quarta-feira, junho 15, 2022

Piloto santareno morre ao capotar em pista de garimpo no Tapajós

Eduardo Filho, o Eduardinho, piloto natural de Santarém (PA), morreu nesta quarta-feira (15) ao “pilonar” (gíria da avião que significar capotar para frente) logo após aterrissar em pista nova de um garimpo na região do Tapajós.

O acidente fatal aconteceu no garimpo conhecido como 180, às margens da rodovia Transamazônica, próximo a cidade de Jacareacanga.

A capotagem teria ocorrido quando, na aterrisagem, o trem de pouso dianteiro da pequena aeronave quebrar depois de bater em um buraco. Sem controle, o Cessna Skylane pilonou, com a carga de dentro dela indo em direção ao piloto, esmagando-o. Eduardinho morreu na hora.
 
Eduardo Antunes Filho tinha 66 anos. O velório e posterior sepultamento, no Recanto do Amanhã, em Santarém, está marcado para amanhã (16).

Fonte: Jeso Carneiro

Aplicou em Criptomoedas, saiba que elas estão derretendo

Uma tsunami está sacudindo o mercado de criptomoedas. As principais desabaram novamente nesta terça-feira e perderam a marca de US$ 1 trilhão de capitalização de mercado com a venda generalizada de ações e mercados de risco em geral. 
O bitcoin e outras criptomoedas estão derretendo e testando os nervos dos investidores e mineradores. O Bitcoin, por exemplo, perdeu metade do seu valor em seis meses. A situação se agravou nos últimos dias, arrastando o valor de mercado das criptos para menos de US$ 1 trilhão.

Plataformas de negociação interromperam saques, empresas cortaram empregos e investidores desistiram das aplicações. O grau de medo de bitcoin está em nível máximo. 

O Bitcoin, criptomoeda mais valiosa atualmente, caiu para menos de US$ 23 mil, baixa mais forte em 18 meses, com redução de 15% de seu valor em 24 horas. Já o ethereum, que fica atrás do bitcoin, caiu 17%.

A Binance interrompe saques temporariamente, e a plataforma Celsius, de empréstimo com criptoativos, entrou em crise.

O mercado de critptomoedas vem enfrentando forte volatilidade nas últimas semanas, refletindo o aumento na taxa de juros dos EUA e também o colapso de alguns ativos do setor, como as moedas Terra e Luna. 

O valor de mercado de todos os criptoativos, que chegou a US$ 3 trilhões em novembro, agora é de quase um terço disso. 

Fonte: Valor

Juros sobem para 13,25% ao ano em decisão unânime do Copom

Selic alcança o maior patamar em cinco anos e meio, desde janeiro de 2017

Em reunião nesta quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminuiu o ritmo de alta da Selic (a taxa básica de juros). O comitê subiu a taxa em 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 13,25% ao ano, em decisão unânime. As informações são da Agência Estado.

Com a elevação a 13,25%, a Selic alcançou o maior patamar em cinco anos e meio, desde janeiro de 2017 (13,75%). Foi a 11ª primeira alta consecutiva neste ciclo de aperto monetário, que já é o mais longo da história do Copom. Desde o primeiro aumento, em março de 2021, quando a Selic estava na mínima de 2%, a taxa já subiu 11,25 pontos porcentuais, o maior choque de juros desde 1999.

Com os juros mais altos, o crédito fica mais oneroso.

O Copom previu que um novo ajuste da taxa básica de juros, Selic, deva ser feito na próxima reunião.

23 milhões de pobres vivem com menos de R$ 7 ao dia

ONúmero  foi recorde no fim de 2021. Pesquisas mostram que quase dois terços dos 40% mais pobres no país contam com ajudas de parentes

O total de brasileiros abaixo da linha básica de pobreza no país atingiu recorde no fim de 2021, com 23 milhões de pessoas -quase uma Austrália- vivendo com menos de R$ 210 ao mês (R$ 7 ao dia). Isso equivale a 10,8% dos brasileiros.

Embora baixo para suprir as necessidades básicas, o valor é usado como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil -o que significa que milhões de brasileiros que teriam direito a entrar no programa seguem excluídos.

Além do recorde no total de pessoas vivendo com menos de R$ 210 ao mês, em série iniciada em 2015, os mais pobres foram submetidos a volatilidade extrema nos seus rendimentos. Eles variaram muito nos últimos dois anos, com a adoção do Auxílio Emergencial na pandemia, o fim do Bolsa Família e a indefinição até a criação atual Auxílio Brasil.

Em termos de mudanças, a proporção de pobres em bases anuais subiu 42,1% entre 2020 e 2021, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões em relação ao pré pandemia, segundo dados da FGV Social com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.

