terça-feira, janeiro 24, 2017

Áudios indicam desorientação de piloto em acidente que matou Teori

Resultado de imagem para acidente teori zavascki correio 24hEstadão - O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou nesta terça-feira, 24, que análise preliminar dos áudios extraídos do gravador da cabine do avião que caiu no mar de Paraty (RJ provocando a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e mais quatro pessoas “não apontam qualquer anormalidade nos sistemas da aeronave”.
A gravação reforçou a hipótese de que houve desorientação espacial do piloto Osmar Rodrigues em razão do mau tempo na região. O desastre aéreo ocorreu no início da tarde da quinta-feira passada. O Cenipa informou que conseguiu extrair “com sucesso” todo o áudio do equipamento. O chip de memória do gravador de voz da cabine do bimotor ainda está sendo avaliado por uma equipe do laboratório de leitura e análise de dados de gravadores de voo (Labdata) do centro de investigação.
Segundo técnicos envolvidos nos trabalhos, em conversa com outro piloto que estava decolando da pista de Paraty, Rodrigues indica que faria uma manobra para esperar uma melhor visibilidade para o pouso, já que o aeroporto da cidade não tem instrumentos de auxilio à navegação. Os dados apontam, no entanto, que o tempo entre a fala do piloto sobre a espera que faria por causa da chuva e a nova tentativa de pouso que levou ao choque com o mar é muito curto, mostrando que Rodrigues não esperou tempo suficiente para melhora do tempo.
Conforme o Jornal Nacional, da TV Globo, as gravações mostram que o piloto teria tentado pousar duas vezes na pista. As análises preliminares indicam que pouco antes da queda, o King Air C90 voava a uma altitude muito próxima do mar - com um teto de cerca de 60 metros. Essa situação pode ter contribuído para uma desorientação espacial do piloto. Na primeira tentativa de pousar, Rodrigues teria citado a expressão “setor Eco”, o que significa uma curva para o leste. Numa segunda tentativa, Rodrigues teria comunicado que estava na “final”, um indicativo que se preparava para pousar. Os áudios captaram posteriormente um barulho forte, que os investigadores suspeitam ser da colisão da asa com a água.
Sons 
De acordo com o chefe da Divisão de Operações, coronel Marcelo Moreno, o equipamento gravou os últimos 30 minutos de áudio do voo e isso inclui não só informações de voz, mas outros sons que serão importantes para a investigação. As gravações não registram sinais de pânico na aeronave. No momento, os técnicos estão fazendo o tratamento do áudio. Depois dessa etapa, os dados serão analisados. “Nós analisamos sons diferentes, em que possamos identificar, hipoteticamente falando, o ruído de um trem de pouso sendo baixado, a aplicação de algum grau de flap ou outro equipamento aerodinâmico da aeronave”, disse o coronel.
A gravação de áudio também pode indicar um início de descida, por exemplo. A memória possui quatro canais de áudio, sendo um do piloto, um do copiloto, uma de área da cabine e o quarto do engenheiro de voo ou comissário. Os dados do chip foram baixados utilizando equipamentos e softwares do fabricante do gravador de voz. O flexcable (cabo de conexão que comunica os dados do chassi do gravador para a memória estava molhado. Portanto, houve a substituição por outro novo, minimizando a possibilidade de um curto circuito ou a perda de dados, caso tivesse sido utilizado o cabo contaminado pela água salgada.
O avião modelo PR-SOM saiu do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, no litoral fluminense, na tarde de quinta-feira. A aeronave transportava o relator da Lava Jato no STF Teori Zavascki, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk e a mãe dela, Maria Ilda Panas, além do piloto Osmar Rodrigues, todos mortos no acidente.
O gravador da aeronave foi recuperado no resgate e chegou na manhã do último sábado, 21, ao laboratório do Cenipa em Brasília. O equipamento foi encontrado pelos mergulhadores da Marinha na tarde de sexta-feira, 20. Por estar submerso em água salgada, foi necessário realizar um procedimento de lavagem e conservação em água destilada para evitar corrosão e preservar os dados do gravador.

