quinta-feira, dezembro 31, 2015

2016...noves fora...

*Manuel Dutra

Embora sem ser adepto da análise do significado oculto dos números e da forma como eles influenciariam a vida, o comportamento e o destino das pessoas, o que seria uma espécie de feitiçaria, tirando-se os noves de 2016 temos justamente zero. Para mim o zero não significa necessariamente nada, mas um começo, um recomeço, um ponto de partida.

Pensando não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, é disso que a presente geração precisa: exorcizar o passado e recomeçar, seja na vida política, na economia, nas questões graves do meio ambiente ameaçado e sobretudo recomeçar um novo modo de convivência. Se algo neste momento precisa ser recomeçado é o modo de conviver pessoa com pessoa, povo com povo, diferença com diferença, sob pena de aprofundarmos ainda mais a já profunda crise que atravessa o planeta nos seus aspectos físicos e humanos.

Guerras ainda localizadas mas que apontam para o perigo de uma guerra geral, multidões de fugitivos da violência de seus países, seja a violência da guerra, seja da fome e das perseguições religiosas. Desastres ambientais por todo os pontos do planeta, todos ou quase todos produto da irresponsabilidade humana.

No Brasil, como nos encontramos nesse mesmo mundo, as coisas não são diferentes: o desentendimento crescente é a marca maior, com o país vivendo uma guerra simbólica, isto é, um confronto de palavras cujos sentidos variam de acordo com as conveniências de cada grupo que tenta assenhorear-se da verdade.

Nunca o nosso país tinha visto tanta intolerância, manifestada de diversas formas. Assim entramos neste 2016 cheios de dúvidas e medos. Bem que o zero dos noves fora do novo ano tenha, efetivamente, o sentido de um grande e promissor recomeço. Que este ano que inicia amanhã seja a baliza de uma nova era em nosso país, no qual as diferenças e as desigualdades refluam a um ponto no qual seja possível a convivência humana. Construir a paz interna é construir o grande país que somos. É preciso dar a largada: noves fora! 

*Manuel Dutra é jornalista e professor

O futuro da educação no Brasil

*Doutor Janguiê Diniz

Chegamos ao final de 2015 rodeados e preocupados com uma forte crise econômica vivida pelo país. Um cenário de incertezas ronda a cabeça de todos os brasileiros e dezenas de perguntas permanecem sem respostas. Entre as dúvidas está o desenvolvimento da educação nacional.

No Brasil, todos os governos colocam que a educação é uma meta prioritária. Ela foi e ainda é utilizada na plataforma eleitoral de todos os partidos. No entanto, a maior parte das promessas feitas durante a corrida eleitoral não são cumpridas pelos que assumem o poder.

O desleixo com a educação no Brasil não é tema de debate recente. Em 1932, foi lançado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, um documento que continha um diagnóstico conciso e propunha ações necessárias para uma mudança drástica no setor de educação. Em 1959, uma nova versão do mesmo Manifesto foi feita.

O primeiro Plano Nacional de Educação (PNE) foi pensado em 1962. Apenas 26 anos depois, em 1988, ele foi aprovado pelo Congresso e só em 2001 foi implantado. O PNE continha um conjunto de metas e estratégias para um período de 10 anos. O segundo PNE foi aprovado recentemente pelo Congresso.

O que todos esses projetos têm em comum? A resposta é simples: eles não têm sido executados em  sua totalidade. O futuro da educação nacional é incerto, mas é possível traçar possíveis caminhos na busca pela excelência e democratização do modelo educacional brasileiro. Para não perdermos em competitividade é preciso formar mão de obra qualificada e para atender as demandas da crescente classe média, que busca oportunidades de um futuro melhor, é preciso garantir a todos o acesso ao conhecimento.

De acordo com a pesquisa realizada em 2013 pela consultoria McKinsey & Company, 48% dos empregadores brasileiros consideram a escassez de competências como a principal razão para vagas no nível iniciante não preenchidas. Para melhorar a educação é preciso pensarmos de forma ampla e também podemos nos avaliar fórmulas que dão certo em outros países.

No Brasil, o ensino público é sinônimo de gratuidade e, não tanto quanto antes, mas essas instituições são reconhecidas, também, pela sua qualidade de ensino e pelo foco na formação acadêmica. Nos Estados Unidos, entretanto, até as universidades públicas são pagas. Lá, há uma diversidade de instituições voltadas à capacitação profissional de jovens que optam por seguir um caminho menos tradicional e acadêmico e mais voltado para o mercado de trabalho, ascommunity colleges.

