialmente destinada para mostruário de confecções de primeira linha, a preços pra lá de convidativos.

O empresário Rivelino e sua equipe de colaboradores estão muito satisfeitos com a receptividade que estão recebendo de sua clientela e daqueles que visitam a loja pela primeira vez, que gostam e se transformam em novos clientes.

Pela localização da atual loja, bem no centro da feira do produtor rural, que funcionava todo domingo naquela área, Rivas Magazine vai abrir suas portas todos os domingos.

sexta-feira, julho 03, 2015

O Wirland Freire merece ostentar o nome de residencial

Há tempos que a inauguração de uma obra aqui em Itaituba não atraía tantos políticos interessados em beliscar um pedacinho da cereja do bolo. Nesse clima de festa, um fato que chamou a atenção foi que, o PT, que é o legitimo pai da criança não mandou ninguém para celebrar o sucesso da obra, paralisado com seus próprios problemas.

O partido está deixando de valorizar os poucos feitos que o governo vem conseguindo nesse momento de crise e, nesse caso, não há como deixar de reconhecer que o dinheiro público foi bem empregado, e ao contrário dos dois primeiros residenciais, o Wirland Freire é digno de ser chamado de conjunto habitacional e,  na ausência dos petistas, os seus aliados aproveitaram e tomaram conta de todos os holofotes.

Essa empolgação toda não pode servir para abafar as denuncias de irregularidades na distribuição das casas. Teve muita gente que foi beneficiada sem preencher os requisitos do programa e é preciso corrigir essas irregularidades. Além disso, para aplicar o diferencial do residencial Wirland Freire nos residenciais Vale do Piracanã e Viva Itaituba, providencias imediatas devem ser tomadas pela administração municipal, como a implantação dos serviços públicos, especialmente a coleta de lixo, para evitar que a sujeira tome conta das ruas, assim como ocorre no Viva Itaituba, que literalmente virou um lixão a céu aberto.

Os programas sociais também precisam ser agilizados para que os ocupantes das casas comecem a ter a noção de que também é deles a responsabilidade de manter a beleza do lugar no qual passarão a morar de agora em diante e assim, evitar que as mazelas que tomaram conta dos outros dois residenciais não ocorram também no Wirland Freire.   

Weliton Lima, jornalista, comentário do Focalizando, quinta-feira, 02/06/2015

Para MPF, comitê de bacias hidrográficas precisa da efetiva representação da sociedade

Procuradora da República participou de audiência pública sobre criação de comitês de bacias hidrográficas dos rios Tapajós e Amazonas
A criação dos comitês das bacias hidrográficas dos rios Tapajós e Amazonas deve garantir a efetiva representatividade da sociedade civil nessas instâncias de decisão, defendeu o Ministério Público Federal (MPF) durante audiência pública realizada pela câmara municipal de Santarém, no Pará, no último dia 26.

Segundo a procuradora da República Fabiana Keylla Schneider, os comitês têm que contar com a participação de entidades que contribuam com conhecimentos técnicos e com representantes que contribuam com o conhecimento tradicional de uso dessas águas. Por isso, é essencial a garantia de assento às comunidades tradicionais, como  quilombolas, indígenas, ribeirinhos e pescadores, disse a representante do MPF na audiência pública.

"É essencial a criação do comitê de bacia hidrográfica para que sejam analisadas e estabelecidas as prioridades de uso dos recursos naturais, mas tão essencial quanto a criação do comitê é a sua composição. O comitê não existe para garantir participação partidária, mas para pluralizar o diálogo", ressaltou.

Prevista pela Lei das Águas (lei nº 9.433/1997), a instituição do comitê de bacia e a aprovação do plano de recursos hídricos são condições obrigatórias para que a Agência Nacional de Águas (ANA) outorgue direito de uso de recursos hídricos.

Como a lei vem sendo descumprida em toda a Amazônia, em novembro de 2014 o MPF encaminhou à Justiça Federal em seis estados da Amazônia um pacote de ações para proteger os recursos hídricos da região.

Em março de 2015 a Justiça Federal do Amazonas ordenou que a ANA se abstenha de emitir Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH) para qualquer empreendimento que esteja sendo licenciado na bacia dos rios Solimões e Amazonas enquanto não for instituído o comitê de bacia e aprovado o plano de recursos hídricos.

Durante a audiência pública foi discutida a formatação do comitê interestadual de bacias dos Estados do Amazonas, Pará e Amapá.

Ao evento realizado pela câmara de Santarém também compareceram representantes da ANA, Ministério de Minas e Energia, Universidade Federal do Oeste do Pará, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Serviço Florestal Brasileiro e deputados estaduais do Amapá, entre outras instituições.

Ao final, foi decidida a criação de uma comissão que organizará os próximos passos para constituição do comitê.


Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Leitora quer informações sobre ressonância magnética de campo aberto, da ANSONIC, porque sofre de claustrofobia

Bom dia gostaria de saber quanto custa um exame de ressonância magnética campo aberto de coluna preciso fazer, mas tenho claustrofobia. Por favor me ajuda; me dê mais informações.

Obrigada 

Maria Elena Borges
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Prezada Maria Elena, imagino que você viva em outro município desta região. Gostaria de saber em qual.

Mantive contato a direção da ANSONIC, tendo sido informado que a implantação da ressonância magnética está em fase de conclusão. A previsão é de que dentro de mais ou menos vinte dias o equipamento entre em operação regular.

O blog sugere que você mantenha contato com a clínica, pois algumas pessoas já estão procurando agendar exames, o que você poderá fazer, uma vez que quem estiver agendado, terá prioridade no atendimento.

Os meios de entrar em contato com a ANSONIC são os telefones: (93) 3518 7678 – 3518 3374 – 99195 5745 ou 98128 5000. E-mail: ansonic@ansonic.com.br


Espero ter ajudado

A luta pela criação do Estado do Tapajós será o destaque deste sábado no programa O Assunto É Este

O professor-doutor Edivaldo Bernardes, coordenador do Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós, é o convidado do programa O Assunto É Este, neste sábado, 04 de julho.

