sexta-feira, junho 17, 2022

Pacheco destoa de Bolsonaro e Lira e associa alta de combustíveis

Presidente do Senado defendeu usar lucro da Petrobras para controlar preços

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destoou de parte da classe política que centrava suas críticas na Petrobras pelo anúncio de reajuste do preço dos combustíveis, ao associar o problema também ao governo federal.

Pacheco afirmou que não existe diferença entre Petrobras e governo federal e pediu que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) aceite criar uma conta de estabilização dos preços, usando como recursos os lucros da estatal brasileira.

A manifestação de Pacheco destoa do chefe do Executivo, que queria atribuir a responsabilidade exclusivamente à Petrobras pela alta dos preços dos combustíveis. Ele ainda cobrou do próprio Bolsonaro soluções.

Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise. Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria indicada pelo governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população", informou Pacheco por meio de nota.

O senador mineiro se refere especificamente a um projeto de lei que prevê a criação de uma conta de estabilização, cujos recursos seriam utilizados para amenizar o impacto de flutuações no preço dos combustíveis. A proposta foi aprovada no Senado, mas acabou engavetada na Câmara dos Deputados.

O presidente daquela Casa, assim como o governo federal, são contrários à medida.

"O Senado aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance e agora espera medidas rápidas e efetivas por parte da Petrobras e de sua controladora, a União. Já que o governo é contra discutir a política de preços da empresa e interferir na sua governança, a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada."

A manifestação de Pacheco acontece em um momento em que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o próprio Bolsonaro ameaçam retaliar pesadamente a Petrobras e seus diretores pelo anúncio do reajuste.

Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, alegando que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.

Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu há 39 dias.

O primeiro a externar suas críticas foi o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pediu a demissão do presidente da estatal José Mauro Ferreira Coelho. À Folha, o deputado afirmou que "vai para o pau" para "rever tudo de preços" de combustíveis. Ele também disse que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.

Mais tarde, em entrevista à Globo News, Lira defendeu a "taxação do lucro absurdo" da Petrobras. Ele não deu detalhes sobre a proposta de tributar ganhos, mas outros países têm discutido a taxação do lucro extraordinário de petroleiras advindo do aumento internacional do preço dos combustíveis.

Já Bolsonaro pediu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os diretores da Petrobras.

"Conversei agora há pouco com o Arthur Lira (PP-AL), ele está neste momento reunido com líderes partidários. A ideia nossa é propor uma CPI para investigarmos o presidente da Petrobras [José Mauro Ferreira Coelho], os seus diretores e também o conselho administrativo e fiscal", declarou Bolsonaro, durante entrevista a uma rede no Rio Grande do Norte.

Nesta semana, o Congresso Nacional aprovou proposta que limita em 17% e 18% o ICMS sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações. Patrocinada por Arthur Lira, a medida contou com a articulação de Pacheco para avançar no Senado, Casa legislativa mais próxima aos estados, que apontaram sofrer impactos bilionários na arrecadação estadual. ​

Também nesta sexta-feira (17), um dos aliados mais próximos a Pacheco, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou requerimento de convocação do ministro Paulo Guedes e de José Mauro Ferreira Coelho para que expliquem mais um aumento de preço dos combustíveis.

"Na segunda-feira o governo propõe tirar dinheiro da saúde e da educação de estados e municípios falando em diminuir o preço dos combustíveis. Isso para na sexta-feira anunciar mais um aumento do preço dos combustíveis, para dar dinheiro para acionista da Petrobras", escreveu nas redes sociais o senador, que desde o início do seu mandato é um crítico de Guedes.

"Este aumento no preço dos combustíveis anunciado hoje é mais um cuspe na cara da sociedade brasileira. Tenho alertado que o ministro da Economia já não reúne as mínimas condições de seguir no posto, pois está totalmente desconectado da realidade. Não há mais credibilidade

Fonte: Folha

Ações da Petrobras afundam e Bolsa tomba abaixo dos 100 mil pontos

Ataques à companhia após aumento dos combustíveis pioram semana tensa no mercado

As ações da Petrobras tiveram forte queda nesta sexta-feira (17), puxando a Bolsa de Valores brasileira para o fundo e piorando o fechamento de uma semana já negativa para o mercado diante da alta histórica dos juros nos Estados Unidos.

Depois de recuarem cerca de 10% nas cotações mínimas do dia, os papéis ordinários (PETR3) e preferenciais (PETR4) da petrolífera controlada pelo governo federal fecharam o pregão com perdas de 7,25% e 6,09%, respectivamente.

A PETR3 caiu ao seu menor valor neste ano, R$ 29,92, abaixo do piso de R$ 30,57 registrado em 6 de janeiro.

