sábado, junho 28, 2014

Rotor de 290 toneladas da UHE Teles Pires chega à Paranaíta

Rotor de 290 toneladas da UHE Teles Pires chega à Paranaíta
O primeiro rotor da turbina que vai compor o sistema de geração de energia elétrica da Usina Hidrelétrica Teles Pires chegou ao canteiro de obras em Paranaíta, no dia 08 de junho de 2014. A peça é aguardada há 153 dias, desde que saiu de São Paulo no dia 6 de janeiro e iniciou o deslocamento, que envolveu transporte terrestre, marítimo e fluvial. 
O transporte terrestre é realizado por uma viga articulada puxada por um cavalo mecânico trator e três cavalos volvo (caminhão), com estrutura de cerca de 90 metros de comprimento e 256 pneus na carreta. Um veículo reforçado para suportar o rotor que pesa 290 toneladas e possui 5,30 metros de altura e 8,8 metros de diâmetro. Todo o conjunto pesa 626 toneladas. 
O gerente de projetos da Alstom, empresa fabricante do rotor da turbina, Adriano Fracchia, conta que a operação de transporte multimodal envolveu uma logística complexa com mais de 40 profissionais envolvidos, pertencentes à Polícia Rodoviária Federal, engenheiros, equipes de gestão, batedores, além do apoio de concessionárias de energia elétrica, polícia militar, entre outros. “É uma peça muito grande que ocupa praticamente toda a rodovia. Tivemos que fazer desvios no trajeto, resolver situações de interferência de rede elétrica, esperar por operações tapa-buracos na estrada, retirar pórticos das laterais para o veículo passar, além da baixa velocidade e paradas periódicas para manutenção do veículo”, explicou Fracchia. 
Até o final de 2014, a usina irá receber cinco rotores. As peças vão compor as turbinas responsáveis por transformar a energia hidráulica (energia da água) em mecânica (movimento das turbinas). Nesse processo, a força e a velocidade da água movimentam as turbinas que estão conectadas a um gerador, responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica. 
Segundo o gerente Técnico da Companhia Hidrelétrica Teles Pires, Túlio Machado, com a chegada do primeiro rotor, as equipes responsáveis pela montagem dos equipamentos vão realizar algumas adequações na peça. “Vamos descer o rotor da carreta na área de montagem e realizar as adequações necessárias para a instalação. O segundo passo é descer a peça no poço da turbina que fica na casa de força, com o uso das duas pontes rolantes e iniciar o processo de conclusão da montagem eletromecânica da primeira das cinco turbinas”, explicou Machado. 
De acordo com informações da empresa Alstom, a segunda unidade já está no percurso da hidrovia Paraguai/Paraná e o terceiro rotor segue para o Porto de Santos. A previsão é que as próximas peças demorem menos tempo para realizar o percurso. 
Itinerário - As carretas que fazem o transporte do primeiro rotor saíram de Taubaté (SP), no dia 06 de janeiro, em direção ao porto de Santos de onde seguiram por transporte marítimo (navio Break Bulk) até Nueva Palmira no Uruguai para continuarem o trajeto por balsa através da hidrovia Paraguai/Paraná até o município de Cáceres (MT). O rotor chegou ao estado do Mato Grosso no dia 14 de maio. A partir deste local, percorreu cerca de 1.100 quilômetros de rodovias, há uma velocidade média de 15 km/h e de 30 a 60 quilômetros por dia até chegar à Paranaíta. Todo o trajeto foi acompanhado pela Polícia Rodoviária Federal e uma equipe de engenheiros e técnicos responsáveis por auxiliar no transporte e avaliar as condições de tráfego nas rodovias, como pontes, estradas, os horários com menos fluxo de veículos, obstáculos - a exemplo de rede elétrica e avarias na pista- entre outras situações, para, assim, garantir a segurança viária da rota. 
Prevista para entrar em funcionamento no início de 2015, a Usina Hidrelétrica Teles Pires terá potência instalada de 1.820 megawatts, suficiente para abastecer cerca de cinco milhões de pessoas.
Enviado para o blog pelo géologo José Waterloo Leal

Feira da Agricultura Familiar



Ano Internacional da Agricultura Familiar

ONU declara 2014 Ano Internacional da Agricultura Familiar

A declaração inédita para o setor é resultado do reconhecimento do 

papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável 

desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.

A agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante reunião realizada em dezembro, a Assembleia Geral da ONU declarou 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A declaração inédita para o setor é resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.
“Com esta decisão, a ONU reconhece a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e para a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando sua preocupação para com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países”, analisa o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.
A declaração é considerada uma vitória das 350 organizações de 60 países ligadas à agricultura familiar que apoiaram uma campanha iniciada em fevereiro de 2008 em favor dessa decisão, na qual o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) teve papel importante. É considerada também êxito da atuação da Coordenação de Produtores da Agricultura Familiar do Mercosul (Coprofam) da qual participa a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), ambas com atuação na Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf).
“Foi uma vitória importante do ponto de vista político para fortalecer a agricultura familiar em todo o mundo. A Contag esteve mais de dois anos empenhada nessa campanha. Essas 350 organizações se uniram para sensibilizar governos a fim de que ela fosse reconhecida como instrumento de erradicação da fome de mais de um bilhão de pessoas, a estabelecer um tipo de agricultura que mantenha gente no campo e a fortalecer o sistema de agricultura familiar”, afirmou o presidente da Contag, Alberto Broch.
Florence salienta que a agricultura familiar – a qual no Brasil produz 70% dos alimentos consumidos pela população -, já é prioridade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e que a própria eleição do brasileiro José Graziano para a direção geral da organização foi um dos sintomas dessa nova atitude. “Graziano coordenou a elaboração e foi o responsável pela implantação do programa brasileiro Fome Zero, que assegurou a alimentação regular de milhares de brasileiros que estavam em situação de fome.
O ministro lembra que o governo brasileiro, por meio do MDA, tem impulsionado o setor da agricultura familiar por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que fechou 2011 com uma carteira de crédito ativa de R$ 30 bilhões, mais de 3,2 milhões de contratos ativos e com inovações importantes para a melhoria da qualidade de vida e geração de renda do segmento, como o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). “Aperfeiçoar o crédito, a assistência técnica, o apoio à comercialização e as políticas públicas construídas ao longo dos últimos anos e aprimoradas em 2011 são nossos objetivos para 2012”, disse o ministro.
Em artigo recente publicado em jornal de grande circulação, o diretor-geral recém empossado da FAO, José Graziano, afirmou que “a agricultura familiar, considerada por muitos um passivo, na verdade é um ativo estratégico dessa travessia. Ela aglutina a carência e o potencial de milhares de comunidades em que se concentram os segmentos mais frágeis da população. Qualquer ganho na brecha de produtividade aí ampliará substancialmente a disponibilidade de comida na mesa dos mais pobres e de toda a sociedade, reduzindo a dependência em relação a alimentos importados e protegendo a economia da volatilidade das cotações internacionais”.
Na avaliação do chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial do MDA, Francesco Pierri, trata-se de uma declaração importante porque fortalece o modelo da agricultura familiar perante as instituições multilaterais e a comunidade internacional. “Não é uma proclamação vinculante, porém, ela é forte. Basta ver a atenção às comunidades afrodescendentes que ocorreu em 2011 e, em 2012, será o Ano Internacional das Cooperativas, ou seja, esperamos que ocorram avanços nesse setor”, disse Pierri. Segundo ele, “a expectativa no MDA é que com essa declaração, também os blocos regionais passem a se ocupar da agricultura familiar de forma conjunta, tais como o faz o Mercosul por meio da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf)”, observa.
De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”.
O documento final da Conferência Mundial de Agricultura Familiar, realizada em outubro do ano passado, intitulado “Alimentar o mundo, cuidar do planeta”, dá conta de que atualmente há 1,5 milhão de agricultores familiares trabalhando em 404 milhões de unidades rurais de menos de dois hectares; 410 milhões cultivando em colheitas ocultas nos bosques e savanas; entre 100 e 200 milhões dedicados ao pastoreio;  100 milhões de pescadores artesanais; 370 milhões pertencem a comunidades indígenas.
Além de mais 800 milhões de pessoas que cultivam hortas urbanas. No Brasil, segundo o Censo Agropecuário de 2006, entre 1996 e 2006, havia 13,7 milhões de pessoas ocupadas na agricultura familiar.
A agricultura familiar no Brasil
A agricultura familiar é hoje responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no país -, são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite, possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e produziam 21% do trigo.
No Censo Agropecuário de 2006 foram identificados 4,3 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, o que representa 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas).
Pela lei brasileira (11.326/2006) que trata da agricultura familiar, o agricultor familiar está definido como aquele que pratica atividades ou empreendimentos no meio rural, em área de até quatro módulos fiscais, utilizando predominantemente mão-de-obra da própria família em suas atividades econômicas. A lei abrange também silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores.

