terça-feira, abril 04, 2023

MEC deve suspender cronograma de implementação do Novo Ensino Médio; entenda o que está em jogo

 

Modelo, vigente há dois anos, promove mudanças na grade curricular e estabelece a oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país. Alvo de críticas por falhas na implantação, especialistas defendem debate dos ajustes necessários, em vez de simplesmente revogar o projeto.






O Ministério da Educação (MEC) deve suspender a portaria que estipula o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. Com isso, não deverá haver mudança no formato do Enem 2024, como previsto inicialmente.

Embora os detalhes da suspensão da portaria ainda não tenham sido divulgados, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (3) em entrevista ao "Diário do Nordeste" que as novas diretrizes já implementadas desde 2022 não devem ser cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O modelo do Novo Ensino Médio, vigente há dois anos, promove alterações na grade curricular, aumenta a carga horária, dá possibilidade para formação técnica e profissional e estabelece a oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país.




"(...) Deveremos suspender qualquer mudança no Enem em relação a 2024 por conta dessa questão do Novo Ensino Médio", disse Camilo Santana.



📊 Contexto: Neste ano, quando mais alunos passaram a seguir o Novo Ensino Médio, o modelo passou a receber críticas de entidades e mobilizou discussões acaloradas nas redes sociais entre grupos que pediam ajustes e até a sua revogação completa.



Entre outros pontos, as críticas se referem à:

  • redução da carga horária dos conteúdos tradicionais.
  • possibilidade de ampliação da desigualdade entre escolas particulares e públicas diante da dificuldade de implantação do que prevê o Novo Ensino Médio (entenda mais sobre este ponto abaixo).


Também nesta segunda, Camilo Santana disse que "não é só simplesmente chegar e revogar; é preciso discutir [a reforma]". A pasta já havia se pronunciado sobre o assunto ao dizer que faria uma "ampla pesquisa com toda a comunidade escolar" para "corrigir distorções".



Na tarde desta segunda, houve uma reunião do grupo de trabalho coordenado pelo MEC que discute mudanças no ensino médio.



Segundo Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que estava presente ao encontro, a reunião serviu para debater a consulta pública em andamento sobre o tema.


Ainda de acordo com ele, a possibilidade de suspender a reforma foi negada por Maurício Holanda, secretário de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase-MEC). “Nenhum passo foi dado [sobre a suspensão]”, afirmou o presidente do Consed, que é secretário estadual de Educação do Espírito Santo.




📝 O que diz a portaria que deve ser suspensa?




A portaria 521 de 13 de julho de 2021 estabelece prazos para que políticas nacionais (como a de distribuição de livros didáticos a escolas públicas) e avaliações, como o Enem e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), sejam modificadas pelas diretrizes do Novo Ensino Médio.



O Enem teria um novo formato já em 2024. A prova, que atualmente é igual para todos os candidatos, passaria a ter uma etapa específica, conforme as disciplinas optativas escolhidas pelo aluno na escola.



No caso do Saeb, 2025 é data de referência para publicação das novas matrizes de avaliação.


Além disso, a portaria apresenta um calendário para as etapas da ampliação da carga horária e da implementação dos itinerários formativos em todas as escolas de Ensino Médio, conforme as datas abaixo:



  • 2020: elaboração dos referenciais curriculares dos estados e do Distrito Federal;
  • 2021: aprovação dos referenciais pelos respectivos Conselhos de Educação e formação dos profissionais da educação;
  • 2022: implementação do novo currículo no 1º ano do ensino médio;
  • 2023: expansão do modelo para o 2º ano do ensino médio;
  • 2024: adoção obrigatória em todos os anos do ensino médio; e
  • De 2022 a 2024: monitoramento da implementação do modelo.



📉 O que pensam as entidades?


Sobre a possibilidade de a portaria do Novo Ensino Médio ser suspensa, o diretor-executivo da ONG Todos Pela Educação, Olavo Nogueira, disse que “o momento exige mesmo um freio de arrumação, e nesse sentido, o mais importante é o adiamento das mudanças no Enem".



