sexta-feira, julho 20, 2018
Dr. Antunes: “Governo transforma garimpeiros honestos em criminosos ambientais”

O advogado, que também é um
minerador com seu garimpo na região do Ratinho, particularmente não
vem tendo problemas com órgãos ambientais porque conseguiu nesses
32 anos de atividade, exercer o trabalho dentro dos preceitos
legais, obtendo dessa forma os títulos minerários. Evocando um
processo histórico na garimpagem, o vice-presidente da AMOT
(Associação dos Mineradores do Oeste do Pará) relembra que antes
havia um grande respeito entre todos os protagonistas que atuam na
mineração do Tapajós, em todas as áreas cada um com sua
autonomia, tudo fluindo normal, dentro de um padrão confortável.
Quando da posse do presidente Collor, em 15 de março de 1990, o mesmo implantou o famigerado PLANO COLLOR, promovendo o sequestro de todos os ativos financeiros, sendo que de um dia para o outro, o ouro que era vendido na base de 800,00 cruzados (moeda da época), caiu para o valor relativo considerando a nova moeda (cruzeiro), a 200,00 cruzados, tendo ainda aumentado o óleo diesel em 53%, causando uma verdadeira hecatombe financeira sobre todos os garimpeiros, sendo que tal situação persistiu por vários anos.
Quando da posse do presidente Collor, em 15 de março de 1990, o mesmo implantou o famigerado PLANO COLLOR, promovendo o sequestro de todos os ativos financeiros, sendo que de um dia para o outro, o ouro que era vendido na base de 800,00 cruzados (moeda da época), caiu para o valor relativo considerando a nova moeda (cruzeiro), a 200,00 cruzados, tendo ainda aumentado o óleo diesel em 53%, causando uma verdadeira hecatombe financeira sobre todos os garimpeiros, sendo que tal situação persistiu por vários anos.
Mário Couto: “Jatene transformou o Pará no Estado mais violento do Brasil”

Nesta semana recebemos a visita do ex-senador Mário Couto, que está visitando nossa região como pré-candidato novamente ao Senado. Ele atendeu nosso convite e concedeu entrevista exclusiva, onde falou sobre vários assuntos, entre os quais, faz uma análise sobre o governo de Simão Jatene. Veja a entrevista na íntegra:
Jornal O Impacto: Conte-nos sobre sua vinda a Santarém e região.
Mário Couto: Meus amigos, em primeiro lugar eu quero agradecer a gentileza da direção do Jornal O Impacto por estar me recebendo aqui como pré-candidato ao Senado.
Agradeço a todos pela acolhida que estou tendo aqui em Santarém, ao meu amigo Paulo Barrudada e sua esposa Fabrícia Barrudada, que é minha suplente; ao prefeito Nélio Aguiar que me acolheu tão bem em uma reunião, ao vice-prefeito José Maria Tapajós; ao presidente da Câmara, Antônio Rocha; demais vereadores. Enfim, a todo o povo dessa terra querida. Santarém é uma terra singular, uma terra maravilhosa, assim como todo oeste do Pará. Me sinto feliz e satisfeito quando piso neste solo, me sinto muito à vontade e tenho muitos amigos aqui. Por isso estou aqui com minha família, meus filhos e minha esposa, andando por este Estado, pois eu acho que Santarém já é uma capital. Me sinto muito feliz em ver o tratamento que esse povo tão hospitaleiro presta a mim.
Jornal O Impacto: Você está andando agora por toda essa região e hoje todo mundo já sabe que o senhor é um pré-candidato ao Senado, sendo que já esteve no Senado por 8 anos e foi eleito pelo PSDB, mas hoje está em um partido diferente.
Mário Couto: Exato, estou no Partido Progressista (PP), apenas “P” mesmo de progressista. Militei no PSDB durante 29 anos, eu fui um dos braços direitos de Almir Gabriel, foi ele que me colocou na política, um Governador que marcou história no estado do Pará. Nós fomos líder com Almir Gabriel, nós fomos presidente da Assembléia legislativa, dezesseis anos como Deputado Estadual, e oito anos como Senador da República, total de 24 anos de mandatos consecutivos, dentro do PSDB. Depois, como não fiquei satisfeito com algumas atitudes do atual Governador, que é hoje quem manda no PSDB, ter tirado a minha vaga passada do Senado, quando o Brasil e o Pará inteiro pediam que eu fosse Senador novamente.
