quarta-feira, junho 08, 2022

Vida cruel: Ao cobrir acidente, jornalista descobre que vítima era seu filho

Tiago Baldassari, 32, morreu após uma colisão numa rodovia do interior de SP

RIBEIRÃO PRETO

Ao cobrir um acidente numa rodovia do interior paulista na manhã desta quarta-feira (8), o jornalista Carlos Alberto Baldassari, 60, descobriu que a pessoa que morreu na batida entre um carro e um caminhão era seu filho mais velho, Tiago Cequetto Baldassari, 32.

O acidente ocorreu na rodovia Antônio Machado Sant’Anna, que liga Araraquara a Ribeirão Preto. Ainda sem detalhes do caso, Carlos iniciou uma live numa rede social e deu as informações iniciais.

Disse apenas que a placa do veículo era de outra cidade, mas que a vítima residia em Araraquara.

Ao desconectar, buscou informações sobre a ocorrência com as equipes da Polícia Rodoviária e da concessionária responsável pelo trecho e viu que a vítima era seu filho, que apresentava diariamente com ele em redes sociais um programa à noite com comentários sobre os principais fatos do dia em Araraquara.

Tiago morreu no local do acidente.

Numa nova live feita em seguida, emocionado, Carlos contou aos internautas o que tinha acabado de presenciar.

"Vida de repórter é isso, muitas pessoas às vezes não vão entender o momento que a gente está vivendo aqui na rodovia. Nesse instante estão colocando o corpo do condutor no carro funerário [...] O caminhão foi parar a cerca de 100 m do veículo, ali no acostamento, e vocês se segurem agora porque eu vou dizer quem é o condutor do veículo que perdeu a vida aqui. É meu filho, é o Tiago, que fazia comigo todos os dias a apresentação dos programas, as lives, e nesta manhã vim para cobrir o acidente e, quando cheguei, era meu filho envolvido no acidente."

O vídeo teve 170 mil visualizações até a tarde desta quarta. Tiago, que se casou seis meses atrás, deixou a esposa, grávida de três meses, e uma filha de 8 anos. A família estava em festa nas últimas semanas, já que no último dia 29 foi feito o chá de revelação e o casal resolveu dar o nome de Iara à filha.

Em outro trecho do vídeo, com a voz embargada, ele disse que, em sua área de atuação, há momentos em que é preciso cobrir ocorrências que envolvem familiares.

"Infelizmente hoje é o meu filho, a gente perde o Tiago e que Deus o receba de braços abertos. Um menino bom, de bom coração, e que acabou agora, por volta de 6h10, se envolvendo nesse acidente. Infelizmente."

Ele disse não saber o que faria no decorrer do dia, para cuidar dos detalhes, e que a vida "prega essas peças em todos nós".

"Um jovem que vai embora, mais um, e é o meu filho. Não tem muito o que falar, não tem muito o que fazer. É se apegar a Deus, é uma dor insuportável."

Carlos, que tem 43 anos de profissão, contou à Folha que desabou após encerrar a live.

"Eu tinha de transmitir a informação, é um compromisso que a gente tem com o jornalismo. Fui para lá fazer a cobertura, parti desse princípio. Depois não vou dizer que não desabei, não tem como", afirmou.

Carlos disse que o filho passava pelo local com frequência, porque a família de sua nora é de uma cidade vizinha, e que se dirigiu ao local com um sentimento ruim.

"Falei para o amigo que trabalha comigo que não estava me sentindo bem e que sentia que tinha alguma coisa errada. Mas cheguei e comecei a cobrir o fato, sem ver o carro, o caminhão tampava a visão. Mesmo ao chegar muito perto e ver o carro pela traseira, minha vista confundia as cores e só reconheci meu filho quando vi o tênis."

Depois, Carlos foi amparado por outros repórteres que cobriam o acidente. O corpo de Tiago será velado nesta quinta-feira (9) das 8h às 10h, com enterro em seguida, no cemitério São Bento, em Araraquara.

https://tv.uol/19b6X

Fonte: Folha

Vereador Wescley Tomaz anuncia que ANM vai disponibilizar áreas de garimpo, agora, dia


https://soundcloud.com/jparentedesousa/vereador-wescley-tomaz-disponibilizacao-de-areas-de-garimpo?utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing

Marília reclamou de prefeituras que barraram shows gratuitos. Por que será, hein?

