sexta-feira, julho 03, 2015

Leitora quer informações sobre ressonância magnética de campo aberto, da ANSONIC, porque sofre de claustrofobia

Bom dia gostaria de saber quanto custa um exame de ressonância magnética campo aberto de coluna preciso fazer, mas tenho claustrofobia. Por favor me ajuda; me dê mais informações.

Obrigada 

Maria Elena Borges
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Prezada Maria Elena, imagino que você viva em outro município desta região. Gostaria de saber em qual.

Mantive contato a direção da ANSONIC, tendo sido informado que a implantação da ressonância magnética está em fase de conclusão. A previsão é de que dentro de mais ou menos vinte dias o equipamento entre em operação regular.

O blog sugere que você mantenha contato com a clínica, pois algumas pessoas já estão procurando agendar exames, o que você poderá fazer, uma vez que quem estiver agendado, terá prioridade no atendimento.

Os meios de entrar em contato com a ANSONIC são os telefones: (93) 3518 7678 – 3518 3374 – 99195 5745 ou 98128 5000. E-mail: ansonic@ansonic.com.br


Espero ter ajudado

A luta pela criação do Estado do Tapajós será o destaque deste sábado no programa O Assunto É Este

O professor-doutor Edivaldo Bernardes, coordenador do Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós, é o convidado do programa O Assunto É Este, neste sábado, 04 de julho.

A produção do programa pediu a algumas pessoas de variadas atividades, cargos e funções do município de Itaituba, que fizessem perguntas ou comentários a respeito do estágio atual da luta pela criação do tão sonhado estado.

Fabrício Schuber, empresário e presidente da Associação Empresarial de Itaituba, Francisco Ivan de Araújo, médico do Hospital Menino Jesus, Diego Mota, jornalista presidente da API, Davi Menezes, empresário presidente da CDL e do Fórum de Entidades, Luiz Fernando Sadeck dos Santos (Peninha), vereador, Ivan Araújo, sociólogo e diretor da TV Tapajoara e o jornalista Weliton Lima estarão participando do programa.

O Assunto É Este vai ao ar todos os sábados, de dez ao meio-dia, e neste sábado vai tratar exclusivamente desse sonho antigo, que não pode morrer, que a criação do Estado do Tapajós, com o professor Edivaldo Bernardo, ao vivo, nos estúdio da Alternativa, à disposição para responder, também, perguntas dos ouvintes.

