Até que enfim o assunto Hidrelétrica São Luiz do Tapajós chega às ruas de Itaituba! Entretanto sinto falta de uma divulgação mais substanciada, pois o tema tem uma relevância absurda e está sendo tratado apenas como obra de engrandecimento econômico.
Em 09 de dezembro de 2008 foi defendida uma monografia de especialização na UFPA sobre os impactos sócio-ambientais dos grandes cinco projetos hidrelétricos realizados na amazônia. Na discussão se observou que os erros foram absurdos e as consequências estão aí, até hoje, embaixo dos nossos olhos.
E por incrível que pareça o autor da monografia mora em Itaituba e está profundamente preocupado com o foco que está sendo dado a nível de planejamento sócio-ambiental deste empreendimento. Para maiores informações, deixo aqui o meu e-mail, pois fui a orientadora da citada monografia: lizcarme@hotmail.comEspero poder colaborar de alguma forma positiva para o crescimento do nosso município, não só econômico.
Liz Carmem Silva-Pereira (Dra. em Biologia)
quinta-feira, abril 23, 2009
terça-feira, abril 21, 2009
Ubaldo, 80 anos hoje...
Lí no blog do amigo Jeso, que meu saudoso amigo Ubaldo Corrêa estaria completando 80 anos de idade, hoje, se estivesse vivo. Ele morreu há 13 anos em Brasília, em pleno exercício do mandato de deputado federal.
Ao ler a nota do Jeso, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a forma como conheci pessoalmente, e como comecei a conviver com Ubaldo. Então, resolvi contar aqui essa história.
O ano era 1985. Mês de março. Eu era coordenador de programação da Rádio Rural de Santarém, cargo que herdei de meu grande amigo Santino Soares.
Estava eu, tranquilo em minha casa, na Avenida Sérgio Henn (ainda Avenida Mararu, naquela epóca), quando Benedito Guimarães, que era amigo muito próximo de Ubaldo e também era meu amigo, chegou para fazer-me uma visita.
Lá pelas tantas, depois de jogarmos muita conversa fora, Bené entrou no assunto.
"Olha, Parente. Eu estou aqui, em nome do Ubaldo, para te convidar para assumir a gerência da Rádio Tropical, que é a rádio dele, a qual vai ser inaugurada em maio. E não quero um não como resposta", disse ele.
Pois minha resposta é não, respondi eu. Não quero conversa com esse homem, de jeito nenhum.
Minha recusa se devia ao fato de minha família ser do PSD e Ubaldo da UDN, nos anos 50 e começo dos anos 60. Naquele tempo, partido político era pior do que time de futebol. Quando a gente era de um lado, não queria nem saber de quem era do outro.
Não satisfeito com a recusa, Bené pediu para o Antônio Cardoso reiterar o convite. Novamente, respondi que não queria conversa com aquele homem.
Quando eu pensava que já estava livre daquele assédio, eis que o Bené chegou em casa novamente. E foi logo dizendo:
"Parente, que vim aqui como teu amigo. Eu ainda não falei para o Ubaldo que tu não queres trabalhar com ele. Então, peço que não me deixes nesta situação embaraçosa. Pelo menos, vai lá e conversa com ele. Se não quiseres, não ficas, mas, ao menos vai conversar, se não, vou ficar com a cara no chão".
Tá bom Bené, eu vou, mas é só porque tu estás insistindo. Por mim, eu não iria, de jeito nenhum!
No dia seguinte, lá fui eu conversar com o Dr. Ubaldo, como era respeitosamente tratado.
Chegando lá, fui logo recebido por ele, que muito amável, formulou o convite para que eu fosse o primeiro gerente da Rádio Tropical, explicando que eu teria carta branca. Além disso, o salário que ele me ofereceu era melhor do que eu ganhava na ocasião. Gostei da conversa e do tratamento que ele me dispensou. A impressão anterior caiu por terra.
Aceitei o convite e saí de lá para a Rádio Rural, a fim de conversar como a direção da emissora, para comunicar minha decisão de mudar de casa.
Fui, fiquei três anos e meio e alicercei uma grande amizade com o Dr. Ubaldo e com seu filho, meu querido amigo Rui Corrêa.