Em 2019, a cantora fez duras criticas a prefeituras que recusaram apresentações gratuitas de seu projeto "Todos os Cantos"

Nos últimos dias, surgiram diversas polêmicas envolvendo cantores sertanejos que se apresentaram em cidades pequenas contratados pelas prefeituras com cachês milionários. Um deles foi Gusttavo Lima, que se apresentaria em diversas cidades pequenas com cachês pagos com verba pública. As apresentações acabaram virando alvo de investigação do Ministério Público. Após a exposição, diversos shows do embaixador acabaram sendo cancelados.

Desde o início desta semana, internautas resgataram um post de Marília Mendonça, de 2019, e trouxeram à tona, o fato de que apresentações de alguns artistas são investigadas por suspeita de envolvimento de verba pública. Neles, a rainha da sofrência criticava as prefeituras e desabafava sobre a dificuldade de não conseguir fazer shows gratuitos em algumas cidades do país.

"Todos os Cantos" foi um projeto lançado pela sertaneja, que morreu no final do ano passado, e levava shows gratuitos para diversas regiões do país e em cada cidade, gravava uma música para o DVD. Porém, na época, a cantora enfrentou dificuldade para levar os shows para alguns municípios, pois os prefeitos se recusavam a receber a atração.

"O projeto ‘Todos os Cantos’ é feito de boas intenções, pena que não é valorizado por quem mais deveria valorizar: os próprios líderes da cidade e dos Estados, que tem sua casa exposta e valorizada por todo mundo e sem ‘incentivozinho’, hein? Difícil”, escreveu ela na ocasião.

“Se estivéssemos pedindo dinheiro, eu entenderia. Agora: ‘ei, quero valorizar o turismo na sua cidade, trazendo um show grátis para sua população, posso?’ Porta na cara. Não fazem e não deixam que façam! Ok… aqui a luta não para!”, disse ainda.

SHOW EM BELÉM

Um dos shows do projeto foi gravado em Belém e a época causou grande alvoroço na cidade. A apresentação ocorreu na Praça do Relógio.

Fonte: Terra

JParente: Baixar preços dos combustíveis é uma equação complicada

É antiga a preocupação do presidente Jair Bolsonaro com o preço dos combustíveis. Isso é verdade. O que é bem mais recente é a preocupação dele em tentar, de todo modo, baixar o preço da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha à custa dos erários públicos estaduais, como é bem do seu feitio.

A culpa dos problemas nacionais é sempre dos outros, jamais sua. Arranja culpado para qualquer desacerto que haja.

Como qualquer brasileiro, eu também gostaria de estar pagando bem menos, tanto pela gasolina, quanto pelo gás de cozinha que uso, todavia sei que, nem o presidente Bolsonaro, nem qualquer outro que estivesse em seu lugar resolveria isso de forma satisfatória e duradoura, tanto para o consumidor, como para as finanças públicas.

O ex-presidente Lula declarou que Bolsonaro não resolve porque não quer, pois bastaria dar uma canetada. Mas, não é bem assim. É, também, afirmação eleitoreira.

Dar uma canetada significa autorizar o tesouro nacional subsidiar os combustíveis, o que equivale ao comportamento do avestruz, que enterra a cabeça na terra quando vê o perigo.

Subsidiar qualquer coisa é o mesmo que empurrar o problema com a barriga, pois, enquanto os preços estiverem baixos em relação ao mercado internacional, a população terá a ideia de que está tudo bem por aqui, até o dia que as finanças do País entrarem em colapso, e o governo que estiver de plantão correr da sala pra cozinha para a corda não arrebentar.

Um dia a corda vai ter que ser afrouxada, querendo ou não, e aí vamos assistir ao filme que vimos em governos passados, com aumentos absurdos para tentar compensar o tempo do subsídio, que não tem chance de durar para sempre.

O que Lula propõe é o controle artificial de preços, em vez do controle do mercado, como acontece em quase todos os países. Nesse caso, falar é fácil.

