Completados 60 dias de governo, o prefeito Raulien de Queiroz (PT), do município de Jacareacanga, recebeu a reportagem do Jornal do Comércio para uma conversa de mais de duas horas, tempo no qual ele falou das dificuldades que poderiam ter sido evitadas, caso seu antecessor, Carlos Veiga, tivesse concordado com a transição de governo. Raulien abordou questões que considera fundamentais para o desenvolvimento do município que governa, como investir na agricultura. Para melhorar o atendimento do povo indígena, ele vai lutar para que a base da Funai, de Itaituba, seja transferida para Jacareacanga. Sabe não será fácil, mas, tentará implantar dois projetos de assentamentos no município.
JC – Em que medida, o fato de não ter havido transição de governo atrapalhou o início da sua administração?
Raulien – Jacareacanga é um município novo, mas suas dificuldades são muito grandes. Era fundamental que houvesse a transição de governo. Contudo, não houve. A gente não encontrou nada, principalmente na parte documental da Prefeitura. Isso causou um tumulto muito grande, porque nós não sabíamos e ainda não sabemos o que é da Prefeitura. O ex-prefeito, infelizmente, não sei por qual motivo, não deixou nenhum documento do ano de 2007 e do ano de 2008. Isso causou dificuldade até na questão do pagamento do pessoal. Hoje, muita gente reclama salários atrasados e nós não temos como ver se esse pessoal recebeu ou não, porque não ficou nada desses documentos em Jacareacanga.
Temos a questão de bens patrimoniais, também, que é terrível. A Prefeitura não tinha um departamento patrimonial. Sem falar na questão estrutural da Prefeitura. Nos computadores não encontramos nada de informação, assim como as leis também não foram encontradas.
JC – Seu governo teve que começar praticamente do zero?
Raulien - Isso mesmo! Tivemos que começar quase do zero. Graças a Deus, pessoas que trabalharam com ele (o ex-prefeito Carlinhos) guardaram informações em disquetes e CDs. Através disso a gente quer ver se descobre o que estava acontecendo em Jacareacanga.
JC - Até a folha de pagamento?
Raulien – Inclusive a folha de pagamento. Nós mantivemos contato com a diretora de recursos humanos do governo passado, ocasião em que ela nos afirmou que deixou tudo pronto para o pagamento dos salários de dezembro. Ela viajou e disse que quando retornou toda a documentação da sala dela tinha sumido. Esse é um problema muito sério. Nós enviamos um documento ao ex-contador da Prefeitura, solicitando que ele nos apoiasse para resolver essa questão, através de documentos que estejam com ele. Estamos aguardando uma resposta. Uma das nossas preocupações é quanto à possibilidade de servidores apelarem para a Justiça do Trabalho, cobrando salários que podem ter recebido, mas que por enquanto nós não temos como provar que a Prefeitura pagou.
JC – Diante dessa situação extremamente difícil que seu governo enfrentou e continua enfrentando, o senhor aventa a possibilidade de recorrer à Justiça?
Raulien – Adianto que há essa possibilidade. Dependendo da resposta que a gente vier a receber do contador, vamos ter que fazer isso, porque a falta dessa documentação é prejudicial para o município. Contas que já foram pagas, podem ser pagas de novo, já que não temos a documentação para nos nortear.
JC – Ficaram muitos débitos do governo anterior?
Raulien – Ficaram, sim. Principalmente, com prestadores de serviços. Mas, não existem contratos desses serviços. As pessoas reclamam e nós orientamos que procurem a Justiça. Há um débito com o comércio local relativo à merenda escolar. Desse débito há contrato e nem tudo foi entregue. O valor não é alto. São R$ 134 mil, que nós vamos pagar. Os outros, não tem como pagar, pois não tem documentos.
JC – Comparando o momento atual com a situação em que você pegou, como está a administração?
Raulien – Já avançamos. Conseguimos melhorar o atendimento ao público, estamos dando grande atenção para a Educação e na Saúde trabalhamos para fazer o que é necessário para que funcione bem. Temos cuidado para ter uma cidade limpa.
JC – Quais suas metas para os primeiros 100 dias de governo?
Raulien – Nos estabelecemos duas prioridades. A primeira era não deixar que a área da Saúde parasse, pois havia certo descaso da administração passada nessa questão. A segunda é relativa à Educação. Mas, tivemos que enfrentar outros desafios, como manter a cidade limpa, o que não estava acontecendo antes. Estamos trabalhando, também, para dentro desses 100 dias termos uma Prefeitura saneada. Para isso, estamos tratando do parcelamento de débitos com o INSS, com o PASEP e GPREV. Tivemos uma grande facilidade oferecida pelo governo federal quanto ao parcelamento do INSS.
