sexta-feira, julho 20, 2018

Vinicius Jr é oficialmente apresentado no Real Madrid

Vinicius Jr é oficialmente apresentado no Real Madrid (Foto: Divulgação)Na manhã desta sexta-feira, o Real Madrid apresentou, de forma oficial, o brasileiro Vinicius Junior. O jogador de 18 anos assinou o contrato com o clube merengue e posou com uma camisa com seu nome, mas ainda sem número definido. Com a presença de Ronaldo Fenômeno, Vinicius ainda realizou embaixadinhas no gramado do Santiago Bernabeu, e saudou os torcedores ali presentes.

Após passar um vídeo com jogadas e gols do atacante, Florentino Pérez, presidente do clube merengue, falou sobre a nova fase da equipe, e comentou sobre a importância do brasileiro.
Os últimos anos foram maravilhosos, mas os torcedores sempre querem mais…Uma das chaves para conquistar o futuro é apostar no talento de jovens que desejam ser os melhores do mundo, por isso intensificamos a busca por esses jovens, que podem se transformar nas grandes referências desse esporte. Eu disse que traríamos jogadores magníficos, e Vinicius Jr o é…Está destinado a ser um dos grandes de seu tempo”, declarou.
O jogador, que se mostrou muito feliz com a nova etapa da carreira, garantiu que vai se doar em campo, e fez questão de exaltar o clube madrilenho.
Essa é a melhor oportunidade que um jogador de futebol pode ter. Eu vou me esforçar para mostrar que eu mereço essa oportunidade. Quero agradecer. É o maior de todos. Somos o Real Madrid e sempre queremos mais” disse.
Vinicius Jr falou também sobre o período de adaptação que terá de passar na nova equipe, e agradeceu a todos que ajudaram para que a transferência acontecesse.
Embora saiba que a adaptação não será fácil, demonstrarei que estou pronto para jogar. Agradeço ao presidente Florentino Pérez e aos dirigentes do Real Madrid por confiarem em meu futebol. Também agradeço à minha família, que fez de tudo para que eu pudesse seguir o meu sonho”, completou.
Vinicius Jr tem apenas 18 anos, e fez a sua estreia pelo Flamengo em maio de 2017. Pelo clube rubro-negro, realizou 49 partidas, com 10 gols marcados, e chega ao Real Madrid por 45 milhões de euros (R$ 164 milhões).

Informe JC da Edição 214


Muito voto 1
O deputado Hilton Aguiar ampliou bem sua base de apoio para a eleição de outubro. Hoje, está presente em um número de municípios bem maior do que no pleito passado. E precisa, porque foi para um partido, o DEM, no qual, provavelmente, vai ter necessidade de obter uma votação mais expressiva.

Muito voto 2
O DEM conta em seus quadros, atualmente, com quatro deputados estaduais. Márcio Miranda, pré-candidato ao governo do Estado, Eliel Faustino, que segundo disse um deputado ao Jornal do Comércio, tem expectativa de votação acima de 60 mil votos, Haroldo Martins, de muitos votos, e o próprio Hilton. E ainda existe a possibilidade de coligação, o que pode embolar ainda mais a disputa por uma vaga dentro da sigla, ou da coligação.


Liberal
Com a divisão dos bens das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), a Liberal FM ficou com Rômulo Maiorana Jr. Rominho, como é conhecido, mandou um emissário conversar com um empresário do ramo da comunicação, em Itaituba, sobre a possibilidade de arrendamento da emissora da Rede Liberal de Rádio. As conversações estão na fase inicial.

O mais votado
O pré-candidato a governador pelo MDB, Helder Barbalho, em reunião com os deputados de seu partido, disse que no caso de ser eleito, apoiará o deputado medebista mais bem votado para disputar a presidência da Assembleia Legislativa. Com essa decisão, tem mais é candidato do partido correndo atrás de votos estado afora.