Uma coisa interessante que Bolsonaro disse, com o objetivo de cutucar Lula, é que essa situação que o Brasil está passando, tem a ver com o fato de o PT, quando esteve no poder, ter iniciado a construção de três refinarias, sem concluir nenhuma. O presidente prometeu dar prioridade a isso no próximo mandato, se houve.

Apesar de interessante, foi apenas mais uma fala eleitoreira. Ora, se o presidente está completando três anos e meio de mandato, e não mandou colocar um parafuso em nenhuma dessas três refinarias, como é que a gente vai poder acreditar que ele fará isso num possível próximo governo? É conversa pra inglês ver! E que ninguém venha com desculpa de pandemia.

E agora que a eleição está chegando, Bolsonaro quer enfiar goela abaixo dos governadores o ICMS zero. Esse imposto, que por sinal tem um percentual muito elevado, foi criado em 1996. É uma das grandes fontes de receita dos estados.

O governo federal, que está com as finanças em frangalhos, cortando da saúde e da educação, propõe fazer compensações aos estados que aderirem ao seu projeto, que tem por objetivo o ICMS zero, mas, que ficaria satisfeito apenas com uma redução do percentual, que convenhamos, na maioria dos estados é muito elevado.

Antes, o presidente se contentava em demitir o presidente que estivesse de plantão na Petrobras. Com a proximidade da eleição era preciso fazer mais para tentar melhorar os seus índices de rejeição e subir nas pesquisas. Aliás, por falar em pesquisas, esse é um problema antigo no Brasil. Disparidades nos resultados de um instituto para outro deixa o cidadão perplexo. Está faltando credibilidade.

Nem Jair Bolsonaro, nem Luiz Inácio Lula da Silva tem como resolver esse problema do alto preços dos combustíveis, porque isso não depende da vontade pessoal de um ou de outro. 

Baixar o ICMS seria uma boa medida que melhoria a imagem do presidente em curto prazo. Porém, essa não será uma solução definitiva. É uma medida eleitoreira que deixará os consumidores satisfeitos por um breve tempo, até os próximos aumentos nas bombas.

Até a Venezuela, destroçada pelo catastrófico governo de Nícolas Maduro, que concluiu a obra de destruir o país, iniciada pelo Coronel Hugo Chaves, tem gasolina cara, quando tem, porque os racionamentos tem sido frequentes por lá. 

Os combustíveis eram super subsidiados no país vizinho, custando em 2008, por exemplo, nove centavos de real. Era mais barato que comprar uma garrafa de água mineral de 100 ml. Hoje, quem tem algum dinheiro comprar, tem que pagar mais de U$ 1 (um dólar por litro).

Se aparecer um candidato a presidente por aí, para resolver essa equação, com uma fórmula mágica que faça a gente voltar a encher o tanque do carro, e que consiga baixar o preço do gás, quem sabe ele me convença e vote nele, embora eu continue ressabiado, muito desconfiado, depois da fatídica experiência com Fernando Collor de Mello e Zélia Cardoso de Melo.

Collor tinha somente uma bala para matar o tigre da inflação. Errou o tigre e acertou na gente.

Chega de milagreiros. Precisamos de um comandante com os pés nos chãos.

Jota Parente

Câmara aprovou Moção de Aplausos aos garimpeiros

O vereador Peninha teve pedido de Moção de Aplausos a todos que atuam terras onde pode-se trabalhar, na região do Tapajós, alimentando não apenas suas famílias, como também a economia da região.

Desde 1958 é explorado couro nessa região, só que nos últimos anos tem ficado cada vez mais difícil para se trabalhar, em função da repressão promovida pelos órgãos de fiscalização do governo federal.

