segunda-feira, junho 12, 2017

Jovem capota Hilux em Itaituba

ITAITUBA-PA 

Na madrugada de Sábado para Domingo, por volta das 3:35 hs, o cidadão Matheus Costa Guedes de 18 anos, com visíveis sinais de haver ingerido bebida alcoólica, conduzia um veículo Hilux em alta velocidade. (O carro ficou muito destruído)

Capotou várias vezes na Rodovia Transamazônica em frente a Carne de Sol do Netinho.

O cidadão foi apresentado na Seccional de Polícia por embriaguez ao volante e conduzir veículo sem habilitação. 

Por sorte o mesmo não sofreu nada.

Fonte: blog Jhonny Notícias

São Raimundo goleira e Bilau foi o nome do jogo da quarta rodada

 Confirmando o favoritismo, o São Raimundo não deu chance para o Baré, ao golear, por 4 a 0, a equipe roraimense, na tarde de ontem, no estádio Barbalhão, em Santarém, pela 4° rodada do Nacional da Quarta Divisão.
Bilau foi no nome do jogo da quarta rodada (Foto: Fernando Araújo)
O pequeno, porém mortal, atacante santareno marcou
dois gols na goleada do São Raimundo em
cima do Baré-RR (Foto: Fernando Araújo)

Com o resultado, o time santareno foi a 9 pontos, disparando na ponta do grupo A2.

Marcando sua estreia com a camisa do Pantera, o meia Djalma, ex-Paysandu, mostrou a que veio. Logo aos 5 minutos, o jogador fez bom lançamento para Tiago, mas o atacante não conseguiu tirar do goleiro colorado. Aos 17, após tabela de Valdanes e Denis, por pouco o São Raimundo não abriu o placar.
Criando bastante, mas com um pouco de afobação na hora do arremate, a torcida mocoronga viu, aos 30 minutos, o atacante Tiago balançar as redes, depois de arrancada de Djalma, que voltou a deixar o atacante na cara do gol. Antes do término da primeira etapa, o time da casa ainda teve a chance de ampliar com Dedego, após cobrança de falta.

Na etapa final, o grupo alvinegro voltou com mais sede de gol. Valdanes, aos 8 minutos, tirou tinta da trave do goleiro Kleyton. Sem poder de reação, o Baré-RR mudou sua estratégia, realizando suas três substituições antes dos 20 minutos. Mas, sem surtir resultado, os visitantes ainda pioraram sua situação ao cometer um pênalti, por meio do zagueiro Wandão, em cima de Wendell.

Tiago, outra vez, aumentou a vantagem alvinegra ao converter a penalidade. 
Querendo mais, o Pantera ainda viu o pequeno e perigoso Bilau penetrar a grande área e, com categoria, guardar a bola dentro do gol, aos 34.

O São Raimundo ainda chegou ao quarto tento, novamente com Bilau, com uma “bicuda” no ângulo, aos 39 minutos, após confusão na defesa adversária.
“Melhor impossível.

Estava há alguns jogos sem marcar, e hoje, poder ajudar a minha equipe é sem igual. Graças a Deus conseguimos, e vamos mais fortes ainda para nosso próximo jogo”, disse Tiago, autor de dois gols.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

sábado, junho 10, 2017

Escola de Ensino Médio de Miritituba: Uma Falta de Vergonha do Governo do Estado

Um distrito do porte de Miritituba, com alguns milhares de moradores, com os portos graneleiros, com os postos de triagem e muitas outras coisas para acontecer, não ter uma escola de Ensino Médio não é concebível. Mas, isso é uma realidade.

Promessas não tem faltado, como é comum da parte dos políticos, mas, a comunidade não aguenta mais esperar que o governo do Estado se digne a mandar fazer a obra.

Quem sabe agora, com Jatene sendo candidato ao Senado, não acontece alguma coisa boa.