A produção do programa pediu a algumas pessoas de variadas atividades, cargos e funções do município de Itaituba, que fizessem perguntas ou comentários a respeito do estágio atual da luta pela criação do tão sonhado estado.

Fabrício Schuber, empresário e presidente da Associação Empresarial de Itaituba, Francisco Ivan de Araújo, médico do Hospital Menino Jesus, Diego Mota, jornalista presidente da API, Davi Menezes, empresário presidente da CDL e do Fórum de Entidades, Luiz Fernando Sadeck dos Santos (Peninha), vereador, Ivan Araújo, sociólogo e diretor da TV Tapajoara e o jornalista Weliton Lima estarão participando do programa.

O Assunto É Este vai ao ar todos os sábados, de dez ao meio-dia, e neste sábado vai tratar exclusivamente desse sonho antigo, que não pode morrer, que a criação do Estado do Tapajós, com o professor Edivaldo Bernardo, ao vivo, nos estúdio da Alternativa, à disposição para responder, também, perguntas dos ouvintes.

quinta-feira, julho 02, 2015

Empresários são presos por fraudes ambientais

Empresários são presos por fraudes ambientais (Foto: Divulgação)Durante uma operação realizada por policiais civis na madrugada de ontem, foram presos nove homens e uma mulher supostamente envolvidos em fraudes, negociatas milionárias, desmatamento e lavagem de dinheiro, movimentando mais de 300 milhões reais, assim como cerca de 400 mil metros cúbicos de madeira. As investigações começaram em fevereiro deste ano e os valores, segundo a polícia, seriam revertidos a projetos de manejo florestal em áreas de floresta nativa.
Dentre os presos está uma engenheira florestal que já havia sido presa pelo mesmo crime. Ela foi identificada como Rosane do Amaral Freitas. Os demais presos são: Rodrigo Beachine de Andrade, Menandro Souza Freire, Alex Renato Carvalho, André Chacon Rocha da Costa, Arley Figueiredo Rosas, Cleber Eduardo de Lima Ferreira, Edmilson Rodrigues da Silva, Wildemar Rosa Fernandes Filho e Gelson Gomes de Andrade. A maioria é formada por empresários. 
Além do envolvimento no crime, um ponto em comum entre os envolvidos era a ostentação. O empresário Cleber Ferreira, por exemplo, mantinha o hábito de postar fotos nas redes sociais mostrando o seu patrimônio. Há imagens dele exibindo relógios caros, joias, carros de luxo e viagens pelo mundo. Outro envolvido é o empresário Tarcísio Augusto Pereira, que apareceu em imagens dentro de um jatinho, sem camisa e tomando uísque. Tarcísio, que é considerado pela polícia um dos líderes do grupo, está foragido. 
Segundo o delegado Marcos Miléo, do Núcleo de Inteligência Policial e que comandou as investigações, o trabalho foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em razão de uma inserção fraudulenta de 121.391.300m³ em créditos florestais na Madeireira Sagrada Família. Miléo contou que na primeira fase da investigação, foi presa uma ex-funcionária da Semas, que havia lançado créditos fraudulentos na pasta da Sagrada Família, no município de Pacajás.
O delegado também afirma que não tem dúvida de que se trata de uma organização criminosa que compra empresas, colocando-as em nome de laranjas, a fim de obter um melhor resultado para seus objetivos criminosos, agindo de modo inescrupuloso, utilizando-se de recursos fraudulentos, o uso de empresas fantasmas e a comercialização de créditos florestais em larga escala.
Miléo disse que, de fevereiro até junho deste ano, foi quando a quadrilha mais atuou. Ele divulgou os nomes dos presos, que foram apresentados na Delegacia Geral na manhã de ontem, ouvidos em depoimento e em seguida encaminhados para o Sistema Penitenciário.
Além da capital, a operação foi realizada em Castanhal, Uruará, Tucuruí e Itaituba. No total, 60 policiais civis participaram da ação, entre equipes do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), e de Divisões Especializadas. Durante a operação, duas pistolas calibres 38, um revólver calibre 38 e uma escopeta 12 foram apreendidos em posse de acusados de envolvimento no esquema e, assim, eles também vão responder por posse ilegal de arma de fogo.
(Diário do Pará)

Câmara aprova em 1º turno nova proposta para reduzir maioridade

Aprovação ocorreu um dia após PEC semelhante ser derrubada na Casa. Idade penal reduz para 16 anos em homicídio, lesão grave e crime hediondo.


Após polêmica sobre a validade da votação e com as galerias do plenário vazias, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira (2) proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, homicídio doloso, e lesão corporal seguida de morte. O texto ainda precisa ser votado em segundo turno antes de seguir para o Senado.

A aprovação se deu com 323 votos favoráveis, 155 contrários e 2 abstenções. Eram necessários ao menos 308 votos a favor para a matéria seguir tramitando. De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a votação em segundo turno deverá ocorrer após o recesso parlamentar de julho, já que é preciso cumprir prazo de cinco sessões antes da próxima votação.
Pelo texto, os jovens de 16 e 17 anos terão que cumprir a pena em estabelecimento penal separado dos menores de 16 e maiores de 18. Ao final da votação, deputados seguraram cartazes na tribuna em defesa da proposta e comemoraram com gritos em plenário
A aprovação da proposta ocorre depois de a Casa derrubar, na madrugada de quarta-feira, texto semelhante, que estabelecia a redução casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça, crimes hediondos (como estupro), homicídio doloso, lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte, tráfico de drogas e roubo qualificado.
Após a rejeição na noite anterior, Cunha afirmou que a Casa ainda teria que votar o texto principal, mas ressaltou que isso só ocorreria após o recesso parlamentar de julho. No entanto, após reunião com parlamentares favoráveis à redução da maioridade penal, ele decidiu retomar a análise do tema nesta quarta (1º) para apreciar um texto parecido com a proposta rejeitada.

Jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UNBES) não esperavam a retomada da votação e, por isso, não conseguiram fazer protestos como os mobilizados na noite anterior.

Cunha também não permitiu a entrada dos poucos estudantes que foram à Câmara para defender a derrubada da proposta, alegando que os manifestantes fizeram tumulto na noite anterior. A decisão do presidente da Câmara de votar um texto semelhante ao derrotado de madrugada também gerou bate-boca e questionamentos por parte de deputados contrários ao texto, mas o peemedebista conseguiu prosseguir com a votação.
Durante a sessão, deputados do PT, do PSOL e do PCdoB defenderam a derrubada da PEC. O governo defende alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente e ampliar o tempo máximo de internação de 3 para 8 anos.
“Todos nós queremos resolver a questão da violência, da criminalidade, queremos que crimes bárbaros terminem. Mas precisamos, de forma madura e responsável, encontrar qual a alternativa real para resolver o problema. E a alternativa real é alterarmos o Estatuto da Criança e do Adolescente. Os efeitos colaterais dessa redução da maioridade penal são maiores que os alegados benefícios”, disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), também discursou contra a proposta. “Não queremos jovem infrator na rua, mas queremos lugares decentes para que eles sejam punidos. Mas não dá para misturar os jovens com bandidos de alta periculosidade. O que está em jogo é o futuro dessas gerações. É um retrocesso se aprovarmos essas emendas”, afirmou.

quarta-feira, julho 01, 2015

Senadores aprovam prorrogação do prazo para fechamento dos lixões

Os municípios terão mais tempo para acabarem com seus lixões. O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto (PLS 425/2014) que prorroga, de forma escalonada, o prazo para os municípios se adaptarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). A matéria é a primeira de uma lista sugerida pela Comissão Especial do Pacto Federativo, com projetos de interesse dos municípios, e agora segue para análise da Câmara dos Deputados.

Os lixões já deveriam ter sido fechados e substituídos por aterros sanitários desde agosto do ano passado. Mas quase três mil municípios e o Distrito Federal ainda não conseguiram cumprir as determinações. A proposta de prorrogação do prazo é uma demanda de prefeitos e entidades representativas, como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e foi apresentada pela subcomissão temporária que acompanhou a execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2013 e 2014.

Prazos
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), membro da Comissão Especial do Pacto Federativo, apresentou uma emenda no Plenário, estabelecendo prazos diferenciados para o fim dos lixões, “de acordo com a realidade dos municípios”. As cidades com população inferior a 50 mil habitantes terão prazo maior, enquanto as capitais de estado terão prazo mais curto.

Assim, as capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que contam com mais de 100 mil habitantes, com base no Censo de 2010, terão um ano a mais para implementar os aterros sanitários. As cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até 31 de julho de 2020. Já o prazo para os municípios com menos de 50 mil habitantes será até 31 de julho de 2021. A emenda também prevê que a União vai editar normas complementares sobre o acesso a recursos federais relacionados ao tema.

Bezerra disse que a prorrogação do prazo é importante para os municípios conseguiram se adaptar à lei. O senador informou que, em 2013, havia 1.196 lixões contra apenas 652 aterros sanitários no país. Ele ponderou que o fechamento de um lixão depende da implementação de outras ações, como a criação de aterros sanitários e áreas de transbordo, tratamento de resíduos de construção civil, coleta seletiva e campanhas educativas. Caso essas ações não sejam implementadas, argumentou o senador, os aterros ficam prejudicados.

— Essa é a primeira medida concreta que esta Casa toma, dando uma resposta às demandas dos municípios e dos prefeitos — disse o senador.

Recursos
A relatora da subcomissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), manifestou apoio à prorrogação por entender que “a maior parte dos municípios, por falta de quadros técnicos e gerenciais qualificados e de insuficiência de recursos financeiros, não conseguiram cumprir a determinação legal”. Em seu relatório, a senadora aponta que a lei “não foi realista ao prever um prazo exíguo para que os municípios, especialmente os menores e mais carentes, assumissem a responsabilidade por essa tarefa complexa e dispendiosa”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, elogiou o trabalho do senador Fernando Bezerra e da Comissão do Pacto Federativo. Segundo Renan, a apresentação desse primeiro projeto marca “um momento de exuberância do Senado”. Ele disse que vai conversar com as lideranças partidárias para que o Plenário do Senado priorize projetos que tratam do pacto federativo.

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) elogiou o trabalho de Fernando Bezerra. O senador Walter Pinheiro (PT-BA), presidente da Comissão Especial do Pacto Federativo, informou que, na primeira semana de trabalho do colegiado, foi possível entregar 20 matérias de interesse dos municípios prontas para serem votadas no Plenário.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) também manifestaram apoio ao projeto. O senador Donizeti Nogueira (PT-TO) disse que a matéria é uma vitória importante, mas manifestou preocupação com os recursos para a implantação dos aterros. Na mesma linha, os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) também destacaram a importância do projeto.

— A diferenciação de prazo é importante para os municípios. Precisaria apenas de uma linha de crédito específica para ajudar os municípios a cumprirem o prazo — sugeriu Flexa.

Agência Senado

Valmir: estou apto para disputar eleições e serei candidato a prefeito em 2016

Valmir Climaco
Foto: JParente
O ex-prefeito Valmir Climaco concedeu poucas entrevistas desde que deixou o Palácio da Liberdade (hoje desativado) em 31 de dezembro de 2013. Optou por acompanhar os acontecimentos do mandato de sua sucessora, a prefeita Eliene Nunes como expectador, sem ficar dando palpites pela imprensa, preferindo os comentários nas rodas políticas, embora, sobretudo no primeiro ano do atual governo seu nome tenha sido muito lembrado, principalmente pelos vereadores da situação, na Câmara, para tentar justificar todos os problemas enfrentados pela administração de Eliene.

