terça-feira, janeiro 13, 2015

Camionete pega fogo próximo a Campo Verde

Camionete Hilux que vinha puxando uma carretinha na Br Transamazonica no Km 20 entre Campo Verde e Itaituba hoje 13/1 as 11:20h, ambas carregada com produtos inflamável, (desodorante isqueiro), carreta veio a desestabilizar e tombando em seguida pegou fogo com aproximadamente 15 minutos de explosões, havendo perca total, inclusive de  documentos.

O  proprietário estava com sua família, mas, felizmente, somente houve prejuízos materiais.

A camionete tem seguro.

Davi Menezes, pelo Whatsaap

segunda-feira, janeiro 12, 2015

O nome certo de Naldo Mota

Venho informar que houve um erro no nome do meu pai, agradeço caso seja corrigido. O correto seria Rosinaldo Mota de Castro. 

Atualmente ele trabalhava no Banpará em Água Azul do Norte, aqui mesmo no Pará, mas amou e se dedicou a música desde pequeno. Amava Itaituba, amava Santarém e sempre fez músicas em homenagem a estas cidades.

Caso queira complementar: 
Além da música 'O Vale dos Tapajoaras' (Feita juntamente com o Ivan Araujo), foi autor da música Profecia Amazônica que também consta no CD ITA em Canções. Além de muitas outras, é claro, que nem eu mesmo tenho informações. Ele não ligava muito para direitos autorais e nem guardava suas músicas.

Qualquer dúvida me contactar. Abraços.


Att,
Renan P. Castro
---------------------------------------

Nota do blog: Haviamos publicado como sendo Rosinaldo da Mota Pinto, baseados em informação de um conhecido do compositor, que tentou ajudar, mas, também equivocou-se. Pedimos desculpas pelo erro.

Até aonde quer chegar o pode público municipal?

Jorge Machado comentou o artigo de Weliton Lima, que o blog publicou.
---------------------------------------
Muito bom para o momento o comentário do nobre colega a respeito do deste absurdo relacionado ao Aeroporto Municipal de Itaituba, isso em plena entrada de novos investimentos.

Será que isso não vai ter fim? Aonde o poder público quer chegar? A secretaria de Ind. e Comercio e também Turismo do município precisam clamar junto ao executivo a rápida solução deste caso.


Jorge Luiz Machado

Aeroporto fechado causa grandes prejuízos em Itaituba, para agências de viagens, taxistas e hotéis

Donos de hotéis reclamam, mas temem represálias

Na reportagem que a TV Tapajoara exibiu no telejornal Focalizando, hoje, donos de agências de viagens, taxistas e donos e gerentes de hotéis falaram dos enormes prejuízos que estão sofrendo com o fechamento do aeroporto de Itaituba.

Os taxistas tiveram seus rendimentos reduzidos a percentuais baixíssimos com a suspensão dos voos.

Sábado passado, dia 10, a MAP realizou seu último voo até que as não conformidades do aeroporto sejam sanadas pela prefeitura, responsável pela administração do aeródromo.

De acordo com donos de agencias de viagens informaram que o movimento caiu mais de 90%.

Para os donos de hotéis ouvidos, a queda na ocupação dos apartamentos é superior a 50%.

Chamou atenção a informação da reprtagem, dando conta de que alguns proprietários de hotéis preferiram não gravar entrevistas, porque disseram que se o fizessem, poderia sofrer perseguição da administração da prefeita Eliene Nunes, pois quem fala qualquer coisa contra o governo sofre represálias.

Corpo do jovem de Fordlândia foi encontrado ontem à noite

O corpo do jovem Lucas Ferreira, que desapareceu por volta das quatro horas da tarde em Fordlândia, quando tomava banho no trapiche de Fordlândia, foi encontrado.


Ontem mesmo, por volta de onze horas da noite o corpo foi encontrado, sendo velado neste momento na igreja evangélica Presbiteriana Renovada, naquela vila.

domingo, janeiro 11, 2015

Jovem desaparece nas águas do Tapajós

 Lucas Ferreira, 17 ano, desapareceu nas águas do Tapajós na tarde de domingo, 11.

Ele tomada banho no trapiche da vila de Forldândia, quanto desapareceu por volta das quatro horas da tarde.

Por causa do horário avançado, embora tenha sido comunicado ontem do ocorrido, somente na manhã desta segunda-feira o Corpo de Bombeiros, de Itaituba ficou de mandar alguns mergulhadores para tentar encontrar o jovem.

Lucas era filho do senhor Davi, proprietário de uma farmácia naquela vila.