A entidade aponta os seguintes problemas em relação ao atual cronograma:

  • as redes de ensino não tiveram acesso a um documento detalhado sobre o que o Enem passaria a cobrar a partir de 2024;

  • não há definições sobre como a formação técnica e profissional seria avaliada nas provas nacionais;

  • as obras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) referentes ao novo ensino médio só começariam a ser recebidas pelas redes de ensino em 2024 - no mesmo ano, já seria aplicado o novo Enem;


  • o calendário não considera que a pandemia tenha atrasado a implementação dos novos currículos.

Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) também se mostrou a favor da suspensão da implementação do Novo Ensino Médio.

Para a entidade, isso representa uma "grande vitória para os estudantes, professores e, sobretudo para a sociedade, que correria o risco de ampliar abismos educacionais e impactar na democratização do acesso ao ensino superior, que acompanhamos recentemente no país".




📚 O que é o Novo Ensino Médio?




  • É um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas.

  • A lei estipula aumento progressivo da carga horária. Antes, no modelo anterior, eram, no mínimo, 800 horas-aula por ano (total de 2.400 no ensino médio inteiro). No novo modelo, a carga deve chegar a 3.000 horas ao final dos três anos.







  • A partir de 2023, cada estudante passou a poder montar seu próprio ensino médio, escolhendo as áreas (os chamados "itinerários formativos") nas quais se aprofundará. A intenção é que sejam três anos de estudo com: esses conteúdos eletivos (1.200 horas focadas nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos) + a parte fixa (1.800 horas de ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática).

  • Somando, chegamos a 3.000 horas-aula nos três anos. Antes, a lei estipulava uma carga horária mínima de 800 horas-aula por ano (ou seja, um total de 2.400 horas no ensino médio).

  • Foi criado também o chamado “projeto de vida”: um componente transversal que será oferecido nas escolas para ajudar os jovens a entender suas aspirações.

  • Cada rede de ensino tem a liberdade de distribuir a carga horária dos itinerários formativos da maneira como julgar ideal: tudo no primeiro ano ou espaçado ao longo dos três anos, por exemplo.

  • ensino de língua portuguesa e matemática é obrigatório nos três anos do ensino médio. A lei não estipula um número mínimo de aulas dessas disciplinas por semana. O que importa é que elas estejam sempre presentes na grade.


  • Se antes o modelo antigo era visto mais como uma preparação para o ensino superior, agora, a proposta é dar uma formação mais voltada ao mercado de trabalho.


Matéria: G1



REQUERIMENTO DE LICENÇA DE INSTALAÇÃO CEVITAL INTERNACIONAL DO BRASIL LTDA

 CEVITAL INTERNACIONAL DO BRASIL LTDA – OTO – OLEA TERMINAIS E OPERAÇÕES inscritos no CNPJ/CPF Nº 20.962.326/0003-79, sito à Rer Novo Paraíso Gleba, Santa Cruz, bairro Distrito de Miritituba, CEP 68.180-005, munícipio de Itaituba, torna a público que REQUEREU da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Mineração – SEMMAM/ITB a Licença de Instalação (L.I.), Sob Protocolo 517/2023 para as atividades de INSTALAÇÃO PORTUÁRIA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS GERAIS NÃO PERIGOSOS protocolado no dia 28.03.2023

REQUERIMENTO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO CEVITAL INTERNACIONAL DO BRASIL LTDA

 

CEVITAL INTERNACIONAL DO BRASIL LTDA inscrita no CNPJ/CPF Nº 20.962.326/0003-79, sito à Rer Novo Paraíso Gleba, Santa Cruz, bairro Miritituba, CEP 68.180-005, munícipio de Itaituba, torna a público que REQUEREU da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Mineração – SEMMAM/ITB a Licença de Operação (L.O.), Sob Protocolo 514/2023 para as atividades de ABERTURA E MANUTENÇÃO DE ESTRADAS E VICINAIS protocolado no dia 28.03.2023.

 

sexta-feira, março 31, 2023

Desemprego sobe a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, diz IBGE

 

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre setembro e novembro, o resultado traz aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%). No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,2%.