Na Europa, em 1999, 29 países aderiram à Declaração de Bolonha, visando estabelecer um padrão para o Ensino Superior na Europa. Na prática, a Declaração estabeleceu que por lá, o ensino superior estaria dividido em três ciclos: o primeiro com duração mínima de três anos irá garantir o grau de licença ou graduado; o segundo corresponde ao grau de mestre e deve durar entre um ano e meio e dois anos; e o terceiro ciclo, que equivale ao grau de doutor. Esse sistema é válido para todos os Estados que aderiram  à Declaração, promovendo um ciclo comum entre as instituições e proporcionando a mobilidade dos estudantes e pesquisadores.

Claro que elevar o padrão de qualidade da nossa educação não é só um requisito para a modernização do país e a melhoria das condições de vida dos brasileiros. É um requisito também para a inclusão demandada por uma sociedade desigual. O ensino de qualidade, especialmente no nível fundamental, que é o nível que mais afeta a cidadania, deve ser visto como um compromisso e todos.

Os conteúdos desnecessários em todos os níveis de ensino devem ser substituídos por exercícios que estimulem o pensar, a argumentação, a criatividade, e a prática aplicada na resolução dos problemas. Não há outro caminho para o Brasil melhorar, para as ruas serem atendidas, para diminuir o grau de corrupção, para que se elejam políticos e governantes dignos, probos, para melhorar a qualidade do serviço público, da pesquisa, da tecnologia, de tudo no País, se não investir na educação de forma intensiva.

*Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, mantenedor da FIT/UNAMA.

Corpo do músico Daniel foi encontrado

Após 45 horas desaparecido nas águas do Rio Tapajós e de buscas incansáveis, foi encontrado na tarde desta quarta, 30/12, o corpo do músico Daniel da viola, de 35 anos. 


Quando tentava pegar uma voadeira à deriva no Rio Tapajós, Daniel não conseguiu retornar a praia  e desapareceu nas águas.


Ele participava de uma pescaria com amigos.

 

Além de homens o Corpo de Bombeiros, amigos do musico e ribeirinhos participaram das buscas.


Foto: Tapajós em Foco
Um barqueiro viu o corpo boiando próximo as ilhas Pederneiras em frente à Comunidade de Santarenzinho e o bombeiros, depois de serem avisados, fizeram o resgate.

O corpo de Daniel seguiu direto para o IML.

Daniel da Viola, além de muito bom na arte de tocar guitarra, era muito benquisto por toda a classe de músicos de Itaituba, deixando uma grande lacuna.

Editoria do blog do Jota Parente, com informações de Nazareno Santos (Tribuna Tapajônica)

quarta-feira, dezembro 30, 2015

Câmara de Jacareacanga tem dinheiro sobrando

Enquanto a câmara o município mãe, Itaituba, tem se virado nos trinta para fechar as contas do ano que termina, a de Jacareacanga tem dinheiro de sobra.

Lá no município vizinho, a Câmara Municipal decidiu comprar uma van para quarenta e cinco lugares e mais ums Hillux para evitar que tivesse que devolver quase R$ 400 mil para os cofres da prefeitura.

A evolução no repasse nos últimos anos tem sido significativa, face ao aumento da arrecadação municipal, sobretudo em função do dinheiro que tem entrado por causa da obra da hidrelétrica de Teles Pires, já concluída.

Em 2012 o duodécimo era de R$ 82 mil, quase dobrando em 2013 chegando a R$ 154 mil, passando para R$ 204 em 2014 e R$ 254 mil em 2015.

Nessas condições, é uma beleza ser presidente da Casa de Leis.