Leonardo Boff: "Eu também não sou Charlie"

:

Teólogo Leonardo Boff compartilha texto em que explica por que também 'não é Charlie'; "Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos… Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: 'É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo'. 'É preciso' porque? Para que?", questiona; numa charge de Latuff, de 2012, Charb, uma das vítimas da chacina, foi retratado como homem-bomba

Há muita confusão acerca do atentado terrorista em Paris, matando vários cartunistas. Quase só se ouve um lado e não se buscam as raízes mais profundas deste fato condenável mas que exige uma interpretação que englobe seus vários aspectos ocultados pela midia internacional e pela comoção legítima face a um ato criminoso. Mas ele é uma resposta a algo que ofendia milhares de fiéis muçulmanos. Evidentemente não se responde com o assassianto. Mas também não se devem criar as condições psicológicas e políticas que levem a alguns radicais a lançarem mão de meios reprováveis sobre todos os aspectos. Publico aqui um texto de um padre que é teóloogo e historiador e conhece bem a situação da França atual. Ele nos fornece dados que muitos talvez não os conheçam. Suas reflexões nos ajudam a ver a complexidade deste anti-fenômeno com suas aplicações também à situação no Brasil: Lboff
***************************
Eu condeno os atentados em Paris, condeno todos os atentados e toda a violência, apesar de muitas vezes xingar e esbravejar no meio de discussões, sou da paz e me esforço para ter auto controle sobre minhas emoções…

Lembro da frase de John Donne: “A morte de cada homem diminui-me, pois faço parte da humanidade; eis porque nunca me pergunto por quem dobram os sinos: é por mim”. Não acho que nenhum dos cartunistas “mereceu” levar um tiro, ninguém o merece, acredito na mudança, na evolução, na conversão.

Em momento nenhum, eu quis que os cartunistas da Charlie Hebdo morressem. Mas eu queria que eles evoluíssem, que mudassem… Ainda estou constrangido pelos atentados à verdade, à boa imprensa, à honestidade, que a revista Veja, a Globo e outros veículos da imprensa brasileira promoveram nesta última eleição.

A Charlie Hebdo é uma revista importante na França, fundada em 1970, é mais ou menos o que foi o Pasquim. Isso lá na França. 90% do mundo (eu inclusive) só foi conhecer a Charlie Hebdo em 2006, e já de uma forma bastante negativa: a revista republicou as charges do jornal dinamarquês Jyllands-Posten (identificado como “Liberal-Conservador”, ou seja, a direita europeia). E porque fez isso? Oficialmente, em nome da “Liberdade de Expressão”, mas tem mais…

O editor da revista na época era Philippe Val. O mesmo que escreveu um texto em 2000 chamando os palestinos (sim! O povo todo) de “não-civilizados” (o que gerou críticas da colega de revista Mona Chollet (críticas que foram resolvidas com a demissão sumaria dela). Ele ficou no comando até 2009, quando foi substituído por Stéphane Charbonnier, conhecido só como Charb. Foi sob o comando dele que a revista intensificou suas charges relacionadas ao Islã, ainda mais após o atentado que a revista sofreu em 2011…

A França tem 6,2 milhões de muçulmanos. São, na maioria, imigrantes das ex-colônias francesas. Esses muçulmanos não estão inseridos igualmente na sociedade francesa. A grande maioria é pobre, legada à condição de “cidadão de segunda classe”, vítimas de preconceitos e exclusões. Após os atentados do World Trade Center, a situação piorou.

Alguns chamam os cartunistas mortos de “heróis” ou de os “gigantes do humor politicamente incorreto”, outros muitos os chamam de “mártires da liberdade de expressão”. Vou colocar na conta do momento, da emoção. As charges polêmicas do Charlie Hebdo, como os comentários políticos de colunistas da Veja, são de péssimo gosto, mas isso não está em questão. O fato é que elas são perigosas, criminosas até, por dois motivos.

O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos…

Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. “É preciso” porque? Para que?

Note que ele não está falando em atacar alguns indivíduos radicais, alguns pontos específicos da doutrina islâmica, ou o fanatismo religioso. O alvo é o Islã, por si só.

Há décadas os culturalistas já falavam da tentativa de impor os valores ocidentais ao mundo todo. Atacar a cultura alheia sempre é um ato imperialista. Na época das primeiras publicações, diversas associações islâmicas se sentiram ofendidas e decidiram processar a revista. Os tribunais franceses, famosos há mais de um século pela xenofobia e intolerância (ver Caso Dreyfus), como o STF no Brasil, que foi parcial nas decisões nas últimas eleições e no julgar com dois pessoas e duas medidas casos de corrupção de políticos do PSDB ou do PT, deram ganho de causa para a revista.