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Ansonic: consultas com especialistas, dias 27 e 28

Itaituba deixa o Consórcio Tapajós

Foto do perfil de Consórcio Dos Municipios Do Tapajós, Nenhum texto alternativo automático disponível.Documento protocolado com assinatura do prefeito Valmir Climaco oficializou a saída do município de Itaituba do Consórcio Tapajós, que reúne os municípios a serem de alguma forma afetados pelas hidrelétricas previstas para serem construídos no rio Tapajós. 

O motivo é para cortar despesas. 

Cada município membro desconta 1% do ICMS, que gira em torno de R$ 15 mil, no caso de Itaituba. Como Valmir está cortando tudo quanto é despesa que pode, decidiu que não é interessante para Itaituba continuar fazendo parte.

Embora em valores atuais isso represente uma economia de R$ 180 mil, a conta não deve ser feita levando apenas isso em consideração.

Até que ponto essa economia favorecerá o município de Itaituba, levando-se em consideração que o Consórcio Tapajós vive um novo momento, no qual uma nova coordenação tendo à frente o ex-prefeito Nery Prazeres sinaliza com a possibilidade de uma atuação agressiva, visando a fazer gestões junto a Belém e a Brasília em favor desses municípios?

O Consórcio Tapajós, certamente sentirá falta da participação de Itaituba, porque é um município polo, mas, é provável que Itaituba também sinta falta por estar fora.

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Apóstolo aparece sem cicatriz e intriga internautas

Pastor aparece sem cicatriz e intriga internautas (Foto: reprodução/Facebook)
 Uma foto do pastor Valdemiro Santiago tem dado o que falar nas redes sociais. O líder da Igreja Mundial do Poder de Deus parece totalmente recuperado após sofrer um atentado durante um culto, no dia 8 de janeiro.
Na imagem, postada pelo bispo França, cinco dias após o ataque, não é possível ver nenhuma cicatriz no religioso. A rápida recuperação do pastor gerou muitos comentários. Confira alguns deles:
“Uai foi milagre? Nenhuma cicatriz da facãozada ungida? Gente, me belisque por favor, estou realmente convencido de que foi milagre!", comentou o internauta Antonio Carlos.
A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, área interna"Meu filho passou por uma cirurgia e pegou apenas cinco pontos, o suficiente pra deixá-lo deitado sem se mexer na cama. Esse homem tem um corte que por pouco não atinge a carótida e está cozinhando? Povo que gosta de comer o que está pronto acredita nessa mentira vão ler a palavra e examinem o livro de Zacarias. Lá fala desses lobos gulosos", acrescentou a internauta Elaine Barros.
"Esse Valdemiro tem que mudar o nome para Wolverine", ironizou outro intenauta.
 MILAGRE
Valdemiro Santiago foi agredido com uma facada na manhã do dia 8 de janeiro, dentro do templo do Brás, em São Paulo, durante um culto. O agressor conseguiu atingir o pescoço do religioso.
Após o ocorrido, o pastor afirmou no canal de TV que possui que a camisa usada na hora do ataque já serviu até para curar fiéis.
(DOL)