Seus adversários festejaram muito uma informação que deu conta de sua inelegibilidade, decretada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), por conta de um convênio mal resolvido com o governo do Estado. Valmir afirma que foi tudo devidamente esclarecido, e que nem foi no seu governo, mas, no de Roselito que o problema se deu. Para discorrer sobre esse e outros assuntos, bem como para falar dos seus planos políticos para o futuro que está batendo à porta, ele recebeu a reportagem do Jornal do Comércio em seu escritório. A conversa de mais de uma hora e meia rendeu a matéria a seguir.

JC - Seus adversários exultam quando afirmam que o senhor está inelegível. O senhor garante que detém todos os seus direitos políticos. Como está essa questão?

Valmir – Você sabe que quem passa pelo cargo de prefeito precisa esperar para que suas contas sejam julgadas. As minhas contas eu estou acompanhando de perto, no TCM, no TCE e no TCU, e eu tenho convicção de que serão todas aprovadas. Hoje eu não tenho nenhum tipo de restrição nesse sentido, que me impeça sair candidato a qualquer cargo eletivo. Eu não fui julgado, muito menos, condenado em nenhuma instância. Pode ser que no futuro venha a ter problemas. O que eles (os adversários) falam é sobre um convênio do governo de Roselito Soares a respeito de uns poços artesianos, cujo saldo deixou de ser repassado para o governo do Estado. 

JC – Com referência ao seu governo, o senhor está com toda a documentação em dia?

Valmir – Dos convênios que o nosso governo celebrou, mais de 80% já foram aprovados. Os demais ainda estão para serem apreciados.

JC – Fala-se nos meios políticos, de modo particular os que não são do seu lado, que há muitas pendências em diversos convênios com o governo federal. Isso tem fundamento?

Valmir – Negativo! Eu cumpri 100%. Quando eu saí do governo, deixei R$ 9 milhões e 700, em dinheiro, mil nas contas da prefeitura e com a prestação de contas dos convênios que fiz todas feitas. Mas, é normal que os adversários façam isso, porque não acontece apenas em Itaituba, mas, em tudo quanto é lugar é assim. Eu nunca gostei de fazer comentários que não fossem baseados em fatos, nem na minha vida de empresário, nem na política.

JC – Em Itaituba, a campanha começa muito antes do período eleitoral oficial. Isso não é ruim para todo mundo?

Valmir – Quando eu resolvi disputar a primeira eleição, em 2004, saí dizendo que seria candidato com muita antecedência. A campanha de 2016 vai ser a quarta que eu disputarei, e a maioria do povo de Itaituba sabe disso. Então, eu não tenho porque sair por aí fazendo reuniões para dizer que serei candidato. Eu acredito que esse negócio de fazer campanha muito antes é ruim para quem está no governo, pois em vez de se preocupar apenas em encontrar soluções para os problemas do município, muitas vezes também tem que antecipar sua campanha.

Tem pré-candidato fazendo reuniões políticas quase todo dia, mas, eu não pretendo fazer isso. Vou deixar para o período eleitoral. Sou uma pessoa que não gosta muito de viajar, tenho minhas coisas todas dentro do município de Itaituba, e todos os que tem me procurado para conversar tenho recebido, mas, campanha mesmo, só quando chegar a hora.

JC – Com todos esses anos de estrada na política, três eleições disputadas, certo de que vai disputar mais uma, o senhor tem sido procurado por lideranças e por partidos políticos já visando uma composição para o próximo pleito?

Valmir - Tenho conversado com o deputado estadual Hilton Aguiar, cuja campanha de reeleição todo mundo sabe que eu apoiei. Inclusive, na ocasião, eu tratei desse assunto com o próprio líder maior do PMDB no Estado, o senador Jader Barbalho, que sabe e entende que política local a gente resolve em nível local. Eu também já conversei com o ex-prefeito Roselito Soares, bem como com outras lideranças do PMDB, sem tratar de definições para a campanha eleitoral de 2016.

JC – O senhor foi para as ruas na campanha eleitoral do ano passado, mostrando a cara e se indispondo dentro do seu próprio partido, pois muitos não concordavam com o seu apoio ao deputado Hilton Aguiar. Já durante a campanha, muita gente falava que o pagamento que o senhor iria receber seria a traição de Hilton. Sabe-se que ele quer ser prefeito, mas, ele jurou amor eterno e fidelidade ao senhor, afirmando durante a campanha e após a vitória, que Valmir Climaco seria o candidato dele. Como está esse imbróglio envolvendo o nome do deputado?

Valmir – Essa questão de palavra no meio empresarial e no meio político, infelizmente, nem sempre é cumprida. Não posso julgar os outros. O que procuro é cumprir com a minha palavra. Eu sofri uma grande pressão do partido (PMDB), tanto em Itaituba, quanto em nível do Estado, para não apoiar um candidato que não fosse do nosso partido. Mas, eu tinha um compromisso assumido e eu precisava honrar. E honrei. Cumpri com a minha palavra.

            Quanto à palavra do Hilton e de seu grupo, se ele vai cumprir, ou não, quem tem que responder isso é ele. Até hoje eu não ouvi nada, diretamente da boca do Hilton, sobre sair candidato. O que ele tem dito é exatamente o contrário: diz que não vai sair candidato e estará junto conosco no nosso grupo. E eu espero e acredito que ele vá honrar sua palavra. Lembro-me do saudoso governador Hélio Gueiros, que falava: não diz que me ama, demonstra! Então eu digo, não diz que me apoia; diz isso para o povo. Eu sei que o Hilton amadureceu bastante como político; sei que ele tem um futuro brilhante na politica de Itaituba, e ele não vai querer sofrer um grande desgaste por conta de uma decisão equivocada sobre a qual ele terá que dar muitas explicações.

JC – O senhor tem evitado fazer críticas públicas contra o governo da prefeita Eliene Nunes. É uma estratégia?