Foi como um incentivo. E a Charlie Hebdo abraçou esse incentivo e intensificou as charges e textos contra o Islã e contra o cristianismo, se tem dúvidas, procure no Google e veja as publicações que eles fazem, não tenho coragem de publicá-las aqui…

Mas existe outro problema, ainda mais grave. A maneira como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos infames com “matar” e “explodir”…). Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma generalização. Nem sempre existe um signo claro que indique que aquele muçulmano é um desviante, já que na maioria dos casos é só o desviante que aparece. É como se fizéssemos no Brasil uma charge de um negro assaltante e disséssemos que ela não critica/estereotipa os negros, somente aqueles negros que assaltam…

E aí colocamos esse tipo de mensagem na sociedade francesa, com seus 10% de muçulmanos já marginalizados. O poeta satírico francês Jean de Santeul cunhou a frase: “Castigat ridendo mores” (costumes são corrigidos rindo-se deles). A piada tem esse poder. Mas piada são sempre preconceituosas, ela transmite e alimenta o preconceito. Se ela sempre retrata o árabe como terrorista, as pessoas começam a acreditar que todo árabe é terrorista. Se esse árabe terrorista dos quadrinhos se veste exatamente da mesma forma que seu vizinho muçulmano, a relação de identificação-projeção é criada mesmo que inconscientemente. Os quadrinhos, capas e textos da Charlie Hebdo promoviam a Islamofobia. Como toda população marginalizada, os muçulmanos franceses são alvo de ataques de grupos de extrema-direita. Esses ataques matam pessoas. Falar que “Com uma caneta eu não degolo ninguém”, como disse Charb, é hipócrita. Com uma caneta se prega o ódio que mata pessoas…

Uma das defesas comuns ao estilo do Charlie Hebdo é dizer que eles também criticavam católicos e judeus…

Se as outras religiões não reagiram a ofensa, isso é um problema delas. Ninguém é obrigado a ser ofendido calado.

“Mas isso é motivo para matarem os caras!?”. Não. Claro que não. Ninguém em sã consciência apoia os atentados. Os três atiradores representam o que há de pior na humanidade: gente incapaz de dialogar. Mas é fato que o atentado poderia ter sido evitado. Bastava que a justiça tivesse punido a Charlie Hebdo no primeiro excesso, assim como deveria/deve punir a Veja por suas mentiras. Traçasse uma linha dizendo: “Desse ponto vocês não devem passar”.

“Mas isso é censura”, alguém argumentará. E eu direi, sim, é censura. Um dos significados da palavra “Censura” é repreender. A censura já existe. Quando se decide que você não pode sair simplesmente inventando histórias caluniosas sobre outra pessoa, isso é censura. Quando se diz que determinados discursos fomentam o ódio e por isso devem ser evitados, como o racismo ou a homofobia, isso é censura. Ou mesmo situações mais banais: quando dizem que você não pode usar determinado personagem porque ele é propriedade de outra pessoa, isso também é censura. Nem toda censura é ruim…

Deixo claro que não estou defendendo a censura prévia, sempre burra. Não estou dizendo que deveria ter uma lista de palavras/situações que deveriam ser banidas do humor. Estou dizendo que cada caso deveria ser julgado. Excessos devem ser punidos. Não é “Não fale”. É “Fale, mas aguente as consequências”. E é melhor que as consequências venham na forma de processos judiciais do que de balas de fuzis ou bombas.

Voltando à França, hoje temos um país de luto. Porém, alguns urubus são mais espertos do que outros, e já começamos a ver no que o atentado vai dar. Em discurso, Marine Le Pen declarou: “a nação foi atacada, a nossa cultura, o nosso modo de vida. Foi a eles que a guerra foi declarada”. Essa fala mostra exatamente as raízes da islamofobia. Para os setores nacionalistas franceses (de direita, centro ou esquerda), é inadmissível que 10% da população do país não tenha interesse em seguir “o modo de vida francês”. Essa colônia, que não se mistura, que não abandona sua identidade, é extremamente incômoda. Contra isso, todo tipo de medida é tomada. Desde leis que proíbem imigrantes de expressar sua religião até… charges ridicularizando o estilo de vida dos muçulmanos! Muitos chargistas do mundo todo desenharam armas feitas com canetas para homenagear as vítimas. De longe, a homenagem parece válida. Quando chegam as notícias de que locais de culto islâmico na França foram atacados, um deles com granadas!, nessa madrugada, a coisa perde um pouco a beleza. É a resposta ao discurso de Le Pen, que pedia para a França declarar “guerra ao fundamentalismo” (mas que nos ouvidos dos xenófobos ecoa como “guerra aos muçulmanos”, e ela sabe disso).


Por isso tudo, apesar de lamentar e repudiar o ato bárbaro do atentado, eu não sou Charlie. Je ne suis pas Charlie.