Além da elevada desigualdade social e do baixo crescimento econômico dos últimos anos, os mais pobres têm sofrido muito com a 'montanha-russa' no valor de seus rendimentos, o que é muito ruim para o planejamento e bem estar da população", afirma o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
Nessa "montanha-russa", as transferências dos programas sociais per capita (levando em conta toda a população) nos últimos dois anos saíram de R$ 11,77 em fevereiro de 2020 para R$ 136,20 em julho de 2020; caindo para R$ 13,93 em fevereiro de 2021.

No fim de 2021, que já incorpora o Auxílio Brasil substituindo o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, o valor de transferências é de R$ 19,29, 64% maior que logo antes da chegada da pandemia, mas apenas 14,2% do valor encontrado no ápice do Auxílio Emergencial.

Segundo Neri, pesquisas mostram que quase dois terços dos 40% mais pobres no país normalmente contam com a ajuda de parentes e amigos para sobreviver no dia a dia. "Como agora estão todos na mesma, essa rede de ajuda ficou muito limitada."

De acordo com a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 33 milhões de pessoas hoje passam fome no Brasil; e 6 a cada 10 brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar.

Neri lembra que, desde o início dos anos 1970, o Brasil figura como um dos maiores recordistas em inflação no mundo, mesmo após o Plano Real, em 1994 –o que é extremamente prejudicial aos mais pobres.

"A imprevisibilidade na renda só piora esse quadro. Agora mesmo há a tentativa de baixar os preços da gasolina, que devem voltar a subir em 2023", afirma.

Folhapress

Irmãos presos mataram Dom e Bruno queimados, diz fonte da PF

Equipes da Policia Federal já estão a caminho do local indicado pelas testemunhas. Homens foram presos suspeitos do crime

Odesaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips segue e informações recentes podem indicar o final da procura com um final trágico. As buscas já entraram no 11º dia e, nesta quarta-feira (15), novos desdobramentos foram informados pela polícia. 

Uma testemunha contou à Polícia Federal que o jornalista e o indigenista foram assassinados decepados e queimados. A informação foi divulgada pelo jornalista da Band Valteno de Oliveira.

Segundo o jornal da CNN, durante o depoimento, que teria ocorrido na madrugada desta quarta-feira (15), a testemunha descreveu para as autoridades o local onde os corpos teriam sido deixados.

Ainda durante o depoimento, ela disse que teria ouvido tiros enquanto estava em um barco numa região conhecida como Lago Preguiça, no dia 5 de junho. A data bate exatamente com a do desaparecimento das vítimas. Equipes da PF já estão a caminho da terra indígena do Vale do Javari, o local indicado.

A Polícia Federal já prendeu dois homens, ambos irmãos, identificados como Oseney da Costa Oliveira, 41 anos e Amarildo da Costa de Oliveira, eles foram presos suspeito de envolvimento no caso. As equipes de investigação encontraram sangue e vestígios aparentemente humanos na embarcação de Amarildo.

Oseney foi levado no início da tarde desta quarta-feira (15) para o local das buscas aos desaparecidos.

Fonte: CNN 

terça-feira, junho 14, 2022

Mais de 70 indígenas da etnia Munduruku se formam como professores em Jacareacanga, no Pará

A região norte concentra cerca de 40% de toda a população indígena do País, sendo o Pará o terceiro estado com o maior número de brasileiros assim listados, aponta o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Para esses povos, a educação tem sido um caminho importante de valorização da sua cultura, identidade e preservação de saberes. Desde 2009, por exemplo, mais de 100 indígenas se formaram na Universidade Federal do Pará (UFPA). 

E nos últimos dez anos, 11 turmas concluíram o ensino superior na Universidade do Estado do Pará (Uepa) - conquistas que se contrapõem às condições sociais nacionais que impõem dificuldades de protagonismo e autodeterminação aos povos tradicionais no Brasil.

Na última quarta-feira (8), 74 indígenas da etnia Munduruku integraram a 11ª turma a concluir o curso de Licenciatura Intercultural Indígena, ofertado por meio do Núcleo de Formação Indígena da Uepa. 

A solenidade foi realizada na sede da cidade paraense de Jacareacanga, na divisa com os estados do Amazonas e Mato Grosso. “Hoje é um dia especial para mim e para as pessoas que estão prestigiando, porque foi uma batalha de longo tempo. Hoje eu sou um exemplo para as pessoas da minha comunidade, para o cacique e para todos aqueles que gostam de ver a gente sendo vencedor”, anima-se o graduando Marcelo Saw Munduruku. Para ele, a formação representa uma conquista histórica.

