domingo, janeiro 29, 2017

Muita gente se expõe demais nas redes sociais

Hashtag... partiu banheiro; # partiu trabalho; # partiu chácara; # partiu Santarém, hashtag isso, hashtag aquilo, blá blá blá. É desse modo que um grande número de pessoas se entrega à bandidagem feito patinhos, facilitando a vida e diminuindo o trabalho dos delinquentes, dizendo onde estão, ou para onde estão indo.
            A necessidade de cinco minutos de fama faz com que toda e qualquer precaução seja deixada de lado. A própria segurança pessoal ou familiar é relegada a segundo plano em nome da necessidade de se comunicar, ou, talvez seja mais correto afirmar, a premência em aparecer, pois quase todo mundo quer ser notado.
            Um fato do qual tomei ciência pela internet levou-me a escrever este artigo, que tem por finalidade despertar a atenção dos leitores, de modo especial, daqueles que costumam se expor demasiadamente. É uma história da vida real, tipo milhares de outras que acontecem no dia a dia, e que já nem causam mais tanto alarde por ter virado mais um ingrediente a mais no cardápio da violência no Brasil.
            Jackson telefonou para um amigo, avisando que iria até a casa dele, pois tinha um assunto urgente para tratar. Passava de 8:00 da noite. Até aí, nada de mais, não fosse pelo detalhe de ter colocado no Facebook: # partindo casa de Pedrinho. Logo no famoso Face, onde milhares de pessoas podem ver a mensagem ao mesmo tempo, dependendo do número de amigos.
            Sabendo que Jackson costumava não se separar, nunca, de seu aparelho celular, caro, e mais um belo cordão de ouro, dois vagabundos que o conheciam e sabiam para onde ele iria, anteciparam-se, aguardando-o em um local ermo e escuro, condições que tornariam mais fáceis a ação dos dois.
            Por volta de 8:40 da noite, Jackson apareceu, sendo surpreendido pelos dois criminosos, que anunciaram o assalto. Felizmente, ele teve juízo suficiente para não reagir, entregando o celular, o relógio e o cordão de ouro, sem olhar para trás, obedecendo às ordens dos assaltantes, que determinaram que de modo algum olhasse.
            Algumas horas depois do ocorrido, quando o susto maior já havia passado, mesmo lamentando o prejuízo material, ele começou a conjecturar como e porque aqueles dois criminosos estavam exatamente naquele lugar, exatamente na hora em que ele iria passar. Fez uma pergunta para si mesmo, na esperança de obter uma resposta: não foi muita coincidência, isso que aconteceu comigo? Estranho, não é?
            Enquanto pensava no assalto do qual havia sido vítima, Jackson teve um estalo: fui eu! Fui eu quem informou aos bandidos onde eu estaria àquela hora! Eu facilitei o “trabalho” deles, eu me entreguei de mão beijada nos braços deles! Como eu sou idiota, meu Deus! Como posso postar no Face e no Zap, tudo que faço e o que ainda vou fazer?!!!
            Depois desse episódio, Jackson reviu seus conceitos sobre a utilização das redes socais, mudando radicalmente o seu comportamento. Continuou usando as que já usava, mas, para postar informações mais úteis, ou para ter acesso a notícias que de alguma forma contribuíssem para melhorá-lo como ser humano, acrescentando-lhe algo a mais.
            As redes sociais estão mudando radicalmente a maneira do mundo se comunicar. Não se imagina, nos países onde há liberdade de comunicação,  que uma pessoa não possua um aparelho celular pelo qual pode navegar à vontade para quase todos os lugares, explorando todo tipo de assunto. E o problema não está nessa facilidade, mas, no que se faz com ela, pois como quase tudo na vida tem o lado bom e o lado ruim, nas redes sociais a gente pode se comunicar, para o bem, ou para o mal. Nesse caso, eu e você, leitor, podemos estar do lado do bem, como estamos, mas, também podemos dar uma forcinha para o mal, passando para a bandidagem tudo que eles precisam saber sobre nós e sobre os nossos hábitos.
Como disse no começo do artigo, podemos nos entregar de bandeja nas mãos de criminosos, se não tomarmos muito cuidado com o que escrevemos nas redes sociais a nosso respeito. Por isso, da próxima vez que for fazer algo que diga respeito à sua vida, pense bem, antes de publicar: # partiu para...

