segunda-feira, novembro 23, 2015

Era uma vez...

Era uma vez um rei que queria pescar.
Ele chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do tempo para as próximas horas.

Este lhe assegurou que não iria chover.
A noiva do monarca vivia perto de onde ele iria e colocou sua roupa mais elegante para acompanhá-lo.

No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse: "Majestade, é melhor o senhor regressar ao palácio porque vai chover muito".
O rei ficou pensativo e respondeu:

"Eu tenho um meteorologista, muito bem pago, que me disse o contrário. Vou seguir em frente".

E assim fez. Choveu torrencialmente.


O rei ficou encharcado e a noiva riu-se dele ao vê-lo naquele estado.

Furioso, o rei voltou para o palácio e despediu o meteorologista.
Em seguida, convocou o camponês e ofereceu-lhe emprego.


O camponês disse: "Senhor, eu não entendo nada disso.
Mas, se as orelhas do meu burro ficam caídas, significa que vai chover".


Então, o rei contratou o burro.
E assim começou o costume de contratar burros para trabalhar junto ao Poder...


Desde então, eis a razão de burros ocuparem as posições mais bem pagas em qualquer governo.

Ruy Barbosa tinha razão quando dizia:
"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando, se a BURRICE não será uma CIÊNCIA."
 

Amazonas tem dez barragens de mineração em risco, diz DNPM

Jornal Em Tempo

O Amazonas tem em seu território pelo menos dez barragens de rejeitos da exploração de minérios na lista das que podem estar em risco segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).  O levantamento foi abordado pela mídia nacional, treze dias após a tragédia no município de Mariana, em Minas Gerais. Três barragens do Pará também se encontram na mesma situação.

O levantamento do DNPM foi datado no mês de abril de 2014. A tabela divulgada mostra que as 10 barragens em risco no Amazonas estão localizadas no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros da capital). A empresa responsável pelas barragens é a Mineração Taboca S.A. que trabalha com a exploração de estanho em todas as dez barragens.

Ainda na região Norte, no estado do Pará, mais três barragens se encontram inseguras. Duas delas no município de Barcarena, que explora Caulim, e uma localizada em Ipixuna do Pará. Ao todo, no território nacional, são 16 as barragens em risco. Outras três que restam na lista estão em Minas Gerais, sendo duas no município de Nazareno e uma em Ouro Preto.

As reservas brasileiras estão localizadas em sua maior parte na região Amazônica: Província Mineral do Mapuera, no AM (mina do Pitinga, em Presidente Figueiredo) e na Província Estanífera de Rondônia (Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e Cachoeirinha).

A tabulação feita pelo órgão federal usa dados divulgados pelos próprios donos das barragens. É um conjunto de informações que acabam resultando em um conceito de segurança. A letra A significa que o estado da barragem é crítico para os quesitos de segurança considerados mais importantes, como a estrutura das construções.

O potencial de dado ambiental e social da barragem também é considerado na avaliação técnica. Apesar de estimar que houve um ganho nessa avaliação, que começou a partir de um plano nacional criado em 2010, especialistas falaram em entrevista à Folha de São Paulo que muitos avanços precisam ser feitos, ainda mais depois da tragédia ambiental com as duas barragens de Mariana (MG).

“Por utilizar critérios muito simples, a análise acaba subestimando ou superestimando o risco”, afirma Marcelo Valerius, engenheiro ambiental especialista em segurança de barragens de rejeitos.

Apesar de haver falhas na classificação oficial, o especialista defende a tese de que existe um problema ainda mais grave, que ficou evidente no rompimento das barragens da Samarco. “O risco pode ser até bem avaliado. Mas o mais importante é o poder público cobrar as medidas cabíveis para que o risco seja minimizado”.

No caso de tragédia, por causa da proximidade da barragem em áreas habitadas, deveriam existir, segundo Valerius, vários tipos de alerta a serem dados diretamente à população. “Como avisos sonoros e visuais e até alertas em rede de televisão e estações de rádio, como é feito em alguns países”, diz o estudioso.

