quinta-feira, agosto 18, 2016

Pacientes do Hospital Regional de Santarém realizam sessões de hemodiálise ao som de música instrumental

Foto: Jota Parente
Os pacientes que realizam hemodiálise no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) tiveram um dia especial nesta terça-feira, 16/8. As sessões foram realizadas ao som de músicas instrumentais, com participação do saxofonista Júnior Castro e do quarteto Canto Uirapuru. A ação de humanização vai se repetir, com a intenção de proporcionar momentos diferentes aos usuários, com música de qualidade, para que possam relaxar e encarar de maneira positivo o tratamento.

A acompanhante Lucidéia Pinto, de 28 anos, ficou encantada com o que ouviu. “É um tratamento difícil, porque além de mexer com o corpo, mexe muito com o psicológico da pessoa. Então, ter um entretenimento diferenciado é muito bom. Às vezes a pessoa sai da rotina, vem de casa com alguma dor e quando chega aqui é surpreendida com esse tipo de coisa. É muito gratificante para nós acompanhantes”, conta.

Um conjunto harmonioso de sons tem um poder único, com muita receptividade e forte influência nas pessoas. “Estudos mostram o poder da música na questão emocional e psíquica e é muito importante que o hospital proporcione esse momento de relaxamento, de alegria e reflexão. A saúde se dá não só com remédios, e eu acredito que a música cura”, explica a psicóloga Eloísa Barros, que faz parte do Comitê de Humanização do HRBA.

A música tem grande destaque na área da saúde, com uma relação entre música e paciente muito próxima, por conta do poder que ela tem em mexer com a emoção. “Música é algo que toca o nosso coração, então a nossa intenção foi de trazer alegria para os nossos pacientes. A música é curadora, se fecharmos nossos olhos, ela pode nos levar a lugares inimagináveis”, reflete a supervisora do serviço de Hemodiálise do HRBA, Sílvia Somera.

O músico Jaime Costa, integrante do quarteto Canto do Uirapuru, diz que é uma satisfação poder compartilhar um pouco de alegria com os pacientes do hospital. “Para nós é muito revigorante e especial. Viemos trazer o mundo fantástico da música, que toca o coração das pessoas. Sabemos que eles passam por momentos de dificuldade por conta desse tratamento, por isso viemos amenizar um pouco essa angústia”.

Joab Ferreira (Ascom HRBA)

Operação conjunta fecha garimpo próximo da Terra Indígena Zo'é, em Oriximiná (PA)

Por ordem judicial, MPF, Funai, Ibama, Polícia Federal, Ideflor-bio e Secretaria de Segurança detiveram 8 garimpeiros

Operação conjunta fecha garimpo próximo da Terra Indígena Zo'é, em Oriximiná (PA)
Mulheres e crianças Zo'é em imagem da época da homologação da
Terra Indígena, em 2009. Foto: Mario Vilela/Funai
A pedido do Ministério Público Federal (MPF),  a Justiça ordenou e hoje foi cumprida a determinação de fechar um garimpo nas proximidades da Terra Indígena Zo'é, em Oriximiná, no oeste do Pará. A operação prendeu 8 pessoas e aconteceu na chamada Zona Intangível das Florestas Estaduais Trombetas e Paru, uma área de amortecimento em volta da Terra Indígena criada pelo governo paraense em 2008, também a pedido do MPF, para evitar a contaminação dos índios por malária.

A Zona Intangível fica nas áreas protegidas do Trombetas e do Paru e não pode receber nenhum tipo de exploração econômica, com o objetivo de evitar a transmissão de malária aos Zo'é. Dois anos antes da criação dela, em 2006, a presença de madeireiros nas proximidades da terra indígena provocou a contaminação de 80% da população indígena, que hoje é de quase 300 pessoas. Agora, os garimpos ilegais são a maior ameaça.

Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBama), Polícia Federal (PF), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) e Secretaria de Segurança (Segup) do Pará participaram da operação que fechou o último garimpo conhecido dentro da Zona Intangível. O garimpo foi descoberto no primeiro semestre desse ano, em março, quando em outra operação semelhante, 3 garimpeiros foram presos. Um deles avisou da existência do segundo garimpo.

