quinta-feira, dezembro 03, 2015

Mais um dia em que a fumaça encobriu a paisagem

Itaituba e outros municípios desta parte do estado do Pará tem sofrido com a fumaça oriunda de queimadas, a maior delas, um incêndio que fugiu ao controle na Floresta Nacional do Tapajós.

Não há como não notar com lamento e tristeza, que a bela paisagem que a natureza nos proporciona em condições normais, neste momento, esconde-se por trás desse grande fumaceiro.

Hoje pela manhã, nem a Azul nem a MAP operaram em Itaituba, porque o teto estava em 1.300 metros, enquanto o mínimo necessários para pousos seguros é de 1.500 metros.

À tardinha a MAP pousou.

As lentes do blog e do Jornal do Comércio registraram o entardecer em Itaituba, imagens que deixam bem claro, ou talvez seja mais correto dizer, mostram bem o esfumaçado por do sol nesta cidade. 

Fotos: Jota Parente


Didiu Importados inaugura novas instalações na segunda


MPF vai à Justiça para acelerar o tombamento de Fordlândia

 20 anos o Iphan iniciou o processo e permanece inconcluso. Desprotegida e sem cuidados do município de Aveiro, a cidade criada por Henry Ford na Amazônia se deteriora rapidamente

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial para tentar acelerar medidas de proteção para Fordlândia, a cidade construída por Henry Ford na Amazônia na década de 20 do século passado. A ação têm como réus o Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan) e o município de Aveiro, no oeste do Pará, onde está localizado o distrito. Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente.

O MPF já tentou várias vezes, através de recomendações e ofícios, persuadir a prefeitura de Aveiro da necessidade de proteger o patrimônio de Fordlândia. Da mesma forma, fez tentativas extrajudiciais de acelerar o processo de tombamento junto ao Iphan, sem sucesso. O procedimento para tombar o distrito foi iniciado em 1990, mas não avançou. Nesse meio tempo, segundo relatório do próprio Iphan, vários imóveis importantes sofreram danos.

O Antigo Hospital teve as telhas removidas e o interior exposto ao tempo sofreu severa depreciação, a Vila Americana, onde moravam os empregados de Henry Ford, foi ocupada por moradores locais que efetuaram reformas sem acompanhamento técnico e o Armazém do Porto teve vários equipamentos retirados pela própria prefeitura. A prefeitura de Aveiro também é acusada de ter construído uma praça sem respeitar regras mínimas de preservação do patrimônio.

“Resta claro que o Iphan está a se escusar dos deveres que lhe são impostos pela lei, no sentido de promover a preservação da memória histórica do local. A conduta adotada pelo instituto é de tão somente indicar medidas de orientação à prefeitura de Aveiro, que até agora não surtiram efeito, de modo que o patrimônio histórico permanece sujeito a deterioração”, diz a ação do MPF.

O MPF quer que a Justiça obrigue o Iphan a dar prioridade para o processo de tombamento de Fordlândia e o município de Aveiro a tomar medidas imediatas de proteção do conjunto arquitetônico.

Cidade empresa
Fordlândia foi a primeira cidade empresa edificada na Amazônia, criada para garantir a lógica produtiva dos grandes projetos. O fundador da cidade é o mesmo da Ford Motors e criador da linha de montagem industrial. Construída nos anos 20, Fordlândia deveria suprir a demanda de borracha do mercado americano numa época em que os ingleses haviam dominado os centros produtores da Ásia.

Depois de comprar a área de um milhão de hectares, em dezembro de 1928 os navios Laje Ormoc e Lake Farge depositaram no local todos os componentes necessários para estrutura a nova cidade Em pouco tempo, transformou-se na terceira cidade mais importante da Amazônia com hospital, escolas, água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficinas mecânicas, depósitos, restaurantes, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas.

Os seringais de Ford sofreram muitos problemas com pragas e acabaram desativados. Fordlândia então foi comprada pelo governo brasileiro, em 1945, pelo valor de cinco milhões de cruzeiros.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

MPF denuncia pela segunda vez madeireiro preso na operação Castanheira

Solto por habeas corpus do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Luiz Lozano foi flagrado desmatando ilegalmente em área embargada pelo Ibama.