Enviado para o blog pelo geólogo José Waterloo Leal

sexta-feira, novembro 20, 2015

Pai de Abdelhamid Abaaoud diz ter raiva do filho e não reclama corpo

Omar Abaaoud lamentou que mentor dos ataques não foi capturado vivo. Ele queria filho interrogado para entender 'por que chegou a tal ponto'.

Foto sem data, publicada em uma revista online do Estado Islâmico, mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)
Omar Abaaoud, pai de Abdelhamid Abaaoud, suposto mentor dos atentados de Paris morto numa operação da polícia nesta quarta-feira no norte de Paris, lamentou que seu filho "não tenha sido capturado com vida", declarou nesta sexta-feira (20) sua advogada.

"Teria preferido que Abdelhamid tivesse sido interrogado para compreender por que chegou a tal ponto", declarou Nathalie Gallant a jornalistas diante do Palácio da Justiça em Bruxelas.
A advogada contou que perguntou a seu cliente se ele queria recuperar o corpo de Abdelhamid, mas o pai "não pediu que fizesse trâmites neste sentido".
Omar Abaaoud está no Marrocos. Está "profundamente depressivo", disse, afirmando também que recomendou sua aproximação "das autoridades francesas" para obter informações sobre seu outro filho, Younes, de 15 anos, que Abdelhamid levou para a Síria no início de 2014. "Quer saber se continua vivo", explicou.
"Meu cliente está muito tranquilo, sabia que as coisas acabariam mal. Apenas sente raiva do filho (Abdelhamid), não busca qualquer desculpa para ele", explicou Gallant.
O corpo de Abdelhamid Abaaoud, que também era conhecido como 'Abou Omar al-Baljilki' ('o belga', em árabe) foi "formalmente identificado" nesta quinta-feira no edifício de Saint-Denis, subúrbio de Paris, durante uma operação da polícia, anunciou a justiça francesa.
Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, Abdelhamid Abaaoud esteve envolvido nos ataques de Paris que deixaram ao menos 129 mortos assim como em quatro de seis atentados "evitados ou desmantelados pelos serviços franceses desde a primavera de 2015".