Esse assunto foi debatido na Câmara Municipal, na legislatura passada, várias vezes. Na atual legislatura, principalmente o vereador Nem (PMDB), que é o representante do distrito, tem clamado por essa obra, com apoio dos outros vereadores, mas, apesar da promessa de que uma nova licitação aconteceria, no máximo, em abril, até o momento, nada.

Só para lembrar como o assunto é velho, há três anos e sete meses este blog publicou a matéria que reprisamos para refrescar a cabeça, principalmente dos políticos que tem enganado esse povo.
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03 de março de 2013
Blog do Zedequias Melo
Tendo como Fonte: blog do Júnior Ribeiro




Licitação para construção da Escola de Miritituba será feita no dia 15 de março de 2013


O deputado Hilton Aguiar, cobrou da Secretária de Educação do Pará, informações sobre o andamento do processo de licitação da escola de ensino médio de Miritituba, as informações que foram repassadas pelo órgão, é de que no dia 15 de março de 2013, será feito abertura de licitação para escolher a empresa vencedora que irá executar a obra. 

Fonte: Blog do Júnior Ribeiro
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04 de novembro de 2013
Blog do Jota Parente

Escola de segundo grau de Miritituba foi o assunto na Câmara, quarta


Prof. José Edinaldo
O assunto principal da sessão de hoje da Câmara foi o protesto pacífico dos alunos de segundo grau do distrito de Miritituba, que foram pedir apoio para ver se anda a construção da escola que o governo do estado prometeu, mas, que não saiu do papel até agora.

As cadeiras ficaram completamente tomadas pelos estudantes, que colocaram algumas faixas na entrada do Poder Legislativo e levaram cartazes para dentro do prédio, nos quais externaram sua decepção pela não construção da escola, da qual, nem mesmo o muro a primeira empresa que ganhou a licitação conseguiu terminar.

O professor José Edinaldo, representando o grupo de alunos, usou a tribuna, ocasião em que discorreu sobre o problema.

Ele disse que alunos e professores não aguentam mais ouvir promessas.

“Chega de papel, chega de ofícios, queremos ver ações concretas do governo” disse ele.
Vereadora Célia Martins
de Miritituba

É oportuno destacar, que o governo do estado promoveu uma licitação para a contração de nova construtora para essa escola. Isso aconteceu no dia 15 de agosto. Em setembro a licitação foi sustada, sob a desculpa de que era preciso fazer algumas adequações na planilha de custos da obra.

Após sua fala, os vereadores Isaac Dias, que tem ligações com o distrito, Célia Martins, que é de Miritituba, Peninha, além de outros, falaram a respeito desse problema.

Peninha e Isaac Dias defenderam uma radicalização, caso o governo do estado não faça o que já deveria ter feito há muito tempo.

Para Peninha, não adianta só conversar porque o governo vai sempre empurrando com a barriga. Ela propôs aos estudantes, que se não tiver outro jeito, que a BR 230 seja fechada para impedir a passagem de carretas para os portos graneleiros, pois isso vai doer no bolso dos poderosos.

É só essa a linguagem que esse pessoal entende, disse o vereador, citando os casos de Campo Verde e da Estrada do BIS, locais que a população fechou para poder ser ouvida.

Alunos do Ensino Médio do distrito
Já Isaac Dias disse, que na audiência pública que está marcada para o próximo dia 13 em Miritituba, para discutir a implantação de mais um porto, os alunos devem estar presente para fazer ouvir seu grito, pois haverá representantes do governo federal e do governo do estado.

Caso não sejam atendidos, aí sim, devem partir para ações mais contundentes, como a ocupação da rodovia.

Esperava-se que algum aluno se manifestasse, mas, a turma entrou muda e saiu calada da sessão.

Esses jovens devem dar força aos professores que lutam por eles, em vez de ficarem sentados, apenas aplaudindo, pois como foi dito, eles farão parte do grupo dos que comandarão o município em um futuro próximo.