Condenar as mortes em Paris dos jornalistas do Charlie Hebdo "não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas"

Em artigo sobre o movimento "je suis Charlie", Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, lembra algumas verdades inconvenientes; "Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça à ordem pública", afirma; "Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro francês Manuel Valls se justificou: 'Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?'"; portanto, condenar as mortes em Paris dos jornalistas do Charlie Hebdo "não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas", que são islamofóbicas; 
WANG ZHAO: People holding banners reading
Diante da presença de 700 000 pessoas nas ruas de Paris para protestar pelo massacre na redação do Charlie Hebdo é preciso lembrar que:
1.Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça a ordem pública;
2.Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro Manuel Valls se justificou: “Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?”
3. Em 2006, um grupo de intelectuais de prestígio na mídia assinou um manifesto anunciando a aparição de uma quarta forma de ditadura dos tempos modernos. Depois do nazismo, do fascismo e do estalinismo, o manifesto falava do islamismo — que não é uma doutrina política, mas uma religião, que mobiliza perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou um quarto da humanidade, reunindo homens e mulheres com diferentes visões de mundo e costumes bastante diversos.
Benvindo à duplicidade moral do século XXI.
O morticínio na redação do Charle Hebdo foi uma operação cruel e injustificável. Nenhum cidadão, em parte alguma do mundo, deve perder a vida em função de suas opiniões. O fato do assassinato coletivo ter sido um crime premeditado, sem dar chance de defesa às vítimas, apenas reforça seu aspecto perverso, inaceitável.
Nada disso nos proibe de lembrar que o direito de Charlie Hebdo expressar o ponto de vista de seus jornalistas e cartunistas sem restrições não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas. A expressão “somos todos Charlie” pode gerar muitas confusões.
Num esforço supostamente didático, surgiu no país a conversa que tenta comparar Charles Hebdo e o Pasquim, o inesquecível jornal de humor feito no Leblon que chegou a vender 200 000 exemplares por semana durante a ditadura militar. É bom não exagerar nas primeiras impressões.
Estamos falando de publicações satíricas, dedicadas ao humor político. Podemos encontrar artistas geniais, nos dois lados do Atlantico. E só.
Mas ninguém tem o direito de iludir-se com puras formalidades nem ignorar o ponto essencial.
O Pasquim tinha lado. Extraia sua força de uma opção política clara: denunciava o regime militar e seus inimigos. Não fazia concessões nem permitia dúvidas a respeito. Não era um humor sem causa. Muito menos com a causa errada. Estava ao lado dos mais fracos.
No universo cultural europeu do século XXI, Charles Hebdo construiu uma relação ambígua com o racismo.
Assumindo aquela visão que classificava o islamismo como o quarto totalitarismo, o próprio editor da Charlie Hebdo disse que, para a revista, tanto o fascismo da Frente Nacional, a organização de extrema-direita francesa, como o que chamava de “fascismo islâmico” fazem parte da “mesma seara e contra eles não economizamos nossa arte”.
O fascismo de Jean Marie Le Pen — e outros líderes semelhantes que se espalham pelo Velho Mundo — tem um projeto de poder de Estado. É um movimento violento e nostálgico da velha ordem, que tenta restaurar pela força. Quer eliminar direitos conquistados, que representam avanços — parciais, limitados — rumo a uma situação de menor desigualdade. A opção Le Pen é um estado forte para submeter os deserdados da globalização a leis mais duras e severas, como mão de obra de segunda-classe — seja em casa, seja em seus países de origem.
O clero muçulmano mantém convicções que podem ser ou parecer retrógradas. Como em todas as religiões organizadas, seus líderes podem ser acusados de exercer o poder de forma autoritária.
Ali se encontram círculos fascistas — que também se manifestam no extremismo católico. Em julho de 2011, em Oslo, 76 pessoas morreram em dois atentados cometidos por um fundamentalista cristão, adversário assumido da imigração islâmica, admirador fanático do Estado de Israel.
Não há dúvida de que lideranças muçulmanas participam da resistência política e cultural de uma população segregada e diminuída em seus direitos, em particular no Oriente Médio, onde a atuação do Estado de Israel junto a seus vizinhos — e à própria população árabe no interior de suas fronteiras — contribui para criar um ambiente de enorme tensão em todo planeta.
Este é seu papel na cena global, sem relação com o fascismo de Jean Marie Le Pen. É por isso que são atacados. É por isso que o deboche é estimulado. Devem ser desqualificados — da mesma forma que, nos tempos do Pasquim, a ditadura lançava insinuais odiosas sobre a vida pessoal de lideranças da Teologia da Libertação.
O racismo é um antigo componente da cultura européia e é possível encontrar suas manifestações mesmo em textos de sábios insuspeitos do iluminismo. Mas há uma novidade recente.
Com o progresso científico, as noções que dividiam a humanidade em raças biologicamente inferiores e superiores deixaram de fazer sentido para as camadas mais cultas.
Está comprovado que nenhuma herança genética é capaz de explicar as diferenças de desenvolvimento entre povos e países. Surgiu, então, o fator cultural.
Procura-se definir uma hierarquia entre homens e mulheres pela visão de que há uma hierarquia entre culturas. Algumas seriam mais adequadas do que outras para promover o progresso social, que não seria produto de opções de natureza economica e política, mas dos valores tradicionais de cada povo.
Foi assim que se passou a explicar a hegemonia política-militar dos EUA em todo planeta pelos valores morais da religião protestante — embora outros povos, com os mesmos valores morais e religiosos, pudessem padecer de uma condição muito diferente. Ou a falta de desenvolvimento de países tropicais pela falta de amor ao trabalho duro de seus cidadãos — ainda que a jornada de trabalho de muito desses povos pudesse ser mais prolongada e estafante. E assim por diante.
O fator cultural encontra-se no eixo teórico do artigo ” Choque de Civilizações”, de Samuel Huntington. Publicado em 1993, ele construiu um novo quadro ideológico para justificar a atuação das grandes potências após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria — quando, mais uma vez, era preciso manter a hierarquia entre povos e paises, dominantes e dominados.
Para Huntington, todo esforço para criar um ambiente de convívio harmonico e cooperativo entre os povos, com respeito a pluralidade e a história de cada um, nada mais seria do que uma utopia risível, pois não há uma herança comum entre elas. “As diferenças entre as civilizações não são apenas reais; são fundamentais”, escreve, para acrescentar: “não vão desaparecer em pouco tempo. São muito mais essenciais do que as diferenças entre ideologias e regimes políticos.”
Ele reconhece que “diferenças não significam conflito, e conflito não implica necessariamente violência,” mas adverte: “ao longo dos séculos, as diferenças entre civilizações geraram os conflitos mais violentos e prolongados.”
Dividindo a humanidade em oito civilizações diferentes, Huntington enxerga um ambiente hostil para o chamado ocidente, cada vez mais mais ameaçado pelo progresso de outros povos de outras culturas. Nesse ambiente de risco, onde a posição de predomínio se encontra ameaçada, o “Ocidente (com maiúsculas)” está condenado a “manter o poderio econômico e militar necessário para proteger seus interesses” diante das demais civilizações.
Quem leu Edward Said já aprendeu a importância de estereótipos negativos sobre os povos árabes para consolidar um domínio de caráter imperialista naquela parte do mundo que abriga as principais reservas mundiais de petróleo, a principal riqueza estratégica dos últimos 100 anos.
Quem ler “O que a Europa deve ao Islam de Espanha”, de Juan Vernet, poderá descobrir a formidável contribuição dos povos árabes para a magnifica explosão cultural do Renascimento — e todas suas consequências — que muitas pessoas acreditam ter sido uma obra pura de artistas e intelectuais europeus.
A questão encontra-se aí.
A execução à bala da redação do Charlie Hebdo é inaceitável.
A tentativa de criminalizar o islamismo por este crime também é inaceitável. Lembra a piores tentativas de manipular consciências e reforçar preconceitos que inevitavelmente irão gerar novas tragédias.