De acordo com a Funai, os garimpeiros presos em março e na operação de hoje já ameaçaram tanto índios quanto servidores da Fundação. Eles circulavam armados pela região e utilizavam barcos para chegar ao local da extração de ouro. O garimpo estava em um local de difícil acesso, encoberto pela copa das árvores, o que atrasou a localização da área. O MPF também pediu à Justiça o cancelamento de um pedido de lavra feito ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) dentro da Zona Intangível, em nome de Gonçalo Ferreira Lima Neto. A Justiça vai ouvir o garimpeiro antes de tomar uma decisão.

“O esforço coordenado de várias instituições para coibir esse tipo de atividade ilegal é a melhor maneira de evitar que os garimpeiros retornem, garantindo a integridade do território indígena e das florestas estaduais”, diz o procurador da República Camões Boaventura, que solicitou a operação conjunta.

A TI Zo´é foi homologada em 2009 com pouco mais de 668 mil hectares. Em verbete publicado na Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil, a antropóloga Dominique Gallois escreve:

“Os Zo´é habitam uma faixa de terra firme, cortada por pequenos igarapés afluentes de dois grandes rios, o Cuminapanema e o Erepecuru, no município de Oriximiná, norte do Pará. Trata-se de uma região montanhosa de grandes castanhais, que apresenta maximização dos recursos de subsistência. Além da mandioca, que corresponde a cerca de 90% da área plantada da roça, a castanha-do-pará é o produto mais consumido pelos índios, que utilizam também a casca e a entrecasca para confeccionar a maioria de seus artefatos. O território ocupado pelos índios é entrecortado por pequenos igarapés, onde realizam pescarias com timbó. A relativa escassez de recursos faunísticos nessa zona de ocupação resulta do longo tempo de permanência das aldeias e, portanto, do esgotamento da caça. A área habitada corresponde à uma zona de "refúgio", onde os Zo'é mantiveram-se isolados dos brancos, que conheciam através de contatos intermitentes há várias décadas, e de outros povos indígenas vizinhos, que consideram inimigos. Os Zo'é aceitaram a convivência pacífica com os brancos em 1987. Quatro anos depois, estima-se que tenham morrido 45 indivíduos por epidemias de malária e gripe. Em 1991 eles eram 133. Hoje vivem um processo de recuperação demográfica”

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

MPF recomenda ao cartório de Jacareacanga (PA) que faça registro de nomes indígenas

Índios Munduruku relataram casos em que o cartorário se recusa a assentar no registro as grafias tradicionais desse povo
MPF recomenda ao cartório de Jacareacanga (PA) que faça registro de nomes indígenas

O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendação ao Cartório de Registro Civil e Notas de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, para que cumpra as normas legais e administrativas, fazendo o registro civil de índios da etnia Munduruku conforme a língua e a grafia tradicionais desse povo. Os índios relataram ao MPF que vêm encontrando dificuldade em fazer os registros das crianças com os nomes tradicionais.

O MPF alerta o cartório que o Brasil é um país pluritétnico por previsão constitucional e os assentos de nascimento de indígenas devem ser lançados nos livros de registro de acordo com a escolha dos próprios índios. O registro com nomes tradicionais está previsto em resolução conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A resolução prevê ainda que a aldeia de origem do indígena e a de seus pais poderão constar como informação de naturalidade na certidão e a própria etnia pode ser registrada como sobrenome. Em casos de grupos indígenas que têm como costume mudar de nome ao longo da vida, a mudança também deve ser averbada à margem do registro, independente de autorização.

O MPF lembra que, se houver recusa do cartorário em fazer o registro conforme ordena a resolução, se trata de violação da Constituição brasileira, da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas. Em caso de dúvida sobre os registros, o cartorário pode comunicar qualquer situação ao MPF e à Fundação Nacional do Índio (Funai) para que adotem as providências necessárias.

O MPF também advertiu que, em nenhuma hipótese, o notário pode reter ou acautelar documentos pessoais de indígenas. O cartório de Jacareacanga tem dez dias para responder à recomendação.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Diminui o número de mortes no trânsito em Itaituba

Foto ilustrativa (Internet)
Esta é, de fato, uma boa notícia que não deve servir para que as autoridades e a comunidade em geral baixem a guarda. Pelo contrário, deve motivar a manutenção do esforço para que os números sejam cada vez menores.