Aliás, a juventude anda muito quieta. Talvez muito decepcionada com tudo que acontece envolvendo a política e os políticos de todo o país, mas, esse não parece ser o melhor caminho, pois a energia que tem os jovens, desde que canalizada de forma correta, pode mudar muita coisa, como mudaram os caras pintadas em 1992. 

Advogado José Antunes: Ação do Ibama que Destruiu Equipamentos foi Criminosa

A mais recente ação do Ibama, que destruir diversos equipamentos na área de garimpos do Tapajós, deixou revoltados, não apenas os garimpeiros que perderam seus bens. A truculência dos agentes foi repercutida na Câmara Municipal, e em outros setores. O advogado José Antunes, (foto), grande conhecedor da legislação ambiental, conversou com a reportagem do blog do Jota Parente sobre o assunto.

Advogado José Antunes, aconteceu mais uma ação repressora do Ibama contra a atividade garimpeira, e essa mais uma vez, teve uma repercussão muito grande, até pelo poder de destruição que teve. Parece que você já está, como profissional da advocacia, tendo trabalho com isso...

“Olha, eu não digo que seja uma ação da repressora; trata-se de uma ação criminosa do Ibama, porque a questão mineral tem uma legislação totalmente à parte. Tanto é, que a mineração atividade é uma atividade de utilidade pública, pela legislação federal. Então ela é regida por leis próprias.

A questão dos equipamentos que os garimpeiros ou mineradores estejam usando na exploração, se ele não estiver com licenciamento adequado para usar aqueles equipamentos, ele não está cometendo crime algum; simplesmente, ele está trabalhando sem a devida autorização.

Enfim, ele não cometeu nenhum crime. Quem tem um equipamento desse, pela própria legislação, tem que ter o mesmo aprendido e a pessoa vai ser autuada. O bem vai ser apreendido e esse bem, após o processo legal, depois de transitado em julgado a ação, esse bem vai à hasta pública e o resultado financeiro vai ser ou vai ser revertido para o fundo da mineração, que foi criado por lei específica para isso.

Esses Agentes do Ibama é que estão cometendo crimes em queimar os equipamentos destinados à mineração, e eles estão passíveis, com certeza absoluta, às ações penais possíveis, porque eles estão fazendo o que? Estão estragando, destruindo um bem da União. Eles estão sujeitos a uma ação de improbidade administrativa. Certamente, esses agentes serão penalizados lá na frente; não sei quando, mas isso não prescreve, então, com certeza, terão a reprimenda que merecem”, afirmou Antunes.

 Antunes também falou sobre a forma cada vez mais agressiva, mais bruta em todos os sentidos...

“ O que esses órgãos tem feito aqui é uma coisa sem noção que não se justifica. Não é ditadura não. A própria lei que eles têm que cumprir não está sendo cumprida, porque estão misturando mineração com atividade madeireira de forma equivocada. Nada disso fica muito claro. A gente sabe perfeitamente disso daí; então, estão fazendo isso, simplesmente por questões de assuntos pressões internacionais de ambientais, e tão criando o caos na região”, disse ele.

Nessa ação da semana passada, pessoas conhecidas como é o caso do garimpeiro Luiz Barbudo,  que teve uma draga destruída, que segundo suas próprias palavras, estava avaliada em mais de um milhão e meio de reais, entre outras pessoas que tiveram também prejuízos significativos. Questionado se alguma dessas pessoas já o procurou por ser ele, reconhecidamente um profissional do Direito que se especializou nessa área da legislação mineral, o advogado respondeu...

“Vários outros colegas meus estão aptos para representar essas pessoas. Mas,
esse é um crime cometido contra a própria União, entendeu? Então, isso aí vai ter que ser apurado. Não fui procurado por ninguém. De nossa parte, daremos todo o apoio possível para que resolver essas situações, e para que quem praticou essa ação, esse crime, que seja penalizado”, afirmou Antunes.

Você é vice-presidente da AMOT e também faz parte da diretoria do Sindicato dos Garimpeiros. Essas duas entidades vão tomar alguma iniciativa, ou apenas prestarão solidariedade?