Procuradoria Eleitoral pede a cassação de Wlad

Procuradoria Eleitoral pede a cassação de Wlad (Foto: Antonio Cruz - ABr)
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), órgão do Ministério Público Federal para as questões eleitorais, ajuizou na última quarta-feira uma ação contra o deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade), por ilegalidades cometidas durante a campanha eleitoral.

O parlamentar é acusado de abuso de poder econômico. O órgão pediu a cassação do registro ou diploma do candidato, que se reelegeu para mais um mandato, além de aplicação de multa. Por fim, o Ministério Público eleitoral solicitou a declaração de inelegibilidade do deputado federal por oito anos.
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, Wlad omitiu despesas com multas e eventos na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, além de ter deixado de declarar mais de R$ 150 mil em despesas com propaganda.
Ainda de acordo com o Ministério Público Eleitoral, existem fortes indícios de falsificação e/ou adulteração das assinaturas dos documentos de autorização para colocação de propaganda eleitoral em propriedade particular e há inconsistências em recibos de doações eleitorais.
Em dezembro do ano passado, o colegiado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado do Pará havia decidido, por unanimidade, pela desaprovação da prestação final de contas no valor de R$ 642.457,48 relativos à arrecadação e aplicação de recursos na campanha eleitoral de 2014 do deputado federal reeleito, Wladimir Costa (SD).

SEM CONFIANÇA
No parecer técnico conclusivo do TRE que baseou o julgamento dos cinco membros presentes, trechos como “total ausência de confiabilidade das contas em apreço” e “ausência de zelo do candidato em divulgar dados reais de sua campanha” se misturam às citações de números de CPFs de doadores incorretos, uma vez que na Receita Federal consta que estes números pertencem a outras pessoas.
O parecer também aponta notas fiscais que não respondem por pelo menos R$ 122 mil de gastos omitidos só nas prestações parciais apresentadas pelo parlamentar, que não deixará de ser diplomado por conta da rejeição e ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em fiscalização feita por servidores do controle interno do próprio TRE à Delta Gráfica e Editora Ltda., foram descobertos nada menos que R$ 217 mil em ordens de serviço referentes a material de propaganda de Wlad para o último pleito, quando em sua prestação de contas estão declarados meros R$ 61.164,00 de gastos junto à empresa.
A análise do TRE mostrou ainda que a prestação de Wladimir Costa cita doadores de campanha, para a pintura de muros, cujos CPFs informados não batem com os nomes junto à base de dados da Receita Federal, sendo que um deles consta inclusive como inexistente.
(Diário do Pará)

sábado, janeiro 10, 2015

Muçulmano de mercado judaico usou freezer para salvar reféns

Nas redes sociais, Lassana Bathily é chamado de herói.
Pessoas foram feitas reféns em mercado de Paris na sexta (8).