Foi no sufoco

Ter o domínio da bola a maior parte do tempo não significa que determinado time vai ganhar o jogo. Porém, para fazer gol no time adversário, o primeiro requisito é estar de possa da bola.

Gente, o Chile chegou a ter quase 70% de posse de bola no primeiro tempo, jogando bem, dominando a seleção brasileira e buscando nosso gol.

Que o adversário era difícil, isso era e todos já sabíamos. Entretanto, o que se viu do lado da seleção brasileira foi uma equipe sem inspiração alguma, querendo resolver na conhecida ligação direta, quando a zaga chuta por cima do meio-campo, tentando encontrar alguém do ataque que domine e resolva o problema.

A seleção não conseguia trocar três passes certos seguidos. Assim fica complicado.

Hoje, fomos salvos pelas mãos de São Júlio César e pela trave. Mas, isso não vai funcionar em todos os jogos.

Os chilenos vão voltar pra casa, mas, se tem um chavão antigo que se aplica bem nesse caso é: com a consciência do dever cumprido.

Ainda bem que eu me preparei da melhor forma possível para não morrer, nem do coração, por fortes emoções que até este momento a seleção não proporcionou, nem de raiva, coisa em que ela tem sido pródiga.

Com uma filha como essa...

Justiça condena filha por enganar pai idoso e fazer dívida de até R$ 118 mil


Mulher é acusada de se apropriar da aposentadoria do pai de 80 anos. Idoso procurou o MP-AC para fazer denúncia, após receber cobranças.

A Justiça do Acre condenou a filha de um idoso, de 80 anos, por se apropriar dos valores referentes à aposentadoria, durante o período de janeiro de 2008 a setembro de 2010. Durante o tempo, de acordo com o Ministério Público do Acre (MP-AC), a filha contraiu cinco empréstimos bancários na conta do pai, sem nunca o ter informado. E ainda sacou a quantia de R$ 30 mil, que o aposentado possuía no banco. O prejuízo total gerado chega a aproximadamente R$ 118 mil. A mulher não chegou a ser presa, mas fez um acordo com o pai se comprometendo a devolver parte do dinheiro.
O promotor de Defesa da Cidadania, Rogério Muñoz, conta que o idoso havia transferido os poderes, por meio de procuração, para que a filha o representasse junto às instituições bancárias. E, após a verificação de um extrato, percebeu a cobrança das parcelas de empréstimos que não fez.
"O idoso tinha confiança na filha. E um dia, ele resolveu ir ao banco, puxou o extrato e se deparou com alguns empréstimos que não tinha feito. Ele conversou com um funcionário e foi confirmado que tinha sido a própria filha. Imediatamente, ele cancelou os cartões, revogou a procuração e procurou o Ministério Público para que fossem adotadas as providências criminais", conta.
Solicitado pelo MP, a Polícia Civil instaurou inquérito e foi comprovado que a suspeita havia cometido seis crimes contra o Estatuto do Idoso, com uma pena que prevê de um a quatro anos de reclusão, mais multa. O promotor diz ainda que esse tipo de crime ainda é muito frequente em todo o país.

Tabárez vê pressão e renunciará a cargo na Fifa após punição a Suárez

Integrante de comissão, técnico foge de protocolo, faz discurso de 15 minutos sem direito a perguntas e sai aplaudido pela imprensa de seu país: "Vamos que vamos"


Globo Esporte - Óscar Tabárez não deu entrevista coletiva, como sugeria o protocolo da Fifa, na tarde desta sexta-feira no Maracanã, na véspera do confronto contra a Colômbia, pelas oitavas da Copa do Mundo. Numa sala de entrevistas lotada, o treinador do Uruguai colocou os óculos e, entre leituras e fala espontânea por cerca de 15 minutos, emitiu um manifesto de total repúdio à punição dada a Luis Suárez, após mordida em Chiellini, de nove jogos e quatro meses. Já no fim, foi além e anunciou que vai renunciar ao cargo que tem em comissão de estratégia da Fifa.