quinta-feira, julho 02, 2015

Empresários são presos por fraudes ambientais

Empresários são presos por fraudes ambientais (Foto: Divulgação)Durante uma operação realizada por policiais civis na madrugada de ontem, foram presos nove homens e uma mulher supostamente envolvidos em fraudes, negociatas milionárias, desmatamento e lavagem de dinheiro, movimentando mais de 300 milhões reais, assim como cerca de 400 mil metros cúbicos de madeira. As investigações começaram em fevereiro deste ano e os valores, segundo a polícia, seriam revertidos a projetos de manejo florestal em áreas de floresta nativa.
Dentre os presos está uma engenheira florestal que já havia sido presa pelo mesmo crime. Ela foi identificada como Rosane do Amaral Freitas. Os demais presos são: Rodrigo Beachine de Andrade, Menandro Souza Freire, Alex Renato Carvalho, André Chacon Rocha da Costa, Arley Figueiredo Rosas, Cleber Eduardo de Lima Ferreira, Edmilson Rodrigues da Silva, Wildemar Rosa Fernandes Filho e Gelson Gomes de Andrade. A maioria é formada por empresários. 
Além do envolvimento no crime, um ponto em comum entre os envolvidos era a ostentação. O empresário Cleber Ferreira, por exemplo, mantinha o hábito de postar fotos nas redes sociais mostrando o seu patrimônio. Há imagens dele exibindo relógios caros, joias, carros de luxo e viagens pelo mundo. Outro envolvido é o empresário Tarcísio Augusto Pereira, que apareceu em imagens dentro de um jatinho, sem camisa e tomando uísque. Tarcísio, que é considerado pela polícia um dos líderes do grupo, está foragido. 
Segundo o delegado Marcos Miléo, do Núcleo de Inteligência Policial e que comandou as investigações, o trabalho foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em razão de uma inserção fraudulenta de 121.391.300m³ em créditos florestais na Madeireira Sagrada Família. Miléo contou que na primeira fase da investigação, foi presa uma ex-funcionária da Semas, que havia lançado créditos fraudulentos na pasta da Sagrada Família, no município de Pacajás.
O delegado também afirma que não tem dúvida de que se trata de uma organização criminosa que compra empresas, colocando-as em nome de laranjas, a fim de obter um melhor resultado para seus objetivos criminosos, agindo de modo inescrupuloso, utilizando-se de recursos fraudulentos, o uso de empresas fantasmas e a comercialização de créditos florestais em larga escala.
Miléo disse que, de fevereiro até junho deste ano, foi quando a quadrilha mais atuou. Ele divulgou os nomes dos presos, que foram apresentados na Delegacia Geral na manhã de ontem, ouvidos em depoimento e em seguida encaminhados para o Sistema Penitenciário.
Além da capital, a operação foi realizada em Castanhal, Uruará, Tucuruí e Itaituba. No total, 60 policiais civis participaram da ação, entre equipes do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), e de Divisões Especializadas. Durante a operação, duas pistolas calibres 38, um revólver calibre 38 e uma escopeta 12 foram apreendidos em posse de acusados de envolvimento no esquema e, assim, eles também vão responder por posse ilegal de arma de fogo.
(Diário do Pará)

Câmara aprova em 1º turno nova proposta para reduzir maioridade

Aprovação ocorreu um dia após PEC semelhante ser derrubada na Casa. Idade penal reduz para 16 anos em homicídio, lesão grave e crime hediondo.


Após polêmica sobre a validade da votação e com as galerias do plenário vazias, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira (2) proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, homicídio doloso, e lesão corporal seguida de morte. O texto ainda precisa ser votado em segundo turno antes de seguir para o Senado.

A aprovação se deu com 323 votos favoráveis, 155 contrários e 2 abstenções. Eram necessários ao menos 308 votos a favor para a matéria seguir tramitando. De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a votação em segundo turno deverá ocorrer após o recesso parlamentar de julho, já que é preciso cumprir prazo de cinco sessões antes da próxima votação.
Pelo texto, os jovens de 16 e 17 anos terão que cumprir a pena em estabelecimento penal separado dos menores de 16 e maiores de 18. Ao final da votação, deputados seguraram cartazes na tribuna em defesa da proposta e comemoraram com gritos em plenário
A aprovação da proposta ocorre depois de a Casa derrubar, na madrugada de quarta-feira, texto semelhante, que estabelecia a redução casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça, crimes hediondos (como estupro), homicídio doloso, lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte, tráfico de drogas e roubo qualificado.
Após a rejeição na noite anterior, Cunha afirmou que a Casa ainda teria que votar o texto principal, mas ressaltou que isso só ocorreria após o recesso parlamentar de julho. No entanto, após reunião com parlamentares favoráveis à redução da maioridade penal, ele decidiu retomar a análise do tema nesta quarta (1º) para apreciar um texto parecido com a proposta rejeitada.

Jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UNBES) não esperavam a retomada da votação e, por isso, não conseguiram fazer protestos como os mobilizados na noite anterior.