17 mortes

Foram 38 dias sem nenhuma morte no trânsito, do dia 29 de maio até o dia 06 de julho, quando uma senhora foi atropelada na Curva da Morte, morrendo. É o recorde do ano, mas, os números ainda são elevados, pois, passados 186 dias até esse último acidente com vítima fatal, ocorreu uma morte por acidente de trânsito a cada 10,94 dias. Se essa média permanecer até o final do ano, Itaituba poderá chegar a 33 mortes por essa causa. É menos do que as 40 mortes do ano passado, todavia, continua sendo muita vida perdida, a maioria, precocemente.



Nenhuma mulher, em parte alguma do mundo merece ser assediada, muito menos, abusada sexualmente. Não confundir galanteios com assédio porque, nos dias de hoje existe um tal de não me toques que pode afastar homens de mulheres, e vice-versa, com medo de processos. A boa e velha paquera, mesmo em tempos em que não é quase mais citada, em tempos de “ficar”, deve continuar existindo.

Fiz esse introito para chegar ao ponto que me motivou a escrever esse artigo: o comportamento deplorável de homens brasileiro na Rússia; alguns, com o cuidado de não generalizar, os quais envergonharam nosso país ao se aproveitarem da barreira do idioma para gravar mulheres russas repetindo palavras de baixo calão do nosso idioma.

Mesmo sendo a Rússia um país no qual os homens tem um exacerbado comportamento machista, tratando a mulher como um objeto ou como sua propriedade, isso não dá o direito dos marmanjos daqui fazer o que fizeram, ao ponto de chamar atenção da mídia internacional. Foi vergonhoso ver os vídeos que eles mesmos gravaram como se fosse um troféu.

Tudo na vida tem o seu lado positivo e o lado negativo. Mas, o que pode haver de positivo naquilo? O fato de mostrar jornalistas, empresários e profissionais liberais brasileiros como eles são, e não apenas eles, mas, de expor uma face da nossa sociedade, ainda grande parte machista. Aqueles gatos pingados não representam todos os homens do Brasil, mas, não há como negar que fazem parte de uma parcela que não é nada pequena de nossa sociedade que continua pensando e agindo como eles.

O machismo é uma mancha e uma realidade que perdura no país, mesmo reconhecendo que houve avanços significativos, como a Lei Maria da Penha, que já mandou para a cadeia muito marmanjo truculento, que agride sua companheira, quando não a mata. Em pleno Século XXI isso acontece todos os dias no Brasil. Basta ver os programas sensacionalistas das emissoras de TV ou abrir qualquer jornal, que se encontra notícia a respeito.

É certo que um percentual significativo desses machistas agressores cresceu vendo a mãe sendo agredida pelo pai. Muitos, mesmo não concordando que a mãe fosse agredida, cresceu achando que bater em mulher é normal. Mas, não é. Essa violência precisa acabar, mas, para que deixe de existir, as crianças do sexo masculino precisam ter um lar onde isso não aconteça, e as meninas devem aprender que não serão sacos de pancadas quando se tornarem adultas.

A humanidade cresceu machista. A mulher foi durante séculos e séculos, a reprodutora e a faz tudo no lar, sendo a que mais sempre trabalhou de sol a sol e a última a ter direito de reclamar de alguma coisa. Mas, nem por isso devemos continuar assistindo a mulher ser maltratada por quem deve lhe dar amor e carinho.

No Brasil, devemos ao pioneirismo e determinação de Berta Lutz alguns dos direitos conquistados pela mulher brasileira, que nos permitiram, dentre outras coisas, ter o direito ao voto, redução de jornada de trabalho e igualdade salarial. Esse último, embora tenha avançado muito nas últimas três décadas, ainda está longe de alcançar os cem por cento.

Mesmo em pleno Século XXI, ainda é comum vermos notícias de namorados ou maridos que matam suas parceiras quando elas tomam a iniciativa de por fim no relacionamento. Se não fica comigo, não vai ficar com ninguém! Nada mais machista pode haver. Isso deixa estampado que o homem que mata uma mulher por esse motivo a considera sua propriedade, com a qual pode fazer o que bem quiser.

Espero que esses episódios da Rússia, que tiveram uma enorme repercussão, tanto aqui, como lá fora, sirvam para alguma coisa, sirvam para que os homens brasileiros que ainda mantém um comportamento machista, reflitam sobre isso, porque poucas coisas boas nesta vida podem ser comparadas a uma vivência harmoniosa entre um homem e uma mulher que formam uma família.