Fiz um trabalho singular, fiz um trabalho que o País esperava que fizesse, que o Pará esperava que eu fizesse, fui o maior combatente da corrupção deste Brasil. Na história de qualquer legislatura do Senado Federal, ninguém combateu a corrupção como Mário Couto. E o Brasil inteiro clamava pela minha volta, e de repente houve uma jogada, que não cabe entrar aqui nesse assunto, e acabaram me tirando do Senado Federal. Mas estou aqui e mudei de partido, estou muito satisfeito. Logicamente pra onde meu partido for eu estarei, já sei que o meu partido vai fazer uma coligação com MDB, e eu vou estar nesta coligação porque sou partidário, sempre fui fiel aos meus partidos; tive três partidos em toda minha história política, e nós estamos fazendo uma coligação logicamente para que o País inteiro e o Pará tenham um Senador da Republica com a coragem e capacidade de poder continuar na luta contra a corrupção.
Vinicius Jr é oficialmente apresentado no Real Madrid
Após
passar um vídeo com jogadas e gols do atacante, Florentino Pérez,
presidente do clube merengue, falou sobre a nova fase da equipe, e
comentou sobre a importância do brasileiro.
“Os
últimos anos foram maravilhosos, mas os torcedores sempre querem
mais…Uma das chaves para conquistar o futuro é apostar no talento
de jovens que desejam ser os melhores do mundo, por isso
intensificamos a busca por esses jovens, que podem se transformar nas
grandes referências desse esporte. Eu disse que traríamos jogadores
magníficos, e Vinicius Jr o é…Está destinado a ser um dos
grandes de seu tempo”, declarou.
O
jogador, que se mostrou muito feliz com a nova etapa da carreira,
garantiu que vai se doar em campo, e fez questão de exaltar o clube
madrilenho.
“Essa
é a melhor oportunidade que um jogador de futebol pode ter. Eu vou
me esforçar para mostrar que eu mereço essa oportunidade. Quero
agradecer. É o maior de todos. Somos o Real Madrid e sempre queremos
mais” disse.
Vinicius
Jr falou também sobre o período de adaptação que terá de passar
na nova equipe, e agradeceu a todos que ajudaram para que a
transferência acontecesse.
“Embora
saiba que a adaptação não será fácil, demonstrarei que estou
pronto para jogar. Agradeço ao presidente Florentino Pérez e aos
dirigentes do Real Madrid por confiarem em meu futebol. Também
agradeço à minha família, que fez de tudo para que eu pudesse
seguir o meu sonho”, completou.
Vinicius
Jr tem apenas 18 anos, e fez a sua estreia pelo Flamengo em
maio de 2017. Pelo clube rubro-negro, realizou 49 partidas, com 10
gols marcados, e chega ao Real Madrid por 45 milhões de euros (R$
164 milhões).
Fonte: Gazeta
Esportiva
Informe JC da Edição 214
Muito voto 1
O deputado Hilton Aguiar ampliou bem sua base de apoio para a eleição de outubro. Hoje, está presente em um número de municípios bem maior do que no pleito passado. E precisa, porque foi para um partido, o DEM, no qual, provavelmente, vai ter necessidade de obter uma votação mais expressiva.
Muito voto 2
O DEM conta em seus quadros, atualmente, com quatro deputados estaduais. Márcio Miranda, pré-candidato ao governo do Estado, Eliel Faustino, que segundo disse um deputado ao Jornal do Comércio, tem expectativa de votação acima de 60 mil votos, Haroldo Martins, de muitos votos, e o próprio Hilton. E ainda existe a possibilidade de coligação, o que pode embolar ainda mais a disputa por uma vaga dentro da sigla, ou da coligação.
Liberal
Com a divisão dos bens das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), a Liberal FM ficou com Rômulo Maiorana Jr. Rominho, como é conhecido, mandou um emissário conversar com um empresário do ramo da comunicação, em Itaituba, sobre a possibilidade de arrendamento da emissora da Rede Liberal de Rádio. As conversações estão na fase inicial.