Num evento que aconteceu em Itaituba faz poucos anos, você teve a oportunidade de se dirigir diretamente ao então superintendente do Ibama no Estado do Pará. Na ocasião, você questionou esse tipo de ação com a destruição dos equipamentos. De lá para cá, mudou alguma coisa para melhor ou só fez piorar?

“Olha, de lá para cá não mudou nada porque nós passamos a enfrentar uma força maior, principalmente do Greenpeace e WWF, que fazem a cabeça do Ibama. Inclusive, o ministro Zequinha Sarney não aguenta uma pequena pressão do WWF ou do Greenpeace. Só pra ter uma ideia, quando ele que mandou aquelas Medidas Provisórias em dezembro do ano passado, simplesmente aumentando as unidades de conservação da região, agora que se conseguiu que o Congresso alterassem, então, ele, que só pensa nas questões ambientalistas, quer que o presidente vete o que o Congresso aprovou.

Há pouco tempo ele abriu licitação de 80 milhões de reais pelo próprio governo que está sem verba, para financiar ONGs ambientalistas. Tanto é que um procurador da República, quando viu essa situação a respeito do monitoramento da Amazônia, entrou com uma ação dando um basta nisso, pois o INPI, que é daqui, já faz isso muito bem. São coisas que tem que ser apuradas, pois o dinheiro público está indo para fazerem isso. Quem ainda tem um pouco de trabalho está sustentando a economia e sendo prejudicado pelos órgãos ambientais capitaneado pelo Ministério do Meio Ambiente” respondeu o advogado.

Aqui, até poucos anos, havia várias empresas pesquisando minas de ouro, e de repente foi todo mundo embora pela insegurança jurídica. Temos um arco regulatório sendo discutido no Congresso. Como é que com essa questão toda?

“ Vou lhe dizer que a situação está muito difícil. As questões ambientais são deveriam ser orientadas pela resolução do CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão ambiental brasileiro, que solta as resoluções e as resoluções é que definem a aplicação da lei ambiental. Aí vem para os Estados, que tem os seus conselhos, que também obedecem àquelas resoluções do CONAMA; aí vem os municípios com seus conceitos, observando essa hierárquica” disse ele.

Está difícil ser garimpeiro de qualquer porte ne região da reserva garimpeira do Tapajós e adjacências?

“Está praticamente impossível. E não é por culpa do garimpeiro, mas, por tudo isso que foi dito, pela falta de apoio, pelas ações criminosas dos órgãos ambientais; por tudo isso, está complicado”, finalizou Antunes.


O Mentiroso Mor Está Voltando. E Vai Prometer a Conclusão do HRT

Por: Jota Parente
Com a cara mais deslambida do mundo, o governador Simão Jatene está voltando a dar as caras na região. Menos em Itaituba, onde prometeu estar, provavelmente, semana que vem.

Candidatíssimo a uma vaga no Senado Federal, ele está em franca campanha, e com a lábia que tem, além do poder, o mais provável é que fique com uma das cadeiras.

É verdade que ele inaugurou uma obra de considerável porte em Santarém, porém, em Trairão e Aveiro foi entregar migalhas para a população, como a inauguração de uma delegacia na cidade trairense.

Hoje, o vice-governador Zequinha Marinho, em companhia do secretário de planejamento e o de saúde do Estado, juntamente com o prefeito Valmir Climaco, o deputado Hilton Aguiar e um monte de políticos, esteve visitando a obra a passo de tartaruga do Hospital Regional do Tapajós, o Tartarugão.

Foi apenas a criação de um fato político, pois, que outro significado poderia ter, se todos eles sabem muito bem que essa obra está parada há mais de um ano. Acho que o objetivo foi sentir qual seria a reação da população, que aguarda ansiosamente pela conclusão que ainda vai longe.

