quinta-feira, janeiro 19, 2017

Temer lamenta morte de Teori e decreta luto oficial de três dias

O presidente Michel Temer veio a público lamentar a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Em um pronunciamento à imprensa, Temer afirmou que recebeu com "profundo pesar" a notícia do falecimento e decretou três dias de luto oficial como uma “modesta homenagem” a Zavascki que, segundo ele, “tanto serviu à classe jurídica, aos tribunais e ao povo brasileiro”.

"Neste momento de luto, manifesto eu e minha equipe aos familiares do ministro e demais integrantes do voo, meus sentimentos de pesar. Teori era homem de bem e orgulho para todos os brasileiros”, disse o presidente.

Temer chegou ao salão onde fez o pronunciamento, no Palácio do Planalto, acompanhado dos ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, das Relações Exteriores, José Serra, e da Advogada-Geral da União, Grace Mendonça.
Ele lamentou também a perda de um “homem público cuja trajetória impecável ao favor do direito e da justiça sempre o distinguiu”.


Teori morreu na tarde de hoje em um acidente de avião no litoral do Rio de Janeiro. A aeronave, que partiu de São Paulo, transportava quatro passageiros e caiu próximo a Paraty (RJ). Membro do STF desde 2012, Teori era o relator dos processos relativos à Operação Lava Jato na Corte.

Filho de Teori Zavascki descarta, no momento, sabotagem em acidente aéreo

O advogado Francisco Zavascki disse que não cogita, no momento, que uma sabotagem tenha sido a causa do acidente que matou o pai dele, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O ministro foi uma das vítimas da queda de um avião em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro, no final da tarde de hoje (19).

No ano passado, Francisco chegou a publicar um texto nas redes sociais afirmando temer que algo acontecesse ao pai, que era relator da Operação Lava Jato no STF. “Eu realmente temia, mas agora isso não está passando pela cabeça de ninguém. Acho que fatalidades acontecem. Paraty, chuva. O avião arremeteu, e é isso aí. Deu zebra”, afirmou.

Em conversa por telefone com a Agência Brasil, o advogado contou que ficou sabendo da tragédia por meio do grupo da família no aplicativo de mensagens WhatsApp. “O meu cunhado perguntou se o pai estava em Paraty, porque havia caído um avião. Ficamos assustados e começamos a correr atrás da informação, até que confirmamos que o pai estava no vôo. Esperamos por um milagre, mas ele não aconteceu”, relatou Francisco.

O filho do ministro disse que não está em condições psicológicas de acompanhar a comoção nacional causada pela tragédia, mas ressaltou que o Brasil perdeu um grande juiz. “Uma pessoa que não tem medo, uma pessoa que tem postura de juiz. Infelizmente, abre-se um hiato muito perigoso agora”, completou, referindo-se aos processos da Operação Lava Jato que estavam sob responsabilidade do pai.


Segundo Francisco Zavascki, o desejo da família é que o corpo do ministro seja transportado o mais cedo possível a Porto Alegre, para que velório e enterro sejam realizados na capital gaúcha.

Polícia Federal e MPF vão investigar causas de acidente que matou Teori Zavascki

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis abriram inquéritos para apurar as causas do acidente aéreo que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.
No MPF, o inquérito foi aberto pela procuradora da República Cristina Nascimento de Melo, que está a caminho do local do acidente, em Paraty (RJ). Uma equipe de policiais federais especializados nesse tipo de investigação também se deslocou para a região.
Avião com quatro ocupantes cai em Paraty (Reprodução/Twitter Aeroagora)
Avião com quatro ocupantes caiu em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro Reprodução/Twitter Aeroagora
Relator das investigações da Operação Lava Jato na Suprema Corte, Teori Zavascki morreu hoje (19), aos 68 anos. Mais três pessoas estavam na aeronave, que, no momento da queda, próxima à Ilha Rasa, já se preparava para pousar no aeroporto de Paraty.
Apesar de o regimento interno do STF prever que o ministro substituto deva herdar os processos em caso de uma cadeira vaga, há a possibilidade de que algumas ações sejam redistribuídas para outros ministros do tribunal.
Por causa da responsabilidade de Teori sobre os processos da Lava Jato no STF, que envolvem acusados com foro privilegiado, associações de juízes cobraram investigação das circunstâncias da queda do avião. (Agência Brasil)

Tratamento oncológico no interior da Amazônia é impulsionado pelo Hospital Regional de Santarém

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), mudou a realidade da saúde na região Oeste do Pará. Em dez anos, transformou-se em referência para o atendimento de mais de 1,1 milhão de pessoas e conquistou a máxima certificação nacional de qualidade. Com a inauguração do serviço de Oncologia, em 2008, o hospital possibilitou que centenas de pacientes pudessem realizar o tratamento perto da família, evitando transtornos em ter que se deslocar para a capital do Estado ou para outros centros.