O blog exibe a moção completa acima.

terça-feira, junho 07, 2022

Justiça paralisa licenciamento de porto em Itaituba (PA) por falta de consulta prévia ao povo Munduruku

Sentença colocou a Funai como ré por ter atuado no processo contra a sua missão de defender os indígenas, favorecendo a empresa

A Justiça Federal em Itaituba, no sudoeste do Pará, suspendeu o licenciamento de um porto da empresa Rio Tapajós Logística que está sendo construído perto da aldeia Praia do Índio, do povo Munduruku, por não ter sido garantido o direito dos indígenas a consulta prévia, livre e informada. A sentença atende pedidos do Ministério Público Federal (MPF), que apontou os graves danos provocados pelo desrespeito à autodeterminação dos povos indígenas, direito previsto pela Constituição brasileira e pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), que estava conduzindo o licenciamento, foi condenada a paralisar o processo até que seja realizada a consulta. A empresa Rio Tapajós Logística foi impedida de participar de qualquer etapa do licenciamento ambiental e a Fundação Nacional do Índio (Funai), que fazia parte do processo como assistente do MPF, foi convertida em ré, porque a Justiça entendeu que a fundação descumpriu sua missão institucional de defender os direitos indígenas e atuou em favor da empresa.

Como consequência, a Funai terá que alterar o termo de referência, uma espécie de questionário que orienta os estudos de impacto sobre os indígenas, incluindo necessariamente estudos sobre o efeito do porto para todos os Munduruku que vivam nas áreas do baixo e médio Tapajós e não apenas os moradores das reservas indígenas Praia do Índio e Praia do Mangue, como tinha sido feito anteriormente.

Impactos ignorados – De acordo com a própria Semas a região de instalação do porto tem predominância de florestas preservadas, o que indica serem locais de caça e pesca para os indígenas, portanto fundamentais para a segurança alimentar e sobrevivência dos Munduruku. Para a Justiça, tanto a Semas quanto a empresa responsável tinham conhecimento do impacto sobre os indígenas e, mesmo assim, deixaram de respeitar o direito ao consentimento.

Os documentos apresentados no processo, diz a sentença, apresentam “como área de influência indireta do projeto toda a extensão de uma margem à outra na curva do rio Tapajós, indicando que todos os recursos ambientais no local são afetados pelo empreendimento, como água, solo, animais, vegetação, correnteza do rio, relevo etc”.

A sentença também registra que são esperados impactos consideráveis porque o porto visa atrair grandes embarcações de transporte de grãos para o leito do Tapajós que devem causar danos às populações ribeirinhas tanto no médio quanto no baixo curso do rio. Mesmo assim, a Funai, ao elaborar o termo de referência, exigiu estudos de impacto apenas para duas áreas indígenas no médio curso.

“Fica evidente que o meio ambiente natural e cultural das tribos e aldeias indígenas de todo o baixo e médio rio Tapajós será impactado, de forma que a limitação dos estudos de impactos viola o princípio da precaução, também aplicável ao meio ambiente cultural”, diz o juiz Marcelo Garcia Vieira, que sentenciou o processo. “Se tais impactos serão ou não significativos ou se irão ou não efetivamente prejudicar os indígenas que utilizam o rio Tapajós, apenas a ampliação do estudo de impacto poderá dizer, mas se a própria Funai limita o espaço de pesquisa do impacto a apenas 10 km, nunca se saberá qual realmente será o impacto na vida dessas pessoas”, conclui.

“A Convenção OIT nº 169 é clara em reconhecer aos indígenas o direito de consulta e consentimentos prévio e informado, de acordo com sua matriz cultural e anteriormente à qualquer projeto de desenvolvimento ou qualquer investimento público ou privado que possa a interferir, impactar ou prejudicar as pessoas, as instituições, os bens, as culturas e o meio ambiente dos povos indígenas. Tais interpretações encontram compatibilidade e harmonia com os dispositivos da Constituição Federal de 1988 ao condicionar qualquer empreendimento destinado ao desenvolvimento econômico, em nome da soberania ou de interesse nacionais, como o procedimento de licenciamento ambiental à proteção do meio ambiente cultural, compostos por todos os bens materiais e imateriais essenciais à preservação dos povos e da cultura indígenas, estabelecendo direitos de conteúdos materiais expressos a serem tutelados pelo Estado Brasileiro”, registra a sentença.


Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Publicação de Requerimento de Licença Ambiental

Curumim Distribuidora e Comércio Ltda., CNPJ: 13.392.999/0001-03, Torna Público que Requereu à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Mineração do município de Itaituba/PA - SEMMAM, Licenciamento Simplicado (LS), conforme o protocolo de número 738/2022.