A comitiva da mentira informou que é desejo de Simão Jatene, o Mentiroso Mor, terminar essa obra até setembro do ano que vem, o que não parece razoável, porque como os visitantes mesmo sabem, e foi ratificado hoje, a construção mal passou dos 30%.

Na placa colocada no início da construção do HRT, estava escrito: Dito e Feito. Noutra placa era informado que em 540 dias tudo, ou 18 meses, ou ainda, 126 semanas, estaria concluído. Só de paralisada a obra já caminha para 400 dias.

Já se foram 1.432 dias, ou 47,7 meses, ou 205 semanas e 3 dias de enganação desde que a obra começou.

Enganação porque o governador mesmo afirmou quando do lançamento da obra, que não haveria motivo de preocupação com paralização dos trabalhos, pois dinheiro não seria problema, uma vez que os recursos já estavam alocados. Mas, faltou dindim, e nem o tal empréstimo da Caixa parece ter resolvido.

E haja mentira do governo do Estado, e haja desculpa do pessoal do PSDB, em Itaituba, incluindo a vereadora Maria Pretinha, que tem se esforçado para fazer crer que recomeçará mês que vem, e no outro mês, e no outro, no outro...

Como ela, o deputado Hilton Aguiar tem sofrido desgaste pelas seguidas vezes que prometeu em vão o recomeço da obra. Toda vez que alguém lhe pergunta, e eu já fiz isso no programa O Assunto É Este, mais de uma vez, ele diz que vai ser semana que vem, mas, entra semana, sai semana, e ninguém acredita mais nele, e muito menos no seu governador.

Mas, podem ter certeza que, talvez em poucas semanas, quem passar pela avenida Marechal Rondon, em frente à obra, vai ver muita, mas, muita gente trabalhando, fazendo crer que agora é pra valer, e que o governo, finalmente vai cumprir sua palavra.

Claro que vai ser assim, uma vez que em pouco mais de um ano teremos eleições. E como disse antes, Jatene já está em campanha.

Uma coisa não se pode negar: o homem é bom de bico. E pode ter certeza que ele vai chegar aqui dentro de alguns dias, vai dar entrevista a torto e a direito, e vai convencer a maioria de que estará falando a verdade, pois ele tem um grande poder de convencimento.

Infelizmente, é assim que funciona a política no Brasil, prática que tem sido sustentada pela mentira. E é exatamente por causa disso, por causa de tanta mentira, que as pessoas já não acreditam mais, nem mesmo em políticos que parecem ser diferentes.

Há menos de três anos, o médico e ex-vereador Manoel Diniz encontrou o saudoso engenheiro Nilson Guerra em frente ao prédio em construção do HRT. Diniz lhe perguntou se ele acreditava que a obra estaria pronta em até quatro anos, mais do dobro do prazo prometido.

Nilson lhe respondeu que, com muito otimismo, Diniz multiplicasse por dois, pois não acreditava que pudesse aprontar em menos de oito anos, quem sabe, dez.


Espero que o saudoso amigo tenha se enganado, mas, os quatro anos de construção serão completados no próximo de 9 de julho. E ainda falta muita coisa.

O Modelo de Desenvolvimento que Queremos para Itaituba começou a ser discutido

Por Cassiélle Anaiá, de Itaituba(*) 
Foto:Jota Parente
Foi realizada na tarde de quinta-feira, 8/06, no auditório da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas de Itaituba, a primeira reunião de trabalho sobre o modelo de desenvolvimento econômico para Itaituba e região.

As organizações presentes manifestaram sua preocupação quanto à forma como o tema vem sendo tratado, de cima para baixo, principalmente por parte dos governos federal e estadual.

Estiveram presentes representantes de diversos segmentos da sociedade civil organizada, motivados pela elaboração de um plano de enfrentamento dos grandes desafios e debates que se aproximam com o crescimento do interesse de investidores de fora na região do Tapajós.

Esses investimentos, até o momento, ainda não proporcionaram uma qualidade de vida melhor para as pessoas que aqui vivem.