Cunha também não permitiu a entrada dos poucos estudantes que foram à Câmara para defender a derrubada da proposta, alegando que os manifestantes fizeram tumulto na noite anterior. A decisão do presidente da Câmara de votar um texto semelhante ao derrotado de madrugada também gerou bate-boca e questionamentos por parte de deputados contrários ao texto, mas o peemedebista conseguiu prosseguir com a votação.
Durante a sessão, deputados do PT, do PSOL e do PCdoB defenderam a derrubada da PEC. O governo defende alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente e ampliar o tempo máximo de internação de 3 para 8 anos.
“Todos nós queremos resolver a questão da violência, da criminalidade, queremos que crimes bárbaros terminem. Mas precisamos, de forma madura e responsável, encontrar qual a alternativa real para resolver o problema. E a alternativa real é alterarmos o Estatuto da Criança e do Adolescente. Os efeitos colaterais dessa redução da maioridade penal são maiores que os alegados benefícios”, disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), também discursou contra a proposta. “Não queremos jovem infrator na rua, mas queremos lugares decentes para que eles sejam punidos. Mas não dá para misturar os jovens com bandidos de alta periculosidade. O que está em jogo é o futuro dessas gerações. É um retrocesso se aprovarmos essas emendas”, afirmou.

quarta-feira, julho 01, 2015

Senadores aprovam prorrogação do prazo para fechamento dos lixões

Os municípios terão mais tempo para acabarem com seus lixões. O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto (PLS 425/2014) que prorroga, de forma escalonada, o prazo para os municípios se adaptarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). A matéria é a primeira de uma lista sugerida pela Comissão Especial do Pacto Federativo, com projetos de interesse dos municípios, e agora segue para análise da Câmara dos Deputados.

Os lixões já deveriam ter sido fechados e substituídos por aterros sanitários desde agosto do ano passado. Mas quase três mil municípios e o Distrito Federal ainda não conseguiram cumprir as determinações. A proposta de prorrogação do prazo é uma demanda de prefeitos e entidades representativas, como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e foi apresentada pela subcomissão temporária que acompanhou a execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2013 e 2014.

Prazos
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), membro da Comissão Especial do Pacto Federativo, apresentou uma emenda no Plenário, estabelecendo prazos diferenciados para o fim dos lixões, “de acordo com a realidade dos municípios”. As cidades com população inferior a 50 mil habitantes terão prazo maior, enquanto as capitais de estado terão prazo mais curto.

Assim, as capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que contam com mais de 100 mil habitantes, com base no Censo de 2010, terão um ano a mais para implementar os aterros sanitários. As cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até 31 de julho de 2020. Já o prazo para os municípios com menos de 50 mil habitantes será até 31 de julho de 2021. A emenda também prevê que a União vai editar normas complementares sobre o acesso a recursos federais relacionados ao tema.

Bezerra disse que a prorrogação do prazo é importante para os municípios conseguiram se adaptar à lei. O senador informou que, em 2013, havia 1.196 lixões contra apenas 652 aterros sanitários no país. Ele ponderou que o fechamento de um lixão depende da implementação de outras ações, como a criação de aterros sanitários e áreas de transbordo, tratamento de resíduos de construção civil, coleta seletiva e campanhas educativas. Caso essas ações não sejam implementadas, argumentou o senador, os aterros ficam prejudicados.

— Essa é a primeira medida concreta que esta Casa toma, dando uma resposta às demandas dos municípios e dos prefeitos — disse o senador.

Recursos
A relatora da subcomissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), manifestou apoio à prorrogação por entender que “a maior parte dos municípios, por falta de quadros técnicos e gerenciais qualificados e de insuficiência de recursos financeiros, não conseguiram cumprir a determinação legal”. Em seu relatório, a senadora aponta que a lei “não foi realista ao prever um prazo exíguo para que os municípios, especialmente os menores e mais carentes, assumissem a responsabilidade por essa tarefa complexa e dispendiosa”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, elogiou o trabalho do senador Fernando Bezerra e da Comissão do Pacto Federativo. Segundo Renan, a apresentação desse primeiro projeto marca “um momento de exuberância do Senado”. Ele disse que vai conversar com as lideranças partidárias para que o Plenário do Senado priorize projetos que tratam do pacto federativo.

