quarta-feira, março 22, 2017

Barreiras continua desmoronando

Vila de Barreiras (Itaituba-PA), final de tarde
Barreiras - Foto: Jota Parente
A cada inverno a situação do desmoronamento dá frente da vila de Barreiras só faz piorar.

Não é só no inverno, mas, nesse período a situação piora.

Ontem o vereador Peninha tratou do assunto, na sessão da Câmara, mostrando algumas imagens.

Algumas casas da frente da vila estão a apenas dez metros da beira do rio e os moradores temem que tenham que se mudar por conta disso.

Peninha falou que é urgente providenciar um muro de contenção.

Como o município tem dificuldade de recursos para executar uma obra desse porte, disse o edil, deve ser solicitado ao ministro do interior, Hélder Barbalho, para que sejam alocados recursos de seu ministério para fazer o trabalho.

Só não pode ficar piorando ano pós ano.

terça-feira, março 21, 2017

Ministro Gilmar Mendes acusa Procuradoria e Polícia Federal por vazamentos

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 28.08.2015. Sessão de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral onde se aprecia o encaminhamento do ministro Gilmar Mendes que aponta indícios na contas de Dilma Rousseff. Ministro Gilmar Mendes fala na reunião.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou nesta terça-feira (21) a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal por terem supostamente vazado informações das operações Lava Jato e Carne Fraca.

Segundo Mendes, a divulgação de dados sob sigilo é uma "forma de chantagem implícita ou explícita". "É uma desmoralização da autoridade pública", disse.

Ele mencionou a coluna do último domingo (19) da ombudsman da Folha de S.Paulo, Paula Cesarino Costa, que tratou dos pedidos de abertura de inquéritos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF. Segundo ela, a divulgação do material se deu pelo que chamou de "entrevista coletiva em off" - sem identificação da fonte - da Procuradoria a veículos de imprensa.

Ela menciona telejornais, rádios, portais de internet, a Folha de S.Paulo e os jornais "O Estado de S. Paulo", "O Globo" e "Valor". "Cheguei a propor no final do ano passado o descarte do material vazado, uma espécie de contaminação de provas colhidas licitamente e divulgadas ilicitamente e acho que nós devemos considerar esse aspecto", afirmou. "A novidade trazida pela publicação da ombudsman está na divulgação de um novo instrumento de relacionamento com a imprensa, a entrevista coletiva em off", ressaltou Mendes.

De acordo com ele, "a imprensa parece acomodada com esse acordo de traslado de informações". O ministro disse que a PGR deve explicações ao STF. "As investigações devem por objetivo produzir provas, não entreter a opinião pública ou demonstrar autoridade", disse. E afirmou:

"Quem não tiver essa noção de que não estão em jogo os personagens que hoje ocupam as funções, mas as instituições, é um irresponsável. Não é digno de ocupar os cargos que porventura está a ocupar".

Segundo o ministro, o vazamento de informações sob sigilo é "eufemismo para um crime".

Presente à sessão, a subprocuradora da República Ela Wiecko afirmou que o discurso de Mendes expõe "defeitos em todas as instituições". "A sua fala se centrou muito na Procuradoria-Geral da República, no procurador-geral, não vou contestar, não sei detalhes desta suposta entrevista coletiva em off", disse. "Uma coisa que me chama muito a atenção é o poder da mídia.

Aqui no caso a ombudsman da Folha inclusive critica o próprio jornal. E é isso que vejo: a mídia estabelece o momento, eles fazem investigação, sim, ministro, têm acesso, não sei como, mas eles têm muitas informações e estabelecem o momento em que colocam essas notícias a público", disse.

Segundo ela, o princípio da legalidade deve ser respeitado.

Mendes então rebateu: "A mídia não estaria divulgando nomes se esses nomes não tivessem sido fornecidos. É muito claro, não vou acreditar que a mídia teve acesso a partir de uma sessão espírita, isso parece ser evidente". "Não tenho dúvidas de que aqui está narrado um crime. A Procuradoria não está acima da lei", disse o ministro.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PGR disse que o órgão não vai se manifestar. No contexto de sua fala, feita em sessão da 2ª Turma, da qual faz parte, Mendes criticou a divulgação do nome do ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), flagrado em uma interceptação na Operação Carne Fraca.

