sexta-feira, junho 10, 2022

Brasil e Argentina “mancharam reputação do futebol” nas Eliminatórias, diz Fifa

Clássico foi interrompido em setembro de 2021 por descumprimentos de protocolo; documento da Fifa detona atitudes

A Fifa detonou Brasil e Argentina por conta do polêmico jogo adiado nas Eliminatórias em setembro do ano passado. A principal entidade do futebol mundial puniu a CBF e AFA pelo acontecimento e o documento com duras palavras veio à público.

Em um trecho, o documento deixa claro a insatisfação pelo episódio e diz que “CBF e AFA, por meio de suas respectivas condutas, que acabou causando o abandono da partida, mancharam a reputação da Fifa e do futebol”, além de dizer que as atitudes são “intoleráveis e deploráveis”.

Na ocasião, oficiais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entraram no gramado da Neo Química Arena, em Itaquera, para informar que quatro jogadores da Argentina descumpriram os protocolos de saúde contra a covid-19 no Brasil.

“O incidente foi transmitido para milhões de telespectadores via televisão e, assim, mancharam as competições e o futebol. Tais incidentes são totalmente intoleráveis e deploráveis e merecem uma sanção severa para evitar que tais eventos se repitam”, disseram os membros do comitê.

O confronto foi remarcado para o dia 22 de setembro desse ano, já perto da Copa do Mundo no Catar. Mesmo com as Eliminatórias já decididas, o clássico entre Brasil x Argentina irá ocorrer. Além do mais, a CBF foi multada em 500 mil francos suíços (R$ 2,5 milhões), enquanto a AFA, por ter descumprido protocolos sanitários, foi multada em 200 mil francos suíços (R$ 1 milhão).

Brasil e Argentina chegam forte para a Copa do Mundo. Os hermanos são os atuais campeãos da Copa América e acabaram de massacrar a Itália por 3 a 0 em Wembley, pela ‘Finalíssima’, com grande atuação de Lionel Messi. A seleção comandada por Tite vem de grande sequência invicta e mostra força tática com Neymar e companhia.

Juninho Paulista fala sobre os problemas de Brasil x Argentina

“Aí recebi as informações [sobre o cancelamento] no período em que o jogo já estava anunciado pelo governo de Melbourne. Recebíamos informações de que eles não iriam. Eu não sei porque não quiseram ir, era uma programação deles, queriam liberar os atletas antes. Mas tem contrato e agora vai dar uma briga jurídica lá entre as empresas e a AFA. Já tinham mais de 50 mil ingressos vendidos. Deu até gastrite [lidar com a AFA]”, disse o coordenador da CBF ao podcast Flow.

quinta-feira, junho 09, 2022

Flamengo: Bruno Henrique toma decisão e deve aceitar proposta do Fenerbahce

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, está no radar do Fenerbahce, da Turquia, e de acordo com a imprensa local, teria dado sinal verde para o clube de Jorge Jesus abrir as negociações.

De acordo com a informação do jornalista turco Ömer Çelibaşli, Bruno Henrique estaria “ansioso” para ser contratado pelo Fenerbahçe por conta do técnico Jorge Jesus, profissional que o atacante admira.

A multa rescisória de Bruno Henrique, atacante de 31 anos do Flamengo gira na casa dos 35 milhões de euros (R$ 183 milhões). No entanto, essa multa não deve ser paga e a investida do clube turco deve ser na casa dos cinco ou seis milhões de euros (R$ 26 e 31 milhões, aproximadamente).

Prioridade no Flamengo é outra

Apesar de ter a possibilidade de proposta, a realidade do Flamengo é outra: escolher um novo técnico. Paulo Sousa caminha para ser demitido e dificilmente deve permanecer no comando da equipe. Portanto, a ordem agora é garantir um novo técnico para o Flamengo.

De acordo com o jornalista Gustavo Henrique Dando Choque, ainda na tarde de quarta-feira, a demissão de Paulo Sousa já estava acertada e Rodolfo Landim já teria batido o martelo em relação ao assunto.

Em vídeo gravado na manhã da última quarta-feira, em Atibaia, o jornalista garantiu que Paulo Sousa está fora do Flamengo e só segue no cargo até a diretoria encontrar outro treinador, o que parece que não acontecerá antes do jogo contra o Internacional. Confira o que falou o jornalista:

“Estou aqui em Atibaia, os jogadores acabaram de treinar aqui, mas assim, o martelo está batido e a decisão do presidente Rodolfo Landim está tomada: Paulo Sousa está fora do Flamengo. Ele vai ficar no cargo até que se arrume um treinador, independente dos resultados de hoje [contra Red Bull Bragantino] e Internacional”, garantiu Gustavo Henrique.

Fonte: Porta Torcedores

33 milhões de pessoas passam fome no Brasil, aponta pesquisa

Levantamento divulgado nesta quarta (8/6) mostra que 60% da população sofrem algum tipo de insegurança alimentar

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8/6) revela que 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. Em pouco mais de um ano, foram 14 milhões de brasileiros que entraram para o mapa da fome. O levantamento, realizado pelo instituto Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mostra, ainda, que 58,7% da população vivem com insegurança alimentar. A situação atual é equivalente ao patamar da década de 1990.

