quarta-feira, dezembro 02, 2015

Por causa da fumaça, a Azul não veio

De acordo com informações do colega blogueiro Anderson Pantoja, que trabalha no aeroporto de Itaituba, a MAP operou normalmente no dia de hoje, fazendo seus pousos e decolagens sem alterações.

Já a Azul não veio, porque só pousa com um teto mínimo de 1.500 pés, conforme disse Anderson.

Hoje está sendo um dos piores dias, desde que começou esse fumaceiro todo, porque houve outros dias em que a fumaça esteve tão densa quanto hoje, com a diferença de que acontecia por algumas horas, melhorando consideravelmente mais tarde.

O dia começou com a visibilidade muito prejudicada, nesta quarta-feira, por causa da fumaça que encobriu a cidade de Itaituba, prolongando-se por todo o período diurno e entrando pela noite.

Às seis horas da tarde estava como se fosse noite, tendo o sol desaparecido por trás de uma densa camada de fumaça, escurecendo muitos mais cedo que de costume, pois só cai a noite pra valer por volta de sete horas da noite.

O astro rei tem apresentado, e hoje isso se acentuou ainda mais, uma coloração diferente da normal. Um vermelho muito forte tem chamado atenção, como se houvesse um filtro com o objetivo de mudar a cor original, entre o Sol e a Terra.

Nem mesmo vento que circulou durante boa parte do dia fez melhorar a situação.

O incêndio da Flona Tapajós é a principal causa dessa fumaça.

Algumas pessoas com quem tenho conversado, disseram que tem enfrentado alguns problemas respiratórios por conta disso.

Eliene assume o PSD mulher, no Pará

Depois de participar de um encontro em Brasília que reuniu presidentes e vices dos diretórios do PSD de todo o Brasil, a prefeita Eliene Nunes ficou ainda mais fortalecida dentro do partido do ministro Gilberto Kassab. 

Eliene Nunes assumiu o comando estadual do PSD mulher, isso parece ser um sinal claro de que será em vão, qualquer tentativa de manobra dos seus adversários para tirar o partido de suas mãos.

Jornalista Weliton Lima, para o blog

Prefeitura: demissões à vista, e logo!

Se no plano político partidário a prefeita anda tranquila, o mesmo não se pode dizer quando o assunto é a  administração municipal, para reduzir gastos Eliene Nunes vai ter que demitir todos os servidores temporários e avisou que decretará recesso em algumas repartições do governo a partir de 15 de dezembro. 

As medidas são para evitar o que a prefeita mais teme nesse momento que é atrasar o salário de servidor. 

Jornalista Weliton Lima, para o blog

PGR é contra pedido do governo do Pará para liberar mina de níquel da Vale

STJ e TRF1 mandaram paralisar Mineração Onça Puma, no sudeste do estado, por descumprir licença ambiental; governo paraense entrou no STF a favor do empreendimento.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, manifestou-se no Supremo Tribunal Federal (STF) contra um pedido do Governo do Pará para liberar o funcionamento da Mineração Onça Puma, empreendimento de extração de níquel da Vale S.A em Ourilândia do Norte, no sudeste paraense. Já existem duas decisões judiciais, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ordenam a paralisação do projeto porque a empresa não cumpriu as obrigações previstas na licença ambiental.

“Numa justa e adequada ponderação de valores, o bem vida sobrepõe-se aos eventuais prejuízos econômicos decorrentes da paralisação do empreendimento, devendo ser prestigiada, em situações tais, a medida que implicar a mitigação dos riscos de perecimento do bem maior em disputa, representado, no caso, pela subsistência física e cultural das comunidades indígenas Xikrin do Cateté e Kayapó”, diz o parecer de Janot, enviado ao Supremo no dia 27 de novembro.

O governo do Pará argumenta, no pedido de liberação das atividades da Onça Puma, que o empreendimento gera emprego e impostos e sua paralisação provocaria prejuízos econômicos à região. De acordo com o governo paraense, a mina gera 850 empregos diretos e recolheu em 2014 um pouco mais de R$ 5 milhões em tributos aos cofres estaduais e municipais.

Nas considerações enviadas à Corte Suprema, o PGR lembra que a licença de instalação da Mineração Onça Puma foi emitida em 2004 e até hoje, passados mais de 10 anos, a Vale continua descumprindo a condicionante que obrigava ações de compensação e mitigação em favor das comunidades indígenas afetadas. Para Janot, não se pode agora, reconhecendo o descumprimento da licença, justificar a manutenção das atividades como se a obrigação fosse nova.

