quarta-feira, março 04, 2009

Oposição protestou

Principalmente os vereadores Peninha e João Crente, ambo do PMDB, ficaram visivelmente insatisfeitos com a pressão do presidente da Câmara. Por causa disso, houve uma reunião de portas fechadas, na sala da presidência, da qual participaram os dois vereadores citados e mais César Aguiar, líder do governo e Hilton Aguiar.

A reportagem ouviu o tom elevado das discussões travadas. Peninha e João Crente esbravejavam contra a decisão de Hilton.

Vapt vupt!

Foi assim a sessão de hoje, da Câmara Municipal de Itaituba.

O presidente Hilton Aguiar, como sempre, às nove em ponto estava sentado em sua cadeira. Acionou a campainha chamando os demais vereadores e poucos minutos depois inciou e encerrou a sessão, por falta de quorum.

A Ditabranda da Folha

Quem viveu, como eu, nos anos da ditadura militar, sabe muito bem o que é não ter liberdade. Ao ler um artigo como o que publicarei a seguir, a gente ainda sente asco daqueles que mandavam no Brasil do regime militar. Os que não viveram, que cuidem de defender a liberdade que temos hoje, pois nem imaginam o que é viver sem ela.

Lamento que a Folha tenha tido esse comportamento, pois era um das poucas publicações que ainda mereciam o respeito de muita gente, embora tenha pisado na bola muitas outras vezes.
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O PAPEL SUJO DA FOLHA DE SP ( Urariano Mota


Recife (PE) - Em 17 de fevereiro, ao publicar o editorial Limites a Chávez, a Folha de São Paulo nem imaginava o ciclone imenso que provocou. É que lá no texto ela escreveu “...Mas, se as chamadas ‘ditabrandas’ - caso do Brasil entre 1964 e 1985 - partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça...”, de passagem, como se nada fosse, substituindo Ditadura por Ditabranda. E fez mais:

ao receber mensagens dos professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria de Mesquita Benevides, que protestaram contra o insulto à memória histórica, a Folha de São Paulo assim respondeu: “...Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa”.

Para quê? Essa qualificação, de indignação cínica e mentirosa, aplicada às palavras de dois intelectuais honrados, provocou o gancho, acordou as forças de todo o mundo culto e democrata do Brasil. Com 2.381 assinaturas, lideradas pelo crítico literário Antonio Cândido (2.381 às 16 horas deste 25.2.2009), corre um abaixo-assinado de protesto, que pode ser acessado em http://www.ipetitions.com/petition/solidariedadeabenevidesecomparat/signatures-1.html Então começaram a voltar à tona histórias e História, do passado da Folha de São Paulo, que contavam, relatavam o seu mais que apoio, a sua participação nos crimes da ditadura militar.

Das histórias, todas com dolorosos depoimentos de humanidade e denúncia, a da jornalista Rose Nogueira mais chama atenção, pelo caráter particular da sua posição no tempo. Rose era funcionária do jornal, repórter da Folha, quando foi presa em 1969. No entanto, ela descobriu 27 anos depois que foi punida “não apenas pela polícia toda-poderosa, pela justiça militar.

Ao buscar nos arquivos da Folha de S. Paulo a minha ficha funcional, descubro que, em 9 de dezembro de 1969, quando estava presa no Deops, incomunicável, 'abandonei' meu emprego de repórter do jornal. Escrito a mão, no alto: ABANDONO. E uma observação oficial: Dispensada de acordo com o artigo 482 – letra 'i' da CLT abandono de emprego'. Por que essa data, 9 de dezembro?

Ela coincide exatamente com esse período mais negro, já que eles me 'esqueceram´por um mês na cela'. Todos sabiam que eu estava lá. Isso era – e continua sendo – ilegal em relação às leis trabalhistas e a qualquer outra lei, mesmo na ditadura dos decretos secretos. Além do mais, nesse período, se estivesse trabalhando, eu estaria em licença-maternidade" (Do seu artigo "Em corte seco", no livro "Tiradentes um presídio da ditadura", coord.

Alípio Freire, Izaías Almada e J.A. de Granville-Ponce – Scipione Cultural – 1997). E lembrou mais a jornalista, no mesmo texto: “Cacá nasceu em 30 de setembro, no Hospital 9 de julho, em São Paulo. Fórceps. Uma cirurgia por rotura da parede da bexiga e uma sonda me obrigaram a ficar mais de vinte dias internada.

