domingo, março 13, 2022

O Perigo Está Crescendo: Ataque russo contra base militar próxima da Polônia deixa 35 mortos e 134 feridos

Base de Yavoriv é parte da rota usada pela Otan para enviar armas à Ucrânia; segundo autoridades locais, ela teria sido atingida por 30 mísseis

LVIV — Militares russos lançaram neste domingo um ataque com mísseis à base militar ucraniana de Yavoriv, na região de Lviv, perto da fronteira polonesa. Segundo as autoridades locais, a ação deixou pelo menos 35 mortos e 134 feridos. O ataque é considerado "o mais ocidental" da guerra até o momento, ou seja, o mais próximo do território de países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar liderada pelos EUA.

O ataque ocorre um dia após o governo russo ameaçar atacar carregamentos de armas do Ocidente para a Ucrânia, chamando os comboios de "alvos legítimos". Na noite de sábado, porém, o presidente americano Joe Biden autorizou mais US$ 200 milhões de dólares em armas e outras assistências para a Ucrânia.

Segundo o New York Times, a base atingida é um elo vital no fluxo de armas enviadas pelos países da Otan para a Ucrânia. A Polônia também tem sido o principal ponto de passagem de carregamentos de armas, de refugiados que fogem para o Ocidente, além de combatentes estrangeiros que viajam para a Ucrânia para se integrar às forças locais.

Incialmente, o governador de Lviv, Maksym Kozytsky, disse em entrevista coletiva que o total de mortos era de nove, mas o número foi atualizado ao longo do dia. A Reuters informou que sua equipe de reportagem viu 19 ambulâncias com sirenes ligadas a caminho da base militar após o ataque.

"Infelizmente, perdemos mais heróis: 35 pessoas morreram como resultado do bombardeio do Centro de Manutenção da Paz e Segurança. Outros 134 com diferentes ferimentos em diferentes graus de gravidade estão no hospital. Em nome de toda a região de Lviv, expressamos nossas sinceras condolências às famílias das vítimas. Não esqueceremos nenhum herói e não perdoaremos nenhum ocupante", disse Kozytsky em comunicado.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, classificou a ação como um "ataque terrorista" e confirmou que instrutores militares estrangeiros atuavam na base. Até o momento, não há informações de quantos soldados estavam no local no momento em que foi atingido e nem se há estrangeiros entre as vítimas.

"Este é um novo ataque terrorista contra a paz e a segurança perto da fronteira UE-OTAN. Ações devem ser tomadas para impedir isso", disse ele no Twitter.

Fonte: AFP

Mega-Sena: ninguém acerta e prêmio vai a R$ 165 milhões

Não foi dessa vez que o maior prêmio Mega-Sena deste ano não foi parar nos bolsos de um grande sortudo. A noite deste sábado (12/03), ninguém acertou as seis dezenas do sorteio no concurso 2.462, realizado em São Paulo (SP).

Assim, o prêmio subiu de  R$ 130 milhões para R$ 165 milhões que serão sorteados na próxima quarta-feira (16/03). As dezenas sorteadas foram: 03 - 16 - 23 - 41 - 45 - 57

De acordo com o site Loterias Caixa, 294 apostas acertaram a Quina e vão receber R$ 39.145,65. O número de apostas que acertaram quatro dezenas chegou a 19.576. O prêmio para cada uma, na Quadra, é de R$ 839,86. 

DOL

Neymar e Messi são vaiados por torcedores do PSG

Os torcedores do Paris Saint-Germain mostraram neste domingo (13), no estádio Parque dos Príncipes, em confronto da equipe com o Bordeaux, sua insatisfação com a eliminação para o Real Madrid, nas oitavas de final da Champions League.

O time parisiense foi bastante vaiado durante a partida, principalmente Neymar e Lionel Messi, que ouviram reclamações das arquibancadas e vaias a cada toque que deram na bola. Nem mesmo o gol marcado pelo atacante brasileiro e a boa atuação do argentino foram capazes de diminuir as críticas.

Kylian Mbappé, por outro lado, foi poupado das manifestações de insatisfação. O francês, que abriu o placar diante do Bordeaux, havia anotado os dois gols do PSG na série com o Real, pelo torneio europeu.