Valmir – Eu entendo que fica muito chato quando se perder uma eleição, ficar resmungando pelos cantos. Nesses dois anos e meio de governo da Eliene, eu só dei uma entrevista. Tudo que dava errado no governo, ficavam dizendo que eu era o culpado. Por isso, disse que a partir daquele momento, se continuassem me batendo, eu iria responder a tudo. Como houve uma mudança de atitude, eu não teria porque ficar falando do governo toda hora, procurando a imprensa. Às vezes eu tenho vontade de falar alguma coisa, mas, me seguro. Eu não gosto da maneira adotada pelo senador Aécio Neves, que depois de perder a eleição passou a fazer uma oposição raivosa contra a presidente Dilma Rousseff. Eu prefiro ficar calado e falar na hora certa.

JC – Eliene Nunes, Valmir Climaco, Ivan D’Almeida e Paulo Gilson. Esses são os quatro nomes postos no tabuleiro político de Itaituba para a próxima eleição para prefeito. É por aí?

Valmir – É o que se fala. A prefeita Eleine Nunes, como é de praxe para quem está no cargo, deve concorrer à reeleição; eu tenho a intenção de ser candidato; o empresário Ivan D’Almeida também está trabalhando nesse sentido. É um nome novo, que eu ainda não posso dizer se decola, ou não. Política é grupo. Se você tiver um bom grupo, tem chance de se lançar bem no cenário político. Temos também o nome de outro empresário, esse bastante jovem, que é o Paulo Gilson Pontes. Então, são quatro nomes que não representam nenhum grande fato novo na política de Itaituba. Daqui para o dia da eleição faltam cerca de dezesseis meses. Principalmente o Ivan já está em campanha, fazendo reuniões, conversando com partidos, mas, o povo é quem vai dizer quem prefere, no dia da eleição.

JC – O que é que acontece com o candidato Valmir Climaco na hora da chegada, pois de acordo com as pesquisas, o senhor tem estado bem durante quase toda a campanha, mas, na hora H perde?

Valmir – O que tem faltado mesmo é eu mentir para os eleitores; as promessas mentirosas dos outros candidatos no horário eleitoral tem feito a diferença. A então candidata em 2012, Eliene Nunes disse que iria trazer oito especialistas para morar em Itaituba, enquanto no meu governo a gente conseguia trazer oito médicos especialistas, uma vez por mês. Disse ela, que quando o filho de alguém sofresse algum acidente, haveria ortopedista morando em Itaituba, trabalhando na secretaria de saúde. Não trouxe os oito especialistas que ela prometeu e, nem ela, nem prefeito nenhum vai conseguir fazer isso, porque a prefeitura não tem recurso para bancar integralmente um profissional desse nível, que é muito caro. Teremos que aguardar a inauguração do Hospital Regional do Tapajós para termos médicos especialistas residindo aqui. Só para citar mais alguns exemplos, ela afirmou que iria fazer 500 pontes de concreto. Isso é impossível. Dizia que iria colocar uma câmera de segurança em cada poste das ruas de Itaituba, mas, não consegue nem mesmo trocar as lâmpadas queimadas, que são mais de 60%.

Eu prefiro ficar amarelo durante o horário eleitoral por não prometer o que outros prometem, do que ficar vermelho quando for cobrado pelo eleitor por não ter cumprido o que prometi. Eu não quero nunca passar pelo que a Eliene está passando por ter prometido o que não poderia cumprir, pois o povo a chama de mentirosa, por fazer promessas e não cumprir. Infelizmente, o povo acredita nessas coisas, e quando se arrepende já é tarde.

JC – É verdade que o senhor recebeu convite para ir para o PSDB?

Valmir – Há 60 dias eu recebi convite para me filiar no PSDB. Trata-se de um grande partido. É o partido do governador Simão Jatene, que tem trabalhado bastante, sobretudo em Itaituba com o Hospital Regional e esse asfalto que foi feito recentemente. Eu não quis sair do PMDB para o PSDB, porque eu tenho visto muita gente que tem trocado de partido e se dar mal politicamente. Tenho uma boa relação com o governador, mas, o PMDB foi o primeiro partido no qual eu me filiei e não gosto de estar trocando. Tenho tido algumas divergências que são normais na vida política. Nunca tive nenhuma restrição da direção em Belém. Essa conversa de que tanto o senador Jader Barbalho, quanto o ministro Elder Barbalho ficaram zangados porque ele perdeu a eleição em Itaituba é conversa fiada. Fosse assim, ele teria que ficar com raiva dele mesmo, porque perdeu a eleição em Ananindeua, município que governou por duas vezes.

JC – O PMDB está se reforçando de olho na eleição de 2016?

Valmir – Nós já estamos trabalhando para montar um bom quadro de candidatos a vereador. Até o começo de outubro deste ano vai haver uma correria dos partidos atrás de filiações. Depois haverá uma folga até depois do carnaval de 2016. Estamos terminando uma construção onde vamos reservar um bom espaço onde funcionará o diretório municipal. Por enquanto funciona uma comissão provisória, mas, nós queremos que se transformada em diretório. Na inauguração, pretendemos trazer o senador Jader Barbalho e o ministro Elder Barbalho para participarem da festa. Queremos fazer uma grande campanha de filiações para aumentar os quadros do partido em Itaituba. Fica no loteamento Buriti.

JC – Pessoas ligadas ao seu grupo político acham que um dos motivos de o senhor ter perdido eleições é ter confiado demais nas pesquisas. O senhor concorda?

Valmir – Eu não acho que tenha sido por isso. Ocorre que eu reconheço que sou bastante teimoso. Dou muito trabalho às pessoas que me acompanham nas minhas campanhas. Não aceito que coloquem palavras na minha boca, para eu dizer coisas que não posso fazer, para responder acusações mentirosas com acusações mentirosas. Por exemplo: eu contratei uma empresa de marketing, de fora, e o marqueteiro queria porque queria que eu dissesse que, se eu me elegesse, asfaltaria todas as ruas de Itaituba. Eu falei pra ele que não iria prometer aquilo, porque não teria como cumpri, e não prometi.