O mais votado
O pré-candidato a governador pelo MDB, Helder Barbalho, em reunião com os deputados de seu partido, disse que no caso de ser eleito, apoiará o deputado medebista mais bem votado para disputar a presidência da Assembleia Legislativa. Com essa decisão, tem mais é candidato do partido correndo atrás de votos estado afora.
17 mortes
Foram 38 dias sem nenhuma morte no trânsito, do dia 29 de maio até o dia 06 de julho, quando uma senhora foi atropelada na Curva da Morte, morrendo. É o recorde do ano, mas, os números ainda são elevados, pois, passados 186 dias até esse último acidente com vítima fatal, ocorreu uma morte por acidente de trânsito a cada 10,94 dias. Se essa média permanecer até o final do ano, Itaituba poderá chegar a 33 mortes por essa causa. É menos do que as 40 mortes do ano passado, todavia, continua sendo muita vida perdida, a maioria, precocemente.
Nenhuma mulher, em parte alguma do mundo merece ser assediada, muito menos, abusada sexualmente. Não confundir galanteios com assédio porque, nos dias de hoje existe um tal de não me toques que pode afastar homens de mulheres, e vice-versa, com medo de processos. A boa e velha paquera, mesmo em tempos em que não é quase mais citada, em tempos de “ficar”, deve continuar existindo.
Fiz esse introito para chegar ao ponto que me motivou a escrever esse artigo: o comportamento deplorável de homens brasileiro na Rússia; alguns, com o cuidado de não generalizar, os quais envergonharam nosso país ao se aproveitarem da barreira do idioma para gravar mulheres russas repetindo palavras de baixo calão do nosso idioma.
Mesmo sendo a Rússia um país no qual os homens tem um exacerbado comportamento machista, tratando a mulher como um objeto ou como sua propriedade, isso não dá o direito dos marmanjos daqui fazer o que fizeram, ao ponto de chamar atenção da mídia internacional. Foi vergonhoso ver os vídeos que eles mesmos gravaram como se fosse um troféu.
Tudo na vida tem o seu lado positivo e o lado negativo. Mas, o que pode haver de positivo naquilo? O fato de mostrar jornalistas, empresários e profissionais liberais brasileiros como eles são, e não apenas eles, mas, de expor uma face da nossa sociedade, ainda grande parte machista. Aqueles gatos pingados não representam todos os homens do Brasil, mas, não há como negar que fazem parte de uma parcela que não é nada pequena de nossa sociedade que continua pensando e agindo como eles.
O machismo é uma mancha e uma realidade que perdura no país, mesmo reconhecendo que houve avanços significativos, como a Lei Maria da Penha, que já mandou para a cadeia muito marmanjo truculento, que agride sua companheira, quando não a mata. Em pleno Século XXI isso acontece todos os dias no Brasil. Basta ver os programas sensacionalistas das emissoras de TV ou abrir qualquer jornal, que se encontra notícia a respeito.
É certo que um percentual significativo desses machistas agressores cresceu vendo a mãe sendo agredida pelo pai. Muitos, mesmo não concordando que a mãe fosse agredida, cresceu achando que bater em mulher é normal. Mas, não é. Essa violência precisa acabar, mas, para que deixe de existir, as crianças do sexo masculino precisam ter um lar onde isso não aconteça, e as meninas devem aprender que não serão sacos de pancadas quando se tornarem adultas.
A humanidade cresceu machista. A mulher foi durante séculos e séculos, a reprodutora e a faz tudo no lar, sendo a que mais sempre trabalhou de sol a sol e a última a ter direito de reclamar de alguma coisa. Mas, nem por isso devemos continuar assistindo a mulher ser maltratada por quem deve lhe dar amor e carinho.
No Brasil, devemos ao pioneirismo e determinação de Berta Lutz alguns dos direitos conquistados pela mulher brasileira, que nos permitiram, dentre outras coisas, ter o direito ao voto, redução de jornada de trabalho e igualdade salarial. Esse último, embora tenha avançado muito nas últimas três décadas, ainda está longe de alcançar os cem por cento.
Mesmo em pleno Século XXI, ainda é comum vermos notícias de namorados ou maridos que matam suas parceiras quando elas tomam a iniciativa de por fim no relacionamento. Se não fica comigo, não vai ficar com ninguém! Nada mais machista pode haver. Isso deixa estampado que o homem que mata uma mulher por esse motivo a considera sua propriedade, com a qual pode fazer o que bem quiser.