            Marilene Parente é bacharel em Direito pela Universidade do Grande ABC, Santo André/SP

Artigo publicado na edição 226 do Jornal do Comércio, circulando desde sexta no final da tarde

É quase impossível comprar uma arma de fogo no Japão

Se você quiser comprar uma arma no Japão é preciso paciência e determinação. É necessário um dia inteiro de aulas, passar numa prova escrita e em outra de tiro ao alvo com um resultado mínimo de 95% de acertos. Também é preciso fazer exames psicológicos e antidoping.
Os antecedentes criminais são verificados e a polícia checa se a pessoa tem ligações com grupos extremistas. Em seguida, investigam os seus parentes e mesmo os colegas de trabalho.
Lei rigorosa - A polícia tem poderes para negar o porte de armas, assim como para procurar e apreendê-las. E isso não é tudo. Armas portáteis são proibidas. Apenas são permitidos os rifles de ar comprimido e as espingardas de caça.
A lei também controla o número de lojas que vendem armas. Na maior parte das 47 prefeituras do Japão, o número máximo é de três lojas de armas e só se pode comprar cartuchos de munição novos se os usados forem devolvidos.
A polícia tem que ser informada sobre onde a arma e a munição ficam guardadas - e ambas devem estar em locais distintos, trancadas. Uma vez por ano a polícia inspecionará a arma.
Depois de três anos, a validade da licença expira e a pessoa é obrigada a fazer o curso e as provas de novo. Tudo isso ajuda a explicar por que os tiroteios e massacres com armas de fogo são muito raros no Japão, um país que tem 126 milhões de habitantes.
Quando um massacre ocorre no país, geralmente o criminoso utiliza facas. Apenas seis tiros em 2015. A atual lei de controle de armas japonesa foi criada em 1958, mas a ideia por trás dela remonta a séculos atrás.
            "Desde que as armas chegaram ao país, o Japão sempre teve leis bastantes rigorosas," diz Iain Overton, diretor-executivo da organização não-governamental Action on Armed Violence e autor do livro Gun Baby Gun (Arma Baby Arma, em tradução livre).
"O Japão foi o primeiro país do mundo a criar leis sobre as armas e isso é a base para mostrar que elas não fazem parte da sociedade civil". A população japonesa tem sido premiada por devolver armas antigas, algumas de 1685. Overton descreve essa política como "talvez a primeira iniciativa para comprar armas de volta".
            O resultado é um índice muito baixo de porte de armas: 0,6 armas por 100 pessoas em 2007, em comparação com 6,2 por 100 na Inglaterra e no País de Gales, e 88,8 por 100 nos Estados Unidos, de acordo com o projeto Small Arms Survey, do Instituto de Estudos Internacionais e de
Desenvolvimento de Genebra, na Suíça.
"Quando se tem armas na sociedade, há violência armada. E acredito que a relação tem a ver com a quantidade", diz Overton. "Se há poucas armas numa sociedade, é quase inevitável que os níveis de violência sejam baixos", acrescenta.
Policiais japoneses dificilmente andam armados e a ênfase é maior nas artes marciais - todos devem chegar a faixa preta do judô. Eles passam mais tempo praticando Kendo (esgrima japonesa) do que aprendendo a usar armas de fogo.
"A resposta à violência nunca é violência. A polícia japonesa disparou apenas seis tiros em todo o país em 2015", diz o jornalista Anthony Berteaux.
"O que geralmente a polícia japonesa faz é usar imensos colchonetes para embrulhar, como uma panqueca, a pessoa que está violenta ou bebeu demais e levá-la para se acalmar na delegacia", explica.
Overton compara este modelo com o americano que, segundo ele, tem sido o de 'militarizar a polícia". "Se há muitos policiais sacando armas nos primeiros instantes de um crime, isso leva a uma pequena corrida por armas entre a polícia e os criminosos", afirma.
Para frisar o tabu ligado ao uso inadequado de armas no Japão, um policial que usou a própria arma para cometer suicídio foi processado, depois de morto, por ter cometido um crime.
Ele se matou quando estava de serviço - os policiais nunca andam armados nas folgas e deixam as armas na delegacia quando terminam o dia de trabalho. O cuidado que a polícia tem com as armas de fogo se aplica aos próprios policiais.
Uma vez, o jornalista Jake Adelstein assistiu a um treinamento de tiro e, quando todas as cartucheiras foram recolhidas, a preocupação foi imensa ao descobrirem que estava faltando uma bala.
"Uma bala tinha sumido - havia caído atrás dos alvos - e ninguém pôde sair dali até que fosse achada", lembra.
"Não existe um clamor popular no Japão para que as leis sobre armas sejam relaxadas", diz Berteaux. "Isso tem muito a ver com um sentimento pacifista do pós-guerra, de que a guerra foi horrível e não podemos nunca mais passar por isso".
"As pessoas assumem que a paz sempre vai existir e, quando se tem uma cultura como esta, você não sente a necessidade de estar armado ou de ter um objeto que acabe com esta paz".
Na verdade, movimentos para aumentar o papel do Japão em missões de paz no exterior têm causado preocupação. "É um território desconhecido," diz Kouchi Nokano, professor de Ciência Política. "Será que o governo vai tentar tornar normal a morte nas forças de defesa e até mesmo exaltar o uso de armas?"
De acordo com Iain Overton, "o nível de rejeição que torna quase tabu" as armas no Japão significa que o país "caminha para se tornar um lugar perfeito" - embora ele lembre que a Islândia também tem um índice muito baixo de crimes com armas de fogo, apesar de ter muito mais donos de armas.
Henrietta Moore, do Institute for Global Prosperity da University College London, aplaude os japoneses por não considerarem a propriedade de armas como uma "liberdade civil" e rejeitarem a ideia de que armas de fogo "são algo que se usa para defender a sua propriedade contra outras pessoas".
Para o crime organizado japonês as rígidas leis de controle de armas são um problema. Os crimes da máfia japonesa, a Yakuza, caíram drasticamente nos últimos 15 anos e os criminosos que continuam usando armas de fogo têm que descobrir novas maneiras de entrar com elas no país.
"Os criminosos escondem armas dentro de carregamentos de atuns congelados", conta o policial aposentado Tahei Ogawa. "Já descobrimos alguns peixes recheados com armamento".

                Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, janeiro 26, 2017

Moradores de Novo Progresso ameaçam fechar a BR% 163 em ato contra MP 756

  Moradores da cidade de Novo Progresso, sensibilizados com os proprietários de áreas em torno da Flona Jamanxim, APA e PARNA, que a MP 756- (Medida Provisória) editada e assinada pelo Presidente Michel Temer (PMDB), no fim do ano passado, excluiu a área branca no entorno e aumentou a APA (área de preservação Ambiental) e ampliou o Parque do Rio Novo, a medida não foi bem aceita pelos envolvidos.

Cartilha Divulga dados da MP.
Explicam os líderes do movimento que o município de Novo Progresso vem perdendo áreas produtivas para as áreas de preservação ambiental, gerando prejuízo enorme para o município.

“Além dos produtores rurais, à mineração (garimpeiros) estão perdendo espaço, argumentam as lideranças no município”.

Nessa semana lideranças de movimentos sociais de Novo Progresso e de entidades representativas se deslocaram até Brasília onde estão apresentando emendas para serem protocoladas na comissão do Congresso Nacional que vai apreciar se veta ou não a MP 756/758. O prazo final encerra dia 06 de fevereiro de 2017.

Uma cartilha está sendo divulgada para explicar o que a comissão pretende e quais as modificações foram afetadas com a MP.

Enquanto os representantes da sociedade progressense se mobiliza em Brasília com os deputados federais, senadores e a presidência da República, em Novo Progresso a população se une para fazer um manifesto em apoio ao movimento e cogitam fechar a rodovia BR -163.

A data, local e como funcionará o manifesto ainda está sendo discutido pelas lideranças, que devem fechar a rodovia nos próximos dias.

Fonte: Folha do Progresso

Já é dia 4 de fevereiro a próxima edição da Bolada Show de Prêmios



Transmissão ao vivo, pela Rádio e TV Tapajoara.

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Temer se solidariza com chilenos e oferece ajuda para combate a incêndios

O presidente Michel Temer ofereceu ajuda ao Chile para minimizar os problemas gerados com os incêncios que têm devastado florestas no Centro e no Sul do país. Por meio do Twitter, Temer disse que determinou às autoridades brasileiras que o "governo brasileiro preste toda ajuda possível".

"Acompanho com grande preocupação os incêndios no Chile. O Brasil solidariza-se com as vítimas, com as famílias dos que perderam suas vidas e com o povo chileno", escreveu o presidente na rede social.

Nos últimos dias, mais de 140 mil hectares de florestas foram destruídas pelas chamas, neste que é considerado o maior desastre natural da história do Chile. Nesta quinta-feira (26), foi confirmada a 10ª morte causada pelos incêndios, a maioria de oficiais que trabalham no combate ao fogo. Desde que a situação se agravou, cerca de 5 mil pessoas já foram obrigadas a deixar suas casas desde o início da semana.
 
*Com informações da Agência Télam

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Acidente gravíssimo com seis mortes na BR 230, sentido Itaituba-Jacareacanga

Ex-vereador Ivanildo
Foto: blog do Jr. Ribeiro
Um acidente gravíssimo aconteceu na tarde de hoje na BR 230, sentido Itaituba-Jacareacanga, por volta do km 140.

Segundo informações colhidas pelo blog junto ao repórter Mauro Torres, o número de mortos é de seis pessoas, mas, essa informação já vai ser 100% checada quando os bombeiros retornarem a Itaituba.

Entre os mortos estava o ex-vereador Ivanildo Viana Rocha, que tentou, mas, não conseguiu se reeleger na eleição de outubro passado.

Ele, que também já tinha trabalhado na Funai, seguia em uma camionete que era dirigida pelo motorista de nome Jackson, que também morreu.

Carros envolvidos no acidente. Fonte: blog do Jr. Ribeiro
Uma fonte muito próxima do ex-vereador, em contato com nossa reportagem, informou que ele estava em outro carro, tendo decidido trocar de veículo na hora da viagem.

Uma moça que chegou a ser colocada no avião que veio de Jacareacanga com três feridos, sendo ela um dos sobreviventes, morreu no meio da viagem.


Dois sobreviventes encontram-se no Hospital Municipal de Itaituba.

Jota Parente