De agosto para cá a Prefeitura deixou de recolher ao INSS, tanto o patronal, quanto o do pessoal, o que acumulou um débito de mais ou menos R$ 1,8 milhão. Temos ainda um débito de mais de R$ 100 mil com a Rede Celpa, que estamos negociando.
JC – Que projetos ousados o seu governo tem, que possam fazer a diferença?
Raulien – Na campanha política nós tratamos de uma questão fundamental, que é a agricultura. Tem uma meta que nós queremos alcançar, mas dependerá muito do governo federal, que é a implantação de dois projetos de assentamento em Jacareacanga. É uma meta ousada e nós sabemos que não vai ser fácil. Mas, vamos trabalhar para assentar em torno de 500 famílias. O maior problema é que o território de Jacareacanga é todo da União.
JC – Se o governo federal der sinal verde, esses assentamentos ocorrerão em áreas de mata virgem, ou em terrenos já antropizados?
Raulien – Já existem algumas áreas abertas. Contudo, é bom lembrar que Jacareacanga é constituído de 98% de reservas indígenas e outras reservas da União. Restam-nos 2% de terras, das quais só se pode desmatar 20%. Tudo isso nós sabemos e conhecemos as dificuldades para se conseguir essa meta. Mas, temos que tentar. Fica difícil pensar em desenvolver um município que quase não tem atividade agrícola.
JC – A questão indígena é crucial no seu município. Como foi o apoio que o senhor teve na eleição e o que esse povo pode esperar do seu governo?
Raulien – Apesar de ser eu funcionário da Funai há 27 anos, a gente encontrou algumas dificuldades durante a campanha. Encontrei índios políticos, vereadores, que não viam com bons olhos a minha candidatura. Mesmo Assim eu sabia que perto da metade da população indígena me apoiava. Hoje, essas mesmas pessoas vêem isso de forma diferente, porque eles sabem que a minha preocupação com a questão indígena é muito grande. Eu tenho boas idéias e eu tenho vontade de buscar situações que possam ajudar no desenvolvimento das áreas indígenas.
Primordialmente, referente a essa questão indígena, uma das coisas que a gente já tem como meta é a transferência da base da Funai, de Itaituba para Jacareacanga. Isso facilitaria muito a vida das comunidades indígenas.
JC – Essa transferência da base da Funai, se for conseguida, será sem grandes dificuldades?
Raulien – Não. Vai ser com muitas dificuldades, porque existe o outro lado, que são as
comunidades indígenas de Itaituba, que não querem. Acham que Itaituba ainda é o ponto de referência. Mas, onde está quase toda a população mundurucu é em Jacareacanga, Então, nada mais justo do que a gente lutar para levar a base para lá. Será difícil, inclusive por parte da Funai, pois em Jacareacanga não existe um banco oficial, mas vamos lutar por isso. Vou buscar o apoio das comunidades indígenas para isso.
JC – A Prefeitura de Jacareacanga acaba de receber alguns equipamentos, incluindo veículos para intensificar o combate à malária. Atualmente, continua alta a incidência dessa endemia?
Raulien – Com certeza. Nós temos na área garimpeira um índice muito grande de malária, a qual cresceu no município. Tem sido feito um acompanhamento mais rigoroso, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado. Graças a isso, pelo fato da gente estar em contato permanente, fomos chamados para que assinássemos um termo de cooperação, por meio do qual o Estado está disponibilizando esses equipamentos e veículos para que possamos acelerar o atendimento, que se dará mais fora da área indígena, uma vez que a Funasa já faz esse trabalho nessa área. Entretanto, não deixaremos de fazer o trabalho em conjunto. O que recebemos foram duas lanchas equipadas com motor 25, uma camionete e uma motocicleta. Na área indígena temos a facilidade da Funasa, através do Distrito Sanitário Indígena Tapajós, treinar vários agentes para atendimento e pesquisa do plasmódio. Hoje já colocamos um técnico no porto São José e vamos estabelecer um em Mamãe Anã.
JC – O senhor é do mesmo partido da governadora Ana Júlia, o PT. Isso deve lhe dar algumas vantagens em relação a outros prefeitos. O que já foi conseguido e quais são os compromissos da governadora para com Jacareacanga?