Familiares das vítimas descrevem execuções

Familiares das vítimas descrevem execuções (Foto: Celso Rodrigues)
 Luciano Henrique Pantoja de Oliveira, de 22 anos, morreu na tarde da última sexta-feira (20), em uma onda de assassinatos ocorridos na Grande Belém desde a morte do policial militar Rafael da Silva Costa, 29, ocorrida na manhã do mesmo dia, em um tiroteio no bairro da Cabanagem, em Belém. 
O corpo de Luciano estava a poucos metros da própria casa, na ocupação Parque Francisquinho, que fica no bairro da Jaderlândia, em Ananindeua. Ele deixa a esposa e uma filha de um ano de idade. “Saí correndo e vi meu filho jogado no chão, com o corpo se esvaindo em sangue”, lembra a mãe que prefere ter a identidade preservada. A mulher conta que estava no trabalho, quando soube do baleamento do filho e, em seguida, que ele não tinha resistido aos ferimentos.
A mãe de Luciano trabalha como empregada doméstica, em Ananindeua, e está inconformada com a morte do filho. “Ele nunca me deu trabalho. Não tinha envolvimento com o crime, nem com drogas. Agora quero justiça”, pede.
Segundo a mãe, Luciano trabalhava como ajudante de pedreiro e vendedor de tapioca no centro de Belém. Na semana passada, conseguiu um emprego fixo. “Me contou tão feliz porque ele era louco pela filha dele e já estava planejando festejar o aniversário de dois anos da menina”, lembra. “Agora o que vou dizer quando me perguntar onde está o pai dela?”, lamenta.
REVOLTA
Muito abalada, a irmã de Luciano está em estado de choque, conta a mãe. “Foi uma crueldade sem tamanho. Não tem como se conformar em perder um filho, ou um irmão”. Segundo os familiares, a vítima gostava de jogar bola, videogame e passeava com a filha todas as manhãs. “Estudou até o 1º ano do Ensino Médio e teve de deixar de estudar para trabalhar e sustentar a família”, disse um dos dois irmãos, que também não quis se identificar.
A família registrou um boletim de ocorrência e espera pela atuação da Justiça. “A morte do meu filho não pode ficar em vão. A justiça é lenta e muitas vezes não resolve os casos, mas nós vamos buscar pelos nossos direitos”, reitera um dos irmãos.

EM CASA
 De acordo com relatos dos familiares, Luciano estava em casa deitado com a esposa e a filha. Ao ouvir o barulho de disparos na rua, ele teria saído de casa para ver o que estava ocorrendo lá fora. A mulher ainda o chamou para que ele não saísse, sem êxito.
“Foram tantos tiros que nem sei o total”

Para conseguir a liberação do corpo do irmão do Instituto Médico Legal (IML), o estudante Raimundo Silva, de 23 anos, registrou um Boletim de Ocorrência na Seccional Urbana da Marambaia, em Belém.
 Carlos Augusto da Silva, 19 anos, foi morto na tarde do último sábado, no canal Água Cristal, na Marambaia, na sequência de assassinatos desde a morte do PM Rafael da Silva Costa. Raimundo disse que viu quando dois homens, de moto e capacete, se aproximaram de seu irmão e o mataram. “Disseram para eu me afastar e começaram a disparar contra ele. Foram tantos tiros que nem sei o total de disparos.”
(Wal Sarges/Diário do Pará)

domingo, janeiro 22, 2017

Morte de Teori: o que é verdade e o que é mentira nas redes sociais

RIO  - O Globo - Várias questões, nem sempre verdadeiras, circulam pelas redes sociais desde a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki quinta-feira, na queda de um avião em Paraty (RJ). A profusão de informações não comprovadas fez até com que o filho do ministro, o advogado Francisco Zavascki, fizesse um alerta neste domingo para a criação de perfis falsos em nome dele na internet. Ele pediu cuidado ao que outras pessoas estão escrevendo como se fosse ele e pediu ajuda aos amigos para denunciar os perfis falsos. O GLOBO levantou algumas das questões que circulam pela internet para esclarecer o que é verdade e o que é mentira.

O filho de Teori disse que o pai sofreu um atentado?
Não. O advogado Francisco Zavascki afirmou não ter dúvidas de que “muitas pessoas comemoraram” a morte do seu pai, chegou a comentar a possibilidade de um atentado, mas evitou colocar essa suspeita como principal hipótese.
— Motivos têm vários (para não ser um acidente). Com certeza, pelas pessoas envolvidas nesses processos (relacionados à Lava-Jato), nas delações que estavam por vir, e nos interesses envolvidos. Com certeza, não tenho a menor dúvida de que muita gente comemorou ontem (quinta) — disse Francisco.

Em outro momento, ele comentou:

— Eu acho que se, e deixo um “se” bem grande, se aconteceu alguma coisa que não uma tragédia, com certeza não é de alguma pessoa que fez uma ameaça anterior, (ela) não ia passar o recibo antes de cometer o ato.

O filho de Teori postou mensagem sobre ameaças para frear a Lava-Jato antes do acidente?

Sim. Uma mensagem postada em maio de 2016 por Francisco Zavascki, voltou a circular nas redes sociais após a morte do ministro. No entanto, o filho do ministro tem sido bastante cuidadoso ao falar das possíveis causas do acidente.