O Ministério Público Federal iniciou nova ação penal contra Luiz Lozano Gomes da Silva, madeireiro preso durante a Operação Castanheira, em agosto de 2014. Ele já é réu em um processo por participação na quadrilha desbaratada na Operação. Foi solto através de um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, já em 2015, foi autuado por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) novamente por desmatamento ilegal.
Os fiscais, sobrevoando uma área embargada no entorno da Floresta Nacional do Jamanxim, em Novo Progresso (PA), notaram a perda de cobertura vegetal e focos de incêndio. Ao checar o local, verificaram se tratar de área de propriedade de Lozano, já anteriormente embargada. Além de Lozano, foi denunciado à Justiça Federal em Itaituba Diego Malheiros, apresentado como o novo proprietário da área, mas acusado pelo MPF e pelo Ibama de ser laranja do madeireiro.

Os dois são acusados de três crimes ambientais (causar dano direto ou indireto à unidade de conservação, impedir a regeneração natural de florestas e dificultar a fiscalização do poder público em questões ambientais) e de fraude em documento público. Depois da fiscalização, Lozano tentou burlar os fiscais do Ibama prestando informações falsas que atribuíam a propriedade a Malheiros.

Durante a Operação Castanheira, que desmontou uma das maiores quadrilhas de desmatadores já conhecidas pelo poder público na Amazônia, Lozano foi preso e depois denunciado por crimes ambientais. Beneficiado com um habeas corpus, obteve liberdade provisória e continuou desmatando ilegalmente. Para o MPF, ele deve ser preso novamente, porque “resta provado que se continuar solto, continuará na reiteração de crimes pelos quais foi e está sendo novamente denunciado”.

Dalla Riva - O MPF pediu, em outro processo, que seja novamente preso Edivaldo Dalla Riva, também réu da Operação Castanheira, já condenado a pagar R$ 2,6 milhões por danos ambientais. Ele está solto, da mesma forma que Luiz Lozano, beneficiado por um habeas corpus do TRF1. No caso de Dalla Riva, o MPF vê irregularidades na liberdade provisória, já que ele pediu à Justiça Federal de Itaituba que recebesse o benefício por extensão de uma liberação que não foi incialmente concedida a ele, mas sim a outros réus do caso.

Para o MPF, a defesa de Dalla Riva lançou mão de “expediente processual equivocado, na medida em que não cabe ao juízo de primeiro grau dar efeito extensivo à decisão proferida por órgão funcionalmente superior”. Dalla Riva, chamado de Paraguaio, é considerado um colaborador de especial destaque dos esquemas criminosos descobertos pela Operação Castanheira. Era ele quem georreferenciava as áreas que a quadrilha pretendia grilar, contratava os trabalhadores braçais para desmatar tudo e ainda era responsável por vender a madeira retirada ilegalmente.

“É necessário relembrar que o requerente empreendeu fuga no instante em que seria cumprido o mandado de prisão expedido, permanecendo foragido até 20/02/2015, de modo a pôr em risco a ordem pública, a aplicação da lei penal e a instrução criminal”, reforça o MPF no pedido para que o Paraguaio seja preso novamente.

Edivaldo Dalla Riva: Processo nº 2028-61.2015.4.01.3908
Luiz Lozano: Processo ainda sem numeração

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Como está Itaituba, hoje, sob a camada de fumaça






Comitê de Ética da Fifa investiga Del Nero, que pode ter de deixar a CBF

Marco Polo Del Nero convocação seleção brasileira (Foto: Reuters/Sergio Moraes)
G1 - A Câmara de Investigação do Comitê de Ética da Fifa confirmou nesta quinta-feira que abriu investigação sobre o possível envolvimento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em diversas infrações ao Código de Ética da entidade. O porta-voz da Câmara de Investigação anunciou que o procedimento formal foi aberto no dia 23 de novembro. 

Caso sejam comprovadas infrações, Del Nero pode ter de deixar a presidência da CBF. O mesmo aconteceu com o ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-presidente da Uefa, Michel Platini - os três estão banidos provisoriamente de qualquer atividade relacionada ao futebol, por conta de uma suspensão de 90 dias, que pode ser estendida por mais 45 dias.
-  Abrimos procedimento formal na Câmara de Investigação do Comitê de Ética no dia 23 de novembro contra o senhor Del Nero. Posso confirmar isso agora. O motivo é suspeita de diversas  infrações às regras de ética da Fifa. É uma suspeita - disse Andreas Bantel, porta-voz do Comitê de Ética da Fifa.

Del Nero está entre os co-conspiradores investigados pelas autoridades americanas, sob suspeita de também ter recebido propinas. Desde que deixou Zurique às pressas na véspera da eleição presidencial em 29 em maio, Del Nero não retornou à Suíça e perdeu quatro reuniões do Comitê Executivo da Fifa. Ele também deixou de viajar para acompanhar a seleção brasileira. Na semana passada, em reunião do Comitê Executivo da Conmebol, foi confirmada a saída do brasileiro do comitê da Fifa. Ele foi substituído pelo vice-presidente da CBF Fernando Sarney, que neste momento está reunido com o grupo na sede da entidade.