- Faz muitos anos que dou minha contribuição à Fifa como instrutor. Agora, ocupo um cargo na comissão de estratégia da Fifa. Acho que vou deixar esse cargo. Não seria coerente conviver com pessoas que pressionaram para haver essa punição. Que manejam critérios e valores muito diferentes do meu. Nos próximos dias, apresentarei uma renúncia a esse cargo, cumprindo com as formalidades necessárias - explicou, em sua primeira manifestação após o desfecho do caso.
Para completar, o Maestro, apelido conferido ao treinador por seu passado como professor em escolas públicas de Montevidéu, fez um discurso de motivação para a torcida. Acabou aplaudido por  jornalistas uruguaios:
- Suárez jamais estará só. Os fãs uruguaios estão comovidos como nós. Estamos feridos, mas com uma força incrível e com muita rebeldia. Então, mais do que nunca, vamos que vamos.
Oscar Tabarez Coletiva Uruguai (Foto: Fábio Motta / Agência estado)Óscar Tabárez em coletiva no Maracanã que acabou em discurso sem perguntas (Foto: Fábio Motta / Agência estado)

Confira a íntegra do manifesto:
Vou me referir a sanção. Nos comoveu, nos ocupou as últimas horas. Vou ser muito conciso. O mais amplo possível. E depois irei ao treino em São Januário. Todo mundo tem o direito de opinar. Como treinador da seleção uruguaia, como um treinador que se considera produto do futebol uruguaio e como representante do futebol do meu país. Mas também quero me apresentar nos meus antecedentes como treinador. Fui um defensor do fair play, do futebol como formação dos jovens. Ganhei um prêmio da Fifa e um da Unesco, são distinções que agradecerei eternamente.
Severidade excessiva. Uma decisão que, evidentemente, está muito mais calcada nas opiniões dos meios de comunicação. Não sei que nacionalidade eram, mas todos os jornalistas falavam em inglês.

Quando se ocorre um incidente que não pode ser visto pelo árbitro, se usam os registros das imagens para tirar conclusões. Nós imediatamente, depois da partida, não tínhamos visto as imagens. Mas, depois da abertura do expediente e de ver as imagens, víamos a chance bastante certa de se punir um dos protagonistas. Porque foram dois. Além de Suárez, Chiellini. Não vou negar que esperávamos a sanção. Mas jamais pensávamos sentir o que sentimos ao ouvir os pormenores.

Severidade excessiva. Uma decisão que, evidentemente, está muito mais calcada nas opiniões dos meios de comunicação. Vocês sabem o que eu digo. Jornalistas que tomaram como único tema esse assunto. Não sei que nacionalidade eram, mas todos falavam em inglês. Essa pressão midiática está muito distante das imagens que vimos. Tocavam nos antecedentes de Luis, mas todos sabemos que sempre foi punido e cumpriu as sanções passadas.

Todos sabemos onde está o poder. Isso não se discute. Não pode ser de outra maneira. Não quero discutir isso. Mas podemos enfrentar esse uso indiscriminado do poder. 
Há teoria do bode expiatório. De
dar um castigo exemplar, não importa se é excessivo, para que o coletivo entenda. Há um perigo nessa forma de proceder. Que se esquece que o bode expiatório é uma pessoa. Que tem direitos.

Conheço a teoria do bode expiatório. De dar um castigo exemplar, não importa se é excessivo, para que o coletivo saiba que o que está bem, mal, o que se deveria não fazer mais. Há um perigo nessa forma de proceder. Que se esquece que o bode expiatório é uma pessoa. Que tem direitos. E, nesse caso, apesar de seus erros, deu muitas contribuições ao futebol dentro de campo. Que é a essência dessa grande competição. A contribuição dos jogadores.

Temos que pensar em soluções definitivas para os problemas. Quem perde, quem ganha com isso? Quem se beneficiou, quem saiu prejudicado? Se evitarão, depois disso, todos os excessos, todas as agressões? Só com decisões desse tipo? Duvido muito. Antes e depois desse episódio, se viram coisas que são medidas de formas muito diferentes.