Remo, São Raimundo e Paragominas podem ficar fora do Parazão 2016

Dos dez clubes que estão inscritos na primeira divisão do Campeonato Paraense de 2016, três correm o risco de serem eliminados antes de entrar em campo. Este é o caso de Remo, Paragominas e São Raimundo, sendo todos pelo mesmo motivo: débitos fiscais.
O risco existe porque uma determinação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em cumprimento à lei nº 13.155/2015, intitulada Profut (Programa de modernização da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro) infere que os clubes só podem jogar competições oficiais da confederação se estiverem corretos com a União, principalmente, no que tange ao recolhimento de FGTS e INSS, por exemplo. O 
A novidade foi apresentada pela FPF (Federação Paraense de Futebol) aos clubes do estadual e recebeu o desconhecimento da determinação como resposta de Remo, Paragominas e São Raimundo.
'O Profut é um incentivo do Governo Federal, que dá um desconto de 70% nos juros da dívida fiscal para o clube. Se uma agremiação não quiser aderir ao Profut, não tem problema. Só que terá de negociar com cada instituição pública que tiver em débito para sanar o problema, parcelar, pegar sua Certidão e participar do campeonato', explicou o diretor de competições da FPF, Fernando Castro.
Entre os clubes, o Paragominas, através de seu diretor de futebol, Eduardo de Lima, declarou que o clube já iniciou o processo junto ao próprio departamento jurídico para conseguir a CND (Certidão Negativa de Dívida). 'Soubemos na reunião e estamos correndo para tirar isto o quanto antes. Queremos ainda para este ano', falou.
Já no Remo, que segue repleto de interrogações administrativas, o Profut foi colocado como assunto para o ano que vem, como contou o diretor de futebol, Sérgio Dias: 'Fiquei até aborrecido com esta situação toda. Temos muito o que resolver e não tem como ver isso agora. Vai ficar pro ano que vem. Mas vamos ter que tirar esta CND de qualquer forma, até porque precisaremos dela para pegar patrocínios, abrir conta e tudo mais', explicou.
Através de sua conta em uma rede social, o novo integrante da comissão de futebol do Leão, André Cavalcante comentou o assunto. Veja abaixo!
'Vou tentar explicar a questão.
No último dia 5 de agosto do corrente ano, foi publicada a Lei no 13.155/2015, a “Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte – LRFE” que, entre outras inovações, cria o PROFUT - Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.
Mesmo sendo o PROFUT o grande destaque da LRFE, outras medidas visando a profissionalização do futebol foram implementadas, sendo que, para o objeto do presente post, interessa a inovação trazida pelo seu art. 40, o qual alterou o art. 10 da Lei no 10.671/2003, também conhecida por Estatuto de Defesa do Torcedor (EDT).
O art. 10 do EDT, até então, trazia como único critério técnico a habilitação das entidades de prática desportiva, a classificação na competição anterior. Com o advento da LRFE, contudo, houve a inclusão de novos requisitos, quais sejam, (i) a apresentação de Certidão Negativa (ou positiva com efeitos de negativa) de Débitos relativos a Créditos Tributários e Federais e à Dívida Ativa da União – CND; (ii) a apresentação de certificado de regularidade do FGTS; e (iii) o comprovante de pagamento dos vencimentos acertados em contratos de trabalho e dos contratos de imagem dos atletas.
Como punição ao não cumprimento dos referidos requisitos, as entidades de prática desportiva serão rebaixadas para a divisão imediatamente inferior à que se encontra classificada.
No caso do Remo, desde o retorno do Dr. Pablo Coimbra, o Clube passou a adotar as providências necessárias para a observação dos novos critérios de habilitação, afastando assim o risco de rebaixamento para a 2a Divisão do Parazão.
Por outro lado, em contato com o Dr. Osvaldo Sestário, advogado com atuação destacada no STJD e CBF, nos foi informado que ainda não houve qualquer manifestação da entidade máxima do futebol nacional quanto a exigibilidade de tais critérios já na temporada 2016.
De toda sorte, o Clube vem trabalhando para se enquadrar no novo cenário do futebol nacional. Não será fácil, mas trabalho não faltará, tenham certeza.'
A diretoria do São Raimundo não foi encontrada para comentar o assunto.
O campeonato paraense terá 15 datas de jogos, partindo do dia 31 de janeiro com final prevista para o dia 8 de maio. Além do trio que não tem Profut, estão na disputa: Independente, Paysandu, Parauapebas, São Francisco, Cametá, Tapajós e Águia.
Fonte: ORMNews

MPF processa União e Estado do Pará para que protejam defensores de direitos humanos ameaçados

O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos criado em 2004 não tem estrutura mínima, agravando o risco de vida de lideranças em áreas de conflito

O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a União e o Estado do Pará para que implementem medidas emergenciais para proteger os defensores de direitos humanos ameaçados no Pará. A ação, apresentada na Justiça Federal em Itaituba, pede que sejam asseguradas escoltas e rondas policiais, além de atendimento à saúde, psicológico e jurídico para os ameaçados. O pedido urgente é para evitar mortes de lideranças ameaçadas em áreas de conflito no oeste do Pará.

As lideranças ameaçadas deveriam ter sido incluídas no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), criado em 2004 pela presidência da República, mas sem estrutura mínima para efetivar a proteção dessas pessoas. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) já avisou o governo paraense que é necessário incluir o programa no Plano Plurianual para garantir verbas. O programa deveria ter uma delegacia especializada para a segurança pessoal dos ameaçados e para a investigação dos crimes relacionados e atendimento psicológico especializado, mas nada disso existe no Pará.