Raulien – Na realidade a governadora assumiu alguns compromissos conosco. Uma das coisas que a gente mais tem batido na tecla diz respeito ao saneamento no município de Jacareacanga. Ela já acenou positivamente para algumas solicitações nossas, mas, não há como fazer certos trabalhos, porque nos encontramos no período chuvoso. Nós já temos encaminhado o pedido de asfalto para a cidade, a implantação de um centro do governo do Estado para abrigar órgãos como a Emater, a adepará e outros, como forma de bem atender nossos munícipes. Outras questões, como agricultura, ela está nos atendendo muito bem. Duas patrulhas mecanizadas (um trator de pneus, semeadeira, arado, etc.) e máquinas de beneficiar arroz para comunidades. Também o problema da segurança pública está sendo melhorado com o envio de uma viatura para o policiamento, a nomeação de um delegado para Jacareacanga está para ser resolvida, pois ela disse que vai atender. Então, a gente está tendo um apoio com muita responsabilidade da governadora.
JC - O município tem muitos problemas com sua malha viária?
Raulien – Jacareacanga não tem uma malha viária extensa. Nada foi construído pelo município ou pelo Estado. O que tem foi construído por madeireiros, que chega a aproximadamente 150 quilômetros. Infelizmente, o município não tem um trator ou uma patrol. Há apenas uma pá mecânica que foi doada pelo DNIT. Isso causa muitas dificuldades. Mas, a partir da assinatura de uma Medida Provisória pelo presidente Lula, no encontro com os prefeitos, deveremos ter acesso a recursos do BNDES para aquisição desses equipamentos. Nós vão correr atrás disso.
JC – Se a área do município e quase toda da União, como fazer para abrir vicinais com esse maquinário que a Prefeitura pretende adquirir?
Raulien – No começo da nossa entrevista eu falei do nosso projeto de criar dois assentamentos, o PA Jacaré e o PA Laranjal. Nós já mantivemos contatos com o Incra nesse sentido para tentar acelerar esse processo. Recursos existem para isso. Eu sei que não vai ser fácil, por causa da questão ambiental, mas, vamos lutar. Independente disso, já temos projeto de duas estradas, sendo uma ligando Porto Rico à cidade de Jacareacanga e a outra de Mamãe Anã até a Transamazônica. Esse projeto o Estado já fez o levantamento.
JC – O senhor tem sido criticado por seus adversários pelo fato de ter nomeado diversos assessores de Itaituba. O que senhor tem a dizer sobre isso?
Raulien – Eu acho que é uma crítica sem fundamento. Nós procuraremos formar um governo que permitisse desenvolver Jacareacanga. Tenho um secretário de agricultura que não nasceu em no município, mas já vive no mesmo há muitos anos, o secretário de administração é radicado em Jacareacanga, o secretário de educação é filho de Jacareacanga, enfim, nos procuramos mesclar a equipe com muita coerência. Afora isso, a gente buscou trazer para Jacareacanga técnicos específicos em suas áreas, os quais, infelizmente não há no município. Então, de sete secretários, quatro são de Jacareacanga. O objetivo é buscar condições de desenvolver cada área com pessoas competentes.
JC – Algum empreendimento de vulto está previsto para o seu município?
Raulien – Até julho deste ano está prevista a implantação de uma indústria da castanha do Pará, que vai beneficiar muitas famílias. Ela vai trabalhar a castanha in natura, com a desidratação, empacotamento à vácuo, para venda, como também o beneficiamento do óleo da castanha. Trata-se de investimento da Secretaria de Agricultura do Estado, para associações do município, no caso, especificamente associações indígenas. A Sagri está disponibilizando os equipamentos, a construção de galpões e aquisição de veículos. Praticamente não haverá contrapartida. Todos os recursos virão do governo do Estado. Vamos tentar expandir o leque, visando a outros produtos da floresta, como copaíba, andiroba, cumaru e mel de abelha. Esse é o começo para que a gente possa ter uma grande cooperativa no futuro, em Jacareacanga, para trabalhar os produtos da floresta.
segunda-feira, março 02, 2009
Moto não deve ser sinônimo de morte*
É muito duro para quem é pai ou mãe receber a notícia de que um filho seu morreu vítima de acidente de trânsito, pilotando uma motocicleta, ou dirigindo um carro. Muitos casos acontecem por pura fatalidade; porém, incontáveis são as tragédias ocorridas porque o condutor contribuiu diretamente para que isso acontecesse, ou porque não obedeceu à sinalização de trânsito, ou porque estava conduzindo seu veículo com excesso de velocidade, ou porque bebeu todas e depois foi pilotar. Vamos nos ater mais à questão dos acidentes de moto, posto que são mais freqüentes e com vítimas fatais.