O paciente William Pereira Campos, de 75 anos, foi um dos primeiros pacientes do hospital. Há 12 anos, ele descobriu que estava com câncer e foi fazer tratamento em Brasília. Depois, continuou em Belém. “Hoje, graças a Deus, realizo aqui em Santarém. Eu só tenho a agradecer a este hospital que foi colocado aqui em nossa região, que é muito bom. Todas as vezes em que eu venho aqui, vimos a quantidade de pessoas que são atendidas aqui na Oncologia”, conta.

Desde 2008, o HRBA realizou 71.128 consultas oncológicas. Foram mais de 43 mil sessões de quimioterapia e cerca de 130 mil sessões de radioterapia. O parque radioterápico da unidade (conjunto de equipamentos e serviços médico-hospitalares exclusivos para terapia do câncer) entrou em funcionamento em 2010. O Hospital Regional também oferece tratamento para o público infanto-juvenil.

O coordenador do serviço de Oncologia, cirurgião Marcos Fortes, fala sobre o crescimento do hospital e a importância para a região. “O serviço evolui com muita força e hoje é, certamente, o maior serviço dentro do hospital. Se analisarmos que em dez anos não existia nada de Oncologia e que hoje nós temos uma identidade federal, porque somos Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), essa evolução foi enorme. É como se tivesse nascido uma criança e hoje, em vez de ter dez anos, tivesse 45 anos de idade. Evoluímos 40 anos em dez”, explica Fortes.

A unidade se consolidou como polo de tratamento oncológico não só do Pará, como do Norte do Brasil. E quem ganha com isso é a população atendida. “A qualidade do hospital surpreende, em atendimento, em limpeza. Não tenho do que reclamar, só tenho que dar os parabéns. São pessoas atendidas de Alenquer, Altamira, Itaituba, Rurópolis, até de Belém e outros estados. E o que a gente ouve é que é um hospital de primeira classe. Nós estamos de parabéns aqui na região do Baixo Amazonas devido a este hospital e a equipe que o administra. Eu só tenho a agradecer”, diz o paciente William Campos.

Tipos mais comuns
Os tipos mais comuns de câncer entre as mulheres em tratamento no HRBA são: colo de útero (34%), mama (26%) e pele (14%). E a faixa etária com maior incidência é de 40 a 59 anos, com 41% dos casos. Mulheres com mais de 60 anos somam 39% das pacientes. Em homens, os mais comuns são: próstata (27%), pele (23%) e estômago (17%). Quase 60% dos atendidos têm mais de 60 anos. Homens de 40 a 59 anos aparecem entre 27% dos pacientes.

Hospital
O Hospital Regional do Baixo Amazonas foi considerado, em 2016, o melhor hospital público do Norte e Nordeste do Brasil. O HRBA pertence ao Governo do Pará e é administrado, desde 2008, pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar. A unidade, que atende casos de média e alta complexidades e é referência em ensino e pesquisa na região amazônica, foi o primeiro hospital público do Norte a conquistar o certificado máximo de qualidade, a ONA 3 – Acreditado com Excelência. 

Fonte: Pró-Saúde
Joab Ferreira

Justiça condena ex-reitor do IFPA a devolver R$ 1,2 milhão aos cofres públicos

Justiça condena ex-reitor do IFPA a devolver  R$ 1,2 milhão aos cofres públicos
 A Justiça Federal condenou o ex-reitor do Instituto Federal do Pará (IFPA) Edson Ary Fontes e outros cinco funcionários da instituição por improbidade administrativa devido a fraudes em licitações e desvio de verba pública federal. Seis funcionários foram absolvidos pela juíza Hind Ghassan Kayath, da 2a Vara Federal em Belém. 

Além da devolução de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, todos foram condenados a perda de direitos políticos por cinco anos e ficaram proibidos de fazer contratações com o poder público, receber subsídios ou incentivos fiscais pelo mesmo período e a pagamento de multa. A sentença é de dezembro, mas só foi enviada ao Ministério Público Federal, autor da ação, essa semana.

O Ministério Público Federal (MPF) que processou os acusados civilmente para restituir os cofres públicos, também ofereceu denúncia criminal, que tramita na 4a Vara da Justiça Federal em Belém. As investigações apontam um desvio de mais de R$ 5,4 milhões de verbas através da Funcefet, entidade de apoio financeiro do Instituto. O dinheiro saía da fundação em forma de pagamentos de bolsas, mas era destinado na verdade aos servidores acusados e a pessoas que não possuíam qualquer vínculo nem realizaram atividade alguma no IFPA.

Quatro dos acusados, inclusive o ex-reitor, foram presos e tiveram os bens bloqueados em 2012, na Operação Liceu.  A investigação do MPF/PA se iniciou a partir de representações e deu origem a uma auditoria extraordinária da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou diversas fraudes em licitações, desvios de recursos e repasses irregulares de verbas da União. Durante a auditoria, testemunhos e provas surgiram comprovando que havia uma quadrilha formada no IFPA para desviar recursos públicos.