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Davi Menezes fala sobre ausência da ATAP na audiência pública, empreendimentos, eleição na CDL

*Entrevista do presidente da CDL ao Jornal do Comércio, edição 207, que está circulando desde o final da semana passada            

Um misto de falta de respeito, desdém e prepotência ficou evidenciado na ausência da ATAP à audiência pública programada pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado, da qual o deputado Eraldo Pimenta (PMDB) é presidente. Se alguém não deveria faltar era a ATAP, porque a agenda central do encontro era reunir essa associação com a comunidade itaitubense, de modo especial do distrito de Miritituba, com a presença da prefeita Eliene Nunes, da ALEPA e do Ministério Público, para discutir exatamente o não cumprimento das poucas condicionantes firmadas em convênio com o município.
            A ATAP faltou e a audiência pública chegou a estar ameaçada de não acontecer por intervenção do Ministério Público, mas no final terminou se realizando, embora todos soubessem em Miritituba, local do evento, que o principal alvo não estava presente. Mais de trinta pessoas se pronunciaram, mas, ficou a sensação de um vazio provocado por esse fato lamentável. A CDL e o Fórum de Entidades estiveram lá, representados pelo presidente Davi Menezes, que falou ao JC sobre o assunto.
JC – Presidente Davi Menezes, a ATAP mostrou que não está nem aí para os problemas de Itaituba ao não comparecer a essa audiência pública?
Davi – Sem dúvida. A audiência publicou terminou sendo realizada com a presença de muitas pessoas de Miritituba, de Campo Verde e de Itaituba, mas, sem a presença da ATAP, que provavelmente não compareceu porque teria muitas explicações para dar a respeito do pouco que fez até agora, em relação aos compromissos assumidos com o município através de um convênio que tem muito menos exigências do que Itaituba deveria ter feito, diante do porte desses investimentos. Veja bem, que nem a água de Miritituba essas empresas que fazem parte da ATAP cumpriram. Isso é o mínimo que já deveria ter feito, mas não fizeram. Já se passaram mais de seis meses que essa associação reuniu com a gente, ocasião em que mostrou a Licença de Operação para resolver o problema da água nesse distrito, mas, até agora, na foi resolvido, e isso está revoltando a população de Miritituba.
JC – Miritituba já tinha bastantes problemas antes da implantação dos portos, que eram aguardados como grande esperança de melhoria na qualidade de vida da população desse distrito. Mas, não foi isso que aconteceu...
Davi - Você observou muito bem. O distrito de Miritituba já tinha muitas deficiências no atendimento dos serviços públicos, porque o distrito cresceu bastante, mesmo antes da chegada desses portos. Com a implantação desses grandes empreendimentos, aumentou significativamente a população, cresceu a prostituição infanto-juvenil de forma preocupante, a circulação da droga aumentou enormemente, aumentaram as demandas por um melhor atendimento na área da saúde e a segurança pública precisaria ter sido olhada. Tudo isso por causa da chegada diária desse grande número de carretas, o que ainda vai aumentar e muito.
            Por causa disso, ao ouvir essas demandas, por iniciativa do deputado estadual Eraldo Pimenta, a ALEPA decidiu promover essa audiência pública e o que nos surpreendeu foi o não comparecimento da ATAP, que não apareceu e não mandou qualquer tipo de justificativa. Chamou atenção o fato de a ATAP costumar marcar presença em muitas outras reuniões para discutir questões relativas á comunidade, mas, quando foi para discutir exatamente problemas relativos ao não cumprimento de suas obrigações, ela não compareceu.
JC – Os portos são um fato irreversível. Há entre eles quem defenda que não tem porque gastar dinheiro realizando trabalhos que seriam obrigação do poder público. Acontece que não estão fazendo favor algum, mas, mitigando minimamente os impactos ambientais e sociais que causam com sua atividade. Ou não é assim?
Davi - Certamente que é sim! Os portos são bem vindos, mas, como eu escrevi em um artigo que foi publicado no blog do Jota Parente e em outros blogs, no qual eu destaco que o importante é que essa atividade seja do tipo Ganha-Ganha, onde ganhem as empresas que fazem esse transporte de grãos, onde ganhem as empresas donas dos portos, mas, onde também ganhe Itaituba. Do contrário, que sentido tem para o município a presença desse pessoal?