Neste ano de 2016, morreram onze pessoas vítimas de acidentes de trânsito no município de Itaituba.

Um pedestre morreu vitimado por acidente de trânsito, sete mortes foram contabilizadas de vítimas que estavam em motocicletas, pilotos ou passageiros, três mortes por acidentes não especificados e uma morte de motociclista provocada por choque entre moto e automóvel.

Como se pode observar, das onze mortes, sete envolveram acidentes com motocicletas, o que equivale a quase 65% do total.

É bom lembrar que em 2015, em levantamento feito pelo Jornal do Comércio e por este blog, o número de mostres no trânsito foi de 42 pessoas, reportagem que motivou a realização de uma audiência pública solicitada pelo vereador Peninha, a qual foi muito produtiva.

Esses números relativos a 2016 foram obtidos pelo blog junto à Secretaria Municipal de Saúde e se referem aos acidentes ocorridos até o final do mês de julho. Da mesma foram, também os números de 2015 foram baseados em dados oficiais da SEMSA.

A COMTRI tem sido muito nas ruas, nos últimos meses, circulando pela cidade e mantendo alguns agentes de trânsito em pontos estratégicos da cidade, o que inibe muitos abusos.

É de bom alvitre que o órgão municipal de trânsito dê prosseguimento nesse trabalho preventivo. Afinal de contas, prevenir é sempre melhor que remediar. E mais barato.


Também o DETRAN tem estado nas ruas, em menor intensidade, mas, tem estado. Se der para apertar mais, melhor será para quem só quer ter o direito de andar, pilotar sua moto ou dirigir em paz pelas ruas de Itaituba.

Sanches Tripoloni: sem dinheiro não tem asfalto

Foto ilustrativa (Internet)
A construtora Sanches Tripoloni, responsável pela pavimentação asfáltica do trecho entre Campo Verde e a cidade de Rurópolis, ao que tudo indica, deve se limitar durante o verão, a manter em condições trafegáveis o referido trecho.

Caso apareça recursos do governo federal, o que não parece coisa fácil de acontecer, poderá ser feito o asfaltamento entre Campo Verde e, Divinópolis, o km 70.

Pelo jeito, vai ser mais um ano na base da poeira, no verão, e da lama, no inverno.

Diniz a caminho dos 30 anos em Itaituba

Semana passada o vereador Manoel Diniz falou sobre sua chegada a Itaituba, que aconteceu há 27 anos.

Ele disse na Câmara, que chegou às nove horas da manhã, tendo exibido uma foto que tirou em frente ao Hospital Municipal.

Chegou às nove horas, e às quatro da tarde já estava no centro cirúrgico do HMI operando um paciente.

Quando veio para cá chegou com a informação de que Itaituba era uma terra muito promissora, o que pôde constatar com o passar dos anos.

Muita coisa mudou de lá para cá, lembrou Diniz, muita coisa melhorou, mas, tem muita coisa que precisa melhorar ainda.

Além de ser um médico muito bem credenciado e de ser vereador, ele já foi secretário de saúde por mais de uma vez.

Capitania dos Portos abriu inquérito para descobrir causa do naufrágio no qual morreram três pessoas

Emerson Joab, um dos que morre-
ram no naufrágio
Foto: blog Tribuna Tapajônica
A Delegacia da Capitania dos Portos, de Santarém, que tem marcado presença constante em Itaituba e adjacências, abriu inquérito para apurar as causas do acidente que resultou na morte de três pessoas, no começo desta semana, no Rio Tapajós.

O acidente aconteceu entre a comunidade do garimpo do Penedo e a boca do igarapé do Bom Jardim.

O prazo estabelecido para encerramento do inquérito é de 90 dias, mas é possível que o resultado saia antes.

O acidente – Tratava-se de uma canoa de madeira, tamanho médio, com motor rabeta, a qual levava quatro pessoas.


Quando a canoa afundou, segundo informações, somente o piloto conseguiu segurar-se em um carote de combustível, que flutuou e possibilitou que ele se salvasse, vindo os outros três ocupantes a morrer afogados.