Durante a semana, depois da derrota por 3 a 1 para os espanhóis, no Santiago Bernabéu, ultras do PSG anunciaram um grande protesto para o compromisso pela Ligue 1. Eles pedem a renúncia da diretoria do clube, especialmente a saída do diretor brasileiro Leonardo e do presidente Nasser Al-Khelaifi.

Neste domingo, Mbappé abriu o placar após boa jogada de Lionel Messi, que encontrou Wijnaldum em ótima posição para invadir a área e servir Mbappé. O francês só desviou para o gol, ainda na etapa inicial.

No segundo tempo, Messi deu outro grande passe em profundidade, desta vez para Hakimi, que entrou pela direita e cruzou rasteiro para Neymar completar e ampliar a vantagem. Parte do estádio Parque dos Príncipes comemorou, outra parte vaiou o camisa 10.

O argentino Leandro Paredes anotou o terceiro, também após passe de Messi. Assim como Mbappé, Paredes teve seu gol mais celebrado que o de Neymar.

Fonte: Lance

sábado, março 12, 2022

Pobreza, endividamento, falta de perspectiva: “Round 6” expõe o lado B da Coreia do Sul

A liderança no desenvolvimento de produtos de tecnologia avançada mascara problemas crônicos da sociedade sul-coreana

Por Lucas de Vitta, Valor — São Paulo

O drama vivido pelos personagens de “Round 6”, uma das séries mais populares de todos os tempos da Netflix, coloca diante dos espectadores a realidade da pobreza e da falta de perspectivas de uma parcela da população sobre o futuro na Coreia do Sul, dois temas que talvez estejam distantes do imaginário coletivo quando se pensa sobre uma das sobre o futuro na Coreia do Sul, dois temas que talvez estejam distantes do imaginário coletivo quando se pensa sobre uma das principais economias da Ásia.

sobre o futuro na Coreia do Sul, dois temas que talvez estejam distantes do imaginário coletivo quando se pensa sobre uma das principais economias da Ásia.

Mais de 40% dos sul-coreanos com mais de 65 anos vivem em situação de pobreza, um problema que ocorre, em parte, pelo fato de o país só ter implementado um sistema público de previdência em 1988. Na população geral, o índice chega a 17%, um dos maiores entre os países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ODCE).

A taxa de desemprego entre homens e mulheres jovens — com idades entre 15 e 24 anos — era de 7,2% e 5,3%, respectivamente, em setembro, enquanto o índice geral é de 3%, de acordo com dados oficiais.

Já o endividamento das famílias atingiu 104,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2021, menor apenas do que os de Suíça, Austrália, Noruega, Canadá e Dinamarca, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

O preço médio da venda de apartamentos em Seul, por sua vez, quase dobrou desde quando o presidente Moon Jae-in assumiu o cargo, aponta levantamento divulgado da Coalizão de Cidadãos pela Justiça Econômica.

Um apartamento de 99 metros quadrados custava 620 milhões de wons (R$ 2,98 milhões) em maio de 2017 e subiu agora para 1,19 bilhão de wons (R$ 5,71 milhões).

Seong Gi-hun, um dos principais personagens da série, é um exemplo da realidade enfrentada por uma parcela da população sul-coreana. Demitido da montadora em que trabalhava, ele contraiu uma dívida gigantesca após se aventurar em empreendimentos comerciais fracassados e jogos de azar. Sem perspectivas, ele sequer tem dinheiro para comprar um presente de aniversário para a filha ou para bancar o tratamento médico da mãe, que sofre de diabetes.

A alternativa encontrada foi entrar no “Round 6”, ou “Jogo da Lula” (Squid Game, nome original da série), um experimento macabro organizado por um grupo de sul-coreanos muito ricos que, como distração, convida centenas de pessoas altamente endividadas para uma disputa de seis rodadas, baseada em jogos infantis do país.

Quem não supera um dos desafios é “eliminado”, ou seja, morto. O vencedor pode levar um prêmio de 46,5 bilhões de wons (R$ 223 milhões).