"É claro que isso tem um propósito destrutivo como acabam de fazer com o ministro da Justiça ao dizer que ele fez um telefonema para uma autoridade envolvida nessae escândalos", disse.

"Um delegado decide fazer uma operação, a maior já realizada no Brasil, para investigar a situação de carnes e anuncia que estaríamos comendo carne podre e que o Brasil estava exportando para o mundo carne viciada.

Por que ele fez isso? Porque num quadro de debilidade da política, não há mais anteparo, perderam os freios, não há mais freios e contrapesos", afirmou Mendes.

O ministro Dias Toffoli adotou discurso parecido. Segundo ele, o Judiciário deve evitar o que classificou de "pirotecnia" em relação à ação da PF no caso das carnes. "Sem contraditório e sem ampla defesa, estão colocando pessoas e setores da economia inteiros sob suspeita", disse.


"Se todos comêssemos carne podre não estaríamos em sessão, mas no hospital", disse. A PF ainda não se manifestou sobre as declarações dos ministros.

Esse é o preço que pagamos

Não sei porque razão, um comentário feito pelo leitor e amigo Jorge Luiz Machado, enviado há alguns dias, só chegou hoje. Como nos afeta a todos, pois diz respeito à economia da região, acho que ainda cabe divulgá-lo.

Ele comentou matéria sobre a note: 

Milhões de dólares do projeto da Brasauro podem ir pelo ralo


Leitores que desejarem enviar seus comentários, podem fazê-lo, pois teremos o maior prazer em divulgá-los.
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Esse é o preço que pagamos pela ineficiência política de nosso Brasil. Senhores políticos, não são animais que moram no Oeste Paraense, e sim famílias trazidas pelo governo Federal desde a década de 70. 

Jorge Luiz Machado

Xadrez da Carne Fraca no Estado de Exceção

Este é o delegado Maurício Moscardi Grillo.
É jovem, passou no concurso da Polícia Federal e é delegado há apenas cinco anos. E destoa dos colegas por dois pontos relevantes.
Primeiro, pelo exibicionismo.
Ao contrário dos procuradores da Lava Jato, a PF sempre primou pela discrição. Grillo gosta dos holofotes, é boquirroto (que ou quem não consegue guardar segredos; indiscreto, boca-rota), e cultiva frases de efeito, que possam repercutir na mídia.
Segundo, porque é um empreendedor de sucesso.

Em 2015 inaugurou o San Marino Residence Hotel, em sua cidade, Bauru, mostrando uma desejável preocupação em garantir o futuro. É um prédio de quatro andares, de propriedade de uma empresa dele e da esposa, com capital social registrado de R$ 100 mil.

