quarta-feira, dezembro 14, 2011

Beto Barbosa não gostou do resultado do plebiscito

Essa eu pesquei do blog do amigo Gilson Vasconcelos, tendo como fonte o UOL. Achei interessante e  deve ser lida.

Jota Parente
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Dois artistas paraenses, duas reações sobre o plebiscito que rejeitou a criação dos Estados de Tapajós e Carajás a partir do território paraense. A cantora Fafá de Belém festejou. Já Beto Barbosa, famoso pelo sucesso “Adocica”, ficou amargurado com a derrota da divisão.

Radicado em São Paulo, o cantor prometeu tirar seus familiares do Pará. “Na primeira oportunidade que eu tiver, vou tirar minha família de lá. Saí do Pará há 25 anos e há 20 anos não faço show lá, nem por R$ 1 milhão. Não podemos ser egoístas e impedir as pessoas de crescerem.”Beto Barbosa se diz revoltado principalmente pela diferença social entre as regiões. “Se Tapajós e Carajás virassem Estado iam crescer e mudar aquela situação de total carência das pessoas que moram naquela região. É inadmissível saber que existem pessoas que ainda moram em palafitas, sem banheiro, sem médicos e tem de enfrentar dias de barco, doentes para um socorro, que muitas vezes não têm.”

“Não tenho do que me orgulhar do Pará dessa forma que está. Tenho pena do povo e, como cidadão, não posso ficar calado e deixar que o Estado continue nesse atraso”, completou o cantor de sucesso nos anos 80.

Ele afirma que vai continuar na campanha pela divisão do Estado. “Nasci em Belém e uso minha voz para fazer a voz do Pará esquecido, carente e desassistido. Continuo fazendo parte dos 35% que querem a divisão daquele Estado, que quer a independência.”

Beto Barbosa classifica o Pará como um “barril de pólvora” violento e desordenado. “Num país democrático como o nosso não poderia existir um Estado tão grande em território porque o povo fica desassistido de tudo, onde o atraso e a corrupção predominam. Vejo a decadência do Pará e do seu povo sofrido, que agora vão sofrer nas mãos desses políticos que continuam a se revezar no poder.”
 
Já a cantora Fafá de Belém viu com muita esperança o resultado do plebiscito. “Esse ‘não’ mostra que as pessoas ficaram conscientes da importância de estar juntas. Todos os intelectuais paraenses e amazônicos foram unânimes na campanha do ‘não’, pois entendemos que esse plebiscito focava o interesse de poder pessoal e político-socioeconômico “, afirmou a conhecida “musa das Diretas Já”.

Ela, que chorou em spot publicitário da campanha do “não”, estranhou o clima emocional anterior à votação. “Eles apostaram no ódio para a divisão de um povo para que o paraense se sentisse desvalorizado, mas tivemos maturidade de entender que unidos é que conseguiremos mudar essa exclusão social. Sozinhos, iríamos perder forças. Continuo emocionada com a nossa vitória, que viu como um esquartejamento a separação do Pará e agora, juntos, vamos cobrar uma nova maneira de gerir o Estado.”

Itaituba anos

CANTOR GOSPEL ANDRÉ VALADÃO É ATRAÇÃO NO ANIVERSÁRIO DE ITAITUBA

A extensa programação em comemoração ao aniversário de 155 anos de
Itaituba, reunião várias atrações nos mais diversos segmentos,
cultural e religiosa. Para abri a programação a nível religiosa o
prefeito Valmir Clímaco, trouxe para comemorar a data festiva o cantor
gospel de renome nacional André Valadão.

Um grande público esteve
presente na Avenida Getúlio Vargas, onde foi montado um grande palco
para receber as mais variadas programações que acontecerá no decorrer
de três dias de muitas comemorações em saudação aos 155 anos de
fundação da cidade pepita.