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) elogiou o trabalho de Fernando Bezerra. O senador Walter Pinheiro (PT-BA), presidente da Comissão Especial do Pacto Federativo, informou que, na primeira semana de trabalho do colegiado, foi possível entregar 20 matérias de interesse dos municípios prontas para serem votadas no Plenário.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) também manifestaram apoio ao projeto. O senador Donizeti Nogueira (PT-TO) disse que a matéria é uma vitória importante, mas manifestou preocupação com os recursos para a implantação dos aterros. Na mesma linha, os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) também destacaram a importância do projeto.

— A diferenciação de prazo é importante para os municípios. Precisaria apenas de uma linha de crédito específica para ajudar os municípios a cumprirem o prazo — sugeriu Flexa.

Agência Senado

Valmir: estou apto para disputar eleições e serei candidato a prefeito em 2016

Valmir Climaco
Foto: JParente
O ex-prefeito Valmir Climaco concedeu poucas entrevistas desde que deixou o Palácio da Liberdade (hoje desativado) em 31 de dezembro de 2013. Optou por acompanhar os acontecimentos do mandato de sua sucessora, a prefeita Eliene Nunes como expectador, sem ficar dando palpites pela imprensa, preferindo os comentários nas rodas políticas, embora, sobretudo no primeiro ano do atual governo seu nome tenha sido muito lembrado, principalmente pelos vereadores da situação, na Câmara, para tentar justificar todos os problemas enfrentados pela administração de Eliene.

Seus adversários festejaram muito uma informação que deu conta de sua inelegibilidade, decretada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), por conta de um convênio mal resolvido com o governo do Estado. Valmir afirma que foi tudo devidamente esclarecido, e que nem foi no seu governo, mas, no de Roselito que o problema se deu. Para discorrer sobre esse e outros assuntos, bem como para falar dos seus planos políticos para o futuro que está batendo à porta, ele recebeu a reportagem do Jornal do Comércio em seu escritório. A conversa de mais de uma hora e meia rendeu a matéria a seguir.

JC - Seus adversários exultam quando afirmam que o senhor está inelegível. O senhor garante que detém todos os seus direitos políticos. Como está essa questão?

Valmir – Você sabe que quem passa pelo cargo de prefeito precisa esperar para que suas contas sejam julgadas. As minhas contas eu estou acompanhando de perto, no TCM, no TCE e no TCU, e eu tenho convicção de que serão todas aprovadas. Hoje eu não tenho nenhum tipo de restrição nesse sentido, que me impeça sair candidato a qualquer cargo eletivo. Eu não fui julgado, muito menos, condenado em nenhuma instância. Pode ser que no futuro venha a ter problemas. O que eles (os adversários) falam é sobre um convênio do governo de Roselito Soares a respeito de uns poços artesianos, cujo saldo deixou de ser repassado para o governo do Estado. 

JC – Com referência ao seu governo, o senhor está com toda a documentação em dia?

Valmir – Dos convênios que o nosso governo celebrou, mais de 80% já foram aprovados. Os demais ainda estão para serem apreciados.

JC – Fala-se nos meios políticos, de modo particular os que não são do seu lado, que há muitas pendências em diversos convênios com o governo federal. Isso tem fundamento?

Valmir – Negativo! Eu cumpri 100%. Quando eu saí do governo, deixei R$ 9 milhões e 700, em dinheiro, mil nas contas da prefeitura e com a prestação de contas dos convênios que fiz todas feitas. Mas, é normal que os adversários façam isso, porque não acontece apenas em Itaituba, mas, em tudo quanto é lugar é assim. Eu nunca gostei de fazer comentários que não fossem baseados em fatos, nem na minha vida de empresário, nem na política.

JC – Em Itaituba, a campanha começa muito antes do período eleitoral oficial. Isso não é ruim para todo mundo?