Portanto, nesta data em que se comemoraria o 80º aniversário de Ubaldo Corrêa, lembro dele, não como um ex-patrão, mas como um amigo muito sincero e leal. Guardo dele as melhores lembranças de uma boa convivência que tivemos.
Ao ler a nota do Jeso, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a forma como conheci pessoalmente, e como comecei a conviver com Ubaldo. Então, resolvi contar aqui essa história.
O ano era 1985. Mês de março. Eu era coordenador de programação da Rádio Rural de Santarém, cargo que herdei de meu grande amigo Santino Soares.
Estava eu, tranquilo em minha casa, na Avenida Sérgio Henn (ainda Avenida Mararu, naquela epóca), quando Benedito Guimarães, que era amigo muito próximo de Ubaldo e também era meu amigo, chegou para fazer-me uma visita.
Lá pelas tantas, depois de jogarmos muita conversa fora, Bené entrou no assunto.
"Olha, Parente. Eu estou aqui, em nome do Ubaldo, para te convidar para assumir a gerência da Rádio Tropical, que é a rádio dele, a qual vai ser inaugurada em maio. E não quero um não como resposta", disse ele.
Pois minha resposta é não, respondi eu. Não quero conversa com esse homem, de jeito nenhum.
Minha recusa se devia ao fato de minha família ser do PSD e Ubaldo da UDN, nos anos 50 e começo dos anos 60. Naquele tempo, partido político era pior do que time de futebol. Quando a gente era de um lado, não queria nem saber de quem era do outro.
Não satisfeito com a recusa, Bené pediu para o Antônio Cardoso reiterar o convite. Novamente, respondi que não queria conversa com aquele homem.
Quando eu pensava que já estava livre daquele assédio, eis que o Bené chegou em casa novamente. E foi logo dizendo:
"Parente, que vim aqui como teu amigo. Eu ainda não falei para o Ubaldo que tu não queres trabalhar com ele. Então, peço que não me deixes nesta situação embaraçosa. Pelo menos, vai lá e conversa com ele. Se não quiseres, não ficas, mas, ao menos vai conversar, se não, vou ficar com a cara no chão".
Tá bom Bené, eu vou, mas é só porque tu estás insistindo. Por mim, eu não iria, de jeito nenhum!
No dia seguinte, lá fui eu conversar com o Dr. Ubaldo, como era respeitosamente tratado.
Chegando lá, fui logo recebido por ele, que muito amável, formulou o convite para que eu fosse o primeiro gerente da Rádio Tropical, explicando que eu teria carta branca. Além disso, o salário que ele me ofereceu era melhor do que eu ganhava na ocasião. Gostei da conversa e do tratamento que ele me dispensou. A impressão anterior caiu por terra.
Aceitei o convite e saí de lá para a Rádio Rural, a fim de conversar como a direção da emissora, para comunicar minha decisão de mudar de casa.
Fui, fiquei três anos e meio e alicercei uma grande amizade com o Dr. Ubaldo e com seu filho, meu querido amigo Rui Corrêa.
Portanto, nesta data em que se comemoraria o 80º aniversário de Ubaldo Corrêa, lembro dele, não como um ex-patrão, mas como um amigo muito sincero e leal. Guardo dele as melhores lembranças de uma boa convivência que tivemos.
A coisa tá feia
Não está sendo fácil administrar muitos municípios brasileiros neste momento de crise, que fez com que os repasses do governo federal caissem muito.
Para se ter uma idéia, o dinheiro que caiu na conta de algumas prefeituras da região foi muito pouco e não dá para nada. Como dia 20 de todo mês as prefeituras precisar repassar o dinheiro das câmaras, se não fosse pelo ICMS que algumas recebem, não teriam como cumprir esse compromisso.
A Prefeitura de Itaituba recebeu R$ 80 mil; Aveiro, R$ 28 mil e Trairão menos de R$ 24 mil.
Assim, realmente, fica complicado.
Para se ter uma idéia, o dinheiro que caiu na conta de algumas prefeituras da região foi muito pouco e não dá para nada. Como dia 20 de todo mês as prefeituras precisar repassar o dinheiro das câmaras, se não fosse pelo ICMS que algumas recebem, não teriam como cumprir esse compromisso.