Não se justifica que uma cidade do tamanho de Itaituba registre tantos acidentes de trânsito, a maioria envolvendo motocicletas. Mesmo que o número desses veículos cresça assustadoramente nesta cidade, ainda assim não dá para entender porque tanta gente insiste em conduzir perigosamente, colocando em risco a própria vida e a vida dos outros.
Faz pouco mais de duas semanas que dois jovens praticamente se mataram no trânsito, no acidente ocorrido no cruzamento da travessa 13 de maio com a 18ª rua do bairro Bela Vista. Duas pessoas que mal começavam a entrar na fase produtiva da vida, que interromperam suas trajetórias. Foi muito chocante, até mesmo para quem não os conhecia, pois se um dos dois tivesse sido prudente, ambos estariam vivos para continuarem escrevendo sua história.
Os pais choram a perda, chaga que jamais vai sarar completamente. Muitos recomendam aos filhos, quando saem de casa, em carros ou motos, que tenham cuidado, que não bebam, ou que pelo menos não bebam muito, mas, como diz o velho ditado, se conselho fosse bom, a gente vendia. Contudo, existem muitos pais, que mesmo não fazendo isso propositalmente, terminam colaborando para que seus filhos se envolvam em acidentes, incentivando-os a dirigir carros ou pilotar motos, quando esses são ainda menores de idade, ou mesmo já tendo chegado à maioridade, não são habilitados.
Em Itaituba há um número preocupante de pais com algum recurso financeiro, que se mostram totalmente despreparados para educarem seus filhos. Esses pais empurram os filhos para a prática de ilicitudes, estando sempre prontos para correrem na calada da noite para socorrê-los, caso alguém resolva incomodá-los, mesmo que seja a polícia. Fazendo isso, não ajudam a formar bons cidadãos.
Tem gente que bota a culpa na Comtri, ou na Diretran, pelas desgraças que acontecem no trânsito de Itaituba. Com certeza existem deficiências no trabalho desses dois órgãos do setor de trânsito, mas, essa questão da irresponsabilidade de condutores que não obedecem à legislação de trânsito não se resolve apenas com uma fiscalização mais ostensiva. Ou será que esses irresponsáveis que entregam carros e motos para menores de idade esperam que seja colocado um policial de trânsito em cada esquina de Itaituba?
Já aconteceu por duas vezes de eu estar conversando com uma amiga, numa loja localizada em movimentada rua do comércio, quando jovens passaram empinando suas motos, em pleno horário comercial. E isso não ocorre somente quando eu passo por lá. Será que os pais dos mesmos sabem o que os filhos andam fazendo? Têm eles algum controle sobre a vida desses jovens que são ainda seus dependentes, e assim sendo, deveriam dar explicações aos pais sobre suas estripulias? Será que esses pais estabeleceram limites para filhos a partir da infância?
Há um ditado antigo que diz: “é preferível fazer os filhos chorarem enquanto eles são pequenos, para que não nos façam choram quando forem grandes”. Isso não significa que devamos espancá-los, mas, que temos a obrigação de mostrar a eles qual é o caminho correto a ser seguido. Quando se age assim, muitas vezes desagradamos aos nossos filhos, mas, mais tarde eles nos agradecerão, pois conheço muitos casos em que os filhos clamam por limites, que os pais não lhes dão.
Moto não precisa ser sinônimo de morte, embora seja assim que está acontecendo em Itaituba. Falta consciência, primeiro de quem entrega uma motocicleta nas mãos de quem não está preparado para usá-la somente como um meio de transporte. E não adianta se descabelar, chorar copiosamente depois que seu filho morre em um acidente nas ruas da cidade. Essas lágrimas, certamente significam que se reconhece a própria culpa por ter cedido à pressão do filho, muitas vezes menor de idade, que queria porque queria uma moto de presente. Nesse caso, teria sido muito melhor você ter feito seu filho chorar, permanecendo vivo, do que você estar chorando porque perdeu alguém tão querido. Pensemos nisto, antes de darmos um veículo de presente a um filho, sobretudo se for uma moto.
* Artigo de Marilene Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando a partir de hoje
Não se justifica que uma cidade do tamanho de Itaituba registre tantos acidentes de trânsito, a maioria envolvendo motocicletas. Mesmo que o número desses veículos cresça assustadoramente nesta cidade, ainda assim não dá para entender porque tanta gente insiste em conduzir perigosamente, colocando em risco a própria vida e a vida dos outros.
