quinta-feira, janeiro 19, 2017

Foragido agradece a Deus por ter sido preso

Adielson Alves da Cunha, 24, estava foragido do regime semiaberto do sistema penitenciário do Estado há um ano, mas nesse período ele disse que se converteu à igreja e não pretende mais voltar a cometer delitos. Na manhã de ontem, ele estava na passagem Popular, esquina com a rua João de Deus, no bairro do Guamá, quando a equipe da viatura 9914 do 20º Batalhão da Polícia Militar passou no local e reconheceu Adielson como foragido.


Ele foi apresentado na Seccional do Guamá pelos policiais militares. Durante a apresentação, ele não parava de falar e disse que agradecia a Deus por estar sendo preso novamente, já que ele sabe que precisa cumprir a pena pelos erros que cometeu no passado e também por ser uma forma de ficar protegido, já que vinha sendo perseguido por grupos religiosos. (O Liberal)

quarta-feira, janeiro 18, 2017

Juízes prendem por "covardia", diz ex-magistrado

POR FREDERICO VASCONCELOS (blog do Fred, Folha)
Livingsthon Machado foi aposentado compulsoriamente após ordenar, em 2005, a soltura de 59 presos ilegais na comarca de Contagem (MG).
Carceragem de Contagem e Livingsthon José Machado
Em 2005, o juiz Livingsthon José Machado determinou a soltura de 59 presos que cumpriam pena ilegalmente em delegacias superlotadas na comarca de Contagem (MG). Ele foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Doze anos depois, ele diz que, “por desespero e medo”, os juízes estão liberando presos sem planejamento, diante dos massacres nos presídios do Amazonas e de Roraima.
É o que revela reportagem da Folha nesta quarta-feira (18), com trechos de entrevista concedida ao editor deste Blog.
Criticado na época pelo governador Aécio Neves (PSDB), acusado de “fazer proselitismo pessoal” e colocar em risco a segurança pública, Machado recebeu apoio de juízes de varas de execução criminal e de entidades de direitos humanos.
Em 2010, o TJ-MG participou de mutirão do Conselho Nacional de Justiça que libertou 3.000 presos no Estado. “Não há nenhuma diferença quanto aos fundamentos jurídicos nos dois episódios: ilegalidade das prisões ou abuso no uso dessas medidas”, ele afirmou, na ocasião.
Machado atualmente exerce a advocacia e é professor em cursos de Execução Penal na PUC-MG e na OAB-MG.
A seguir, a íntegra da entrevista concedida por e-mail.
Folha – O episódio de Contagem já sinalizava que a situação dos presídios caminhava para os massacres das últimas semanas?
Livingsthon José Machado – Não foi diferente do que está acontecendo agora em proporções mais desastrosas. A omissão do Estado já vem de longa data. O poder público varre o lixo para debaixo do tapete. Quando as crises acontecem, a solução tem sido construir novos presídios a preços superfaturados. Logo estarão superlotados.
A ideia de que prender bandidos é a solução reproduz parte do sentimento coletivo causado pelo herói nacional da atualidade, o juiz Sergio Moro. Centenas de magistrados têm a ideia de que a prisão vai resolver o problema da corrupção.
O sr. tem conhecimento de algum caso semelhante de liberação de presos antes de sua decisão, em 2005?
Não tenho conhecimento, no Brasil, de decisões com o mesmo fundamento jurídico que adotei, quando determinei a expedição de alvarás de soltura porque presos estavam cumprindo penas de forma ilegal.
Depois daquelas decisões, outros juízes adotaram o mesmo fundamento, inclusive em tribunais superiores. Contudo, o cenário político já era diferente e não causaram tanta repercussão.
Tenho conhecimento de decisões semelhantes à que tomei ocorridas na Espanha, França e Canadá. Mas não sei de nenhuma decisão anterior à minha no Brasil.
Como avalia as decisões recentes de alguns juízes de liberar presos para evitar novas mortes?
Essas decisões têm sido de desespero e medo, sem nenhum planejamento. Deveria fazer parte do cotidiano de todo juiz criminal determinar a imediata expedição de alvará de soltura quando a prisão for ilegal ou abusiva.
O ex-presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori, diz que o Estado é tolerante com a criminalidade por pressões, entre outras, de entidades de direitos humanos.
O Estado não é tolerante. As entidades de direitos humanos não gozam de grande simpatia da população. Têm espaço em discussões acadêmicas, mas não no Judiciário. São outras organizações –políticas e econômicas– que exercem pressões sobre magistrados no sentido de medidas mais duras.
A Associação Juízes para a Democracia diz que o massacre de Manaus resulta do “punitivismo” e do tratamento da questão social como caso de polícia.
A ideia também não é de todo verdadeira. Quando questões sociais são tratadas como caso de polícia é demonstração de incompetência dos gestores da coisa pública. Há, na verdade, uma covardia dos juízes em decidir por outras pressões, como interesses corporativos, de partidos políticos ou do Executivo.
Veja o caso que vivenciei em 2005. Penso que a significativa maioria dos magistrados cederia às pressões.
A interrupção dos mutirões carcerários agravou a situação das penitenciárias?
Mutirões carcerários são medidas paliativas. Não contribuem para a questão carcerária. Nas varas comuns, o processo tem começo e fim. Os mutirões podem até ajudar. Mas nas varas de execução criminal o processo é contínuo e só termina com o cumprimento definitivo da pena. Mutirões carcerários nessas varas são coisa “pra inglês ver”.