Valmir – Quando eu resolvi disputar a primeira eleição, em 2004, saí dizendo que seria candidato com muita antecedência. A campanha de 2016 vai ser a quarta que eu disputarei, e a maioria do povo de Itaituba sabe disso. Então, eu não tenho porque sair por aí fazendo reuniões para dizer que serei candidato. Eu acredito que esse negócio de fazer campanha muito antes é ruim para quem está no governo, pois em vez de se preocupar apenas em encontrar soluções para os problemas do município, muitas vezes também tem que antecipar sua campanha.

Tem pré-candidato fazendo reuniões políticas quase todo dia, mas, eu não pretendo fazer isso. Vou deixar para o período eleitoral. Sou uma pessoa que não gosta muito de viajar, tenho minhas coisas todas dentro do município de Itaituba, e todos os que tem me procurado para conversar tenho recebido, mas, campanha mesmo, só quando chegar a hora.

JC – Com todos esses anos de estrada na política, três eleições disputadas, certo de que vai disputar mais uma, o senhor tem sido procurado por lideranças e por partidos políticos já visando uma composição para o próximo pleito?

Valmir - Tenho conversado com o deputado estadual Hilton Aguiar, cuja campanha de reeleição todo mundo sabe que eu apoiei. Inclusive, na ocasião, eu tratei desse assunto com o próprio líder maior do PMDB no Estado, o senador Jader Barbalho, que sabe e entende que política local a gente resolve em nível local. Eu também já conversei com o ex-prefeito Roselito Soares, bem como com outras lideranças do PMDB, sem tratar de definições para a campanha eleitoral de 2016.

JC – O senhor foi para as ruas na campanha eleitoral do ano passado, mostrando a cara e se indispondo dentro do seu próprio partido, pois muitos não concordavam com o seu apoio ao deputado Hilton Aguiar. Já durante a campanha, muita gente falava que o pagamento que o senhor iria receber seria a traição de Hilton. Sabe-se que ele quer ser prefeito, mas, ele jurou amor eterno e fidelidade ao senhor, afirmando durante a campanha e após a vitória, que Valmir Climaco seria o candidato dele. Como está esse imbróglio envolvendo o nome do deputado?

Valmir – Essa questão de palavra no meio empresarial e no meio político, infelizmente, nem sempre é cumprida. Não posso julgar os outros. O que procuro é cumprir com a minha palavra. Eu sofri uma grande pressão do partido (PMDB), tanto em Itaituba, quanto em nível do Estado, para não apoiar um candidato que não fosse do nosso partido. Mas, eu tinha um compromisso assumido e eu precisava honrar. E honrei. Cumpri com a minha palavra.

            Quanto à palavra do Hilton e de seu grupo, se ele vai cumprir, ou não, quem tem que responder isso é ele. Até hoje eu não ouvi nada, diretamente da boca do Hilton, sobre sair candidato. O que ele tem dito é exatamente o contrário: diz que não vai sair candidato e estará junto conosco no nosso grupo. E eu espero e acredito que ele vá honrar sua palavra. Lembro-me do saudoso governador Hélio Gueiros, que falava: não diz que me ama, demonstra! Então eu digo, não diz que me apoia; diz isso para o povo. Eu sei que o Hilton amadureceu bastante como político; sei que ele tem um futuro brilhante na politica de Itaituba, e ele não vai querer sofrer um grande desgaste por conta de uma decisão equivocada sobre a qual ele terá que dar muitas explicações.

JC – O senhor tem evitado fazer críticas públicas contra o governo da prefeita Eliene Nunes. É uma estratégia?