Espero que esses episódios da Rússia, que tiveram uma enorme repercussão, tanto aqui, como lá fora, sirvam para alguma coisa, sirvam para que os homens brasileiros que ainda mantém um comportamento machista, reflitam sobre isso, porque poucas coisas boas nesta vida podem ser comparadas a uma vivência harmoniosa entre um homem e uma mulher que formam uma família.
Marilene Parente (artigo publicado na edição 241 do Jornal do Comércio, circulando)
Deixar de Votar Não Resolve
A
soma
de votos brancos, nulos e abstenções foi expressiva na eleição
suplementar para o governo do Tocantins, realizada no dia 24 de
junho. Ao todo, 51,83% dos eleitores não escolheram nenhum dos
candidatos no segundo turno. E se a moda pega?
Os números da eleição tocantinense chamam atenção por sua robustez. E devem acender uma luz de alerta em cada um dos outros estados e em nível nacional, pois, embora talvez os políticos de lá estejam ainda mais em baixa do que os dos demais estados, e do país em geral, a classe política passa por um dos seus piores momentos, enfrentando índices terríveis de popularidade.
É possível que o conjunto formado por votos em branco, votos nulos e abstenção seja bem expressivo na eleição deste ano. O descrédito dos políticos tornou um grande contingente de eleitores apáticos quando o assunto é sair de casa para votar, pois, muita gente que é sondada sobre como vai votar responde, no máximo, quando quer ficar com seu título eleitoral em dia, que votará em branco, ou anulará o voto.
A política não é uma coisa ruim por si só. Os homens de má índole, os mau-caráter, aqueles que passam a vida à espera de uma oportunidade para “se dar bem”, um eufemismo para roubar, mesmo, é que a estragam, conseguindo, inclusive, colocar os bons – porque existe gente boa, gente honesta no meio – em segundo plano.
Não existe vida sem política. Ou alguém acha que é vida o que tem o povo da Coreia do Norte e da Albânia, para citar apenas dois países hermeticamente fechados por seus regimes ditatoriais?
Eu não me contento em ter comida na minha mesa, sem ter liberdade de ir e vir, liberdade de expressão. Já passei por isso. Podem ter certeza que não tenho saudades. Espero que nunca volte o tempo que não havia liberdade nem para se fazer o próprio trabalho, dependendo do tipo que trabalho fosse.
O meu ofício, já no jornalismo, confesso que era muito difícil, porque todo mundo que trabalhava no Rádio, na TV ou em alguma publicação impressa, fazia apenas o trivial, jamais saindo do script para não contrariar os donos do poder na época da ditadura militar. Quem fizesse diferente era considerado subversivo.
Sabe quantos políticos eleitos existem no Brasil? 64.024. Se incluir os vice, passa de 69 mil. Essa incrível soma é maior que a população de 90% das cidades brasileiras. Dos milhares de cargos eletivos no país, aproximadamente 82% são de vereadores. Com 5.570 municípios, o Brasil tem 56.810 vereadores. Somam-se a eles, os deputados estaduais, os deputados federais, os senadores, governadores, os prefeitos e o presidente da República.
O que isso significa? Significa que todos foram eleitos. Ninguém veio de outro planeta, ou caiu de paraquedas em nenhuma câmara municipal, assembleia legislativa, no Congresso, nas prefeituras, nos palácios de governo dos estados ou em Brasília. Todos receberam autorização dos eleitores através do voto para representá-los.
Deixar de votar não é um direito no Brasil, porque o voto é obrigatório em nosso país. E não participar da eleição não é solução para os problemas nacionais. E não se trata aqui apenas da questão da economia ou da corrupção que nos aflige, mas de onde vem tudo isso.
Toda eleição é a mesma história: elegemos muita gente ruim. E aí vem a pergunta: será que a gente não sabe mesmo votar, como disse Pelé nos anos 1970, ou o problema está em nós enquanto sociedade, como diz o professor Leandro Karnal, pois queremos políticos honestos, mas, não praticamos a mesma honestidade exigida deles?