As audiências de custódia reduziriam as prisões ilegais?
A ideia é boa, mas a prática tem sido desastrosa. Em boa parte das audiências são os promotores que decidem. A maioria significativa dos juízes não examina os elementos necessários para a decretação da prisão preventiva, que é excepcional. Os delegados de polícia cumprem um papel meramente administrativo. Aumentaram as prisões ilegais porque os tribunais não têm examinado as ilegalidades praticadas por vários juízes.
Magistrados paulistas [em nota pública da Apamagis] afirmam que os juízes estaduais não são responsáveis pela administração dos presídios, tarefa que caberia ao Executivo.
Pois é … Magistrados sempre fugindo da responsabilidade. A Constituição determina que “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”. A Lei de Execuções Penais diz que compete ao juiz da execução “zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança” e “inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais”. Então, os juízes estaduais não têm responsabilidade pela execução da pena?
Por que o Estado não consegue eliminar o tráfico de celulares nos presídios, o que permite às organizações criminosas dirigir operações fora das prisões?
Porque simplesmente não tem conhecimento dos problemas prisionais e viola, cotidianamente, as regras que ele mesmo estabelece, inclusive com o trato a seus servidores.
Os presos possuem outros meios de comunicação com o meio externo. Ou seja, a questão das organizações criminosas não se combate apenas com o impedimento de comunicação entre os líderes e o mundo exterior, isto seria apenas um analgésico para a dor de cabeça, mas não o combate da causa da dor de cabeça, que muitas vezes pode levar à morte.
Em que medida a política penitenciária se confunde com a política de segurança pública?
As duas políticas estão ligadas desde o embrião. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária tem como papel principal o planejamento destas políticas de forma integrada. Não é que se confundam, mas uma depende da outra, embora gozem de autonomia, com regras próprias, mas não isoladas e independentes.
Não é possível pensar, por exemplo, em medidas punitivas mais rigorosas como aquelas planejadas por um movimento conhecido como da “Lei e da Ordem”, que prevê mais rigor no combate ao crime pela punição, sem se pensar nos efeitos destas punições na execução.
Também não é possível se pensar só no abrandamento de medidas punitivas em razão do fracasso do modelo prisional existente, como advogam os defensores do “Direito Penal Mínimo”.
É preciso pensar as duas políticas não uma em oposição a outra ou de ponderação entre elas, mas de integração, com um único objetivo comum. Promover o bem-estar, a liberdade e a segurança como complementares um do outro.
Por que não há uma força-tarefa para prevenir e reprimir facções como o PCC, o CV e a FDN?
Falta de vontade política. Operações da Polícia Federal, com nome pomposos, ganham espaço na mídia e a simpatia de parte da população. Muitas operações são atabalhoadas, como na Lava Jato. Só que isso gera dividendos políticos. Quando a questão é o problema prisional, boa parte da população tem aversão ao tema. Muitos defendem o assassinato de presos e são aplaudidos, como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que se apresenta como pré-candidato à Presidência em 2018.
O poder público não tem se ocupado de impedir as ações dessas organizações criminosas e de seus líderes porque, de certa forma, são eles que mantêm certa “ordem” nos presídios. É a “ordem pela desordem”.
Como vê a terceirização e privatização de presídios?
Eu vejo como uma solução possível e viável para ser utilizada na execução de penas privativas de liberdade, mas que devem ser pensadas de forma transparente e sem demagogia ou fantasias acadêmicas.
Para não parecer que estou sendo só pessimista, uma experiência que a sociedade civil vem tentando implementar para amenizar este problema é o método de execução penal conhecido como APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados). Foi idealizado pelo advogado Mário Ottoboni [são unidades de não mais de 300 presos, com elevado índice de ressocialização]. O sistema foi implementado em várias comarcas no Brasil e até no exterior. Uma das dificuldades que este método tem enfrentado é exatamente a atuação desastrosa do poder público.
O trabalho, ou aquilo que na APAC é conhecido como “laborterapia”, deve ser pensado de forma harmônica com os interesses econômicos do empreendedor (do empresário) de forma a termos ganhos tanto para a atividade econômica, como para o sentenciado (ganhos econômicos e profissionais) e para a sociedade –redução da reincidência e colaboração de força de trabalho produtiva.
Na Vara de Execuções Criminais de Contagem, elaboramos juntamente com a Defensoria Pública, lojistas, assistentes sociais e poder público municipal um projeto neste sentido, com excelente receptividade pelo empresariado. Mas é preciso seriedade e transparência.
Na sua opinião, quais serão os desdobramentos dos episódios ocorridos no início deste ano?
Eu prefiro não fazer prognósticos, pois não tenho boas expectativas sobre o que está por vir. O que tenho visto do ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal não me anima muito, não… Tomara que esteja errado.