Entre os defensores ameaçados que atualmente correm grande risco de vida, estão lideranças dos assentamentos Areia e Ypiranga, em Trairão, que além das ameaças, não conseguem sequer registrar ocorrências nas delegacias de polícia próximas. Há também suspeita do envolvimento de policiais militares nas ameaças.

O assentamento Areia foi criado em 1998 e é uma das áreas de conflito mais tensas do Estado. “Os conflitos se intensificaram com a atuação de grileiros que controlam o acesso à área e utilizam-na como entrada para a retirada ilegal de madeira em unidades de conservação adjacentes – como a Floresta Nacional do Trairão e Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio – por meio de uma extensa rede de estradas ilegais abertas no meio da floresta”, narra a ação judicial do MPF.

Já no assentamento Ypiranga, os conflitos agrários foram deflagrados por famílias produtoras rurais, sem perfil de beneficiários de reforma agrária e que não residem na área do assentamento, mas possuem cadastro junto ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e utilizam os lotes para criação de gado e exploração ilegal de madeira.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Nível do Tapajós subiu e barcos não precisam mais dar a volta

As águas do Rio Tapajós, poucos dias depois da informação circulada por este blog tratando da forte estiagem de 2015, teve o conhecido repique, situação em que o rio começa a encher, mas, depois vaza novamente e para.

Às 10:55 de hoje, a régua de marcação do terminal hidroviário de Itaituba estava marcando 2 metros e 4 centímetros, 26 centímetros a mais do que no dia 3 de novembro, quando o blog divulgou o que tinha sido a menor medida desde a grande estiagem deste século, em 2010.

Com essa crescida das águas, os barcos já não precisam mais fazer aquela enorme volta perto do quartel do 53º BIS.

A eterna desorganização urbana de Itaituba

A desorganização urbana em Itaituba parece não incomodar  ninguém, muito menos quem legalmente tem a obrigação de zelar pelo embelezamento da cidade, e embora esse seja um assunto recorrente, eu não consigo me conter com alguns absurdos  que são permitidos aqui.
Não dá para compreender, por exemplo, como a prefeitura concede alvará para a construção de um galpão localizado de frente para a orla, ao lado do prédio do Poder Legislativo Municipal, numa das áreas mais nobres da cidade.
A Avenida Getúlio Vargas tem  visão privilegiada para o rio Tapajós, e nesse espaço  só deveriam ser permitidas novas edificações que viessem para melhorar o panorama visual da cidade.
Em qualquer outra lugar administrado com o mínimo de preocupação com a estética urbana, esse tipo de edificação no centro da cidade jamais seria autorizado, mas aqui em Itaituba são pouquíssimas as pessoas que se preocupam com esses detalhes e eu sou um dos que remam contra essa corrente que querem perpetuar a ideia de que aqui é o lugar que tudo pode. É uma cultura do mal que parece já estar no intimo das pessoas, pois  com a maior naturalidade, cada um faz o que quer e do jeito que lhe convém.
As construções não obedecem ao alinhamento padrão das ruas, são erguidas em cima de córregos, os entulhos são lançados no meio das ruas e como o código de postura do município há muito tempo virou uma letra morta, o poder público, naturalmente, acaba sendo responsabilizado por essa bagunça urbana, e em vez de agir para resolver esse problema, o governo continua a fazer vista grossa em nome do desenvolvimento.
O município já está cheio desses empresários que sem o mínimo de responsabilidade social, só pensam no dinheiro, e enquanto o governo não deixar de lado esse seu pensamento mesquinho de que contrariar interesse resulta em perda de apoio político, a cidade vai continuar como está, cheia de invasões e construções irregulares.

Weliton Lima, jornalista, comentário veiculado no telejornal Focalizando, de quinta-feira, 19/11/2015