A ele se junta um amigo de infância, economista formado pela Universidade Nacional de Seul, que entrou em desgraça após roubar dinheiro de seus clientes, uma desertora norte-coreana que precisa cuidar de um irmão e ajudar a mãe a escapar do país vizinho e um imigrante paquistanês cujo patrão se recusa a pagar seu salário. Diferenças à parte, todos os 456 participantes do jogo têm em comum os problemas financeiros e a falta de esperança em relação ao futuro.

“As histórias e os problemas dos personagens são extremamente personalizados, mas também refletem os problemas e as realidades da sociedade sul-coreana”, disse Hwang Dong-hyuk, o criador de “Round 6”, ao jornal americano “The New York Times”. O roteiro da série foi originalmente escrito como filme, em 2008, mas depois reformulado para refletir nova preocupações, como as surgidas a partir da covid-19.

Na Coreia do Sul, a vida está imitando a arte

O impacto da série já se reflete na realidade do país. Milhares de integrantes da Confederação Coreana de Sindicatos organizaram um protesto na última quarta-feira pedindo melhores condições.

Alguns levavam cartazes com palavras de ordem, como “chega de desigualdade” e “emprego para os jovens”. O fato curioso é que os manifestantes vestiam trajes usados pelos guardas da série, responsáveis por organizar os participantes durante os jogos e executar os eliminados.

Alguns levavam cartazes com palavras de ordem, como “chega de desigualdade” e “emprego para os jovens”. O fato curioso é que os manifestantes vestiam trajes usados pelos guardas da série, responsáveis por organizar os participantes durante os jogos e executar os eliminados.

Autoridades sul-coreanas já admitiam antes do lançamento da série que a de a desigualdade e a falta de perspectivas são dois dos desafios a serem enfrentados pelo governo. Em recente entrevista ao jornal britânico “Financial Times”, o primeiro-ministro Kim Boon-kyum disse que o problema estava sendo tratado com “senso de crise”. Ele também afirmou que a situação da população idosa, que ajudou na reconstrução do país após a guerra com o Norte, era particularmente “dolorosa”.

sexta-feira, março 11, 2022

Morte de Paulinha Abelha pode gerar prisão por homicídio

O grupo Calcinha Preta alterou sua logomarca para homenagear Paulinha Abelha, vocalista da banda que morreu aos 43 anos, em 23 de fevereiro, após ser internada com uma lesão renal que a deixou em coma.

"Como homenagem, decidimos agregar o desenho da abelhinha à marca da Calcinha Preta, num gesto de respeito, amizade, reconhecimento e saudade. Paulinha seguirá com a gente, prometemos levá-la a todos os lugares que ela sempre almejou estar e pra sempre amá-la!", publicou o perfil da banda no Instagram.

O grupo também anunciou que não irá substituir a vocalista. "A banda seguirá com Daniel Diau, Silvânia Aquino e Bell Oliver".

Os laudos necroscópicos apontaram que o fígado e rins da cantora estavam muito comprometidos antes de sua morte, já que eles ficavam sobrecarregados com a quantidade de substâncias que tinham que filtrar. 

Durante uma reportagem do Domingo Espetacular, foi mostrada uma receita de Paulinha Abelha com 17 substâncias para tratamento de emagrecimento, depressão, falta de memória, entre outros.

Segundo informações do Diário do Nordeste, os profissionais que receitaram tais medicamentos podem ser condenados por homicídio e até estelionato, caso seja comprovado que eles são os responsáveis pela morte da cantora e caso o juiz entenda que a cantora foi vítima de negligência, imprudência ou imperícia. 

Se a justiça entender que a prescrição das substâncias foi feita para obter uma vantagem ilícita, ficaria caracterizado o crime de estelionato. 

Os profissionais poderão, ainda, ser julgados de acordo com os códigos de ética de cada profissão. 

Fonte: Diário do Nordeste

Sérgio Vieira de Mello, um brasileiro que nos enche de orgulho e que deu a vida pela paz

Dizem que ninguém é insubstituível, mas há algumas pessoas que, além da humanidade intrinsecamente insubstituível, sob o ponto de vista de suas atividades no mundo fazem muita falta.

Uma dessas pessoas tem o nome de Sérgio Vieira de Mello, que estaria completando no próximo 15 de março, 74 anos.