Enquanto o Estado Islâmico chama de “heróis” os autores do ataque emParis, os franceses têm outro herói muçulmano: o jovem Lassana Bathily, de 24 anos, do Mali.
Em entrevista ao canal BFMTV, o funcionário do mercado judaico Lassana Bathily conta como escondeu alguns reféns no freezer do estabelecimento (Foto: Reprodução/RTL Belgique)
Apesar da morte de quatro reféns, o funcionário do mercado judaico do bairro de Porte de Vincennes salvou diversas pessoas após o local ser invadido por terrorista.
Quando o sequestrador Amedy Coulibaly invadiu o local fortemente armado, o pânico tomou conta do lugar e cerca de 15 clientes que estavam na loja correram para o porão. "Quando eles correram para baixo, eu abri a porta do freezer", contou Bathily ao canal de notícias BFMTV.
Em seguida, ele desligou o congelador e apagou a luz. Antes de fechar a porta, pediu calma aos clientes e saiu para vigiar o sequestrador.

Por fim, a polícia invadiu o mercado, matando Coulibaly, e, à medida que os reféns eram libertados, agradeceram Bathily, conforme ele disse à BFMTV. Nas redes sociais o rapaz foi elogiado por sua atitude. (G1)

Itatuba poderá voltar a ter linhas urbanas de ônibus

Foto ilustrativa
Mais uma vez Itaituba deverá ter linhas urbanas de ônibus. Alguns empresários do setor de transporte coletivo, de Belém, estão mantendo contato a esse respeito com as autoridades do município.

Há também um empresário de São Paulo que mostrou interesse em explorar esse serviço.

Não vai ser da noite para o dia, garante o coordenador da COMTRI, André Paxiúba, que disse que todos os estudo serão feitos para evitar que a atividade malogre como das vezes anteriores.

Não se sabe até hoje porque, o serviço de transporte coletivo nunca deu certo na cidade de Itaituba, apesar das diversas tentativas feitas.

Com o crescimento da cidade, depois da fundação de novos bairros como o residencial Vale do Piracanã, o residencial Viva Itaituba, o bairro Jardim América (Buriti), que em breve vai crescer ainda mais com um novo residencial cuja área está em fase final de regularização, que fica por trás do Buriti, essa pertencendo ao empresário, Black de Araújo Pereira (Posto Mimoso) e residencial Wirland Freire, que fica muito próximo desse local, haverá muitas pessoas precisando chegar ao centro da cidade e retornar para suas casas, gente que não dispõe de transporte próprio.

Dentro de pouco tempo haverá ainda o residencial Campo Belo, também muito grande, que será mais um bairro da cidade.

Some-se a isso o inchaço populacional que Itaituba vai sofrer com a chegada da obra da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.


Como se observa, o que não vai faltar é gente para viabilizar o serviço de transporte coletivo na cidade, que tem tudo para vingar dessa vez, desde que não seja implantado de forma açodada.

Compositor Naldo Mota morreu em Santarém

Morreu quarta-feira, em Santarém, o compositor Naldo Mota. A causa mortis não foi divulgada, mas informações dão conta de que há algum tempo ele lutava contra uma cirrose,que se agravou nos últimos dias.

Seu nome era Rosinaldo da Mota Pinto, conhecido por Naldo.

Naldo escreveu canções que são muito conhecidas em toda esta região, como Canto Amazônico, que rodou muito nas rádios de Santarém e em outras cidades.


No CD Ita em Canções, Naldo Mota teve uma música sua gravada, em parceria com Ivan Araújo. O título é, O Vale dos Tapajoaras.

Crise atinge em cheio grandes da imprensa, que demitem e vendem patrimônio

Venderam o caos, e agora são os primeiros a se afundar na crise que vaticinaram

:

No Rio, o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, demite 100 profissionais; em São Paulo, a Abril, da família Civita, fecha revistas e entrega metade dos andares que ocupa; em Minas, o Estado de Minas, onde o diretor Zeca Teixeira da Costa fez campanha explícita por Aécio Neves, corta cabeças e coloca a própria sede à venda; meios de comunicação tanto fizeram para contaminar as expectativas empresariais, com o discurso de que o Brasil rumava para o abismo, que foram os primeiros a cortar na carne; venderam o fim do Brasil e estão morrendo antes dele


