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Foto: blog do Peninha (novembro de 2014) |
No dia 26 de dezembro de 2014,
aproximadamente quarenta dias depois de começar a fofoca, o blog do Jota
Parente repercutiu matéria do blog do vereador Peninha sobre a situação no
Remanso dos Macacos, no Rio Tapajós, próximo da vila de São Luiz. No local
chegaram a funcionar mais de 80 dragas, a maioria delas de pequeno porte. Não
havia ouro para todo mundo. Ainda Bem.
Já no dia 9 de maio de 2015 o blog
denunciou que dragas escariantes haviam se instalado naquele local, chafurdando
com voracidade o leito do Rio Tapajós. O estrago só não foi maior porque uma
fiscalização do Ibama deu um basta na agressão ambiental.
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Esse paraíso está ameaçado mais uma vez |
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Praia por todos os lados no verão. Há pontos em que a água já está lamacenta |
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Próximo a São Luiz |
Passado exatamente um ano e meio,
eis que recomeçou o estrago, mas, dessa vez o Ibama ainda não apareceu, porque
tem estado muito ocupado aplicando multas em produtores rurais, como aconteceu
há poucos dias. Os fiscais fizeram uma fiscalização em uma comunidade perto de
Itaituba, na qual aplicaram uma pesada multa de mais de R$ 2 milhões em um
produtor. Não se trata de um fazendeiro, mas, de um produtor rural que tem seu
terreno georeferenciado.
Enquanto isso, o garimpo dos
Periquitos, no Remanso dos Macacos, vai de vento em popa, com dragas consumando
mais uma agressão a um dos mais belos rios brasileiros, o Tapajós. E há fotos
da situação em que se encontram as águas por perto.
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Observa-se a diferença entre a água barrenta da parte inferior e o azul celeste da parte superior da foto. |
O repórter fotográfico/cinematográfico Arlyson
Souza, da TV Tapajoara, esteve em São Luiz. Seu intento era chegar até o
garimpo, que fica próximo dali, mas, foi aconselhado a não fazer isso, pois
segundo pessoas da vila, que conhecem a situação nesse garimpo, o mínimo que
poderia acontecer seria atirarem em seu drone para derrubar. E se chegasse
muito perto do local, poderia correr maiores riscos. Por essa razão, ele se
limitou a fazer imagens da situação em que se encontram as águas do Tapajós.
Por seu lado, os ambientalistas de
plantão, cujos propósitos, nem sempre se sabe quais são, ou para quem
trabalham, estão e parece que vão continuar silentes sobre o caso.
Até quando o Rio Tapajós vai
suportar tanta agressão, ninguém sabe.
Fotos: Arlyson Souza