Os dados foram coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, com entrevistas em 12.745 residências em áreas urbanas e rurais, em 577 municípios de todo o país.

A pesquisa anterior, divulgada em 2020, revelava que a fome tinha voltado a um patamar equivalente ao de 2004. Segundo a Rede Penssan, o quadro atual é “ainda mais perverso” por conta da piora no cenário econômico, pelo acirramento das desigualdades sociais e pelo segundo ano de pandemia da covid-19.

“A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, diz Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede Penssan.

Atualmente, apenas 4 entre 10 lares estão em condição de segurança alimentar. Os 6 restantes variam em uma escala entre os que permanecem preocupados com a possibilidade de não conseguirem alimentos no futuro e os que já estão passando fome. No total, são 125,2 milhões de brasileiros com insegurança alimentar, aumento de 7,2% em relação a 2020 e de 60% em comparação com 2018.

“Já não fazem mais parte da realidade brasileira aquelas políticas públicas de combate à pobreza e à miséria que, entre 2004 e 2013, reduziram a fome a apenas 4,2% dos lares brasileiros. As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, avalia Renato Maluf, coordenador da Rede Penssan.

Governo federal ignora inflação e repassa menos de R$ 1 para alimentação de aluno

Entidade pede que candidatos se comprometam com reajuste do valor para compra de comida nas escolas

Imagine o que se consegue colocar em um prato de comida com apenas R$ 0,53, especialmente considerando a alta de preços dos alimentos nos últimos meses. Pois é esse o valor do repasse do governo federal para a alimentação de cada aluno da pré-escola, justamente o que está na primeira infância, fase crucial do desenvolvimento.

Para os que estão no ensino fundamental e no médio, o valor é ainda mais baixo, R$ 0,36 por estudante. A verba per capita só ultrapassa R$ 1 para os horários escolares estendidos. Nas creches é R$ 1,07; no ensino integral, varia entre R$ 1,07 e R$ 2.

Esses são os valores do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que beneficia 40 milhões de matriculados em instituições públicas de ensino no Brasil. Com o aumento da fome no país, cresce o número de crianças e jovens que têm no prato de comida servido nas escolas a sua única refeição do dia.

Diante disso, uma rede de instituições redigiu uma carta aos candidatos das próximas eleições com um apelo para que se comprometam com o reajuste do repasse para a alimentação escolar.

O documento alerta para o fato de que o valor do Pnae não teve reajuste significativo desde 2010. Além disso, houve redução de 20% em valores reais no orçamento do programa entre 2014 e 2019. Neste ano, considerado estratégico diante da perda nutricional dos dois anos de fechamento escolar da pandemia, o orçamento sofreu redução para R$ 3,96 bilhões —em 2021, foram R$ 4,06 bilhões.

A carta ressalta que, enquanto o valor para a compra de alimentação nas escolas cai, a inflação dispara, especialmente a de alimentos. Cita, por exemplo, a alta de 84% no preço do óleo de soja, de 39,7% no do arroz e de 34,4% no da carne, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre julho de 2020 e julho de 2021.

O documento propõe que o orçamento do programa mais do que dobre, atingindo cerca de R$ 8 bilhões, e que se estabeleça, em lei, uma atualização anual do valor atrelada ao IPCA de bebidas e alimentos —atualmente não há regra para a correção.

A melhora nutricional da alimentação escolar torna-se ainda mais urgente diante do aumento da fome no Brasil. Novas pesquisas dão a dimensão do tamanho da tragédia, como a divulgada nesta quarta-feira (8) pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). Atualmente, 33 milhões de pessoas passam fome no país, de acordo com o levantamento.

Além disso, 6 a cada 10 brasileiros, ou seja, 125,2 milhões de pessoas, convivem com algum grau de insegurança alimentar.

Bolsonaro pede que supermercados tenham 'menor lucro possível' em alimentos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou hoje, de forma virtual, do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). 

O chefe do Executivo fez um apelo principalmente em relação aos produtos da cesta básica. "O apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, é que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível, para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes", disse.

Eu sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído mais também, os senhores já vêm colaborando dessa forma. Mas colabore um pouco mais na margem de lucro dos produtos da cesta básica. Esse é o apelo que faço aos senhores. Se for atendido, eu agradeço e muito, e se não for, é porque realmente não é possível.

Bolsonaro reclamou de ser visto como culpado pela "inflação e aumento dos gêneros alimentícios". O presidente deu exemplos de medidas do governo, como as relacionadas a combustíveis, e fez uma lista de pautas defendidas por ele. 

"É um apelo pela nossa economia, para que nós possamos, ao continuar o governo, mostrar a vocês que nós não queremos, por exemplo, revogar a reforma trabalhista. 

Nós não queremos mais que se use o nosso BNDES para emprestar para ditaduras. Nós não queremos valorizar o MST da forma original. Não queremos uma campanha de desarmamento da população. Nós reconhecemos e valorizamos os militares", afirmou, em tom eleitoral, falando ainda de liberdade religiosa, de imprensa e de expressão.

O presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, têm conversado com o setor nos últimos dias para tentar sensibilizar sobre a alta dos preços. Nesta semana, durante entrevista ao SBT, o presidente afirmou que já tem conversado com lideranças dos supermercados sobre o tema. 

Em nota, a Abras afirmou que se reuniu com o ministro Paulo Guedes na terça-feira (7) e pediu a isenção de impostos dos produtos da cesta básica e a desoneração da folha de pagamento. 

Ainda segundo o texto, mais de 50 varejistas participaram do encontro e teriam se comprometido a "repassar ao consumidor qualquer redução que houver na cadeia produtiva." O UOL mostrou hoje que, apesar de a inflação ter desacelerado no mês passado, ela ainda acumula alta de 11,73% em 12 meses. Só os alimentos e bebidas subiram 13,51% desde maio de 2021. Considerando apenas os produtos da cesta básica, a disparada foi ainda maior, com altas que chegam a mais de 67%. Apenas o arroz teve queda (-10,27%) no período.

Fonte: UOL Notícias

Justiça proíbe participação da PRF em operações fora das rodovias

A Justiça Federal decidiu impedir a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em operações fora de rodovias federais. A 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro aceitou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para suspender o Artigo 2º da Portaria 42/2021, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o artigo suspenso, a PRF poderia designar efetivo para integrar equipes em operação conjunta com outras forças, prestar apoio logístico, atuar na segurança das equipes e do material empregado, ingressar em locais alvos de mandado de busca e apreensão, mediante previsão em decisão judicial, lavrar termos circunstanciados de ocorrência e praticar outros atos relacionados ao objetivo da operação conjunta.

O MPF pediu a nulidade do Artigo 2º para impedir a atuação da PRF em operações policiais em locais como as comunidades localizadas dentro da cidade do Rio. A Justiça aceitou o pedido por considerar que ele viola o parágrafo 2º do Artigo 144 da Constituição Federal, que especifica que a PRF “destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais”.

O pedido do MPF veio depois de três operações policiais, com a participação da PRF, que resultaram na morte de 37 pessoas, uma na comunidade do Chapadão (que deixou seis mortos), em março; e duas na Vila Cruzeiro (uma em fevereiro, com oito mortos, e outra em maio, com 23 mortos).

Por meio da assessoria de imprensa, a PRF informou que "já está cumprindo a decisão, analisando a situação e adotando as providências necessárias".

Essa decisão da Justiça Federal atende um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que foi feito após a participação de equipes da PRF em operações policiais com dezenas de mortes em comunidades no Rio de Janeiro.

Na prática, a decisão da Justiça Federal suspende um artigo de uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública de 18 de janeiro de 2021, que prevê que a PRF poderá “designar efetivo para integrar equipes na operação conjunta”.

Fonte: Metrópoles

Lá eles punem: Medidas de cooperação internacional implementadas pelo MPF viabilizam condenação de empresários em Londres

A atuação do Ministério Público Federal (MPF), por meio de cooperação internacional com o Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO), permitiu a condenação de duas pessoas envolvidas em esquema fraudulento de investimento ambiental no Brasil. Diretores da empresa Global Forestry Investments, Andrew Skeene e Omari Bowers foram condenados pelo Tribunal de Southwark, em Londres, por terem enganado cerca de dois mil investidores em movimentações financeiras de aproximadamente 37 milhões de libras (cerca de R$ 222 milhões).

As investigações conduzidas pela SFO revelaram que a empresa foi apresentada como um esquema de investimento seguro, bem administrado e ético que ajudaria a proteger a floresta amazônica no cultivo e colheita de plantações de árvores de teca, além de apoiar as comunidades locais. Mas, na realidade, a dupla de diretores estava se enriquecendo com as poupanças e pensões dos investidores. Os dois foram condenados pela prática dos delitos de conspiração com o intuito de cometer fraude e falsificação de documentos.

Ao longo da apuração do caso, o SFO, ramo do Ministério Público inglês especializado em fraudes complexas e corrupção, formulou diversos pedidos de cooperação ao MPF para a realização de diligências, como a obtenção de documentos bancários e de informações junto a órgãos públicos e instituições privadas nacionais. Também foram realizadas oitivas de pessoas no Brasil, acompanhadas por agentes britânicos, que vieram duas vezes ao território brasileiro para o cumprimento das medidas. A execução das diligências ficou a cargo dos membros do MPF Ubiratan Cazetta e Ricardo Augusto Negrini, em atuação pela unidade da instituição no Pará, sob coordenação da Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República.

Diretora do Serious Fraud Office, Lisa Osofsky, agradeceu todo auxilio prestado pelo MPF e declarou que “a investigação internacional expôs uma intrincada rede de transferências de dinheiro, documentos falsificados e identidades inventadas usadas para enganar pensionistas e poupadores sob o falso pretexto de proteção ambiental”.

Com informações do SFO.

Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República