No post, que já foi apagado, ele dizia: "É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme MPF afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar...! Fica o recado!”

Na época, o próprio Teori disse que não levava "nada a sério", sem dar detalhes sobre as ameaças.

Teori sofria ameaças e estava preocupado com isso?

Amigo de Teori Zavascki há mais de 40 anos, o ex-presidente do Grêmio e ex-deputado estadual Paulo Odone conta que o ministro do STF não dava importância a ameaças, recebidas principalmente por meio de redes sociais.

- O que ele disse que teve de pressão foram os radicalismos das redes sociais, principalmente quando deu despacho em relação ao Lula (o ministro anulou a validade de escutas telefônicas entre os ex-presidentes Lula e Dilma), em relação ao impeachment. Fizeram ameaças pela rede social, protesto na frente do edifício dele aqui em Porto Alegre. Fizeram ameaças de morte, coisa assim, contra filhos, a ele. Mas isso passou também

O avião tinha caixa-preta?
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que foi encontrado nos destroços da aeronave que caiu em Paraty um gravador de voz da aeronave. No entanto, segundo as regras de segurança da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo da aeronave que caiu em Paraty, um King Air C90GT, não era obrigada a ter qualquer equipamento de gravação de dados ou voz.

Conversa entre piloto e torre de controle foi apagada?
Ainda não há informações sobre o estado do gravador de voz encontrado na aeronave, se o aparelho sofreu algum dano com o acidente. É preciso ainda confirmar se o equipamento estava ligado e se teria gravado conversas do voo da tragédia.

O gravador foi encaminhado para o Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), que fica no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica.

Havia documentos dos processos da Lava-Jato no avião?
Não há informações sobre isso. Mesmo de férias, Teori acompanhava o trabalho no Supremo sobre a delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, que ele planejava homologar em fevereiro. Ele chegou a interromper as férias nos últimos dias antes da sua morte para analisar os acordos.

Amigo do ministro, o ex-presidente do Grêmio Paulo Odone contou, durante o velório, que Teori trabalhava nos processos da Lava-Jato mesmo durante uma viagem à praia, na semana passada.

- Teori se comunicava mesmo em férias, por telefone, com essa equipe dele que estava trabalhando em Brasília. Mesmo na praia fazia esse contato.

No entanto, não há nenhum indício de que havia documentos importantes da Lava-Jato na aeronave que caiu em Paraty.

Um “sargento” deu orientações erradas ao piloto?
Mentira. Mensagem compartilhada pelo Whatsapp cita um suposto sargento que teria orientado, por meio de rádio, o piloto do avião a descer em Paraty a uma altura não recomendável. Segundo a mensagem, essa orientação teria levado a aeronave a cair, e o suposto sargento chegou a ser preso. Mas, ainda segundo a mensagem, foi solto em tempo recorde com base em liminar emitida pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Quais as circunstâncias da queda?
O bimotor de prefixo PR-SOM decolou com o ministro Teori e mais quatro pessoas do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, por volta das 13h, e tinha Paraty como destino. Antes das 14h, porém, a aeronave caiu no mar próximo a Ilha Rasa, em condições climáticas desfavoráveis e com pouquíssima visibilidade, de acordo com o relato de testemunhas.

A região Costa Verde, onde o avião caiu, tem histórico de acidente que vitimaram políticos e outras personalidades. O caso de maior repercussão no aconteceu em 12 de outubro de 1992, quando o helicóptero que transportava o deputado Ulysses Guimarães e sua mulher, Mora, caiu no mar próximo a Angra dos Reis, provavelmente entre Paraty e Ubatuba, litoral norte paulista.

Qual era a situação da aeronave?
O avião estava com todas as licenças em dia. E o piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, estava acostumado a conduzir a aeronave. Ele já utilizava o bimotor com matrícula PR-SOM havia pelo menos seis anos.

Quem conduz as investigações?

O caso é investigado pela Força Aérea Brasileira (FAB), pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, e Estadual, além da Polícia Civil. Parte dos investigadores trabalhou na apuração da queda do avião que vitimou o ex-governador Eduardo Campos, em Santos (SP), em plena campanha presidencial de 2014.