Marilene Parente (artigo publicado na edição 241 do Jornal do Comércio, circulando)

Deixar de Votar Não Resolve

A soma de votos brancos, nulos e abstenções foi expressiva na eleição suplementar para o governo do Tocantins, realizada no dia 24 de junho. Ao todo, 51,83% dos eleitores não escolheram nenhum dos candidatos no segundo turno. E se a moda pega?

Os números da eleição tocantinense chamam atenção por sua robustez. E devem acender uma luz de alerta em cada um dos outros estados e em nível nacional, pois, embora talvez os políticos de lá estejam ainda mais em baixa do que os dos demais estados, e do país em geral, a classe política passa por um dos seus piores momentos, enfrentando índices terríveis de popularidade.

É possível que o conjunto formado por votos em branco, votos nulos e abstenção seja bem expressivo na eleição deste ano. O descrédito dos políticos tornou um grande contingente de eleitores apáticos quando o assunto é sair de casa para votar, pois, muita gente que é sondada sobre como vai votar responde, no máximo, quando quer ficar com seu título eleitoral em dia, que votará em branco, ou anulará o voto.

A política não é uma coisa ruim por si só. Os homens de má índole, os mau-caráter, aqueles que passam a vida à espera de uma oportunidade para “se dar bem”, um eufemismo para roubar, mesmo, é que a estragam, conseguindo, inclusive, colocar os bons – porque existe gente boa, gente honesta no meio – em segundo plano.

Não existe vida sem política. Ou alguém acha que é vida o que tem o povo da Coreia do Norte e da Albânia, para citar apenas dois países hermeticamente fechados por seus regimes ditatoriais?

Eu não me contento em ter comida na minha mesa, sem ter liberdade de ir e vir, liberdade de expressão. Já passei por isso. Podem ter certeza que não tenho saudades. Espero que nunca volte o tempo que não havia liberdade nem para se fazer o próprio trabalho, dependendo do tipo que trabalho fosse.

O meu ofício, já no jornalismo, confesso que era muito difícil, porque todo mundo que trabalhava no Rádio, na TV ou em alguma publicação impressa, fazia apenas o trivial, jamais saindo do script para não contrariar os donos do poder na época da ditadura militar. Quem fizesse diferente era considerado subversivo.

Sabe quantos políticos eleitos existem no Brasil? 64.024. Se incluir os vice, passa de 69 mil. Essa incrível soma é maior que a população de 90% das cidades brasileiras. Dos milhares de cargos eletivos no país, aproximadamente 82% são de vereadores. Com 5.570 municípios, o Brasil tem 56.810 vereadores. Somam-se a eles, os deputados estaduais, os deputados federais, os senadores, governadores, os prefeitos e o presidente da República.
O que isso significa? Significa que todos foram eleitos. Ninguém veio de outro planeta, ou caiu de paraquedas em nenhuma câmara municipal, assembleia legislativa, no Congresso, nas prefeituras, nos palácios de governo dos estados ou em Brasília. Todos receberam autorização dos eleitores através do voto para representá-los.

Deixar de votar não é um direito no Brasil, porque o voto é obrigatório em nosso país. E não participar da eleição não é solução para os problemas nacionais. E não se trata aqui apenas da questão da economia ou da corrupção que nos aflige, mas de onde vem tudo isso.

Toda eleição é a mesma história: elegemos muita gente ruim. E aí vem a pergunta: será que a gente não sabe mesmo votar, como disse Pelé nos anos 1970, ou o problema está em nós enquanto sociedade, como diz o professor Leandro Karnal, pois queremos políticos honestos, mas, não praticamos a mesma honestidade exigida deles?

Confesso que cheguei a pensar em não votar este ano, mas, não vou fazer isso pela primeira vez na vida. Participarei da votação, como sempre fiz, na esperança de acertar e contribuir para a construção de um país mais justo, com menos desigualdades, com menos violência, no qual os meus filhos e os meus netos possam viver com dignidade e tranquilidade. Mas, para que isso aconteça, eu, você que lê este artigo e todos os brasileiros precisamos dar o exemplo, o exemplo do bom exercício da cidadania. Sem isso, a sociedade não muda, e vai continuar tudo como dantes.