Contaminação - São sete aldeias dos índios Xikrin e Kayapó afetadas pela Mineração Onça Puma. Os impactos previstos na licença de 2004 se tornaram contaminação grave em 2015. O parecer da PGR cita o laudo técnico do Instituto de Geologia e Engenharias da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) que comprova que as águas do rio Cateté (do qual dependem todas as aldeias) “foram gravemente contaminadas pelo desencapsulamento de metais pesados bioacumuláveis, como ferro, cobre, níquel e cromo, com sérios riscos para a saúde humana”.

Diz o parecer: “Note-se que a contaminação do curso de água é fato incontroverso, porquanto reconhecido pela própria Vale S/A, a qual, no entanto, atribui a causas naturais a presença de elevada concentração de metais pesados no rio, conclusão distinta daquela perfilhada pelo pesquisador da Unifesspa, que apontou a existência de fonte poluidora potencializada”.

Além do laudo da Unifesspa, há um relatório assinado pelo médico João Paulo Botelho Vieira Filho, da Escola Paulista de Medicina, “que indica a recente e inédita ocorrência de inúmeras enfermidades relacionadas à contaminação por metais pesados entre os índios da comunidade Xikrin, como angioedemas deformantes, lesões dermatológicas e cefaleias, antes nunca registradas na comunidade.”

Em 2014, houve um aumento anormal dos casos de malformação fetal entre as mulheres do povo Xikrin do Cateté, confirmada a ocorrência de seis casos nos últimos três anos, o que também pode estar relacionado à contaminação do rio. O governo do Pará chegou a alegar, em seu pedido a favor da Vale, que os índios afetados dispõem de água encanada e não precisam usar as águas contaminadas que banham suas aldeias.

Espiral de conflitos - O procurador-geral da República também informou ao STF que há risco iminente de o conflito se perdurar com a situação de descumprimento da licença ambiental por parte da Onça Puma. “A relação de animosidade entre a empresa Vale S.A e as comunidades indígenas afetadas pelo empreendimento Onça Puma tem se agravado, seguindo-se uma viciosa e perigosa espiral de conflitos”, diz.

Em junho de 2014, cerca de 400 índios Xikrin chegaram a bloquear a portaria da mina da Vale, impedindo a passagem de empregados e ameaçaram atear fogo ao local. Para Janot, os índios são mantidos em estado de preocupação e agitação, “seja diante das agressões contínuas ao meio ambiente (com o qual mantêm uma relação espiritual), seja diante da deterioração das expectativas de recebimento das compensações financeiras prometidas”
 
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República

Presidente do bairro Bela Vista pede ajuda para resolver problema da lagoa dos Patinhos

Djalma, presidente do bairro Bela Vista usou a tribuna para pedir ajuda doa vereadores para ajidar a resolver o problema do aterramento da lagoa dos Patinhos.

Estão construindo sobre o canal que serve se drenagem e na primeira chuva vai alagar tudo, diz o presidente.

Os vereadores estão discutindo uma am visita ao local na companhia do secretário de  infraestrutura e de um engenheiro da prefeitura.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Descrente por causa de tudo de ruim que vê na política, o povo apenas ouve, sem entusiasmo, quando um político fala

Trecho do Informe JC, da edição 207 do Jornal do Comércio

O povo só ouve 1
Por ocasião da visita da comitiva do ministro Helder Barbalho a Itaituba, durante as falas dos políticos, incluindo a do próprio Helder, os observadores atentos puderam notar algo que retrata bem a realidade presente do Brasil quanto aos políticos em geral: todos ouviram atentamente o que os visitantes tinham a dizer, mas, excetuando um momento em que o deputado federal Zé Geraldo se emocionou, quando mereceu algumas palmas, nas demais falas, os que estavam lá ouviram com educação, mas, não demonstraram nenhum entusiasmo.

O povo só ouve 2

O povo cansou de ouvir discursos bonitos, e agora espera que primeiro aconteçam as coisas, obras, por exemplo, para depois aplaudir. Se continuar desse jeito, se as pessoas mantiverem esse tipo de comportamento, seja diante dos políticos daqui, com os da capital ou os de Brasília, isso significa que estamos amadurecendo. Se isso acontecer, estará perto o dia em que o cidadão terá entendido que os políticos que elegemos não são nossos patrões. Ao contrário, nós é que somos os patrões. Chega desse negócio de todo mundo puxar saco de prefeito, governador, deputado ou senador. Eles devem trabalhar em função da gente, e devem perder essa empáfia de benfeitores da nação.