Muito pelo contrário, as mazelas sociais só vem aumentando, com destaque para a dificuldade em oferecer serviço de saúde adequado, índices alarmantes de prostituição e exploração sexual de crianças e adolescentes, além do aumento da violência.

A preocupação do fórum de entidades iniciou através das redes sociais, e cresceu após a informação de que estava prevista para o dia 22 de junho a assinatura de um protocolo com a empresa Louis Dreyfus sobre ETC – Estações de Transbordo de Cargas , condicionantes e indústrias na região do Tapajós.

MODELO PRÓPRIO
O conteúdo do protocolo com essas condicionantes, de interesse máximo para região, não chegou a ser divulgado pela Codec – Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará, órgão ligado ao Estado.

Segundo Patrick de Souza, presidente da CDL, Itaituba tem indivíduos pensantes.

“Não aceitaremos que decidam por nós. Vamos criar nosso próprio modelo de desenvolvimento e condicionantes para que essas empresas se instalem no nosso território. Ou esses empreendimentos e o governo aceitam discutir, aqui em nosso território, ou vamos para o enfrentamento político com eles”, enfatizou.

SANTARENZINHO

Outra questão importante é que a área de interesse dos investidores é uma área conhecida como Santarenzinho, alvo de ações judiciais e disputa territorial entre Itaituba e Rurópolis.

De acordo com o jornalista Jota Parente, um dos colaboradores do diálogo sobre o desenvolvimento da região, Santarenzinho nunca pertenceu a Rurópolis, pelo simples fato daquele município, ao ser criado, ter sido desmembrado, 100%, do território de Aveiro.

Durante a reunião foi criado um cronograma de ações voltadas para pesquisa, busca de informações, debates e outras reuniões de trabalho com a participação de parlamentares e representantes do poder legislativo.

ALMOXARIFADO

“Precisamos saber o que queremos”, disse o geólogo Jubal Cabral filho, integrante do grupo de discussão, interessado no desenvolvimento da região.


“A região do Tapajós é um importante eixo de desenvolvimento para o mundo, e esse desenvolvimento necessariamente precisa estar atrelado ao fortalecimento econômico, social e ambiental da região. Não podemos aceitar ser simplesmente almoxarifado de commodity, enquanto a população sofre os mais variados problemas e nossa organização é imprescindível para o sucesso das movimentações”, pondera Alex Pamplona, jornalista e coordenador da Universidade Paulista em Itaituba.

sexta-feira, junho 09, 2017

Por 4 votos a 3, com voto de minerva de Gilmar Mendes, TSE Livre Temer da Cassação

Resultado de imagem para fotos de gilmar mendesO plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) absolveu nesta sexta-feira (9) o presidente Michel Temer no processo de cassação da chapa formada por ele e Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

Foram 4 votos a 3 contra a cassação no processo aberto a pedido do PSDB, derrotado naquela disputa. Com o resultado do julgamento, o presidente, que concorreu como vice de Dilma, se mantém no cargo.

Depois de nove horas –entre quinta e sexta-feira– fazendo a leitura de seu voto, o relator da ação, ministro Herman Benjamin, pediu a cassação da chapa por abuso de poder político e econômico e disse que se recusava a fazer "papel de coveiro de prova viva".

"Me comportei como os ministros dessa Casa, os de hoje e os de ontem. Quero dizer que, tal qual cada um dos seis outros ministros que estão aqui nesta bancada comigo, eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão", disse.
Segundo Herman, "no Brasil, ninguém elege vice-presidente da República, elege uma chapa" e, por isso, seu voto era "pela cassação da chapa presidencial eleita em 2014 pelos abusos que foram apurados nesses quatro processos [pedidos naquele ano pelo PSDB]".

O relator foi acompanhado pelos ministros Luiz Fux e Rosa Weber. O placar ficou em 3 a 3 após os votos pela absolvição dados por Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira, os dois últimos nomeados por Temer ao tribunal eleitoral. Coube ao presidente da corte, Gilmar Mendes, desempatar contra a cassação.