Os réus condenados são:
Edson Ary de Oliveira Fontes
João Antônio Corrêa Pinto
Armando Barroso da Costa Júnior
Alex Daniel Costa Oliveira
Darlindo Maria Pereira Veloso Filho
Márcio Benício de Sá Ribeiro
 
Os réus absolvidos são:
Sônia de Fátima Rodrigues Santos
Geovane Nobre Lamarão
Rui Alves Chaves
Bruno Henrique Garcia Lima
Eliezer Mouta Tavares
Herivelton Martins e Silva
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Sob Obama, o antirracismo viveu dias gloriosos

U.S. President Barack Obama waves as he departs the briefing room at the conclusion of his final press conference at the White House in Washington, U.S., January 18, 2017. REUTERS/Kevin Lamarque TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: WASW214
 Impor um presidente negro a um país ainda hoje tão racista como são os Estados Unidos - este o maior feito de Barack Obama.

Impor-se ao respeito inabalado de todo esse país durante os oito anos na presidência - este o segundo maior feito de Barack Obama. O revertério que leva um primata patético a sucedê-lo sugere a dimensão gigantesca daqueles feitos.

O primeiro êxito e a decência cativante de Obama fizeram esperar-se dele mais do que fez. Ou, no mínimo, o principal dos seus compromissos de candidato: a retirada americana das áreas de guerra, a redução da presença militar dos EUA no mundo, o fim do crime imoral que é a prisão de Guantánamo, apesar de sem importância na opinião dos americanos, mas humilhante para o mundo que, acovardado, o testemunha.

Obama não apenas deixa forte presença militar no mundo, por muitos dita maior do que a encontrada. Foi da sua presidência a autorização para uso da nova arma que são os pequenos aviões não tripulados, ou drones, transformados em objetos assassinos.
Chefes ou suspeitos de ação anti-americana são assassinados do ar em países sem guerra com os EUA. O colar de bases americanos em torno da então URSS, que fez os soviéticos instalarem foguetes em Cuba para barganhá-los pela retirada das bases, ganhou com Obama nova versão. Os EUA montam, na Ásia e na Oceania, um arco de bases e arsenais em volta da China. Com Obama, as ânsias beligerantes dos EUA ficaram apenas menos ostensivas e mais educadas, sem troca de desaforos.

Do mesmo lote de compromissos principais do candidato, Obama fez três grandes realizações. Duas notórias: a economia em colapso foi oxigenada, com efeitos sociais ainda em progressão; e a persistente batalha que conseguiu vergar o Congresso para implantar um sistema público de saúde, o Obamacare já sob as picaretas dos republicanos.
A terceira foi a ação contra o racismo. Antecessor de Kennedy, o general Eisenhower usou contra o racismo agressivo a Guarda Nacional. Kennedy, como em quase tudo, dividiu-se entre a força e a demagogia.

Obama teve a inteligência e a originalidade de usar uma das armas mais raras entre os ditos civilizados: a naturalidade. Assim como para eleger-se não fez do racismo um tema de combate, na Casa Branca dirigiu-lhe poucas palavras: enfrentou-o com o seu dia a dia, com sua cara. Com a simbiose Barack-Michelle. Conscientizada ou não, a evidência penetrou fundo no país: nenhuma diferença entre brancos e negros.

O racismo não se extinguiu, talvez nem tenha se retraído em porção significativa, a Ku Klux Klan é sempre uma das bandeiras nacionais. Mas o antirracismo viveu dias gloriosos, para um futuro em que será difícil retrocedê-lo.

Mas um legado especial Barack Obama leva amanhã consigo: Michelle Obama, imagem consagrada, oradora brilhante, opinião e firmeza, potencial presidente dos Estados Unidos.

Jânio de Freitas - Folha

Record rompe contrato com apresentador que chamou Ludmilla de "macaca"

Marcão do Povo foi substituído na transmissão desta quarta-feira do Balanço Geral

 O apresentador Marcão do Povo teve o contrato rompido com a Rede Record, na tarde desta quarta-feira (18/1). O âncora do jornal Balanço Geral foi punido pela empresa após chamar a cantora Ludmilla de "macaca", durante a transmissão do quadro de fofoca Hora da venenosa, na segunda-feira, dia (9/1).

Na transmissão desta quarta-feira, ele foi substituído pelo repórter Dionísio de Freitas, que não comentou o ocorrido. Em nota divulgada à imprensa, a emissora lamentou "os transtornos causados à cantora Ludmilla" e ressaltou que "esse tipo de conduta não está na linha editorial do nosso jornalismo".

A funkeira se manifestou nas redes sociais e chegou a pedir a prisão do âncora. Pela manhã, mensagens de apoio inundaram as redes sociais, o que levou o termo #ProcessaLudmilla aos assuntos mais comentados do Twitter.

Veja a nota divulgada pela Record:

A Record TV vem a público lamentar os transtornos causados à cantora Ludmilla, sua família e seus fãs motivados por um comentário feito pelo apresentador Marcão no Balanço Geral DF.

A Emissora repudia qualquer ato dessa natureza e afirma que este tipo de conduta não está na linha editorial de nosso Jornalismo. Por este motivo, a Record TV Brasília optou por rescindir o contrato do apresentador Marcão.

Fonte: Correio Braziliense