O público alvo para a atração do show de André Valadão na sua maioria
foi religiosa, que prestigiou e participou do show do astro gospel que
encantou os presentes com sua voz de ouro. André Valadão e banda foram
as principais atrações da noite de terça-feira (13), um show que sem
duvida ficará para a história de Itaituba como um dos momentos de
espiritualidade, fé e muito louvor a Deus em forma de canção. Para o
público presente, o prefeito Valmir Climaco foi muito feliz na escolha
da atração religiosa.
Parabéns Itaituba, pelos 155anos!!!

Anderson Tadeu O. Pantoja
Coord. de Comunicação – PMI

Muita a contribuir

Caro Parente,

Primeiramente, permita cumprimentá-lo por sua galhardia, pois enquanto muita gente com um problema de saúde menor que o seu estaria, com toda razão, apenas correndo atrás de cura, você ainda arranaja tempo para se preocupar com questões macro, como essa do nosso mal fadado plebiscito.

Concordo com você, que há derrotas e derrotas. Essa foi difícil de engolir pelos meios usados para amedrontar quem estivesse disposto a dar seu voto em favor da emancipação das duas regiões. Estudar um novo reordenamento geopolítico de nosso país é o mínimo que a gente deveria esperar das nossas ditas cabeças pensantes. Em vez disso, pensam apenas nas suas paróquias, deixando o Brasil como um todo em segundo plano. Quebramos as amarras com Portugal, em 1822, mas, continuamos tendo comportamento de metrópole, como naqueles tempos.

Vamos continuar pagando um preço alto por isso. Até mesmo gente de quem se esperava muito mais, como o vice-governador Helenilson Pontes, foi fraco, muito fraco desse momento.

Que Deus tenha pena de nós, pois dessa elite de Belém não se pode esperar nada de bom.

Abraços, e que voce possa ter sua plenitude de sua saúde de volta, o mais rápido. Você ainda tem muito, mas muito a contribuir com essa região tapajônica

João Carlos Albuquerque Dalmada

Roberto C. Limeira de Castro

Jota Parente, Seu nome já está registrado na história dos Estados de Tapajós e Carajás que acabam de ser criados por outorga do povo. Sua luta tem sido titânica e eu, mesmo a 3000 quilômetros de distância acompanho-a de perto. Estamos todos orando com todas as forças de nossa energia para a sua pronta recuperação.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Estágio do tratamento

     Amigos leitores do blog,

     Ontem aconteceu a primeira sessão de quimioterapia. Fiquei seis horas na clínica, sendo assistido pelo Dr. Fuzita.

     Estou reagindo bem aos efeitos bastante fortes da medicação, melhor do que eu poderia esperar. A segunda sessão já está marcada a segunda sessão para o dia 2 de janeiro próximo.

     Continuo atento a agradecido pelas mensagens e orações de todos os amigos. Continuemos nossa corrente e tudo dará certo no final

Quem perdeu mais foi o Pará

Jota Parente 

    Eu sempre disse nas minhas falas, durante as reuniões das quais fiz parte na condição de coordenador do Movimento Pela Criação do Estado do Tapajós, em Itaituba, que
não estava lutando, nem conclamando meus ouvintes para deixarmos ser paraenses, naturalidade da qual sempre me orgulhei. Nosso objetivo não tinham cunho exclusivamente separatistas, pelo prazer de separar. O queríamos era ter o direito de gerenciar os nossos próprios destinos, sem nenhum tipo de sentimento xenofóbico.


     Por causa do meu estado de saúde, fiquei totalmente alheio ao que aconteceu domingo, durante a votação no plebiscito no qual o não venceu com números arrasadores, graças ao terrorismo imposto pelo governo do estado, usando de todos os expedientes, até sórdidos, para que o que poderia vir a ser o Pará remanescente votasse maciçamente  no não.


     Somente hoje, do meio dia para tarde senti-me em condições de dar minha opinião, na
certeza de que muitos leitores aguardam por ela.


