Nível do Tapajós quarta-feira

Caso Roselito: saiu o parecer do MP

Há poucos instantes foi divulgado o parecer do Ministério Público a respeito do recurso do PMDB contra o prefeito Roselito Soares, sob a acusação de abuso de poder econômico, na eleição de Outubro do ano passado.

O Ministério Público entendeu que não há provas suficientes que incriminem o atual prefeito, sugerindo o arquivamento do caso.

O parecer está em poder do juiz eleitoral, Dr. Arnaldo Albuquerque. Segundo comentários apurados pelo blog nos corredores do Fórum de Itaituba, há grandes possibilidades do juiz dar a sentença do caso até amanhã.

O parecer do MP é uma ducha jogada nas lideranças do PMDB local, embora as mesmas ainda acreditem que a sentença da Justiça Eleitoral será favorável ao empresário Valmir Climaco.

Buracos

A cidade de Itaituba tem buracos que não acabam mais, em quase todas as ruas asfaltadas. E que a Prefeitura não use a chuva como desculpa, porque tem havido alguns intervalos que permitem a realização, ao menos, de trabalhos para que os buracos sejam tapados.

Nem a tão esperada chegada do empresário Afábio Borges, que há um mês assumiu como secretário de infra-estrutura, resolveu o problema. Tem rua que nem mesmo de moto se consegue desviar de tanto burado que há.

A chapa esquentou

O clima esquentou na Câmara de Itaitauba, ontem, depois que o vereador César Aguiar (PR), no intuito de desqualificar as acusações da oposição sobre a situação da saúde no município, fez ironias.

O vereador João Crente (PMDB) não gostou e foi tomar satisfações com seu colega de parlamento.

Peninha tem reagido às ironias de César, mas, de forma mais comedida. João Crente é mais esquentado e não gosta de levar desaforos para casa. César tentou minimizar o incidente, que ainda poderá render bem mais, se o clima continuar.

Doutora em biologia comenta sobre a Hidrelétrica de São Luiz

Até que enfim o assunto Hidrelétrica São Luiz do Tapajós chega às ruas de Itaituba! Entretanto sinto falta de uma divulgação mais substanciada, pois o tema tem uma relevância absurda e está sendo tratado apenas como obra de engrandecimento econômico.

Em 09 de dezembro de 2008 foi defendida uma monografia de especialização na UFPA sobre os impactos sócio-ambientais dos grandes cinco projetos hidrelétricos realizados na amazônia. Na discussão se observou que os erros foram absurdos e as consequências estão aí, até hoje, embaixo dos nossos olhos.

E por incrível que pareça o autor da monografia mora em Itaituba e está profundamente preocupado com o foco que está sendo dado a nível de planejamento sócio-ambiental deste empreendimento. Para maiores informações, deixo aqui o meu e-mail, pois fui a orientadora da citada monografia: lizcarme@hotmail.comEspero poder colaborar de alguma forma positiva para o crescimento do nosso município, não só econômico.

Liz Carmem Silva-Pereira (Dra. em Biologia)

Problemas técnicos

Por problemas técnicos, o blog deixou de ser atualizado por alguns dias.

Ubaldo, 80 anos hoje...

Lí no blog do amigo Jeso, que meu saudoso amigo Ubaldo Corrêa estaria completando 80 anos de idade, hoje, se estivesse vivo. Ele morreu há 13 anos em Brasília, em pleno exercício do mandato de deputado federal.

Ao ler a nota do Jeso, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a forma como conheci pessoalmente, e como comecei a conviver com Ubaldo. Então, resolvi contar aqui essa história.

O ano era 1985. Mês de março. Eu era coordenador de programação da Rádio Rural de Santarém, cargo que herdei de meu grande amigo Santino Soares.

Estava eu, tranquilo em minha casa, na Avenida Sérgio Henn (ainda Avenida Mararu, naquela epóca), quando Benedito Guimarães, que era amigo muito próximo de Ubaldo e também era meu amigo, chegou para fazer-me uma visita.

Lá pelas tantas, depois de jogarmos muita conversa fora, Bené entrou no assunto.

"Olha, Parente. Eu estou aqui, em nome do Ubaldo, para te convidar para assumir a gerência da Rádio Tropical, que é a rádio dele, a qual vai ser inaugurada em maio. E não quero um não como resposta", disse ele.

Pois minha resposta é não, respondi eu. Não quero conversa com esse homem, de jeito nenhum.

Minha recusa se devia ao fato de minha família ser do PSD e Ubaldo da UDN, nos anos 50 e começo dos anos 60. Naquele tempo, partido político era pior do que time de futebol. Quando a gente era de um lado, não queria nem saber de quem era do outro.

Não satisfeito com a recusa, Bené pediu para o Antônio Cardoso reiterar o convite. Novamente, respondi que não queria conversa com aquele homem.

Quando eu pensava que já estava livre daquele assédio, eis que o Bené chegou em casa novamente. E foi logo dizendo:

"Parente, que vim aqui como teu amigo. Eu ainda não falei para o Ubaldo que tu não queres trabalhar com ele. Então, peço que não me deixes nesta situação embaraçosa. Pelo menos, vai lá e conversa com ele. Se não quiseres, não ficas, mas, ao menos vai conversar, se não, vou ficar com a cara no chão".

Tá bom Bené, eu vou, mas é só porque tu estás insistindo. Por mim, eu não iria, de jeito nenhum!

No dia seguinte, lá fui eu conversar com o Dr. Ubaldo, como era respeitosamente tratado.

Chegando lá, fui logo recebido por ele, que muito amável, formulou o convite para que eu fosse o primeiro gerente da Rádio Tropical, explicando que eu teria carta branca. Além disso, o salário que ele me ofereceu era melhor do que eu ganhava na ocasião. Gostei da conversa e do tratamento que ele me dispensou. A impressão anterior caiu por terra.

Aceitei o convite e saí de lá para a Rádio Rural, a fim de conversar como a direção da emissora, para comunicar minha decisão de mudar de casa.

Fui, fiquei três anos e meio e alicercei uma grande amizade com o Dr. Ubaldo e com seu filho, meu querido amigo Rui Corrêa.

Portanto, nesta data em que se comemoraria o 80º aniversário de Ubaldo Corrêa, lembro dele, não como um ex-patrão, mas como um amigo muito sincero e leal. Guardo dele as melhores lembranças de uma boa convivência que tivemos.