A Prefeitura de Itaituba recebeu R$ 80 mil; Aveiro, R$ 28 mil e Trairão menos de R$ 24 mil.
Assim, realmente, fica complicado.
É preciso discutir as hidrelétricas do Tapajós
Fui informado que serão realizadas duas audiências públicas em nosso município, para debater o assunto das "famigeradas" hidrelétricas. No dia 30.04 em Itaituba e no dia 01.05 em São Luis do Tapajós.
Precisamos mobilizar as entidades representativas de nossa população, para manifestar o nosso repúdio para mais essa ação desencontrada do Governo Federal em nossa região.
Inicialmente, disseram que a obra não causaria impacto ambiental, pois seria construída através de túneis escavados sob as cachoeiras, mas na realidade vão construir uma barragem com 38 metros de altura que irá inundar áreas do Parque ,da Flona da Vila de Pimental, Jatobá, Penedo, etc.... o que convenhamos é um verdadeiro absurdo!
Arquiteto Mário de Miranda
----------------------
Correto, meu caro amigo Mário. Já há alguns outdoors espalhados pela cidade convidando para o evento.
Espero que a comunidade itaitubense compreenda a importância dessa discussão.
Sei que tem gente com cifrões nos olhos, que só faz as contas dos lucros que essas obras poderão trazer, esquecendo-se que existem os efeitos colaterais.
Conclamo meus companheiros da imprensa local para fomentarmos essa discussão. Como formadores de opinião, nossa responsabilidade é muito grande.
Vamos seguir o exemplo do pessoal de Altamira, que forçou o governo a refazer substancialmente o projeto de construção de Belo Monte. Lá, não vai ser como as entidades e a comunidade em geral gostariam que fosse, mas, também não será do jeito que o governo e quem vai tocar a obra gostariam que fosse.
Estamos falando da vida do Rio Tapajós, um imenso tesouro que poderá ser muito prejudicado, se não nos manifestarmos.
Esse assunto é tratado de maneira muito débil em Itaituba. Parece que a maior das cinco hidrelétricas propostas vai ficar a centenas de quilômetros daqui, não bem perto da cidade. Além disso, vai envolver diversas comunidades tradicionais. Para citar somente duas, São Luís e Pimental, que deverão desaparecer do mapa.
Não vamos permitir que as hidrelétricas sejam construídas de qualquer maneira.
Particularmente, não sou contra a construção, porque sei da necessidade que o país tem aumentar a produção de energia elétrica, para evitar um apagão. O que não pode é fazer hidreléticas aqui, para resolver, basicamente, o problema do sul e do sudeste, e a gente ficar apenas com o ônus da obra.
Vamos discutir, vamos participar desse seminário do qual o Mário falou acima.
Jota Parente
Precisamos mobilizar as entidades representativas de nossa população, para manifestar o nosso repúdio para mais essa ação desencontrada do Governo Federal em nossa região.
Inicialmente, disseram que a obra não causaria impacto ambiental, pois seria construída através de túneis escavados sob as cachoeiras, mas na realidade vão construir uma barragem com 38 metros de altura que irá inundar áreas do Parque ,da Flona da Vila de Pimental, Jatobá, Penedo, etc.... o que convenhamos é um verdadeiro absurdo!
Arquiteto Mário de Miranda
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Correto, meu caro amigo Mário. Já há alguns outdoors espalhados pela cidade convidando para o evento.
Espero que a comunidade itaitubense compreenda a importância dessa discussão.
Sei que tem gente com cifrões nos olhos, que só faz as contas dos lucros que essas obras poderão trazer, esquecendo-se que existem os efeitos colaterais.
Conclamo meus companheiros da imprensa local para fomentarmos essa discussão. Como formadores de opinião, nossa responsabilidade é muito grande.
Vamos seguir o exemplo do pessoal de Altamira, que forçou o governo a refazer substancialmente o projeto de construção de Belo Monte. Lá, não vai ser como as entidades e a comunidade em geral gostariam que fosse, mas, também não será do jeito que o governo e quem vai tocar a obra gostariam que fosse.