As críticas de políticos ao aumento nos preços dos combustíveis aplicado pela companhia pesaram no desempenho dos papéis da empresa nesta sessão.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a Petrobras "pode mergulhar o Brasil num caos". Já o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou à Folha que "vai para o pau" para "rever tudo de preços" e que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.

Ibovespa tombou 2,90%, aos 99.824 pontos. Essa é a pontuação mais baixa para um fechamento do índice de referência da Bolsa desde o início de novembro de 2020, última vez que o indicador havia ficado abaixo dos 100 mil pontos.

No acumulado desta semana, o Ibovespa mergulhou 5,36%, registrando a maior perda semanal desde a queda de 7,28% em outubro do ano passado.

Refletindo o movimento de aversão ao risco no mercado doméstico, o dólar comercial subiu 2,32%, cotado a R$ 5,1460 na venda.

Fonte: Folha

Caminhoneiro é morto a tiro na BR-163, no sudoeste do Pará

Testemunhas afirmam que Valdecir fez uma ultrapassagem e acabou quebrando o retrovisor da outra carreta, isso teria motivado o crime

Um suposto desentendimento seria a causa da morte do caminhoneiro Valdecir Rosa, na manhã desta sexta-feira (17), na BR-163, quilômetro 8, no trecho entre os municípios de Trairão e Itaituba, sudoeste do Pará. Ele foi encontrado com marca de tiro no pescoço, dentro de seu veículo. Com informações do Giro Notícias.

Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram que a vítima estava em um veículo de cor vermelha, com placa OHO 1298, de Tangará da Serra, Mato Grosso. Testemunhas afirmam que Valdecir fez uma ultrapassagem e acabou quebrando o retrovisor da outra carreta, isso teria motivado o crime.

"Aconteceu que na ultrapassagem, esse que levou o tiro, acabou quebrando o retrovisor do outro carreteiro, daí eles se encontraram no posto. Durante uma discussão, antes de fazer o disparo, o homem pegou uma bolsinha, entregou a chave para o frentista, foi lá e atirou a queima roupa, no pescoço, só um tiro mesmo e a vítima caiu no mato", relatou uma testemunha.Valdecir ainda estava vivo quando foi socorrido por outros motoristas que passavam no local e foi levado para o hospital na cidade de Trairão, mas não resistiu e acabou falecendo no local. A polícia esteve no local para checar a situação. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Caminhoneiros culpam Jair Bolsonaro e podem fazer greve

Jair Bolsonaro, que definiu a chefia e conselheiros da Petrobras, segue agindo como se não pudesse intervir no preço dos combustíveis. Líderes caminhoneiros estão revoltados com a situação provocada pelo Governo Federal.

Em Nesta sexta-feira (17), após o anúncio de mais um aumento no preço do óleo diesel (14,2%) e da gasolina (5,2%), representantes dos caminhoneiros voltaram a responsabilizar Bolsonaro pela situação. 

De acordo com o colunista do UOL, Chico Alves, os líderes da categoria ficaram ainda mais furiosos com as postagens feitas pelo presidente nas redes sociais criticando a Petrobras pelo aumento e alegando que não pode fazer nada a respeito. 

"O governo federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis", comentou ele.2018, na eleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) contou com uma forte base de apoio formada por caminhoneiros. No entanto, os recentes e sucessivos aumentos de preço dos combustíveis têm afetado negativamente a confiança da categoria no presidente.

"Bolsonaro continua querendo tirar a responsabilidade dos seus ombros, isso é uma mentira deslavada, já que a solução está na sua caneta", critica o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista.

Crispim classifica como mentiroso o argumento de que o corte de alíquotas de ICMS conseguirá provocar qualquer redução no preço dos combustíveis, o que ele vem denunciando há algumas semanas. "Foi uma armadilha para governadores, prefeitos e povo brasileiro, que viram os recursos para a Saúde, Educação e Segurança Pública reduzidos em favor de investidores internacionais das bolsas de valores, para os banqueiros e para os golpistas que importam combustíveis", dispara.

 O deputado também pdeiu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pautasse com urgência o Projeto de Lei que cria o Fundo de Estabilização e suspende o Preço de Paridade de Importação (PPI), que mantém os valores cobrados pela Petrobras equiparados aos do mercado internacional.

De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, o presidente continua tentando iludir a população por meio de postagens nas redes sociais e declarações à imprensa.

"Ele fala como se o governo fosse contrário ao aumento e não pudesse fazer nada", comenta Litti. "Só os que idolatram o presidente podem defender o indefensável. Faltam palavras para definir quem tem uma prática completamente separada do discurso", conclui.