Confesso que cheguei a pensar em não votar este ano, mas, não vou fazer isso pela primeira vez na vida. Participarei da votação, como sempre fiz, na esperança de acertar e contribuir para a construção de um país mais justo, com menos desigualdades, com menos violência, no qual os meus filhos e os meus netos possam viver com dignidade e tranquilidade. Mas, para que isso aconteça, eu, você que lê este artigo e todos os brasileiros precisamos dar o exemplo, o exemplo do bom exercício da cidadania. Sem isso, a sociedade não muda, e vai continuar tudo como dantes.
Jota Parente (artigo publicado na edição 214 do Jornal do Comércio, circulando)
Os números da eleição tocantinense chamam atenção por sua robustez. E devem acender uma luz de alerta em cada um dos outros estados e em nível nacional, pois, embora talvez os políticos de lá estejam ainda mais em baixa do que os dos demais estados, e do país em geral, a classe política passa por um dos seus piores momentos, enfrentando índices terríveis de popularidade.
É possível que o conjunto formado por votos em branco, votos nulos e abstenção seja bem expressivo na eleição deste ano. O descrédito dos políticos tornou um grande contingente de eleitores apáticos quando o assunto é sair de casa para votar, pois, muita gente que é sondada sobre como vai votar responde, no máximo, quando quer ficar com seu título eleitoral em dia, que votará em branco, ou anulará o voto.
A política não é uma coisa ruim por si só. Os homens de má índole, os mau-caráter, aqueles que passam a vida à espera de uma oportunidade para “se dar bem”, um eufemismo para roubar, mesmo, é que a estragam, conseguindo, inclusive, colocar os bons – porque existe gente boa, gente honesta no meio – em segundo plano.
Não existe vida sem política. Ou alguém acha que é vida o que tem o povo da Coreia do Norte e da Albânia, para citar apenas dois países hermeticamente fechados por seus regimes ditatoriais?
Eu não me contento em ter comida na minha mesa, sem ter liberdade de ir e vir, liberdade de expressão. Já passei por isso. Podem ter certeza que não tenho saudades. Espero que nunca volte o tempo que não havia liberdade nem para se fazer o próprio trabalho, dependendo do tipo que trabalho fosse.
O meu ofício, já no jornalismo, confesso que era muito difícil, porque todo mundo que trabalhava no Rádio, na TV ou em alguma publicação impressa, fazia apenas o trivial, jamais saindo do script para não contrariar os donos do poder na época da ditadura militar. Quem fizesse diferente era considerado subversivo.
Sabe quantos políticos eleitos existem no Brasil? 64.024. Se incluir os vice, passa de 69 mil. Essa incrível soma é maior que a população de 90% das cidades brasileiras. Dos milhares de cargos eletivos no país, aproximadamente 82% são de vereadores. Com 5.570 municípios, o Brasil tem 56.810 vereadores. Somam-se a eles, os deputados estaduais, os deputados federais, os senadores, governadores, os prefeitos e o presidente da República.
O que isso significa? Significa que todos foram eleitos. Ninguém veio de outro planeta, ou caiu de paraquedas em nenhuma câmara municipal, assembleia legislativa, no Congresso, nas prefeituras, nos palácios de governo dos estados ou em Brasília. Todos receberam autorização dos eleitores através do voto para representá-los.
Deixar de votar não é um direito no Brasil, porque o voto é obrigatório em nosso país. E não participar da eleição não é solução para os problemas nacionais. E não se trata aqui apenas da questão da economia ou da corrupção que nos aflige, mas de onde vem tudo isso.
Toda eleição é a mesma história: elegemos muita gente ruim. E aí vem a pergunta: será que a gente não sabe mesmo votar, como disse Pelé nos anos 1970, ou o problema está em nós enquanto sociedade, como diz o professor Leandro Karnal, pois queremos políticos honestos, mas, não praticamos a mesma honestidade exigida deles?
Confesso que cheguei a pensar em não votar este ano, mas, não vou fazer isso pela primeira vez na vida. Participarei da votação, como sempre fiz, na esperança de acertar e contribuir para a construção de um país mais justo, com menos desigualdades, com menos violência, no qual os meus filhos e os meus netos possam viver com dignidade e tranquilidade. Mas, para que isso aconteça, eu, você que lê este artigo e todos os brasileiros precisamos dar o exemplo, o exemplo do bom exercício da cidadania. Sem isso, a sociedade não muda, e vai continuar tudo como dantes.
Jota Parente (artigo publicado na edição 214 do Jornal do Comércio, circulando)
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