"Hoje eu sou um exemplo para as pessoas da minha comunidade, para o cacique e para todos aqueles que gostam de ver a gente sendo vencedor” - Marcelo Saw Munduruku, graduando"

Marcelo comenta que a educação formal do indígena ainda é um grande tabu, algo que muitas pessoas olham com estranheza, como se o ambiente acadêmico não fosse um espaço ao qual eles podem pertencer: “Essas pessoas têm que pensar duas vezes, porque a educação superior indígena nos faz vencedores. 

Sempre está na minha cabeça que, se hoje eu estou aqui, eu não vou ficar para sempre. Por isso pretendo ser exemplo para aqueles que vão ser meus alunos, para que eles nunca desistam, porque eles são o futuro”.

A responsabilidade com as próximas gerações tem um sentido muito especial para a turma de graduandos Munduruku. Eles entendem a formação universitária como um modo de reforçar a perpetuação dos seus saberes e culturas para as gerações seguintes. 

“Como somos professores de educação intercultural, precisamos valorizar nossa cultura e a educação escolar indígena. Para nós é uma responsabilidade muito grande, porque, através dos conhecimentos adquiridos nos últimos seis anos, nós iremos repassar para os nossos parentes, netos, sobrinhos e várias gerações da nossa cultura Munduruku”, resume Roseane Kabá Munduruku, oradora da turma.
Fonte: O Liberal

Economia volátil faz biolionários perderem U$ 206 bilhões com queda de bolsas

Com queda nas Bolsas globais, bilionários ficam US$ 206 bi 'mais pobres'. Musk perde US$ 73,2 bi

As 500 pessoas mais ricas do mundo viram sua fortuna encolher nada menos do que US$ 206 bilhões nesta segunda-feira, segundo o ranking Bloomberg Billionaires Index.

Este ano, o clube dos ricaços já perdeu US$ 1,4 trilhão. Só Elon Musk, dono da Tesla e homem mais rico do mundo, viu sua fortuna encolher US$ 73,2 bilhões.

Veja a lista de quem mais perdeu este ano:

Changpeng Zhao (CEO da Binance, empresa de criptomoeda): US$ 85,6 bilhões

Elon Musk (Tesla): US$ 73,2 bilhões

Jeff Bezos (Amazon) US$ 65,3 bilhões

Mark Zuckerberg (Meta/Facebook/Instagram): US$ 64,4 bilhões

Bernard Arnault (presidente da grife de 

+luxo francesa LVMH): US$ 56,8 bilhões

Dólar abre estável, mas acima de R$ 5,10

Os mercados globais vivem novo dia de volatilidade nesta terça-feira, em meio ao temor de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), suba mais a taxa de juros amanhã.

O dólar abriu cotado em ligeira queda e é negociado a R$ 5,1008, ou seja, com desvalorização de 0,27% em relação ao fechamento da véspera.

A Bolsa de Valores, que nesta segunda-feira zerou os ganhos do ano, só abre às 10h.

Eletrobras tem dia de queda

No dia em que novos papéis da Eletrobras começaram a ser negociados na Bolsa, a ação ELET3 fechou o pregão com queda de 2,20%, em R$ 40,10. As ações ELET6, com maior liquidez, caíram menos, 0,81%, a R$ 39,38.

O governo concluiu na quinta a privatização da Eletrobras. Cada ação foi precificada em R$ 42, mas perdeu valor no primeiro dia. Para Vicente Koki, analista do setor de energia da Mirae Asset, não foi uma rejeição ao ativo, mas um “comportamento em grupo” num dia negativo na Bolsa:

— Hoje o mercado foi muito ruim para todas as ações. Acredito que há boas expectativas para a empresa no longo prazo.

A etapa de liquidação deve ocorrer nesta terça-feira, quando o dinheiro do FGTS investido por trabalhadores deve aparecer na conta da instituição escolhida para a aplicação. Além disso, um lote extra de papéis deve ser ofertado nos próximos dias.

Empresas aéreas

Aéreas caem com temor de custos maiores e demanda menor

As empresas aéreas despencaram: a Azul perdeu 10,92% e a Gol teve queda de 14,46%. Também do segmento turismo, a CVC desvalorizou 11,72%.

Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, explica que, em primeiro lugar, o mercado vê que tais empresas estão cada vez mais pressionadas em seus caixas, ao terem suas despesas elevadas pela alta dos combustíveis.

— O alto do custo do petróleo deve continuar a pressionar o custo das áreas. Hoje, os combustíveis já representam cerca de 50% das despesas — explica.

O segundo ponto, para esse resultado segundo ele, é o contexto de inflação elevada e alta nos juros, que pode provocar uma desaceleração global, diminuindo a demanda por viagens.

Por fim, o surgimento de novos casos de covid na Ásia amplia o temor de o mundo enfrentar uma nova onda da doença severa, que leve a lockdowns generalizados.

Fonte: O Globo