Para quem é jovem ou ainda não estudou quem foi Sérgio Vieira de Mello, saibam que Sérgio foi um brasileiro que começou sua carreira aos 21 anos, trabalhando na Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). E foi lá, na Acnur, que Sérgio se dedicou a cuidar de pessoas refugiadas de guerras e conflitos de toda espécie, em locais distantes do Brasil, como Chipre, Moçambique, Bangladesh, Sudão e Camboja.

Depois, de 1999 a 2002, Sérgio comandou a missão da ONU no Timor Leste para construir efetivamente esta nação destruída e o funcionamento de suas instituições.

Em 2002 passou a ocupar o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos.

Infelizmente, em 2003, no Iraque, Sérgio atuava como oficial do Secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, sendo um  dos  muitos vitimados por um atentado terrorista que destruiu as instalações da ONU em Bagdá onde Sérgio e equipe trabalhavam.

Sérgio Vieira de Mello foi uma figura sem igual, um pacifista, um diplomata com inúmeras qualidades na missão de ajudar a minorar as consequências de conflitos no mundo, e respeitadíssimo na ONU e em todo planeta. Este carioca, desde 2003, dá nome a uma Cátedra na ONU, denominada Sérgio Vieira de Mello.

Nesse momento de conflitos pelo mundo, sejam eles na África, Ásia, Ucrânia, relembrar Sergio Vieira de Mello serve também para resgatar um pouco do real espirito de solidariedade e de paz tão próprios dos brasileiros e brasileiras.

Gasolina e diesel sobem hoje, mas ainda há defasagem de até 11%

Alta na refinaria é consequência da escalada na cotação do petróleo após a invasão russa à Ucrânia. Bolsonaro diz que desabastecimento seria pior

Cinquenta e sete dias após o último aumento dos combustíveis, a Petrobras anunciou na quinta-feira reajuste na refinaria de 18,77% na gasolina, 24,9% para o diesel e 16,06% para o gás de botijão. Os reajustes valem a partir de hoje. Ainda não se sabe quanto desses percentuais será repassado ao consumidor.

A alta é consequência direta da escalada na cotação do petróleo no mercado internacional após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Apesar do reajuste, ainda há defasagem nos preços de até 11%, segundo importadores e consultorias.

Cinquenta e sete dias após o último aumento dos combustíveis, a Petrobras anunciou na quinta-feira reajuste na refinaria de 18,77% na gasolina, 24,9% para o diesel e 16,06% para o gás de botijão. Os reajustes valem a partir de hoje. Ainda não se sabe quanto desses percentuais será repassado ao consumidor.

A alta é consequência direta da escalada na cotação do petróleo no mercado internacional após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Apesar do reajuste, ainda há defasagem nos preços de até 11%, segundo importadores e consultorias.

O presidente comemorou a aprovação no Senado de dois projetos que tentam mitigar o impacto ao consumidor final e agora aguardam aprovação na Câmara. Segundo Bolsonaro, a expectativa é que eles sejam transformados em lei tão logo a votação seja concluída.

Subsídio ao diesel

O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou que, se a guerra da Ucrânia se prolongar, o governo pode conceder subsídio direto ao diesel. O produto é item essencial para uma das principais bases eleitorais do presidente, os caminhoneiros.

Ao longo da última semana, Bolsonaro fez críticas públicas à política de preços da estatal, que repassa ao consumidor a flutuação na cotação do barril de petróleo no mercado internacional e do dólar.

Na quinta-feira, duas horas antes do anúncio do aumento, o presidente afirmou que “não decide nada” sobre os preços da estatal, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, quando foi indagado se o valor ia cair:

— Não estou dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada. Só quando tem problema cai no meu colo.

Justificativa da Petrobras

Em nota, a Petrobras ressaltou que o reajuste vai no mesmo sentido de outros agentes do setor e defendeu a decisão.

“Tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse em nota.

Mas ponderou que, mesmo com a disparada das cotações, decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, fazendo monitoramento diário de preços de petróleo.

A partir desta sexta-feira, o preço de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Em pouco mais de um ano, o valor mais que dobrou. Para o diesel, vai subir de R$ 3,61 para R$ 4,51. O gás será reajustado de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg.

Fonte: O Globo