Valmir – Eu entendo que fica muito chato quando se perder uma eleição, ficar resmungando pelos cantos. Nesses dois anos e meio de governo da Eliene, eu só dei uma entrevista. Tudo que dava errado no governo, ficavam dizendo que eu era o culpado. Por isso, disse que a partir daquele momento, se continuassem me batendo, eu iria responder a tudo. Como houve uma mudança de atitude, eu não teria porque ficar falando do governo toda hora, procurando a imprensa. Às vezes eu tenho vontade de falar alguma coisa, mas, me seguro. Eu não gosto da maneira adotada pelo senador Aécio Neves, que depois de perder a eleição passou a fazer uma oposição raivosa contra a presidente Dilma Rousseff. Eu prefiro ficar calado e falar na hora certa.

JC – Eliene Nunes, Valmir Climaco, Ivan D’Almeida e Paulo Gilson. Esses são os quatro nomes postos no tabuleiro político de Itaituba para a próxima eleição para prefeito. É por aí?

Valmir – É o que se fala. A prefeita Eleine Nunes, como é de praxe para quem está no cargo, deve concorrer à reeleição; eu tenho a intenção de ser candidato; o empresário Ivan D’Almeida também está trabalhando nesse sentido. É um nome novo, que eu ainda não posso dizer se decola, ou não. Política é grupo. Se você tiver um bom grupo, tem chance de se lançar bem no cenário político. Temos também o nome de outro empresário, esse bastante jovem, que é o Paulo Gilson Pontes. Então, são quatro nomes que não representam nenhum grande fato novo na política de Itaituba. Daqui para o dia da eleição faltam cerca de dezesseis meses. Principalmente o Ivan já está em campanha, fazendo reuniões, conversando com partidos, mas, o povo é quem vai dizer quem prefere, no dia da eleição.

JC – O que é que acontece com o candidato Valmir Climaco na hora da chegada, pois de acordo com as pesquisas, o senhor tem estado bem durante quase toda a campanha, mas, na hora H perde?

Valmir – O que tem faltado mesmo é eu mentir para os eleitores; as promessas mentirosas dos outros candidatos no horário eleitoral tem feito a diferença. A então candidata em 2012, Eliene Nunes disse que iria trazer oito especialistas para morar em Itaituba, enquanto no meu governo a gente conseguia trazer oito médicos especialistas, uma vez por mês. Disse ela, que quando o filho de alguém sofresse algum acidente, haveria ortopedista morando em Itaituba, trabalhando na secretaria de saúde. Não trouxe os oito especialistas que ela prometeu e, nem ela, nem prefeito nenhum vai conseguir fazer isso, porque a prefeitura não tem recurso para bancar integralmente um profissional desse nível, que é muito caro. Teremos que aguardar a inauguração do Hospital Regional do Tapajós para termos médicos especialistas residindo aqui. Só para citar mais alguns exemplos, ela afirmou que iria fazer 500 pontes de concreto. Isso é impossível. Dizia que iria colocar uma câmera de segurança em cada poste das ruas de Itaituba, mas, não consegue nem mesmo trocar as lâmpadas queimadas, que são mais de 60%.

Eu prefiro ficar amarelo durante o horário eleitoral por não prometer o que outros prometem, do que ficar vermelho quando for cobrado pelo eleitor por não ter cumprido o que prometi. Eu não quero nunca passar pelo que a Eliene está passando por ter prometido o que não poderia cumprir, pois o povo a chama de mentirosa, por fazer promessas e não cumprir. Infelizmente, o povo acredita nessas coisas, e quando se arrepende já é tarde.

JC – É verdade que o senhor recebeu convite para ir para o PSDB?

Valmir – Há 60 dias eu recebi convite para me filiar no PSDB. Trata-se de um grande partido. É o partido do governador Simão Jatene, que tem trabalhado bastante, sobretudo em Itaituba com o Hospital Regional e esse asfalto que foi feito recentemente. Eu não quis sair do PMDB para o PSDB, porque eu tenho visto muita gente que tem trocado de partido e se dar mal politicamente. Tenho uma boa relação com o governador, mas, o PMDB foi o primeiro partido no qual eu me filiei e não gosto de estar trocando. Tenho tido algumas divergências que são normais na vida política. Nunca tive nenhuma restrição da direção em Belém. Essa conversa de que tanto o senador Jader Barbalho, quanto o ministro Elder Barbalho ficaram zangados porque ele perdeu a eleição em Itaituba é conversa fiada. Fosse assim, ele teria que ficar com raiva dele mesmo, porque perdeu a eleição em Ananindeua, município que governou por duas vezes.