Conta de luz deve subir 15% em 2016

A conta de luz será por mais um ano a maior vilã do bolso do brasileiro. Especialistas em energia elétrica alertam que a fatura pode ficar até 15% mais cara em 2016.
A consultoria Thymos Energia é uma que estima em um aumento de até 15%, como explicou à Reportagem seu presidente, João Carlos Mello.
“Muito do valor represado dos últimos anos no setor energético foi repassado ao consumidor em 2015. Esse passivo, um pouco acima da inflação, deve continuar a alterar a conta até 2019”.
Ele acredita que as duas empresas que atuam nas nove cidades da Baixada Santista, CPFL Piratininga e Elektro, devem seguir essa percentagem de reajustes.
O Banco Central também projetou reajustes da conta de luz. Ao contrário das empresas que atuam no setor, porém, o BC disse acreditar que o aumento deve ser de apenas 4,6%, em média. O aumento nas contas em 2015 foi de mais de 50%.
Sem arriscar números, o Ministério de Minas e Energia também aposta em um aumento menor na conta de luz. Segundo o ministro Eduardo Braga, depois das recentes chuvas de dezembro, existe a expectativa de que as termelétricas não sejam tão necessárias ao longo do ano que vem.
“Teremos declínio tanto no custo de geração de energia quanto na tarifa de energia elétrica. Não será uma redução abrupta, mas sim planejada e constante”.

Nota de rodapé da Folha sobre Aécio já diz tudo

Fonte: 247



247 – Nesta quarta-feira, às vésperas do fim do ano, a Folha de S. Paulo trouxe um furo de reportagem do jornalista Rubens Valente. Segundo um dos delatores da Operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do principal partido de oposição e candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, recebeu uma propina de R$ 300 mil da empreiteira UTC.
Em condições naturais de temperatura e pressão, a notícia teria sido estampada na manchete principal do maior jornal do Brasil. No entanto, mereceu apenas uma nota de rodapé na primeira página da publicação, confirmando a tese do colunista André Singer de que a mídia faz de tudo para abafar a corrupção tucana.
"Enquanto o PT aparece, diuturnamente, como o mais corrupto da história nacional, o PSDB, quando apanhado, merece manchetes, chamadas e registros relativamente discretos. O primeiro transita na área do megaescândalo, ao passo que o segundo ocupa a dimensão da notícia comum", disse Singer. "A salvaguarda do PSDB pelos meios de comunicação reforça a tese de que o objetivo é destruir a real opção popular e não regenerar a República." 
O caso de Aécio mereceria ainda mais destaque, quando se leva em conta o fato de que, há um ano, o senador tucano, em aliança com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vem liderando uma cruzada moralista para derrubar a presidente Dilma Rousseff, num terceiro turno sem fim que tem causado sérios danos à economia. No entanto, como disse Singer, a denúncia contra o tucano "ocupa a dimensão da notícia comum".
Vale-tudo contra Lula
A Folha, naturalmente, poderá argumentar que, no caso de Aécio, a denúncia de um delator carece de comprovação. Mas não foi esse o comportamento do jornal quando se tratava do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 16 de outubro deste ano, a Folha cravou em sua manchete a seguinte notícia: "Delator diz ter repassado R$ 2 mi para nora de Lula". Era mentira. A Folha havia apenas embarcado numa "barriga" (jargão jornalístico para as notícias falsas) do colunista Lauro Jardim, do Globo, o que mereceu reparos da ombudsman da publicação.
Mais recentemente, a Folha deu outras demonstrações de sua perseguição a Lula. Ao noticiar uma denúncia contra o senador Delcídio Amaral, a Folha estampou na manchete a foto do ex-presidente. Quando o pecuarista José Carlos Bumlai foi denunciado, ele também perdeu o direito ao nome e foi retratado como "amigo de Lula".
Nas pesquisas recentes do Datafolha, Aécio e Lula têm sido pesquisados como os dois principais nomes da disputa presidencial de 2018 e não faz sentido que os critérios de avaliação dos dois sejam distintos. Se a Folha avança o sinal em relação a Lula, deveria, por coerência, adotar o mesmo padrão com Aécio. Se é cautelosa com o tucano, deveria agir de modo semelhante em relação ao ex-presidente.

Buscas pelo corpo de Daniel reiniciam hoje

Até o encerramento dos trabalhos de ontem, de buscas pelo Corpo de Bombeiros, do corpo do músico Daniel da Viola, não houve êxito.

Hoje pela manhã os trabalhos ficaram de ser reiniciados, até que se encontre.

Daniel era um música muito respeito por seu talento, e querido por seus colegas de profissão.

Ele desapareceu nas águas do Rio Tapajós, antes de ontem, quando iniciava uma pescaria com amigos, na frente da praia de Aramanay, que fica em frente a cidade de Itaituba.