A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre móvel terminado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre setembro e novembro, o período traz aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%) na taxa de desocupação. Ainda assim, esse é o menor resultado para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro desde 2015 (7,5%). No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,2%.



Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 5,5%, chegando a 9,2 milhões de pessoas. São 483 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado ao trimestre anterior. Em relação a 2022, o recuo é de 23,2%, ou 2,8 milhões de trabalhadores


Já o total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, passando para 98,1 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,6 milhão. Na comparação anual, houve crescimento de 3%.



Veja os destaques da pesquisa


  • Taxa de desocupação: 8,6%
  • População desocupada: 9,2 milhões de pessoas
  • População ocupada: 98,1 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
  • População desalentada: 4 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,2 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9%





                  Retração para os sem carteira assinada


No trimestre encerrado em fevereiro, a força de trabalho brasileira — ou seja, pessoas ocupadas e desocupadas — chegou a 107,3 milhões de pessoas, uma redução de 1% ou 1,08 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior. Já a população fora da força teve crescimento de 2,3% e chegou a 66,8 milhões. 


Segundo o IBGE, o mercado de trabalho parece estar voltando à normalidade, depois do impulso de recuperação após a desorganização durante a pandemia.



"Esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho", diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.



"Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022", afirma.


A analista diz ainda que os primeiros meses do ano são marcados pelas dispensas de trabalhadores temporários, que costumam ser contratados no fim do ano, e por uma maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas.


São justamente os trabalhadores informais que registram aumento de desocupação na pesquisa encerrada em fevereiro.


O empregado sem carteira assinada no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil) sofreram as maiores baixas. A taxa de informalidade da população ocupada, contudo, permaneceu estável (38,9%).


Além disso, não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores analisados pela pesquisa. Quatro deles tiveram quedas e os demais se mantiveram estáveis.



                               Rendimento estável; desalentados, também



O rendimento médio real ficou em R$ 2.853 no trimestre encerrado em fevereiro, o que mostra estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro. Segundo o IBGE, houve aumento nos setores de Alojamento e alimentação (6%) e Serviços domésticos (2,6%).


Já a massa de rendimento também ficou estável, em R$ 275,5 bilhões. Contra o mesmo período do ano anterior, houve alta de 11,4%.



Outra preocupação tradicional do mercado de trabalho, o contingente de desalentados na força de trabalho, também teve estabilidade. Desalentados são aqueles com capacidade de trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego.


A população desalentada permaneceu em 4 milhões de pessoas no trimestre, o que representa uma queda de 16% (ou menos 754 mil pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada ficou em 3,6%.


Matéria: G1

quarta-feira, março 29, 2023

REQUERIMENTO DE MAIS QUE MAKE LTDA

MAIS QUE MAKE LTDA inscrita no CNPJ sob nº 44.830.417/0002-38 situada na  TV 15 de agosto nº207 – setor 1 quadra 108 lote 0135 – cep: 68.180-610 – bairro: comércio centro – Itaituba-Pa, torna público que está requerendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SEMMA- Prefeitura Municipal de Itaituba-Pa, a solicitação de emissão da Licença de Operação (LO) para atividades de Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, para regularização e emissão de alvará 2022.


segunda-feira, março 27, 2023

Uma professora morre e três ficam feridas em ataque a escola estadual em SP; aluno também se feriu

 

Incidente ocorreu na manhã desta segunda-feira (27) na E.E. Thomazia Montoro, na Vila Sônia. PM afirma que agressor, um aluno da escola, foi contido, e as vítimas, socorridas a hospitais da região.


Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados manhã desta segunda-feira (27) dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, segundo o governo de São Paulo. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP.

De acordo com a Polícia Militar, o agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano, foi contido pelos policiais e levado para o 34° DP, onde o caso foi registrado.

Inicialmente, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos. A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.

Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes.

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. "Uma tragédia que nos deixa sem palavras", disse.




Na porta da escola, pais relataram à reportagem da TV Globo que agressões físicas entre os alunos são constantes na escola.





Matéria:G1