Faz pouco mais de duas semanas que dois jovens praticamente se mataram no trânsito, no acidente ocorrido no cruzamento da travessa 13 de maio com a 18ª rua do bairro Bela Vista. Duas pessoas que mal começavam a entrar na fase produtiva da vida, que interromperam suas trajetórias. Foi muito chocante, até mesmo para quem não os conhecia, pois se um dos dois tivesse sido prudente, ambos estariam vivos para continuarem escrevendo sua história.
Os pais choram a perda, chaga que jamais vai sarar completamente. Muitos recomendam aos filhos, quando saem de casa, em carros ou motos, que tenham cuidado, que não bebam, ou que pelo menos não bebam muito, mas, como diz o velho ditado, se conselho fosse bom, a gente vendia. Contudo, existem muitos pais, que mesmo não fazendo isso propositalmente, terminam colaborando para que seus filhos se envolvam em acidentes, incentivando-os a dirigir carros ou pilotar motos, quando esses são ainda menores de idade, ou mesmo já tendo chegado à maioridade, não são habilitados.
Em Itaituba há um número preocupante de pais com algum recurso financeiro, que se mostram totalmente despreparados para educarem seus filhos. Esses pais empurram os filhos para a prática de ilicitudes, estando sempre prontos para correrem na calada da noite para socorrê-los, caso alguém resolva incomodá-los, mesmo que seja a polícia. Fazendo isso, não ajudam a formar bons cidadãos.
Tem gente que bota a culpa na Comtri, ou na Diretran, pelas desgraças que acontecem no trânsito de Itaituba. Com certeza existem deficiências no trabalho desses dois órgãos do setor de trânsito, mas, essa questão da irresponsabilidade de condutores que não obedecem à legislação de trânsito não se resolve apenas com uma fiscalização mais ostensiva. Ou será que esses irresponsáveis que entregam carros e motos para menores de idade esperam que seja colocado um policial de trânsito em cada esquina de Itaituba?
Já aconteceu por duas vezes de eu estar conversando com uma amiga, numa loja localizada em movimentada rua do comércio, quando jovens passaram empinando suas motos, em pleno horário comercial. E isso não ocorre somente quando eu passo por lá. Será que os pais dos mesmos sabem o que os filhos andam fazendo? Têm eles algum controle sobre a vida desses jovens que são ainda seus dependentes, e assim sendo, deveriam dar explicações aos pais sobre suas estripulias? Será que esses pais estabeleceram limites para filhos a partir da infância?
Há um ditado antigo que diz: “é preferível fazer os filhos chorarem enquanto eles são pequenos, para que não nos façam choram quando forem grandes”. Isso não significa que devamos espancá-los, mas, que temos a obrigação de mostrar a eles qual é o caminho correto a ser seguido. Quando se age assim, muitas vezes desagradamos aos nossos filhos, mas, mais tarde eles nos agradecerão, pois conheço muitos casos em que os filhos clamam por limites, que os pais não lhes dão.
Moto não precisa ser sinônimo de morte, embora seja assim que está acontecendo em Itaituba. Falta consciência, primeiro de quem entrega uma motocicleta nas mãos de quem não está preparado para usá-la somente como um meio de transporte. E não adianta se descabelar, chorar copiosamente depois que seu filho morre em um acidente nas ruas da cidade. Essas lágrimas, certamente significam que se reconhece a própria culpa por ter cedido à pressão do filho, muitas vezes menor de idade, que queria porque queria uma moto de presente. Nesse caso, teria sido muito melhor você ter feito seu filho chorar, permanecendo vivo, do que você estar chorando porque perdeu alguém tão querido. Pensemos nisto, antes de darmos um veículo de presente a um filho, sobretudo se for uma moto.
* Artigo de Marilene Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando a partir de hoje
Obrigado, Dudi
Recebo e agradeço os votos de pesar do amigo Dudimar, sobre a morte de meu irmão Luiz
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Caro amigo Parente,
Estive ausente de Itaituba por mais de uma semana e propositadamente alheio a tudo.Portanto, somente hoje tomei conhecimento do brusco falecimento de seu irmão, Luis Albeto.
Uno-me a todos para também enviar-te votos de pesar e sinceras condolências. Recentemente perdi um de meus irmãos (o mais velho: Haile Paxiúba).
A dor é tamanha.Que Deus te reconfortes e te dê a força necessária para superares a mais ingrata das dores: a dor da saudade.