Sou muito trabalhador, mas, sou muito teimoso. Eu sei que tenho perdido as eleições nos últimos dias, porque os adversários dizem tudo que o povo quer ouvir; e o pior é que eles dizem e o povo acredita. Durante o meu governo eu desafiei alguém apontar um servidor que ganhasse sem trabalhar, porque a gente trabalhou para moralizar a administração pública e para valorizar o dinheiro do contribuinte.

No atual governo é o que mais se vê. Tem gente que não coloca um prego em uma barra de sabão, mas, ganha mais de R$ 4 mil por mês, como é o caso de um ex-administrador do aeroporto; tem ex-secretário ganhando salário de secretário sem fazer nada. Eu tenho uma relação e garanto que não é um, nem são dois; tem muita gente nessa situação. Garanto que não vou prometer cinco mil empregos, somente para tentar ganhar a próxima eleição. Não menti nas eleições anteriores, e não vou começar a mentir na disputa eleitoral de 2016.


Portanto, no meu entendimento, o principal motivo para eu ter perdido eleições foram as mentiras contadas pelos meus adversários, como foi o caso de Eliene Nunes, na eleição de 2012, que mentiu à vontade, e os eleitores acreditaram em suas mentiras. Hoje, estão todos arrependidos, mas, terão que aguentar por mais um ano e meio.

Nélio: o Pará é penalizado, em vez de receber benefícios por ser um grande produtor de energia para o Brasil

            Porque o estado do Pará, que em breve será o maior produtor brasileiro de energia elétrica é tão castigado? O paraense paga uma das tarifas mais altas do país, tem um serviço de má qualidade e uma cobertura que está longe de atender às necessidades da sua população, de modo especial em se tratando do programa Luz Para Todos, que embora sendo do governo federal, tem na Celpa a empresa responsável por sua expansão. O Jornal do Comércio conversou com o ex-deputado Nélio Aguiar, que na ALEPA abordou esse tema muitas vezes, sendo um grande conhecedor do mesmo.

JC – Nélio, no exercício do mandato de deputado estadual, você falou com frequência sobre o fato do Pará ser punido, em vez de receber os benefícios por ser um grande gerador de energia elétrica para o Brasil. Não é isso?

Nélio Aguiar (Foto: JParente)
Nélio – O primeiro questionamento que eu fiz sempre enquanto deputado, e hoje mesmo sem mandato é sobre a completa dependência do Brasil de praticamente uma única matriz energética que é a hidrelétrica. Quando ocorre uma estiagem há um caos no sistema energético do país, porque há muitos anos só sabemos construir hidrelétricas. Não há pesquisas por alternativas nas universidades e nenhum país no mundo é tão dependente de energia hidrelétrica como o nosso. O Nordeste tem vento em abundância, mas, investimos pouco em energia eólica. Temos outras fontes como resto de lixo, que estão sendo aproveitadas em outros países.

            Quanto ao estado do Pará, nós só somos vistos na questão da produção de energia elétrica. Para construir hidrelétricas não faltam recursos, não falta vontade política; o governo enfrenta audiência públicas, Ministério Público, tribunais, enquanto que para distribuir energia, um estado como o nosso, que tem Tucuruí há mais de trinta anos, até hoje não se conseguiu dinheiro para levar energia para municípios como Óbidos, Monte Alegre, Alenquer e tantos outros. O linhão que traz energia para Itaituba e para Santarém não tem capacidade para transportar uma quantidade grande de energia que possa possibilitar a instalação de indústrias em nossa região que possam gerar muitos empregos.    
            O consumo industrial depende de um linhão com capacidade maior do que os 230 Kilovolts (KV). O linhão que foi construído para Manaus leva 500 KV, enquanto que o que está sendo construído para o Sudeste (principalmente São Paulo) é de 800 KV. Nós temos sobra de energia em nosso estado, mas, só tem dinheiro para transportar para fora, para Macapá, para Manaus e para o Sudeste.

JC – Some-se a tudo isso a questão na tributação, não é?

Nélio – Sim, nós temos, também esse problema, pois não podemos tributar a energia na origem, no estado onde é gerada, o que é uma incongruência. Existe a questão do rateio da conta nacional, pois quando há um problema de seca no Sudeste e no Sudeste, quando são acionadas as termoelétricas, nós pagamos juntos a conta do óleo diesel consumido. Isso não é justo! Isso é como a gente ir com uma turma de cinco pessoas para um restaurante caro, e na hora de pagar a conta faz-se o rateio por dez, incluindo-se quem não participou do banquete.

Não dá para nós pagarmos uma conta que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e outros fizeram para produzir energia. Afinal de contas, as indústrias estão lá com eles, para produzir bens para eles venderem e para gerar empregos e impostos para eles. Para nós só sobra a conta. Nós somos um estado pobre no que tange a arrecadação. Os nossos deputados federais e os nossos senadores tem que brigar para parar com isso.

            Soma-se a isso a bitributação promovida pela Celpa. Em Santarém descobrimos outro problema: a Celpa não estava repassando o montante correto da arrecadação da Tarifa de Iluminação Pública. O prefeito Alexandre Von foi pra cima e a empresa começou a aumentar os valores. Aqui em Itaituba a comunidade precisa estar atenta para isso e para o problema da bitributação.


            O Pará é um grande perdedor quando o assunto é energia elétrica, seja pela tarifa que é muito elevada, seja pelo fato de ser um grande gerador de energia que não recebe tributos pela produção desse bem. Precisamos mudar isso. Mas, para que isso aconteça, é preciso que nossos políticos com mandato lutem por isso, coisa que a gente não tem visto. Em suma, somos penalizados, somos castigados pela culpa de termos um estado tão pródigo em riquezas naturais, mas, sem receber pela exploração delas a devida compensação.