Cosanpa vai ser privatizada. Processo pode ocorrer ainda este ano

Cosanpa pode ser privatizada ainda este ano (Foto: Arquivo)O projeto de privatização da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) que faz parte do programa de concessões em saneamento do governo federal, capitaneado pelo BNDES, está prestes de ser consumado. Em setembro do ano passado a informação foi antecipada pelo DOL.

As primeiras licitações devem ser feitas ainda no primeiro semestre deste ano.

No site do Banco Nacional de Desenvolvimento Social já está publicado aviso de licitação para seis editais, entre eles o da Cosanpa.

Além da companhia paraense estão na lista a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). A previsão é que até o próximo mês de março o edital esteja finalizado.

Entre os seis, o do Pará é o único que está formalmente aprovado pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), do governo federal e pode ter edital de leilão lançado ainda este ano.

(DOL)

Temer decide usar o Exército para enfrentar crise penitenciária

Presos da Penitenciária Estadual de AlcaçuzEm meio a uma grave crise carcerária, com ao menos 119 presos mortos em três grandes massacres nas regiões Norte e Nordeste, o presidente Michel Temer decidiu colocar as Forças Armadas à disposição dos governadores para atuar em presídios. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo porta-voz do governo federal, Alexandre Parola.

Segundo Parola, as novas medidas de apoio surgem após a intensificação da barbárie nos presídios brasileiros. “É fato que a crise ganhou contornos nacionais, que exigem a ação extraordinária atuação do governo federal”, afirmou.

A decisão foi tomada durante reunião com representantes de órgãos de inteligência federal e ministros para discutir ações contra a violência nos presídios e a atuação de facções criminosas dentro das penitenciárias. Haverá também, segundo Parola, comunicação “ainda mais próxima” com os setores de inteligência dos Estados para conter as facções.

“O presidente da República coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em penitenciárias”, afirmou Parola. Segundo ele, os militares atuarão em inspeções para apreensão de materiais proibidos nos presídios.  Os governadores deverão aceitar a cooperação das Forças Armados, que ficarão sob responsabilidade do Ministério da Defesa.

Até agora, o governo Temer tem disponibilizado apenas apoio da Força Nacional de Segurança, corporação formada por policiais militares cedidos pelos estados. Entre as unidades da federação que contam com esse apoio estão Amazonas – palco de 60 mortes de presos em rebeliões – e Roraima – onde 33 detentos foram mortos-, nos dois casos em episódios com intensa participação de facções criminosas, como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Família do Norte (FDN).

Varredura
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que os governadores terão de pedir a participação dos militares nos presídios em atividades como varredura, detecção e levantamento de armas, drogas e celulares. “Enfim, tudo aquilo que não é permitido dentro de presídios”, afirmou.

Segundo ele, os militares não terão contato com os presos durante as vistorias. Os detentos serão encaminhados aos pátios das penitenciárias para realização das inspeções. O governo federal vai oferecer aos estados equipamentos como bloqueadores de celular, scanners e aparelhos de raios X para realizar as inspeções.