JC – O PMDB está se reforçando de olho na eleição de 2016?

Valmir – Nós já estamos trabalhando para montar um bom quadro de candidatos a vereador. Até o começo de outubro deste ano vai haver uma correria dos partidos atrás de filiações. Depois haverá uma folga até depois do carnaval de 2016. Estamos terminando uma construção onde vamos reservar um bom espaço onde funcionará o diretório municipal. Por enquanto funciona uma comissão provisória, mas, nós queremos que se transformada em diretório. Na inauguração, pretendemos trazer o senador Jader Barbalho e o ministro Elder Barbalho para participarem da festa. Queremos fazer uma grande campanha de filiações para aumentar os quadros do partido em Itaituba. Fica no loteamento Buriti.

JC – Pessoas ligadas ao seu grupo político acham que um dos motivos de o senhor ter perdido eleições é ter confiado demais nas pesquisas. O senhor concorda?

Valmir – Eu não acho que tenha sido por isso. Ocorre que eu reconheço que sou bastante teimoso. Dou muito trabalho às pessoas que me acompanham nas minhas campanhas. Não aceito que coloquem palavras na minha boca, para eu dizer coisas que não posso fazer, para responder acusações mentirosas com acusações mentirosas. Por exemplo: eu contratei uma empresa de marketing, de fora, e o marqueteiro queria porque queria que eu dissesse que, se eu me elegesse, asfaltaria todas as ruas de Itaituba. Eu falei pra ele que não iria prometer aquilo, porque não teria como cumpri, e não prometi.

Sou muito trabalhador, mas, sou muito teimoso. Eu sei que tenho perdido as eleições nos últimos dias, porque os adversários dizem tudo que o povo quer ouvir; e o pior é que eles dizem e o povo acredita. Durante o meu governo eu desafiei alguém apontar um servidor que ganhasse sem trabalhar, porque a gente trabalhou para moralizar a administração pública e para valorizar o dinheiro do contribuinte.

No atual governo é o que mais se vê. Tem gente que não coloca um prego em uma barra de sabão, mas, ganha mais de R$ 4 mil por mês, como é o caso de um ex-administrador do aeroporto; tem ex-secretário ganhando salário de secretário sem fazer nada. Eu tenho uma relação e garanto que não é um, nem são dois; tem muita gente nessa situação. Garanto que não vou prometer cinco mil empregos, somente para tentar ganhar a próxima eleição. Não menti nas eleições anteriores, e não vou começar a mentir na disputa eleitoral de 2016.


Portanto, no meu entendimento, o principal motivo para eu ter perdido eleições foram as mentiras contadas pelos meus adversários, como foi o caso de Eliene Nunes, na eleição de 2012, que mentiu à vontade, e os eleitores acreditaram em suas mentiras. Hoje, estão todos arrependidos, mas, terão que aguentar por mais um ano e meio.

Nélio: o Pará é penalizado, em vez de receber benefícios por ser um grande produtor de energia para o Brasil

            Porque o estado do Pará, que em breve será o maior produtor brasileiro de energia elétrica é tão castigado? O paraense paga uma das tarifas mais altas do país, tem um serviço de má qualidade e uma cobertura que está longe de atender às necessidades da sua população, de modo especial em se tratando do programa Luz Para Todos, que embora sendo do governo federal, tem na Celpa a empresa responsável por sua expansão. O Jornal do Comércio conversou com o ex-deputado Nélio Aguiar, que na ALEPA abordou esse tema muitas vezes, sendo um grande conhecedor do mesmo.