247 - A semana que termina nesta sexta-feira escancarou a crise dos meios de comunicação brasileiros. Primeiro, foi a Abril, em São Paulo, quem entregou metade dos andares que ocupa e viu o busto do fundador Victor Civita ser removido. Em seguida, o Estado de Minas demitiu 11 profissionais experientes e foi repreendido pelo sindicato dos jornalistas por ter misturado jornalismo e política, de forma tão explícita. Agora, é o Globo que corta 100 profissionais, dos quais 30 na redação.
Há um ponto em comum entre esses três grupos editoriais. Todos, no último ano, adotaram o discurso de que o Brasil rumava para o caos. Engajados na campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República, o que foi feito de forma explícita por Zeca Teixeira da Costa, diretor do Estado de Minas, esses veículos venderam a ideia de que a economia brasileira, mesmo com pleno emprego e inflação na meta (ainda que no topo), mais cedo ou mais tarde afundaria.
Tal discurso contaminou as expectativas empresariais, reduzindo investimentos. E os primeiros a sofrer foram os grupos de comunicação. Os patrões venderam o caos, mas os jornalistas e profissionais de outras áreas é que pagam o pato.
Leia, abaixo, notícia do Comunique-se sobre o Globo:
O jornal O Globo realizou mais de uma centena de demissões nesta quinta-feira, 8. Conforme informações extraoficiais repassadas à reportagem do Comunique-se, ao todo, o veículo de comunicação dispensou cerca de 160 profissionais, atingindo vários departamentos da empresa, como administrativo e comercial. Na redação, os cortes alcançaram aproximadamente 30 pessoas, entre repórteres e diagramadores.

Na lista de jornalistas que se despediram do dia a dia do impresso mantido pela Infoglobo estão profissionais premiados e com longo tempo de casa, caso da editora-assistente de ‘Rio’, Angelina Nunes, que estava na empresa de comunicação desde 1991. Ela usou o perfil que mantém no Facebook para confirmar a sua saída. “A partir de hoje não estou mais no Globo. Vou concluir o mestrado e me preparar para quando o Carnaval chegar”, publicou. Durante os 23 anos de trabalhos dedicados ao Globo, somou conquistas como Prêmio Esso, Prêmio Embratel e Prêmio Vladimir Herzog.

Integrante da galeria ‘Mestres do Jornalismo’ do Prêmio Comunique-se desde 2013, o colunista de cultura Artur Xexéo também foi dispensado pela direção do jornal. No Globo desde 2000, o articulista parece ter pressentido que iria deixar de colaborar com a publicação. No blog que leva o nome do jornalista, o último texto (publicado no domingo, 4) recebeu o título de “Despedidas”. No artigo, ressalta-se que a despedida era de 2014, mas o autor chega a citar a sua situação profissional em determinado trecho. “Se o assunto não for minha aposentadoria, o leitor sempre pode imaginar que fui demitido. Que demoraram 22 anos, mas, enfim, descobriram que sou uma farsa”, escreveu Xexéo.  
Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre a Abril:
Lucas Carvalho* 
Após cortes de gastos e reestruturações em seus produtos editoriais, a editora Abril tem esvaziado andares de sua sede em São Paulo (SP). Uma parte do prédio teria sido entregue a um fundo investidor do Banco do Brasil, dono do imóvel.
O principal motivo para as mudanças teria sido a diminuição de operações na editora desde 2013 - envolvendo desde a transferência de dez publicações para a Editora Caras até o fim da versão impressa da revista Info. Em 2014, a editoria já havia divido parte de suas atividades com o prédio localizado na Marginal Tietê, que pertence à Abril e não é alugado.
IMPRENSA teve acesso ao comunicado interno divulgado pela empresa, que explica aos funcionários os detalhes das mudanças. Nele, a editora diz que decidiu não renovar o contrato de locação do primeiros andares da chamada Torre Alta. Assim, as atividades da Abril ficarão concentradas do 13º ao 26º andar do prédio, além do 8º piso.
Com a reorganização do espaço comum do condomínio, o busto de Victor Civita, fundador da Abril, que ficava na recepção, foi transferido para o mezanino do prédio. O terraço e o auditório seguem sendo de uso exclusivo da editora. O corte de custos seria uma estratégia natural do grupo e não indicaria uma suposta "crise financeira". Com redações cada vez menores, a empresa decidiu "compactar" suas instalações.
Procurada, a Abril ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre o Estado de Minas:
Vanessa Gonçalves, Jéssica Oliveira e Lucas Carvalho*
O jornal O Estado de Minas, um dos principais veículos de comunicação de Minas Gerais, promoveu nesta quarta-feira (7/1) um corte em seu quadro de funcionários. De acordo com o sindicato dos jornalistas do Estado, 11 jornalistas foram demitidos. 
Segundo a entidade, os profissionais desligados tinham grande experiência profissional, sendo que alguns trabalhavam no jornal há décadas. Os cortes atingiram cinco editoriais, que perderam repórteres, editores, fotógrafos e um ilustrador. Uma secretária também foi demitida. 
Em nota, o sindicato solidarizou-se com os demitidos e suas famílias e manifestou grande preocupação com os cortes, que "enfraquecem" o jornalismo mineiro."A preocupação do Sindicato não se limita à perda do emprego desses jornalistas e fechamento de postos de trabalho, mas também pelas circunstâncias recentes que cercam a decisão da empresa. No final de 2014, num ato que teve grande repercussão, o mesmo jornal dispensou o então editor de Cultura João Paulo Cunha, que se recusou a ter seus artigos censurados".
A entidade diz entender que o fortalecimento da profissão e da liberdade de imprensa passa pela produção de um jornalismo vigoroso, informativo e democrático, masa, ainda de acordo com ela, o jornal tem realizado "exatamente o oposto". "A renovação urgente do jornalismo mineiro não pode prescindir de profissionais experientes como estes que acabam de ser dispensados. O Sindicato informa ainda aos dispensados que transmitirá orientações jurídicas a serem tomadas e em relação ao plano de saúde, que também foi motivo de litígio recente dos jornalistas com a empresa".
À IMPRENSA, Kerison Lopes, presidente do sindicato, afirma que as demissões ocorrem em decorrência da crise financeira enfrentada pela publicação, que vai além dos problemas enfrentados pelos veículos impressos em todo o mundo. 
"O jornal passa por uma crise financeira, e uma crise de gestão e credibilidade. Nos últimos tempos, O Estado de Minas adotou uma linha editorial atrelada a um grupo político e acabou perdendo assinantes e, consequenemente, diminuindo sua venda em bancas", disse ele.
Procurado por IMPRENSA, o jornal não retornou as ligações para comentar os cortes.