Fonte:Jornal GGN

Carne Fraca prova que o Brasil emburreceu

A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, traz uma comprovação básica: o nível de emburrecimento nacional é invencível. O senso comum definitivamente se impôs nas discussões públicas. E não se trata apenas da atoarda que vem do Twitter e das redes sociais. O assustador é que órgãos centrais da República – como o Ministério Público, a Polícia Federal, o Judiciário – tornaram-se reféns do primarismo analítico.
Como é possível que concursos disputadíssimos tenham resultado em corporações tão obtusamente desinformadas, a ponto de não ter a menor sensibilidade para o chamado interesse nacional. Não estou julgando individualmente delegados ou procuradores. Conheço alguns de alto nível. Me refiro ao comportamento dessas forças enquanto corporação.
Tome-se o caso da Operação Carne Fraca.
A denúncia chegou há dois anos na ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). O delator informou que a Secretaria de Vigilância Sanitária no Paraná tinha sido loteada para o PMDB. Levantaram-se provas de ilícitos em alguns frigoríficos.
Por outro lado, há uma guerra fitossanitária em nível global, em torno das exportações de alimentos. Se os delegados da Carne Seca não fossem tão obtusos, avaliariam as consequências desse bate-bumbo e tratariam de atuar reservadamente, desmantelando a quadrilha, prendendo os culpados.
Mas, não. O bate-bumbo criou uma enorme vulnerabilidade para toda a carne exportada pelo país. Os anos de esforços gerais para livrar o país da aftosa, conquistar novos mercados, abrir espaço para as exportações ficaram comprometidos pelo exibicionismo irresponsável desse pessoal.
Ou seja, havia duas formas de se atingir os mesmos resultados:
1º - Uma investigação rápida, discreta e sigilosa; 2º - O bate-bumbo de criar a maior operação da história, afim de satisfazer os jogos de poder interno da PF.
As duas levariam ao mesmo resultado e a primeira impediria o país de ter prejuízos gigantescos, que pudessem afetar a vida de milhares de fornecedores, o emprego de milhares de trabalhadores, a receita fiscal dos impostos que deixarão de ser pagos pela redução das vendas – e que garantem o salário do Brasil improdutivo, de procuradores e delegados.
Qual das duas estratégias seria mais benéfica para o país? A primeira, evidentemente.
No entanto, o pensamento monofásico que acomete o país, não apenas entre palpiteiros de rede social, mas entre delegados de polícia, procuradores da República, jornalistas imbecilizados é resumido na frase-padrão de Twitter: se você está criticando a Carne Fraca, então você é a favor de vender carne podre.
Podre se tornou a inteligência nacional quando perdeu o controle de duas corporações de Estado – MPF e PF – permitindo que fossem subjugadas pelo senso comum mais comezinho. E criou uma geração pusilânime de donos de veículos de mídia, incapazes de trazer um mínimo de racionalidade a essa barafunda, permitindo o desmonte do país pela incapacidade de afrontar o senso comum de seus leitores.
Veja bem, não se está falando de capacidade analítica de entender os jogos internacionais de poder, a geopolítica, o interesse nacional, as sutilezas dos sistemas de apoio às empresas nacionais. A questão em jogo é muito mais simples: é saber discernir entre uma operação discreta e outra que afeta a imagem do Brasil no comércio mundial.
No entanto, essa imbecilidade, de que a destruição das empresas brasileiras contaminadas pela corrupção, permitirá que viceje uma economia mais saudável, é recorrente nesse reino dos imbecis. E se descobre que a estultice da massa é compartilhada até por altos funcionários públicos, regiamente remunerados, que se vangloriam de cursos e mais cursos aqui e no exterior. O sujeito diz asneiras desse naipe com ar de sábio, reflexivo. E é saudado por um zurrar unânime da mídia.
Discuti muito com uma antiga amiga, quando mostrava os impactos dessas ações nos chamados interesses nacionais e via mão externa, e ela rebatia com conhecimento de causa: não são conspiradores, são primários.
Imbecil é o país que se desarma completamente, Judiciário, mídia, organizações que se jactam de ter Escolas de Magistratura, de Ministério Público, de Polícia Federal e o escambau, permitindo mergulhar na mais completa ignorância institucional.
Jornalista Luís Nassif
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Meu comentário: O que o Nassif afirma nesse brilhante artigo, é exatamente o que eu penso sobre esse assunto.

Tudo que está sendo feito para desbaratar essas quadrilhas que, como cupins, corroem o País, tem que ser feito, mas, sem precisar destruir setores importantes da economia do Brasil e causar tanto desgaste na comunidade internacional.


Jota Parente

segunda-feira, março 20, 2017

Reunião sobre violência mostra a força e a indignação de uma sociedade cansada de apanhar de bandido


A Associação Empresarial e Industrial de Itaituba (ASEII) e a Câmara de Dirigentes Lojista (CDL), tomaram a iniciativa de fazer uma grande reunião com quem quis participar, na Barraca de Eventos, no começo da noite de hoje.

O objetivo precípuo foi chamar atenção e discutir a violência que só faz aumentar no município de Itaituba, não é de hoje.
 
O assalto de sábado de manhã, no qual um empresário e sua família ficaram reféns de bandidos durante algumas horas apressou a convocação, pois ninguém tem mais segurança nesta cidade.

Um bom número de pessoas esteve no local, de diversos segmentos da sociedade.

Na ocasião, os vereadores Diego Mota e Peninha falaram, representando a Câmara Municipal.