JC – O Jornal do Comércio vem tratando disso, da questão de Itaituba ficar apenas com o ônus desses portos, há pelo menos quatro anos, conversando inclusive com o senhor. Hoje, estamos vendo o tão esperado progresso chegar nas carretas e ir embora nas barcaças, deixando apenas os impactos. Não é isso que está acontecendo?
Davi - É exatamente da maneira como você descreveu. É isso que está acontecendo. As carretas chegam, desembarcam nas chamadas estações de transbordo, das quais os grãos vão para as barcaças, e ficam as mazelas. E isso está acontecendo não apenas para Itaituba. Novo Progresso, embora tenha lucros com alguns negócios que estão sendo montados lá, também está tendo problemas. Trairão, que nada tem a ver com isso, está sofrendo impactos. E isso só está atendendo a um dos lados, o lado dos empresários donos de empresas de transporte e os proprietários dos portos. Como diz o velho ditado, o negócio só pode ser considerado bom, quando é bom para os dois lados. Aqui, no caso, de um lado está o agronegócio de Mato Grosso, no qual se inclui o setor de transporte responsável pela vinda dos grãos, e do outro lado, nós, Itaituba e os demais municípios impactados.  Por enquanto eles tem o bônus e nós o ônus.
JC – O senhor, hoje, preside duas entidades importantes, que são a CDL e o Fórum de Entidades. Ambas devem estar sempre antenadas com os problemas do município. Daqui a pouco chegará o momento de discutir, pra valer, a questão da hidrelétrica de São Luiz. No momento, o município não tem um Plano Diretor, que está empacado desde março. O que se fala, extraoficialmente, é que a empresa fez uma cópia do Plano Diretor de outro município e entregou para a prefeitura. Quando questionada, a empresa respondeu que é assim mesmo, e ponto final, o que teria obrigado a prefeitura a refazer o PD por meio de seus técnicos. O senhor tem alguma informação sobre esse assunto?
Davi - O Plano Diretor tem que ser o ponto inicial para podermos discutir os projetos de infraestrutura necessários para o nosso município. O que sabemos é que o Plano Diretor não está pronto. E de novo voltamos à ATAP, que assumiu compromisso com o Poder Executivo Municipal para bancar esse plano. A informação que temos é que ela contratou uma empresa, que entregou o trabalho, salvo engano, em março deste ano, e até agora não sabemos por que não foi apresentado para a comunidade. Sem Plano Diretor as coisas não terão como acontecer a contento. Por exemplo: nós precisamos definir a questão do distrito industrial de Itaituba. Onde vai ser, em Miritituba, no km 28? Para isso, precisa-se do Plano Diretor. As empresas deixam de se instalar no município porque falta definir a regularização de áreas. A administração municipal precisa explicar o motivo desse Plano Diretor não ter sido enviado para a Câmara, para que o Legislativo vote e a prefeita sancione e o torne um documento oficial, com número de lei e tudo, para que tenha validade. Até que isso aconteça, ele não tem nenhuma serventia.
JC – Seu segundo mandato à frente da CDL está terminando. Quando vai haver eleição, e o senhor vai tentar mais uma reeleição?
Davi - Meu segundo mandato termina no dia 31 de dezembro deste ano. Nós vamos baixar o edital de convocação para nova eleição. Quanto a concorrer, ou não, ainda estamos decidindo. Já há uma chapa que foi enviada por alguns empresários que pretendem concorrer, e ela é muito bem vinda. Uma coisa que eu posso garantir é que a atual diretoria, ou a situação, vai apresentar uma chapa, que poderá ser encabeçada por mim, ou por outro empresário que estiver disposto a disputar.
JC – E no que diz respeito ao Fórum de Entidades, os trabalhos continuam?
Davi - Está andando, mas, deveríamos estar fazendo mais. Precisamos estar mais juntos, mais unidos, porque o Fórum de Entidades é uma entidade importante, que tem tudo para contribuir bem mais para a solução de problemas do nosso município.
JC – O envolvimento de alguns presidentes de entidades ligadas ao Fórum, em política partidária, de maneira explícita, já alinhados com pré-candidatos a prefeito para 2016 não atrapalha o bom funcionamento do Fórum?
Davi - Eu acho que sim. Cada um tem o direito de se envolver na política, apoiando esse ou aquele provável candidato, ou até sendo candidato. Mas, misturar as duas coisas termina provocando alguns arranhões. Os presidentes de entidades deveriam analisar bem essa questão, para não comprometerem a imparcialidade da sua entidade dentro do Fórum. A gente deve pensar em primeiro lugar no bem comum, que é o bem de Itaituba.

*A respeito do Plano Diretor, quando esta edição foi finalizada, o documento não havia ainda sido entregue na Câmara Municipal, o que só aconteceu sexta-feira passada