Abraço fraterno.
Dudimar Paxiúba
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Caro amigo Parente,
Estive ausente de Itaituba por mais de uma semana e propositadamente alheio a tudo.Portanto, somente hoje tomei conhecimento do brusco falecimento de seu irmão, Luis Albeto.
Uno-me a todos para também enviar-te votos de pesar e sinceras condolências. Recentemente perdi um de meus irmãos (o mais velho: Haile Paxiúba).
A dor é tamanha.Que Deus te reconfortes e te dê a força necessária para superares a mais ingrata das dores: a dor da saudade.
Abraço fraterno.
Dudimar Paxiúba
A Sonda
Tenho plena na certeza que a nossa sonda ainda vai voltar pra seu lugar .pois sou filho de ITAITUBA, porém moro recentiminte em parauapebas.seria muito bom poder visitar minha cidade e a encontrar mais bonito ainda é claro, tenhoo certeza que os vereodores vão conseguir, colocar novamente,e principalmente a, estátua do violeiro .
J.Carlos-Parauapebas
J.Carlos-Parauapebas
Apelo
O blog recebeu e sente-se no dever de divulgar o apelo feito por um leitor relativo a uma pessoa que trabalhou no garimpo e da qual a família não recebe notícia há muitos anos.
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Prezado Léo:
Por favor se puder nos ajude! Valdir Oliveira da Silva, conhecido por Paulista-moreno claro, estatura alta... tinha garimpo em itauituba e crepuri nessa época 89/90..e voava direto com pai velho e talvez com vcs... ultimo contato dele com a familia foi em 89 qdo o pai faleceu e ele falou por radio que viria no mÊs seguinte e não veio.
Ele tinha uma farmácia e padaria em Itaituba...Esposa chamava Cleuza. Ela Faleceu sem nos dar pistas do que aconteceu com ele...se está vivo ou não. de 1989 pra cá, a mãe dele (dona Dirce sofre por não saber noticias dele).
Hoje ela está bem idosa e para nós seria de extrema importancia saber alguma informação ou pista que levasse ao paradeiro do VAldir. Se puder nos ajudar ou tiver alguem que possa, por favor entre em contato no e-mail: maestroedson@gmail.comEla é Evangélica e ora todos os dias para que saiba notícias desse filho dela que, se estiver ainda vivo, estará com cerca de 55 anosse puder nos ajudar, rogamos que Deus o recompense em dobro...Abraços, Obrigado
Edson
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Prezado Léo:
Por favor se puder nos ajude! Valdir Oliveira da Silva, conhecido por Paulista-moreno claro, estatura alta... tinha garimpo em itauituba e crepuri nessa época 89/90..e voava direto com pai velho e talvez com vcs... ultimo contato dele com a familia foi em 89 qdo o pai faleceu e ele falou por radio que viria no mÊs seguinte e não veio.
Ele tinha uma farmácia e padaria em Itaituba...Esposa chamava Cleuza. Ela Faleceu sem nos dar pistas do que aconteceu com ele...se está vivo ou não. de 1989 pra cá, a mãe dele (dona Dirce sofre por não saber noticias dele).
Hoje ela está bem idosa e para nós seria de extrema importancia saber alguma informação ou pista que levasse ao paradeiro do VAldir. Se puder nos ajudar ou tiver alguem que possa, por favor entre em contato no e-mail: maestroedson@gmail.comEla é Evangélica e ora todos os dias para que saiba notícias desse filho dela que, se estiver ainda vivo, estará com cerca de 55 anosse puder nos ajudar, rogamos que Deus o recompense em dobro...Abraços, Obrigado
Edson
domingo, março 01, 2009
Castelo no xadrez, sombra em Duciomar
Blog 5ª Emenda - O dia amanheceu quadrado para Paulo Castelo Branco, o extorsionário preso ontem pela PF quando passeava no calçadão da Av. Atlântica. E vai amanhecer assim nos próximos quatro anos e meio, isto se as conseqüências de outras investigações não lhe alcançarem pelo caminho, posto que se dedica ao crime há muitos anos este nacional.
Experiente, entrou macio no chiqueirinho da viatura da PF. Vai sentir saudades dos passeios de barco, dos gostosos almoços no Beto Grill, dos jantares no Roxy Bar, sempre ao lado de seu primeiro amigo, o prefeito falsário de Nova Déli, Duciomar dos Santos Costa.