JC – Nélio, no exercício do mandato de deputado estadual, você falou com frequência sobre o fato do Pará ser punido, em vez de receber os benefícios por ser um grande gerador de energia elétrica para o Brasil. Não é isso?

Nélio Aguiar (Foto: JParente)
Nélio – O primeiro questionamento que eu fiz sempre enquanto deputado, e hoje mesmo sem mandato é sobre a completa dependência do Brasil de praticamente uma única matriz energética que é a hidrelétrica. Quando ocorre uma estiagem há um caos no sistema energético do país, porque há muitos anos só sabemos construir hidrelétricas. Não há pesquisas por alternativas nas universidades e nenhum país no mundo é tão dependente de energia hidrelétrica como o nosso. O Nordeste tem vento em abundância, mas, investimos pouco em energia eólica. Temos outras fontes como resto de lixo, que estão sendo aproveitadas em outros países.

            Quanto ao estado do Pará, nós só somos vistos na questão da produção de energia elétrica. Para construir hidrelétricas não faltam recursos, não falta vontade política; o governo enfrenta audiência públicas, Ministério Público, tribunais, enquanto que para distribuir energia, um estado como o nosso, que tem Tucuruí há mais de trinta anos, até hoje não se conseguiu dinheiro para levar energia para municípios como Óbidos, Monte Alegre, Alenquer e tantos outros. O linhão que traz energia para Itaituba e para Santarém não tem capacidade para transportar uma quantidade grande de energia que possa possibilitar a instalação de indústrias em nossa região que possam gerar muitos empregos.    
            O consumo industrial depende de um linhão com capacidade maior do que os 230 Kilovolts (KV). O linhão que foi construído para Manaus leva 500 KV, enquanto que o que está sendo construído para o Sudeste (principalmente São Paulo) é de 800 KV. Nós temos sobra de energia em nosso estado, mas, só tem dinheiro para transportar para fora, para Macapá, para Manaus e para o Sudeste.

JC – Some-se a tudo isso a questão na tributação, não é?

Nélio – Sim, nós temos, também esse problema, pois não podemos tributar a energia na origem, no estado onde é gerada, o que é uma incongruência. Existe a questão do rateio da conta nacional, pois quando há um problema de seca no Sudeste e no Sudeste, quando são acionadas as termoelétricas, nós pagamos juntos a conta do óleo diesel consumido. Isso não é justo! Isso é como a gente ir com uma turma de cinco pessoas para um restaurante caro, e na hora de pagar a conta faz-se o rateio por dez, incluindo-se quem não participou do banquete.

Não dá para nós pagarmos uma conta que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e outros fizeram para produzir energia. Afinal de contas, as indústrias estão lá com eles, para produzir bens para eles venderem e para gerar empregos e impostos para eles. Para nós só sobra a conta. Nós somos um estado pobre no que tange a arrecadação. Os nossos deputados federais e os nossos senadores tem que brigar para parar com isso.

            Soma-se a isso a bitributação promovida pela Celpa. Em Santarém descobrimos outro problema: a Celpa não estava repassando o montante correto da arrecadação da Tarifa de Iluminação Pública. O prefeito Alexandre Von foi pra cima e a empresa começou a aumentar os valores. Aqui em Itaituba a comunidade precisa estar atenta para isso e para o problema da bitributação.


            O Pará é um grande perdedor quando o assunto é energia elétrica, seja pela tarifa que é muito elevada, seja pelo fato de ser um grande gerador de energia que não recebe tributos pela produção desse bem. Precisamos mudar isso. Mas, para que isso aconteça, é preciso que nossos políticos com mandato lutem por isso, coisa que a gente não tem visto. Em suma, somos penalizados, somos castigados pela culpa de termos um estado tão pródigo em riquezas naturais, mas, sem receber pela exploração delas a devida compensação.

Matéria publicada na edição especial de número 200, que circula desde segunda (29/06)