Colunista de O Globo critica hipocrisia tucana

Ilimar Franco, titular do Panorama Político, condena o duplo padrão de julgamento do PSDB em relação aos nomes citados na Operação Lava Jato; "Políticos de PMDB e PT são citados em delações premiadas. Os tucanos batem sem dó, como se todos os citados fossem culpados", diz ele; "Agora que Antonio Anastasia entrou na roda-viva, os tucanos reagem com indignação"; Ilimar se refere a mensagem que recebeu do deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro; "Palavra de meliante não pode ser critério de verdade", diz Pestana; ok, mas e os outros que foram só citados em delações?

Minas 247 - A hipocrisia do PSDB na Operação Lava Jato, que já havia sido apontada pelo 247 (leia mais em PSDB: bate em Chico, mas não bate em Francisco), foi também duramente criticada pelo colunista Ilimar Franco, titular da coluna "Panorama Político", no jornal O Globo.
"A oposição está deitando e rolando, desde a eleição, com o escândalo Petrobras. Políticos de PMDB e PT são citados em delações premiadas. Os tucanos batem sem dó, como se todos os citados fossem culpados", diz ele. "Agora que Antonio Anastasia entrou na roda-viva, os tucanos reagem com indignação", afirma na nota "A regra do jogo".
Ilimar menciona ainda mensagem que recebeu do deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais. Eis algumas colocações de Pestana:
"Ele (Anastasia) está muito abalado, arrasado".
"Palavra de meliante não pode ser critério da verdade".
"Jornalismo investigativo tem que buscar provas e evidências".
"Não é justo um cara da integridade dele ser misturado com esse lodaçal de corrupção".
"Estamos indignados! Ele é símbolo de honradez. Querem misturar joio e trigo."
"O estrago na imagem dele está feito".
"Um Jornal Nacional é o bastante para muitas pessoas passarem a olhar diferente para o sujeito."
Ok, mas e os outros que foram apenas citados em delações premiadas, Pestana?

Anvisa suspende venda de Dipirona

Anvisa suspende venda de Dipirona (Foto: Reprodução)Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada ontem no Diário Oficial da União suspende a distribuição, a comercialização e o uso, em todo o território nacional, do Lote 140763B (val. 06/16) do medicamento Dipirona Sódica, 500 mg/ml, genérico, solução oral, fabricado por Mariol Industrial Ltda.

De acordo com o texto, o próprio fabricante enviou um comunicado de recolhimento voluntário depois de ter verificado, por meio de reclamação, que algumas caixas continham descrição e lote referente ao produto mas, ao abri-las, foi detectada a presença de produto rotulado como cloridrato de metoclopramida.
Dessa forma, a Anvisa também suspendeu o medicamento rotulado como cloridrato de metoclopramida, 4 mg/ml, genérico, solução oral, que tenha o mesmo número de lote da dipirona sódica.
A agência determinou ainda que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado.
Em nota, a Mariol Industrial Ltda. solicitou aos consumidores dos medicamentos citados que suspendam o uso e entrem em contato imediato com o laboratório por meio do telefone 0800 7748582 (de segunda a sexta, das 8h às 17h) ou por meio do e-mail sac@mariol.com.br.
Se existirem relatos de eventos adversos, a empresa informou que os consumidores podem buscar atendimento também por meio do e-mail farmacovigilancia@mariol.com.br.to.
(agência Brasil)