Napoleão, o primeiro a votar após o relator, disse que abuso de poder político "tem em toda reeleição" e que não concordava em ampliar a causa de pedir, ou seja, incluir os depoimentos de delatores da Odebrecht como provas do processo, argumento utilizado pelos demais que defenderam a absolvição de Dilma e Temer.

"Pedindo escusas ao eminente relator, meu voto é de não dar por provada a imputação", disse Napoleão, inocentando a chapa.

A expectativa de absolvição foi sendo construída desde a semana passada. Aliado de primeira ordem de Temer, Gilmar era considerado pelo governo peça-chave no julgamento por conta da articulação que tem diante dos outros ministros.

Para o Palácio do Planalto, mesmo com a crise política que acometeu Temer após a divulgação dos detalhes da delação da JBS, a temperatura no TSE era "favorável".

Apesar do longo voto do relator, que apresentou dados e o que chamou de uma "lógica de raciocínio" para provar que houve abuso de poder político e econômico da chapa, a maioria pela absolvição de Dilma e Temer já estava clara desde quinta-feira (8).

"Não importa se os recursos foram para a compra de tempo de rádio e TV. O que importa é que esses recursos foram pedidos e recebidos de forma ilícita", disse Herman nesta sexta. "Para fim de cassação da chapa, investigar as profundezas e a psicologia dos pedidos é desnecessário. Interessa que houve triangulação comprovada por caixa dois em pleno período eleitoral por paridos da coligação 'Com a força do povo'", completou o relator.

Herman foi categórico ao pedir a cassação, visto que, para ele, a campanha que elegeu Dilma presidente e Temer vice, em 2014, foi abastecida por dinheiro desviado da Petrobras. Mas quatro de seus seis colegas já haviam sinalizado que, ao desconsiderar os depoimentos de delatores da Odebrecht no processo, votariam pela absolvição.

O relator, por sua vez, manteve seu detalhado voto e elencou três fatos que, para ele, deveriam levar à condenação da chapa: o pagamento de propina com recursos da Petrobras aos partidos oriundo de contrato com empreiteiras, o pagamento de US$ 4,5 milhões aos marqueteiros João Santana e Mônica Moura por meio da offshore Keppel Fells, e propinas a partidos decorrentes de contratos de sondas da Sete Brasil.

Nesta sexta, Herman passou grande parte do tempo lendo parte de depoimentos e trocas de e-mails de executivos da Odebrecht sobre doações para a campanha de Dilma e Temer, além de projeções com as planilhad de pagamento de propina da empreiteira.

Herman explicou que havia "uma poupança ilícita acumulada ao longo dos anos" pelo PT e pelo PMDB, utilizada para financiar a campanha presidencial daquele ano, dinheiro este que foi chamado pelo relator de "propina-gordura".

O raciocínio é singelo, explicou o relator na primeira parte de seu voto, ainda na quinta. "Se os partidos X e Y receberam o mesmo valor, de R$ 100, em 2014, quem terá vantagem? Aquele que tinha uma longa poupança ilícita acumulada ou o que só dispunha dos R$ 100?"

A tese de Herman é a de que os políticos tinham ciência de que suas campanhas eram abastecidas por dinheiro ilícito e que, por isso, precisavam ser punidos.

De acordo com o ministro, na petição inicial protocolada pelo PSDB em 2014 para pedir a cassação da chapa vitoriosa, a coligação liderada pelos tucanos apresentou como causa de abuso de poder político e econômico justamente o financiamento da campanha por recursos de empreiteiras ligadas à Petrobras, por isso ele poderia considerar as empresas, inclusive a Odebrecht.

O argumento era uma espécie de vacina à argumentação de colegas que afirmaram que ele estava expandindo a ação inicial ao tentar incluir os depoimentos de delatores da Odebrecht e dos ex-marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura no processo.

Fonte: Folha