Estamos falando da vida do Rio Tapajós, um imenso tesouro que poderá ser muito prejudicado, se não nos manifestarmos.
Esse assunto é tratado de maneira muito débil em Itaituba. Parece que a maior das cinco hidrelétricas propostas vai ficar a centenas de quilômetros daqui, não bem perto da cidade. Além disso, vai envolver diversas comunidades tradicionais. Para citar somente duas, São Luís e Pimental, que deverão desaparecer do mapa.
Não vamos permitir que as hidrelétricas sejam construídas de qualquer maneira.
Particularmente, não sou contra a construção, porque sei da necessidade que o país tem aumentar a produção de energia elétrica, para evitar um apagão. O que não pode é fazer hidreléticas aqui, para resolver, basicamente, o problema do sul e do sudeste, e a gente ficar apenas com o ônus da obra.
Vamos discutir, vamos participar desse seminário do qual o Mário falou acima.
Jota Parente
Jaguar
Meu Amigo Jota Parente, que saudades.to passando por aqui para lhe deixar um grande abraço e avisar que também tenho uma página no blogger. Dá uma olhadinha e aproveite pra deixar se comentário no mural de recados.
Se voce precisar de audio é só entrar na minha página, lá tem todos os meus ntatos.www.jaguarproaudio.comum forte abraço e lembranças pra familia.diga pro raoni que nunca me esqueci dele.
Do amigo Hélio Jaguar
----------------
Obrigado, amigo Hélio Jaguar, uma das vozes mais bonitas que passaram pela Rádio Itaituba, no início dos anos 90.
Quem quiser gravar um áudio pra lá de legal, eu recomendo sem susto.
Se voce precisar de audio é só entrar na minha página, lá tem todos os meus ntatos.www.jaguarproaudio.comum forte abraço e lembranças pra familia.diga pro raoni que nunca me esqueci dele.
Do amigo Hélio Jaguar
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Obrigado, amigo Hélio Jaguar, uma das vozes mais bonitas que passaram pela Rádio Itaituba, no início dos anos 90.
Quem quiser gravar um áudio pra lá de legal, eu recomendo sem susto.
Atoleiro dentro da cidade
Novo Progresso tem estado em destaque no blog, nos últimos dias. E com todo o respeito que essa cidade merece de minha parte. É um lugar que admiro, diferente da maioria das cidades paraenses, a começar pela formação de suas população, que misturou uma expressiva colônia de irmãos do sul, do sudeste e e do centro oeste, com nortistas e nordestinos.
Mas, Novo Progresso não tem sido bem cuidada por seus governantes. Essa população vem sendo castigada por desacertos dos mandatários. A prefeita atual, senhora Madalena, pelas informações que recebo de lá, surpreendeu da pior maneira possível, decepcionando aqueles que acreditaram em suas propostas. Tem muita gente sentindo saudades do Tony, que também se complicou à fente dos destinos do município.
Hoje, o amigo Valfredo chegou de lá e mostrou-me uma foto de um atoleiro que há dentro da cidade. Ele mesmo confirmou que a situação está complicada, pois, além dos desmandos do governo municipal, o município atravessa uma das piores crises econômicas de sua história.
Daqui fico torcendo para que isso passe rápido, e que essa terra que nasceu com a vocação de crescer e se desenvolver, volte aos seus melhores dias.
Mas, Novo Progresso não tem sido bem cuidada por seus governantes. Essa população vem sendo castigada por desacertos dos mandatários. A prefeita atual, senhora Madalena, pelas informações que recebo de lá, surpreendeu da pior maneira possível, decepcionando aqueles que acreditaram em suas propostas. Tem muita gente sentindo saudades do Tony, que também se complicou à fente dos destinos do município.
Hoje, o amigo Valfredo chegou de lá e mostrou-me uma foto de um atoleiro que há dentro da cidade. Ele mesmo confirmou que a situação está complicada, pois, além dos desmandos do governo municipal, o município atravessa uma das piores crises econômicas de sua história.
Daqui fico torcendo para que isso passe rápido, e que essa terra que nasceu com a vocação de crescer e se desenvolver, volte aos seus melhores dias.
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