Quando a polícia chegou, o bebê tinha 33 dias e estávamos em casa havia mais de uma semana.... O leite que eu tirava do seio ainda insistia em vazar e minha blusa cheirava a azedo. A febre aparecia todo dia. O leite me fazia pensar que, enquanto estivesse ali, brotando, eu estaria ligada ao meu filho. Dias depois veio o diminutivo do dia me buscar para depoimento.

Empurrava-me pela escada, enquanto gritava: ‘Vai, miss Brasil! Sobe essa escada logo, sobe!’ Miss Brasil era o nome de uma vaca leiteira que havia sido premiada. E na sala para onde me levou, o ‘inho’ chamava os outros: ‘Olha a miss Brasil, pessoal! Tá cheia de leite! É a vaca terrorista!’ “.

Ela nunca mais pôde ter outro filho, em conseqüência das torturas. A parte boa da história é que Rose Nogueira continua exercendo a profissão de jornalista. Ela deu a volta por cima, trabalha em televisão, e continua a ser útil para o seu filho e para outros filhos do mundo. Apesar do jornal-patrão, apesar do título de Miss Brasil em 1969. (Email do colunista:

urarianoms@uol.com.br)

terça-feira, março 03, 2009

Mais um ano

Faz uns dias que a gente se conhece, camarada. Foi nos idos da segunda metade dos anos 1960 que a gente se encontrou, como internos do Seminário S.ao Pio X, em Santarém.

Tanto tempo depois nos reencontramos, quem diria, em Itaituba e a vida nos colocou de lados opostos àquela altura, pois você era secretário do então prefeito Edilson Botelho, enquanto eu fazia parte do grupo político de Wirland Freire. Mas, aquilo era passageiro e hoje nenhuma barreira atrapalha nossa saudável convivência, de amigos, e agora, também, vizinhos.

Ontem você ficou mais experiente. Mais um ano de vida completado.

Aceite esta singela homenagem deste blogueiro, que o considera muito.

Parabéns, amigo Jubal!
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O PT quer mais

A notícia que circulou hoje pela manhã dava conta que o prefeito Roselito Soares estaria aguardando a chegada de André Farias, que faz parte do secretariado da governadora Ana Júlia, para definir a data da posse de Afábio Borges na Seminfra. Essa visita ainda não tem data marcada.

A reportagem do blog levantou outra informação: O PT está batendo o pé, porque não está contente somente com a Seminfra, estando de olho em outra secretaria. Sem esse segundo cargo do primeiro escalão o acordo que parecia selado poderia ser desfeito.

A governadora Ana Júlia até poderia abrir o cofre para o prefeito de Itaituba, mas, quer saber o que vai ser feito com o dinheiro. Por isso, quanto mais gente tiver com poder de decisão no governo municipal, maiores chances que ela terá de ser bem informada e de ter algum controle da situação.

Secretários tomam posse à prestação

Estava marcada para hoje à tarde, a posse dos novos secretários do governo do prefeito Roselito Soares. Mas, somente Sueli Aguiar toma posse hoje como titular da Secretaria Municipal de Turismo e Comércio. Afábio Borges, que foi indicado para a Seminfra, e Paulo Gasolina ainda esperam a definição da data.

Paulo Gasolina poderá assumir amanhã, às 10 horas, no auditório da Prefeitura, como informou uma servidora ligada ao Didesp, embora isso ainda não tenha sido confirmado.

Peninha pede fechamento de postos

Um requerimento de iniciativa do vereador Peninha vai dar muito que falar, pois pede que seja encaminhado ofício à Secretário de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a fim de que a mesma faça uma fiscalização em todos os postos de combustíveis de Itaituba e feche os que estiverem funcionando sem a licença ambiental que é fornecida pela SEMA.

O vereador César Aguiar (PR), líder do governo, pediu a seu colega e foi atendido, que fosse incluindo no requerimento um adendo, para que seja solicitado à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a fiscalização da qualidade dos combustíveis vendidos em Itaituba. O requerimento foi aprovado por unanimidade.

Acertou, tanto o vereador Peninha, que pede que todos postos estejam de acordo com a lei e acertou o vereador César, pois ninguém faz a menor idéia do tipo de combustível que se consome em Itaituba.