Castelo subiu a ribalta da superintendência do IBAMA por indicação do ex-governador Almir Gabriel em 1998. Logo mostrou a que veio. Depois de algumas pirotecnias em conjunto com o Greenpeace, fraudes em licitações e engavetamento de processos, Castelo Branco caiu como um patinho safado no aeroporto de Brasília, com a mão na massa: uma mala cheia de dinheiro.
Lembro que na época alguns jornalistas relutaram em acreditar que ele realmente era o bandido. O histórico de infrações ambientais da empresa, a sem-vergonhice que grassa no setor madeireiro e o jogo de cena de Castelo nos sete meses que administrou o Ibama, fizeram com que gente experiente como o repórter Jonas Campos, da Rede Globo em Nova Déli, levasse meses para se conformar com a realidade dos fatos.
O flagrante de Paulo Castelo deve-se, em boa medida, a três jornalistas paroaras que convenceram a empresa a denunciar a extorsão ao MPF e à Polícia Federal, que prepararam o flagrante. No dia seguinte a prisão, telejornais da Globo insinuaram que Castelo iria, com a mala, para o gabinete do então senador Ademir Andrade, do PSB, que reagiu as acusações e disse que Castelo mostrou-lhe seis contracheques de assessores do governo Almir, cujos salários financiavam o PV, a mulher de Castelo entre eles.
Que eu me lembre, Amir, bem ao seu estilo, jamais disse palavra a respeito do assunto. Teve que engolir o sapo Castelo bem engolido, pra deixar de ser metido a ser o que a folhinha não marca. Já Ademir caiu espetacularmente sete anos depois nas algemas da Polícia Federal, e responde processo por desvios de verbas públicas na CDP. Nas horas vagas, é vereador na casa de Noca de Nova Déli.
Depois disso Castelo tentou se associar com Silas Assis Junior (editor da pocilga Jornal Popular), mas deu com os burros n'água. Até que se aproximou de Duciomar Costa, com quem teria jantado em Nova Déli na véspera de sua prisão. Fez muitos serviços pro falsário. Meteu-se em várias obras e serviços da municipalidade, com destaque para o Portal da Amazônia. Seu gabinete ficava no Iate Clube.
Segundo o repórter Ronaldo Brasiliense, teria sido Paulo Castelo quem contratou o publicitário Duda Mendonça para fazer a campanha de reeleição do amigo em Nova Déli. Castelo, segundo o jornalista Cláudio Humberto, teria assustado o IBOPE ao aparecer como interlocutor do prefeito falsário e encomendar uma série de pesquisas para as eleições de 2008.
Duciomar Costa fez tudo para eleger este prontuário para a Câmara Federal em 2006, e vereador em Ananindeua em 2008. Não conseguiu. Mas Castelo não tem do que se queixar do falsário. E vice versa.
Resta saber se Duciomar irá a Americano visitar o amigo com quem costumava dividir a mesa nos botecos de Brasília, geralmente na companhia de gente vadia.
Experiente, entrou macio no chiqueirinho da viatura da PF. Vai sentir saudades dos passeios de barco, dos gostosos almoços no Beto Grill, dos jantares no Roxy Bar, sempre ao lado de seu primeiro amigo, o prefeito falsário de Nova Déli, Duciomar dos Santos Costa.
Castelo subiu a ribalta da superintendência do IBAMA por indicação do ex-governador Almir Gabriel em 1998. Logo mostrou a que veio. Depois de algumas pirotecnias em conjunto com o Greenpeace, fraudes em licitações e engavetamento de processos, Castelo Branco caiu como um patinho safado no aeroporto de Brasília, com a mão na massa: uma mala cheia de dinheiro.
Lembro que na época alguns jornalistas relutaram em acreditar que ele realmente era o bandido. O histórico de infrações ambientais da empresa, a sem-vergonhice que grassa no setor madeireiro e o jogo de cena de Castelo nos sete meses que administrou o Ibama, fizeram com que gente experiente como o repórter Jonas Campos, da Rede Globo em Nova Déli, levasse meses para se conformar com a realidade dos fatos.
O flagrante de Paulo Castelo deve-se, em boa medida, a três jornalistas paroaras que convenceram a empresa a denunciar a extorsão ao MPF e à Polícia Federal, que prepararam o flagrante. No dia seguinte a prisão, telejornais da Globo insinuaram que Castelo iria, com a mala, para o gabinete do então senador Ademir Andrade, do PSB, que reagiu as acusações e disse que Castelo mostrou-lhe seis contracheques de assessores do governo Almir, cujos salários financiavam o PV, a mulher de Castelo entre eles.