Jota Parente (artigo publicado na edição 214 do Jornal do Comércio, circulando)

Wescley amplia bases no recesso


A Câmara Municipal está em recesso de meio do ano, e cada vereador utiliza esse tempo de férias como lhe aprouver. Alguns viajam com a família, uns ficam na base, enquanto outros, envolvidos em pré-campanha eleitoral, aproveitam o tempo para acelerar os contatos com suas bases. É o caso do vereador Wescley Tomaz, pré-candidato a deputado estadual pelo PSC, que já andou bastante, mas, sabe que não há tempo para descanso até que termine a apuração dos votos no dia 7 de outubro. Ele conversou com a reportagem do Jornal do Comércio.

JC - Vereador Wescley, o senhor sai para o recesso podendo trafegar com tranquilidade pela rodovia Transgarimpeira, que no inverno que passou não teve o tráfego de veículos interrompido…

Wescley - É histórico isso, e a gente precisa enaltecer o trabalho do Poder Legislativo ao longo dos anos, tanto do vereador Wescley quanto do vereador Dirceu, que são dois representantes legítimos da região, um no início, em Moraes Almeida, o outro na outra ponta, no Crepurizinho e no Crepurizão, e à boa vontade e ao conhecimento do gestor municipal, prefeito Valmir Clímaco, que conhece a região, sabe de sua importância para a nossa economia, e topou o desafio. Não é qualquer prefeito no Brasil que tem coragem de assumir uma responsabilidade como essa.

A prefeitura recebeu do governo do Estado esse grande número de máquinas, mas, colocar maquinário não é a parte mais difícil, pois, difícil é fazer a manutenção, mantendo os equipamentos juntamente com profissionais na região dando trafegabilidade na via, inverno e verão. A gente reconhece a boa vontade do governo do Estado, através do empenho do deputado Hilton Aguiar. Vai ficar outro problema que é a questão da energia, mas, essa, é outra luta que continuaremos travando.

JC - Pré-candidato a deputado estadual, o senhor já se movimentou bastante no primeiro semestre. No segundo, então, vai ser um corre-corre…

Wescley - Então, esse primeiro semestre foi muito produtivo. Não posso reclamar de nada, porque tivemos várias conquistas. Treino é treino e jogo é jogo. No primeiro semestre foi treino e no segundo já é jogo mesmo. Conseguimos mapear boa parte da região, conquistando novas lideranças para consolidar o nosso projeto.

Precisamos ampliar a base parlamentar da região em Belém, pois, embora tenha quem ache ruim com os políticos locais, sem eles, podem ter certeza, será muito pior. Não está fácil falar de política nos dias de hoje, mas, nada acontece se não for através da política, e nós temos que continuar persistindo.

JC - O senhor conseguiu ampliar bem sua base de apoio, aumentando o número de municípios nos quais trabalha para obter votos?

Wescley - Em 2014 nós trabalhamos em quatorze municípios e tivemos uma votação de nove mil votos; hoje, com uma parceria com os agentes de segurança viária do estado, nós conseguimos alcançar mais vinte e cinco municípios, já tendo tido oportunidade de visitar todas essas bases, que agora totalizam trinta e nove. Isso nos deixa muito motivados e faz com que o nosso projeto político fique ainda mais viável. O trabalho está só começando e a campanha, oficialmente, começa no dia 15 de agosto.

JC - Na eleição passada o senhor foi bem votado, mas, poderia ter tido mais votos, se tivesse mais apoio de empresários. Nessa eleição de 2018, conseguiu ampliar o apoio financeiro, pois campanha custa muito caro?