Matéria publicada na edição especial de número 200, que circula desde segunda (29/06)

200ª edição do Jornal do Comércio: uma longa história pra contar

Jota Parente
Quando eu cheguei a Itaituba em agosto de 2005, com quase 55 anos de idade, plenamente capaz, de continuar sendo uma pessoa produtiva, física e mentalmente, estava um tanto desnorteado pelos acontecimentos que mudaram o curso de minha vida, os quais resultaram na perda de minha primeira esposa, Eliede.

Vim com a cara e a coragem, sozinho, na quase certeza de aqui encontraria apoio para desenvolver o projeto que trazia na cabeça, que seria montar um jornal impresso, o que já tinha feito com pouco sucesso em 1998, talvez porque não tivesse encarado com a seriedade que a empreitada exigia, sobretudo do ponto de vista de negócio.

Até aquele momento, eu havia passado praticamente toda minha vida profissional como empregado, a maior parte do tempo no comando de equipes de esporte ou de jornalismo, ou de emissoras. Sempre procurei agir com muito profissionalismo, o que me rendeu um bom conceito entre os meus chefes e entre meus colegas de trabalho. Mas, naquela ocasião em que estava de volta para Itaituba sentia-me diferente.

Nunca reclamei por ter trabalhado por cerca de três décadas para os outros, porque foi nos empregos que me deram que me mantive e mantive minha família. Pelo contrário. Recordo com saudade daqueles tempos, principalmente dos muitos amigos que fiz na caminhada por emissoras de rádios, e numa segunda etapa da vida, também na TV.

Jamais me senti um homem de televisão. Digo sempre com quem converso sobre minha vida profissional, que ter passado pela TV foi um acidente de percurso que não fazia parte dos meus planos. Mas, também foi bom, porque foi mais um aprendizado que tive na convivência com colegas do porte de Ivan Araújo, por exemplo.

O Rádio foi sempre a minha casa e a minha grande paixão, e foi através do Rádio que eu me tornei conhecido em grande parte desta nossa região Oeste do Pará. Mas, ao mesmo tempo em que comandava equipes de esporte, de jornalista ou na condição de diretor de emissoras, fazia um extra em jornal impresso, desde os primórdios de 1975, quando o saudoso amigo Artur Martins, como diretor, e outro saudoso amigo, Leal di Souza, como editor responsável deram-me a primeira oportunidade de ensaiar alguns pequenos textos, pois estava habituado a preparar textos menores, que eram as notícias dos acontecimentos esportivos.

Quem nasceu depois de 1980 nunca ouviu falar de A Província do Pará, jornal fundado em 1876, que teve uma longa vida de 125 anos. Durou até 2001, mas, já era uma publicação de pequena tiragem que circulava apenas em Belém. Porém, durante muitas décadas foi um dos mais importantes jornais da história do estado do Pará, tendo pertencido aos Diários Associados, de Assis Chateuabriand, paraibano de Umbuzeiro, o magnata da imprensa brasileira dos anos 1950 a 1970. De tão importante que ele foi, virou até nome de município, no Paraná. O outro jornal muito respeitado era a Folha do Norte, que durou de 1896 até 1974.

Pois foi em A Província do Pará que eu debutei no jornal impresso, escrevendo uma coluna de esporte para um encarte que a gente preparava sob o comando de Leal di Souza, mandava para Belém e vinha como encarte de A Província. Era muita bagagem que a gente ganhava ter uma oportunidade daquela que teve um significado muito grande no meu futuro como jornalista.

Poucos anos depois, mesmo quando A Província ainda circulava em todo o estado, Artur conseguiu os direitos para fazer voltar a circular uma publicação que foi a única de Santarém por muitos anos, que era o Jornal de Santarém, para o qual passamos a escrever. Preparava-se todo o material, incluindo o material fotográfico, que era revelado e copiado em Santarém mesmo, e era enviado para Belém, porque àquela altura era mais negócio mandar imprimir na capital por questões de custos e de qualidade final do jornal. Às vezes, quando surgiam matérias importantes em cima da hora, o filme nem era revelado, sendo mandado para Belém, onde o restante do trabalho era feito. Eram outros tempos, em que nem se sonhava com fotografia digital.

Até chegar ao Jornal do Comércio, eu ainda tive mais algumas experiências enriquecedoras, como a volta de a Folha do Norte, cujo título havia sido adquirido há alguns anos pela família Maiorana, dona de O Liberal. Em 1980, o jornalista Manuel Dutra, então gerente da Rádio Rural de Santarém, obteve autorização para editar a Folha do Norte, em Santarém.

Dutra formou uma equipe de primeira, da qual fizeram parte Leal di Sousa, Douglas Lima, Sampaio Brelaz, eu e o próprio Dutra, que era o editor responsável. Durante mais de um ano nós produzimos um jornal de qualidade muito boa, que era muito respeitado em Santarém e na região, nos municípios em que circulava.

Alguns anos mais tarde tive uma passagem pelo Jornal Tapajós, comandado pela empresária Vânia Maia, que hoje é a diretora do Grupo Tapajós de Comunicação. Também tratava-se de uma equipe muito competente, na qual minha atividade restringia-se ao setor de esportes, tendo uma página sob minha responsabilidade.

Porque estou contando isso no momento em que o Jornal do Comércio está chegando à sua edição de número 200. É porque se tudo isso não tivesse acontecido na minha vida profissional, provavelmente eu não tivesse o conhecimento suficiente para me dar certeza de que eu tinha competência profissional para tocar o meu próprio projeto. E isso eu tenho absoluta convicção de que tinha naquele momento crucial da vida, quando muitos, já se encaminhando para a casa dos 60 anos jogam a toalha. Mas, se pelo aspecto profissional eu não tinha dúvida de que a única coisa que precisava era desenferrujar, pois já fazia anos que não produzia um jornal, por outro, faltava o lado empresarial, que nunca foi o meu forte.