     Confesso que, diante das circunstâncias em que aconteceu esse plebiscito, SAIO MENOS PARAENSE desse processo. Sei que isso vai geral muitos comentários de apoio e tantos outros raivós, podendo até haver quem deseje que eu me mude de estado, se não estou satisfeito com este. Sei qual for o comentário, desde que identificado seu autor, será publicado.


Hoje, posso afirmar que se tivesse que recomeçar essa luta, já não repetiria mais que não estaria lutando para deixar ser paraense, pois dada a sordidez dos comandantes do Poder, em Belém na condução da campanha e a conivência silenciosa de figuras ilustres como o vice-governador Helenilson Pontes, como democrata que sou, aceito o resultado das urnas, mas, aceito não sem estrilar pelo modo como esses eleitores foram motivados a votar no não.


     O Pará já entrou fracionado nessse plebiscito, como foi dito por inúmeros colegas por meio de artigos brilhantes, como fizeram os doutores Manuel Dutra e Raimunda Monteiro, para citar apenas dois deles. E eu, mais do que antes, tenho convicção de que essa divisão passa a ser muito mais evidente, a partir de agora, pois além do velho sonho da emancipação pelos motivos amplamente conhecidos, passa a existir um rancor, que deixa de ser latente para tornar-se manifesto.
     Que ninguém se iluda. A próxima campanha estadual vai ter contornos de xenofobia, sim. Os vereadores desses municípios da área do que pretendia ser o estado do Tapajós vão ter trabalho para vender candidatos a deputados estaduais e federais, sobretudo de Belém e adjacências. 
Pelo amor de Deus, não confundir com candidatos de fora, colocando tudo num mesmo saco, pois tem gente como José Megale, Alexandre Von, Airton Faleiro, Júnior Ferrari, Josifina Carmo e todos os outros que são da região e vestiram a camisa do SIM.


E não somente vereadores que terão essa dificuldade. Prefeitos que fizeram corpo mole também terão que explicar para seus eleitores porque fizeram menos do que podiam.
Meus companheiros dessa reta final da luta, aí em Itaituba, parabéns a todos vocês. Certamente vou cometer alguma injustiça, pois não conseguirei lembrar os nomes de todos. Mas sintam-se homenageados em nome de Afábio Borges (CDL), Patrick Sousa (ACEII), Cleris (CDL), Wagner Arouca (Teletrin), Diego Mota (API), Ivan Araújo (Tapajoara), Loramar Santos e Antônio Santana (Alternativa FM), Vereador César Aguiar (Câmara Municipal) e tantos outros que a memória não recorda neste momento.


Companheiros, vocês fizeram o que tinha que ser feito; fizeram um ótimo trabalho. A gente sabia que nossa luta era contra um girante infinitamente maior do que nós. Mas, nem isso nos amedrontou. Perdemos, sim, pois os números nos foram amplamente desfavoráveis. Mas, vencemos, ao mostramos para os comandantes da metrópole e adjacências, que existe, sim uma enorme insatisfação de todos nós do oeste com o que eles fazem com conosco.


Mais do que apenas reclamarmos entre nós o que acontece no dia a dia, reclamações que entram por um ouvido e saem do outro, dos seguidos governos do Pará, nosso grito, dessa vez ecoou bem mais longe. Não há como deixar de reconhecer que os comentários feitos pela Rede Globo, para todo o Brasil, no balanço geral, nos foram favoráveis. Agora os nosso líderes não podem mais dizer que não sabiam que o governo faz tão pouco por nós. Nisso estou convencido que saímos vencedores dessa contenda.


Hoje, valendo-me da ajuda de minha mulher, Marilene, para produzir este texto, estou preste a completar dois meses ausente de minha cidade querida, Itaituba, cuidando de recuperar minha saúde, porque o incompetente governo do meu Estado, o que passou, o da Ana Júlia, conseguiu o supremo milagre de sucatear a rede de saúde pública que o Dr. Almir Gabriel deixou muito bem montada, sendo referência em toda a região Norte, que o Jatene no seu primeiro governo conseguiu manter mais ou menos e que até agora só tem falado e nada tem feito nessa área para diminuir o estrago provocado por sua antecessora.