Fonte: UOL Notícias 



"Dança" de goleiros durante pênaltis passa a ser proibida

Agora, os goleiros terão de ficar com um pé em contato direto com a risca do gol

A International Board, responsável pelas regras do futebol, parece não ter gostado nada da postura de Andrew Redmayne na disputa por pênaltis que garantiu a Austrália na Copa do Mundo e resolver modificar o regulamento nos tiros livres. Agora, os goleiros terão de ficar com um pé em contato direto com a risca do gol, ou seja, proibidos de ficar “dançando” sobre a linha como o australiano fez diante dos peruanos.

Redmayne entrou no fim da prorrogação da repescagem para a Copa do Mundo contra o Peru somente para as penalidades. Com sua saltitante dança de um lado para o outro antes das cobranças rivais, fez Advíncula bater na trave e ainda defendeu a cobrança decisiva de Valera. A atitude não será mais permitida nas competições oficiais de acordo com comunicado da Internacional Board.

“No momento da cobrança de pênalti, o goleiro deve ter pelo menos parte de um pé em contato direto com a linha do gol, não atrás da linha no momento em que o batedor chuta a bola”, é a nova norma da Internacional Board. O novo texto já está no seu caderno de regras.

A entidade explicou a mudança que foi realizada para não beneficiar o defensor. “Anteriormente, o goleiro tinha que ter pelo menos parte de um pé tocando ou pisando na linha do gol no momento da execução de uma penalidade máxima”, explicou. Ou seja, quando fica saltitando, o goleiro apenas resvala na risca e pode pisar para trás da linha, ganhando impulso.

“O texto foi reformulado para evitar penalizar essa posição. Para explicar essa modificação, destaca-se que o espírito da regra incentiva o goleiro a posicionar os dois pés em contato direto com a linha do gol ou diretamente acima dele até que a penalidade máxima seja executada. Em outras palavras, o goleiro não pode estar na frente ou atrás da linha.”

Fonte: Metrópoles

Petrobras anuncia aumento de preços da gasolina e do diesel

A Petrobras anuncia nesta sexta-feira, 17, o aumento do preço médio da venda da gasolina em 5,18% e do diesel em 14,26% para as distribuidoras. Os reajustes serão aplicados a partir de amanhã, 18. 

O valor da gasolina passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,63 por litro.

Bolsonaro diz que Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos”

Declaração do presidente é reação a possível anúncio de novos reajustes nos preços dos combustíveis, esperado para esta sexta-feira (17/6)

Ante a expectativa do anúncio de novo aumento nos preços da gasolina e do diesel, o presidente Jair Bolsonaro (PL) escreveu, nesta sexta-feira (17/6), que a Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos”. E citou a greve dos caminhoneiros em 2018, que provocou alta nos preços e desabastecimento.

O mandatário afirmou que o governo federal, como acionista, é contra qualquer reajuste nos combustíveis, e voltou a falar em “lucro exagerado” da petroleira em plena crise mundial.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em reunião extraordinária realizada na quinta-feira (16/6), aumento do preço da gasolina e do diesel. O encontro que decidiu o reajuste aconteceu durante o feriado, em convocação de emergência. Os valores devem ser anunciados nesta sexta.

Apesar de não estar sob a responsabilidade do conselho esse tipo de medida, o presidente do órgão, Márcio Weber, convocou a reunião para tentar dar um fim à crise que toma conta do assunto. O fato de, segundo a Petrobras, os preços estarem abaixo do mercado internacional fez com que o conselho tomasse a decisão.
Há quase 100 dias, a estatal não aumenta a gasolina, enquanto o último reajuste do diesel veio 37 dias atrás. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom), a defasagem em relação ao combustível no mercado externo é de até 18% no diesel e de 14% na gasolina.

Com o impasse entre as demandas do governo e do Congresso – que querem os preços mais baixos – e do mercado – que insiste na política de preço de paridade de importação (PPI) –, o conselho apostou no aumento.

A maioria dos participantes afirmou que é da competência do conselho tomar esse tipo de decisão e que isso estaria no estatuto. Geralmente, valores de combustíveis passam por um comitê que tem como integrantes o presidente da companhia, José Mauro Coelho, e os diretores de Finanças e Comercialização e Logística, Rodrigo Araújo e Cláudio Mastella.

Reações

Ainda na noite de ontem, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Ciro Nogueira, usou as redes sociais para protestar contra o aumento. “Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil”, tuitou Ciro, que é um dos principais auxiliares políticos de Bolsonaro.

Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou a companhia de “República Federativa da Petrobras” e disse que ela atua como um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro.
Lira afirmou que irá convocar reunião de líderes na próxima segunda-feira (20/6) para discutir na Câmara a política de preços.