Cheguei aqui sem uma folha de papel para escrever um rascunho. Literalmente, vim com a cara, a coragem, com o conhecimento e a experiência adquiridos ao longo dos anos, e com muita, mas vontade de fazer algo diferente, que pudesse ser bem acolhido pelo público. Vinha determinado a criar o meu próprio jornal, sem ter, como disse no começo do parágrafo, uma folha de papel para escrever. Mas, tinha crédito, credibilidade e acima de tudo, amigos que esperava que não me abandonassem. E eles não me faltaram na hora precisa.

O Jornal do Comércio nasceu na residência de um amigo muito especial, aquele irmão que não é de sangue, mas que é um irmão que a vida me deu de presente, chamado Wilmar Freire. O primeiro gesto de compreensão dele foi logo na chegada, quando lhe falei dos meus planos, que incluam o total afastamento da política partidária, na qual militei como coordenador de campanhas, dele e de seu pai Wirland Freire.
Sidney Jr. foi outra pessoa fundamental naquele começo, pois foi através dele que consegui apoio financeiro da prefeitura, então comandada por Roselito Soares, para imprimir as primeiras edições do jornal na Gráfica Globo. Esse conjunto de fatores tornou possível a circulação da primeira edição do Jornal do Comércio, no dia 3 de setembro de 2005.

Duas semanas antes de o jornal ser lançado, chegou minha esposa Marilene, que só viria a ser Parente a partir de 2008 quando casamos no civil. Sua vinda foi da maior importância para a existência do jornal, pois já tinha uma ótima experiência em vendas, por ter trabalhado como corretora de seguros no Bradesco, tendo tido oportunidade de fazer alguns cursos bancados pela citada instituição bancária. E foi exatamente a partir de sua chegada que foi alavancado o setor comercial.

Algumas pessoas acreditaram na proposta daquele pequeno jornal; pequeno no tamanho e pequeno no número de páginas que eram somente doze. Chegaram a me perguntar se eu estava ficando maluco por lançar um periódico com tais dimensões. E ainda por cima, preto e branco. O tempo encarregou-se de mostrar que a decisão foi correta.

Durante esses quase dez anos de atividade ininterrupta, o Jornal do Comércio vem crescendo continuamente no conceito da comunidade itaitubense e no número de páginas, que hoje são 24. Às vezes, dependendo da necessidade, circulamos com um número maior, mas, o número padrão é vinte e quatro páginas.

Sonhei muito com este momento que alcançamos e com o outro que está próximo de acontecer. Chegar à ducentésima edição em uma cidade que ainda não tem grande tradição do hábito da leitura e estar bem perto de completar dez anos são marcas que nos envaidecem, sem perdermos a consciência de nossa responsabilidade cada vez maior de ser um veículo de credibilidade junto aos nossos leitores.

Quando projetei o Jornal do Comércio, achei que deveria fazer uma publicação diferente do tradicional da imprensa do dia a dia para oferecer aos leitores uma opção alternativa ao que se assiste, se ouve e se vê nos noticiários da imprensa de qualquer lugar deste país. Foi por ter feito essa opção, que o Jornal do Comércio não tem página policial. Ocorrências policiais só são estampadas em nossas páginas se fugirem ao trivial, como crimes que chocam toda a comunidade, grande apreensão de drogas, e assim por diante.

A outra decisão foi evitar ser um jornal pautado por notícias do varejo que já tivessem sido esgotadas por outros veículos. Não queremos ser meros repassadores de informações. Discutimos os assuntos e emitimos nossa opinião sem achar que somos os donos da verdade, com o objetivo de contribuir com o aclaramento dos temas tratados. Além disso, decidimos que o JC não seria alinhado a nenhum grupo político para que pudéssemos ter independência para fazer as críticas que tivessem que ser feitas, contra quem quer que seja que esteja no poder. Seguimos a célebre máxima de Millor Fernandes: Imprensa é oposição; o resto é secos e molhados. Não nos consideramos, nem melhores, nem piores do que ninguém: apenas um pouco diferentes.

Não nos cabe mérito exclusivo na construção dessa história. Aos poucos fomos nos juntando aos nossos parceiros comerciais, sem os quais não haveria jornal. Alguns nos apoiam quase que desde o princípio. Da mesma forma deve ser ressaltada a participação dos assinantes e leitores de um modo geral, que nos motivam com seus comentários, incluindo as críticas bem colocadas que servem para a gente corrigir algo que fuja ao padrão.

Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa fala-se que já há até data prevista para jornais impressos pararem de circular. Todos os jornais e revistas, até já migraram para a mídia eletrônica, o que já acontece em larga escala. No nosso caso brasileiro, embora em muitos casos tenhamos comportamento de colônia em relação aos países mais desenvolvidos do que o nosso, nem tudo que acontece por lá, vai acontecer obrigatoriamente aqui.

Mesmo sendo o Brasil o 5º país com maior número de acessos à internet, apenas 38% dos brasileiros a acessam diariamente. O que isso significa? Significa que ainda vai levar um longo tempo até que a grande maioria da população brasileira tenha acesso a esse serviço de forma continuada. Por isso, a sobrevivência das publicações imprensas como jornais está assegurada por ainda um bom tempo.

A possibilidade de migrar totalmente para a mídia digital já foi aventada por nós. Entretanto, ao analisarmos as nossas peculiaridades locais, chegamos à conclusão de que deixaríamos de oferecer um bom serviço para nossa comunidade, caso cessássemos a versão impressa do Jornal do Comércio. Portanto, vamos continuar por mais um bom tempo.


200 edições para um jornal quinzenal, que em alguns momentos, como quando precisei me ausentar para tratamento de saúde, circulou no máximo uma vez por mês é uma marca para ser comemorada. Obrigado a todos que tornaram possível este momento. O Jornal do Comércio deixou de ser apenas uma publicação do Jota Parente e da Marilene Parente, para se tornar um veículo de informação de Itaituba. Isso muito nos satisfaz.

Artigo publicado na edição especial de número 200, que circula desde segunda (29/06)