Diego disse que a violência precisa ser encarada como um problema de todos, não, apenas de parte da sociedade.

Peninha falou que até pouco tempo, os bandidos eram presos pela parte da manhã, e à tarde já estavam soltos. Agora, disse ele, a polícia prende de manhã, e eles ganham liberdade de manhã mesmo.

O comandante do 15º BPM falou das dificuldades que a corporação enfrenta para combater o crime, que vão desde o número insuficientes de militares para atender à demanda de toda a região sudeste do Estado, até problemas por falta de uma melhor infraestrutura.

Já o delegado regional, Vicente Gomes, colocou-se se manifestou, colocando inclusive, seu telefone à disposição para que a população possa fazer denúncias. É o 99165 6065, ou 181, pelo qual podem ser feitas denúncias anônimas.

Foi citado que os deputados que representam o município em nível estadual, Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta não estão conseguindo dar as respostas que a sociedade precisa para melhorar essa problemática da violência.
 
Fabrício Schuber, presidente da ASSEI, foi breve em suas palavras, deixando para o presidente Patrick Souza, da CDL, a fala final, que fechou a reunião.

Fabricio informou ao blog, há pouco, que conforme tratado na reunião de hoje à tarde, o comandante geral da Polícia Militar no Estado, coronel Roberto Campos, estará em Itaituba na próxima sexta-feira.

Já está agendada uma reunião com ele, com a participação de diversas entidades de Itaituba, incluindo os poderes constituídos, como a Câmara, para discutir essa questão da falta de segurança, que permite o avanço da violência.

Na sexta pela manhã haverá uma caminhada que começará na Travessa João Pessoa, que mobilizará a sociedade local, de modo particular a classe empresarial, estando acordo, que à medida que a caminhada for passando, as lojas estarão sendo fechadas em sinal de protesto pela violência, e para chamar atenção das autoridades da capital do Estado para a gravidade da situação.

E assim, a comunidade itaitubense dá um sinal de amadurecimento, deixando de esperar que a solução dos seus problemas surja por passes de mágica. Arregaça as mangas, e vai à luta.

Texto: Jota Parente
Fotos: WhatsApp

Sindicatos pedem apoio de vereadores sobre reposição salarial

Vereadores da comissão de finanças e orçamento e da comissão de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social, além dos secretários de Saúde, Iamax Prado, da Educação, Amilton Pinho e Ronny Freitas da Administração, reuniram com representantes do SINTEPP, SINDSAUDE, SIMSERMI e SENPA.
A reunião foi no gabinete da presidência da Câmara, sexta-feira (17) e o assunto tratado nesse encontro foi a campanha salarial do funcionalismo municipal.
Os sindicalistas solicitaram o apoio dos vereadores para essa luta, e receberam a garantia dos parlamentares de que assim que o projeto de lei sobre o reajuste salarial chegar à Câmara, ele terá prioridade na tramitação nas comissões para ser liberado para a votação no plenário.
Os vereadores, no entanto, foram claros ao afirmar que não podem interferir na negociação pois a prerrogativa de reajustar salários é competência exclusiva do Executivo.
Os representantes dos sindicatos também conseguiram do secretário de Administração, o compromisso de que será marcada outra reunião somente com os secretários para mais uma rodada de negociação. Só que esse encontro ainda não tem data marcada para acontecer e essa foi uma das reclamações dos trabalhadores, o governo estaria postergando um diálogo com os sindicatos.
Durante esse encontro, o representante do SINTEPP disse que até agora o sindicato não recebeu nenhuma contraproposta do governo, e isso vem preocupando a classe, porque na última campanha salarial da categoria a negociação só foi encerrado três meses após da data base do reajuste. O reajuste, lembrou ele, é um direito dos trabalhadores.
Itaituba tem, atualmente, quatro sindicatos que representam os servidores dos municípios, e as propostas de reajuste tem percentuais diferentes: Sindsaúde e SINSERMI reivindicam 12% de reposição, enquanto que o Sindicato dos Enfermeiros do Pará, subsecção de Itaituba, e o SINTEPP querem 16% de reajuste salarial.

Jornalista Weliton Lima