Que eu me lembre, Amir, bem ao seu estilo, jamais disse palavra a respeito do assunto. Teve que engolir o sapo Castelo bem engolido, pra deixar de ser metido a ser o que a folhinha não marca. Já Ademir caiu espetacularmente sete anos depois nas algemas da Polícia Federal, e responde processo por desvios de verbas públicas na CDP. Nas horas vagas, é vereador na casa de Noca de Nova Déli.
Depois disso Castelo tentou se associar com Silas Assis Junior (editor da pocilga Jornal Popular), mas deu com os burros n'água. Até que se aproximou de Duciomar Costa, com quem teria jantado em Nova Déli na véspera de sua prisão. Fez muitos serviços pro falsário. Meteu-se em várias obras e serviços da municipalidade, com destaque para o Portal da Amazônia. Seu gabinete ficava no Iate Clube.
Segundo o repórter Ronaldo Brasiliense, teria sido Paulo Castelo quem contratou o publicitário Duda Mendonça para fazer a campanha de reeleição do amigo em Nova Déli. Castelo, segundo o jornalista Cláudio Humberto, teria assustado o IBOPE ao aparecer como interlocutor do prefeito falsário e encomendar uma série de pesquisas para as eleições de 2008.
Duciomar Costa fez tudo para eleger este prontuário para a Câmara Federal em 2006, e vereador em Ananindeua em 2008. Não conseguiu. Mas Castelo não tem do que se queixar do falsário. E vice versa.
Resta saber se Duciomar irá a Americano visitar o amigo com quem costumava dividir a mesa nos botecos de Brasília, geralmente na companhia de gente vadia.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Sem a Clean
Agora parece que não tem mais volta; a Clean está indo embora de Itaituba.
Ivanildo, o gerente da empresa que tem cuidado da limpeza da cidade no governo do prefeito Roselito Soares, foi transferido para Parauapebas e já viajou para lá.
Há pouco mais de uma semana houve uma reunião entre a Prefeitura e a Clean Service, para tentar acertar um novo contrato, mas as negociações naufragaram. Por causa disso, ficou acertado que os carros da empresa ficarão em Itaituba até o final deste mês, pelos quais a Prefeitura pagará aluguel. Depois disso serão embarcados, o que deverá ocorrer a partir de 1º de março.
Chegou a ser proposto pelo prefeito Roselito Soares, que a Clean aceitasse um contrato com valor bem mais baixo que o anterior, usando garis concursados da Prefeitura para fazerem o trabalho de coleta de lixo. A empresa não aceitou.
Com a saída da Clean, a limpeza da cidade, que estava sendo feita de forma precária, a tendência é que piore muito.
O nome de Neguinho das Galinhas é o mais cotado para assumir o comando das equipes que cuidarão desse serviço. ele tem longa experiência, pois começou a comandar equipes nesse tipo de trabalho, ainda no primeiro governo de Wirland Freire.
Dependendo das condições de trabalho que forem oferecidas para quem vai fazer esse serviço, e de quantas pessoas farão parte da equipe, é possível que a situação fique ainda pior do que já está.
Ivanildo, o gerente da empresa que tem cuidado da limpeza da cidade no governo do prefeito Roselito Soares, foi transferido para Parauapebas e já viajou para lá.
Há pouco mais de uma semana houve uma reunião entre a Prefeitura e a Clean Service, para tentar acertar um novo contrato, mas as negociações naufragaram. Por causa disso, ficou acertado que os carros da empresa ficarão em Itaituba até o final deste mês, pelos quais a Prefeitura pagará aluguel. Depois disso serão embarcados, o que deverá ocorrer a partir de 1º de março.
Chegou a ser proposto pelo prefeito Roselito Soares, que a Clean aceitasse um contrato com valor bem mais baixo que o anterior, usando garis concursados da Prefeitura para fazerem o trabalho de coleta de lixo. A empresa não aceitou.
Com a saída da Clean, a limpeza da cidade, que estava sendo feita de forma precária, a tendência é que piore muito.
O nome de Neguinho das Galinhas é o mais cotado para assumir o comando das equipes que cuidarão desse serviço. ele tem longa experiência, pois começou a comandar equipes nesse tipo de trabalho, ainda no primeiro governo de Wirland Freire.
Dependendo das condições de trabalho que forem oferecidas para quem vai fazer esse serviço, e de quantas pessoas farão parte da equipe, é possível que a situação fique ainda pior do que já está.
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