Isso é omissão, não se trata todos os casos de agressão e indisciplina. E se chega ao exagero no caráter da pena. Não estou justificando nada. Não creio que não se deva punir. Mas isso é entre pessoas. Temos que dar uma chance a quem se equivoca. Queremos dizer que, com a nossa visão, claro que muito subjetiva, conhecemos bem o protagonista disso. Não podemos definir apenas pelos erros. Há o outro lado. Essa é a mensagem. A severidade foi excessiva.
Todos sabemos onde está o poder. Isso não se discute. Não pode ser de outra maneira. Não quero discutir isso. Mas podemos enfrentar esse uso indiscriminado do poder.

Faz muitos anos que dou minha contribuição à Fifa como instrutor. Agora, ocupo um cargo na comissão de estratégia da Fifa. Acho que vou deixar esse cargo. Não seria coerente conviver com pessoas que pressionaram para haver essa punição. Que manejam critérios e valores muito diferentes do meu. Nos próximos dias, apresentarei uma renúncia a esse cargo, cumprindo com as formalidades necessárias.

Suárez jamais estará só. Que os fãs uruguaios, que estão comovidos Estamos feridos, mas com uma força incrível e com muita rebeldia. Então, mais do que nunca, vamos que vamos. 
Sobre a punição
Luis Suárez surpreendeu o mundo do futebol ao voltar aos gramados menos de um mês após operar o joelho. Em um período menor ainda, ele jogou por terra a chance pela qual lutou de forma tão árdua. A mordida em Chiellini acarretou a maior suspensão da história da Copa do Mundo. O "recorde" anterior era do italiano Mauro Tassotti, suspenso por oito partidas por ter quebrado o nariz de Luis Enrique, da Espanha, em 1994.
O atacante terá de cumprir os nove jogos de suspensão em jogos da seleção uruguaia, o que deve tirá-lo até de jogos da Copa América de 2015. De acordo com a chefe de comunicação da Fifa, Delia Fischer, após os quatro meses Suárez poderá disputar amistosos com a seleção e atuar normalmente pelo Liverpool, seu clube na Inglaterra, que vai se pronunciar oficialmente após receber o relatório oficial da Fifa. As transferências, entretanto, não são afetadas por esse banimento por quatro meses. 

sexta-feira, junho 27, 2014

Zagueiro mordido por Suárez, Chiellini diz que a pena ao uruguaio foi excessiva

RIO - (O Globo)
 O zagueiro Giorgio Chiellini disse nesta sexta-feira que a pena aplicada pela Fifa ao atacante Luís Suárez foi “excessiva”. Em uma mensagem postada em seu site oficial, o jogador, que foi mordido pelo pelo uruguaio durante a derrota da Itália para a Celeste por 1 a 0, disse que espera pelo menos que o atacante tenha a permissão de acompanhar a seleção dele até o fim da Copa. Suárez, no entanto, já voltou para o Uruguai.

Suárez foi punido com a pena de nove jogos de suspensão de partidas da seleção e ainda foi banido por quatro meses de qualquer atividade esportiva. Assim, ele desfalcará o Liverpool até novembro, perdendo os três primeiros jogos da Liga dos Campeões da Europa, além de diversas partidas do Campeonato Inglês. O atacante ainda foi multado em 100 mil francos suíços (R$ 247,2 mil).

“Sempre considerei acima de erros a ação disciplinar por parte dos organismos competentes, mas ao mesmo tempo acredito que a fórmula proposta é excessiva. Espero sinceramente que permitam a ele ficar ao menos perto de sua equipe durante as partidas, porque, para um jogador, tal proibição é alienante”.

Após a partida e ainda revoltado com a agressão sofrida, Chiellini havia desafiado a Fifa a dar uma punição ao atacante que o mordera. O zagueiro dissera, no entanto, que a entidade desejava que todas as estrelas jogassem a Copa do Mundo.

Com a decisão tomada pela entidade, Chiellini disse não ter nenhum sentimento de vingança.

“Dentro de mim não há qualquer sentimento de vingança ou raiva contra Suárez pelo que aconteceu no campo. Só permanece a raiva e o desapontamento pela partida. No momento, meus pensamentos estão com Luís e sua família, porque ele vai enfrentar um período muito difícil”.