A referência em qualidade de serviço de saúde e qualidade no atendimento é Manaus. De cada 10 médicos com quem se fala Santarém, dificilmente um só não sugere ao paciente vir para Manaus, sobretudo em se tratando de casos de Câncer. Alguns mais próximos da gente e mais diretos chegam a dizer: não perca tempo indo para Belém, o caminho é Manaus.


Aqui no Amazonas, municípios muito menos populosos dos que Itaituba contam até com tomógrafo em hospital público. É por isso que lutamos tanto para emancipar, para tirar esse atraso enorme. Mas, a metrópole não queria perder a colônia, que foi como sempre fomos e continuaremos sendo tratados.


Tapajós e Carajás perderam, principalmente nós que somos considerados os primi os pobres, perdemos. Mas estou mais do que nunca, convencido de que perdeu muito mais o Pará, assim como o Brasil, que analisou a criação de dois novos estados, somente como despesa, despesa e despesa, quando se deveria olhar como um investimento futuro com resultados positivos para a balança comercial brasileira em pouco tempo. Olhou-se apenas pelo lado político, no caso dos detentores do poder, do Sul e do Sudeste. Mais seis senadores para equilibrar ainda mais o jogo do Senado e mais 16 deputados federais para também equilibrar as forças na Câmara Federal. Eles tem um pavor disso.


Certamente, há muito mais coisas a serem ditas sobre esse assunto, mas, concluo reiterando o que disse lá no começo. Sinto-me apenas em parte derrotado, porque os números são incontestáveis. Entretanto, junto com todos os companheiros que empunharam essa bandeira, considero-me vitorioso diante dos números apresentados por Itaituba, que deixou bem claro seu sentimento em relação ao governo do estado do Pará.


Saio dessa luta, tão tapajônico quanto entrei, porém, bem menos Paraense. Hoje sou um paraense por obrigação, sem o mesmo entusiasmo que sempre tive com as coisas do meu estado.


Autor: Jota Parente
Redigido por Marilene Parente


Repúdio pela posição do governador e do vice

PODER LEGISLATIVO
CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM
Avenida Dr. Anysio Chaves, 1001.
CEP 68.030-290 - Santarém - Pará
CNPJ nº 10.219.202/0001-82

MOÇÃO DE REPUDIO Nº. /2011
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Vereadores,

A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM no uso de suas atribuições regimentais, acordado com o regimento interno da Casa e em nome da população que aqui representamos, observando a grande votação no plebiscito realizado no domingo dia 11 de dezembro, onde o povo santareno e do Oeste do Pará confirmou o desejo histórico para obter sua emancipação política e administrativa, com mais de 98% de confirmação em favor do SIM teve seu sonho “apenas” adiado.

DAÍ POR QUE, nossa manifestação de REPÚDIO ao Governo do Estado do Pará e ao Governador Senhor SIMÃO OLIVEIRA JATENE, por não ter honrado sua palavra de se manter neutro como magistrado, referente ao plebiscito, se manifestando abertamente em favor do NÃO.

Sala das Sessões, Plenário da Câmara Municipal de Santarém, em de dezembro de 2011.


JOSÉ MARIA TAPAJÓS EMIR AGUIAR NÉLIO AGUIAR
Vereador – PMDB Vereador – PR Vereador - PMN



CARLOS JAIME GERLANDE CASTRO MAURÍCIO CORRÊA
Vereador – PT Vereador – PSD Vereador - PSD



HENDERSON PINTO ERASMO MAIA REGINALDO CAMPOS
Vereador – DEM Vereador – DEM Vereador - PSB




MARCELA TOLENTINO IVETE BASTOS EVANDRO CUNHA
Vereadora – PDT Vereadora – PT Vereador – PDT



JAILSON DO MOJUI VALDIR MATIAS JR.
Vereador – PSDB Vereador - PV