Wescley – Eu acredito que a nossa região está muito mais esclarecida da necessidade de eleger alguém como deputado, que defenda o garimpeiro. Eu já provei isso, desde o início do meu mandato de vereador, que eu posso ser esse porta-voz. Se tivessem acreditado na conta que fiz na eleição passada, hoje eu poderia ser deputado. Mostrei que sei fazer conta. Agora, eu estou certo de que as pessoas que podem se juntar, porque sabem que minha candidatura é um projeto viável, e que depende de apoio para ser concretizado. Acredito que muito mais gente vai nos apoiar.

quinta-feira, julho 19, 2018

Brasil tem seis universidades na lista das dez melhores da América Latina

 
Vista aérea do campus da Unicamp: universidade do interior paulista lidera ranking da América Latina pelo segundo ano seguido
Foto: Divulgação/24-08-2006Unicamp lidera pelo segundo ano consecutivo ranking elaborado pela revista britânica ‘Times Higher Education’, que inclui outras 42 instituições nacionais nas 101 melhores
RIO – O Brasil continua a dominar a lista das melhores universidades da América Latina elaborada pela revista britânica “Times Higher Education”. De acordo com o ranking divulgado nesta quarta-feira, o país tem seis das dez melhores instituições de ensino superior da região, e 43 das 101 melhores listadas.


O Globo - Líder do ranking em 2017, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) manteve a posição este ano, após ter estreado em segundo lugar em 2016, quando a lista foi encabeçada pela Universidade de São Paulo (USP), agora na vice-liderança. Completam o rol das seis brasileiras entre as dez melhores: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na 4ª posição, a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), na 7ª, a Universidade federal de Minas Gerais (UFMG), em 9º, e a estreante Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 10º (veja abaixo a lista completa).

A UFRJ, que em 2016 aparecia na 5ª posição e na 8ª em 2017, caiu para a 12ª este ano. A Uerj ficou em 25º em 2018, e a UFF, em 45º.

Reitor da Unicamp, Marcelo Knobel credita o sucesso da instituição a três fatores principais: uma grande proporção de estudantes de pós-graduação; melhorias na qualificação dos acadêmicos pesquisadores; e o recente foco em inovação e empreendedorismo por meio de seu parque científico-tecnológico.

Já para o vice-reitor para assuntos acadêmicos da PUC-Rio, José Ricardo Bergman, a internacionalização da instituição pode ser um dos motivos para a sua boa colocação.
A interação com a comunidade acadêmica internacional e a vinda de alunos estrangeiros certamente fazem com que a nossa avaliação seja positiva. Entre as universidades brasileiras, temos um dos melhores indicadores nessa área — explica.

Rejeição e estrutura fraca do partido afastam aliados de Bolsonaro


RIO (O Globo) — A relutância dos partidos em formalizarem alianças com o pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, pode ser explicada, em parte, pela falta de estrutura do PSL e também na rejeição do candidato, que é elevada — 32%, de acordo com a pesquisa Datafolha mais recente. Na terça-feira, após o fracasso da negociação com o PR, a campanha do deputado sofreu novo revés, com a negativa do Partido Republicano Progressista (PRP) para a indicação do nome do general Augusto Heleno ao posto de candidato à vice.

Acho que a candidatura do Bolsonaro é de alto risco para os partidos se engajarem. É uma candidatura sem estrutura, sem recursos, baseada na persona dele e nos mecanismos alternativos de conexão direta com os eleitores, via redes sociais. É um candidato com altíssima rejeição e o preferido para qualquer outro candidato ter como adversário no segundo turno. Os partidos que fazem esse cálculo não tem muito interesse em estarem próximos ao Bolsonaro, porque podem estar assinando a sentença de morte,
avalia o cientista política Carlos Pereira, da FGV/Ebape.

Já o cientista político Ricardo Ismael, professor da Puc-Rio, destaca a “incerteza geral” no cenário eleitoral, o que faz com os partidos adiem as decisões, e aponta que a estratégia de Bolsonaro de privilegiar, neste momento, o contato direto com eleitores, em detrimento das conversas com as cúpulas partidárias pode ser “arriscada”:

A população brasileira, embora esteja desencantada com partidos, com a política tradicional, também não está mobilizada nas ruas em torno de um candidato, pelo menos não até agora. Não há mobilização tão forte nas ruas e nas redes a ponto de dispensar deputados e senadores que vão fazer campanha e são profissionais na hora de pedir voto. A mobilização fora da estrutura partidária vai ter um peso, mas também não será uma revolução a ponto de imaginar que a sociedade vai ignorar a propaganda eleitoral.