Está faltando esperança

*Marilene Parente

Desde que me entendo por gente ouço: as crianças representam a esperança de um futuro melhor. Os adultos, geração após geração parece que perderam a crença em que eles próprios poderiam mudar o Brasil. Aí, transferem a responsabilidade para os filhos, como se eles fossem ungidos com a missão de consertar o que está errado há séculos.
            Abraham Lincoln, considerado o maior presidente norte-americano da história disse: pegue um homem, tire-lhes os sonhos e veja o que resta. Sábias palavras, porque a derradeira coisa que podem tirar da gente são os sonhos. Sonhar significa ter esperança. E na correnteza desse raciocínio eu me lembro da música interpretada por João Nogueira, grande sambista, a qual tem um trecho que diz: está faltando esperança (no Brasil).
            Conheço muita gente que diz que já não tem mais esperança de ver um Brasil diferente, com menos violência, com mais justiça social e com políticos íntegros. Isso parece um sonho inatingível que nossos avós, nossos pais e nós mesmos temos sonhado. Todavia, em vez de ver esse sonho realizado, o que temos é um pesadelo que parece eterno.
            Como é que podemos esperar que essas crianças que alegram os nossos lares nos dias de hoje, venham a concretizar essa esperança, se a sociedade brasileira de um modo geral não esboça nenhuma reação? De que forma esses futuros adultos poderão implementar as mudanças de rumo, se o que eles vivenciam no dia a dia é o mau exemplo do “jeitinho brasileiro”, da corrupção desenfreada, da permissividade para com o que é errado? Quem souber a resposta, por favor, me diga qual é.
            Os políticos desta geração, esses que estão aí de plantão, resolveram criar leis para ensinar os pais a educar, a criar os seus filhos, enquanto que eles é que deveriam ter uma mudança de atitude, passando a dar bons exemplos para nossas crianças e adolescentes. No dia em que o Brasil tiver governantes que não metam a mão no dinheiro público, na hora em que a gente puder olhar para quem a gente elege com a convicção de que são pessoas de bem, preocupadas com o bem comum, poderemos deixar nossas crianças assistirem aos telejornais, ouvir as notícias do rádio ou ler jornal ou qualquer outro veículo informativo da internet.
            Um dia desses, meu filho, que tem apenas sete anos de idade perguntou-me: mamãe, por que, quando a senhora ou o papai assiste aos noticiários da TV, só passa coisa violenta, ou então fala desses políticos ladrões? Confesso que fiquei um pouco engasgada com a pergunta e, antes de responder refleti: será que é esse país que eu vou deixar para o meu filho? Será que minha geração não tem competência para deixar nada melhor? E, sem alternativa, falei o que acho que tem que ser falado, a verdade, procurando as palavras certas para a ocasião, para evitar causar maiores estragos em alguém que não tem noção exata dessa podridão.
            É grande o número de crianças que crescem convivendo com pais que mandam fazer gato para pagar menos na conta de energia, pais que não hesitam em tentar subornar quando são flagrados fazendo algo ilegal. Ora, que belo exemplo esses pais dão aos filhos, que quando crescerem acharão normal fazer o mesmo. São esses adultos, os mesmos que protestam contra o governo, contra o legislativo ou o judiciário, quando algum agente público desses poderes é flagrado em atos corruptos, que ensinam os filhos a fazerem o que é errado.
            Como diz um velho ditado chinês que todos conhecem, uma imagem vale mais do que mil palavras. O que vai ficar gravado para sempre na cabeça dos nossos filhos são os nossos exemplos, as imagens do que fazemos no dia a dia, não as nossas palavras. O tal do faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço, talvez tenha alguma utilidade na relação hierárquica na caserna ou no trabalho, nunca na relação familiar. Por isso, não permitamos que morra, nem nos nossos corações, muito menos nos corações das nossas crianças, a esperança de um mundo melhor, que é um artigo que vai aos poucos desaparecendo no Brasil.

*Bacharel em Direito pela Universidade do Grande ABC, Santo André, SP

Artigo publicado na edição 207 do Jornal do Comércio