“Em todos os presídios e penitenciárias que os governadores julgarem importantes, sensíveis e necessários, as Forças Armadas, periodicamente e de surpresa, vão fazer a revista. A responsabilidade [pelo gerenciamento e segurança das unidades] ficará, obviamente, com os agentes penitenciários e com as forças de segurança dos estados”, disse.

Para fazer uso das Forças Armadas, os governadores deverão pedir ao presidente um decreto de Garantia da Lei da Ordem, que é o instrumento legal que vai determinar o envio dos militares. Neste caso, o comando da operação fica a cargo das Forças Armadas. “Essa é uma questão nacional. O crime no Brasil se nacionalizou e se internacionaliza e os estados sozinhos não têm, hoje, condições de dar conta do problema”, disse.

O ministro não informou a previsão de início da operação e nem o efetivo envolvido na iniciativa.

(com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

terça-feira, janeiro 17, 2017

Itaituba: Incêndio destrói quiosques na Hugo de Mendonça

Era por volta das 19hs30min quando um incêndio atingiu três quiosques na Rua Dr. Hugo de Mendonça em Itaituba, sudoeste do estado.

 Segundo informações o fogo teria iniciado após um curto circuito em dos quiosques, em seguida outros foram atingidos.

Os militares do corpo de bombeiros chegaram rapidamente ao local e evitaram que o fogo se alastrasse para outros.

Agentes da COMTRI e policiais militares estiveram no local para dar apoio ao trabalho dos bombeiros. Os donos dos estabelecimentos atingidos chegaram também rapidamente, segundo eles o prejuízo foi muito grande.






Fonte: Blog do Júnior Ribeiro

Nélio e Valmir falam da sobrecarga dos hospitais municipais de Santarém e Itaituba

Resultado de imagem para fotos do prefeito nélio aguiar
Prefeito Nélio Aguiar (Santarém)
O jornalista Márcio Vieira produziu uma matéria bastante elucidativa a respeito da situação dos hospitais municipais de Santarém e de Itaituba, que vivem sobrecarregados.

A matéria foi veiculada no Focalizando (SBT).

Os prefeitos dos dois municípios falaram sobre o assunto.

O prefeito Nélio Aguiar disse que foram veiculadas informações equivocadas de que o Hospital Municipal de Santarém não receberia mais doentes de outros municípios.

Ele explicou que sua intenção é evitar a superlotação, pois isso é possível.

Para tanto, já iniciou conversas com prefeitos da região, para que sejam tomadas as providências necessárias para evitar que doentes que devem ir direto para o Hospital Regional do Baixo Amazonas, passem semanas no Hospital Municipal de Santarém.

Itaituba é o município que mais manda doentes para o HMS.

Muitos dos doentes que vão daqui, para serem atendidos no HRBA, ficam no HMS sem necessidade alguma.
Resultado de imagem para fotos do prefeito valmir climaco
Prefeito Valmir Climaco (Itaituba)

Nélio falou que o correto é o doente sair do seu município, somente quando receber o ok do HRBA para ser atendido.

Já o prefeito Valmir Climaco disse a prefeitura de Itaituba está fazendo sua parte para desafogar o HMS, fazendo uma série de cirurgias que antes só eram feitas em Santarém. Já mais de 100 nesses primeiros dias de governo.

O prefeito falou que é grande o número de doentes atendidos pelo Hospital Municipal de Itaituba, procedentes de municípios vizinhos.

O gestor afirmou que o HMI vai continuar atendendo, mas, que vai conversar com todos os prefeitos dos municípios que mandam doentes para cá, para que eles sejam encaminhados com o respectivo TFD (Tratamento Fora do Município), para ressarcir o município de Itaituba.


Na próxima edição do Jornal do Comércio, será veiculada uma matéria mais detalhada, assinada pelo jornalista Márcio Vieira.

13º deve sair nos próximos dias

A pauta da reuniu foi o 13º salário do ano passado, que dezenas de servidores temporários não receberam.

Segundo Celson Noronha, coordenador do sindicato, o prefeito informou que só depende do Banco do Brasil liberar o recurso para que o pagamento seja feito.

Celson informou, ainda, que o SINTEPP vai fazer uma reunião de assembleia geral, esta semana, para discutir a campanha salarial em nível estadual