terça-feira, outubro 24, 2006

Trabalhadores da Celpa param hoje

A greve é contra as demissões na empresa A partir da zero hora de do dia 24/10, os trabalhadores da Celpa entram em greve por tempo indeterminado contra as demissões na empresa. A decisão foi tomada em assembléias realizadas no dia 17/10, um dia depois da paralisação e protestos feitos em frente à sede da empresa, na rodovia Augusto Montenegro. A reação dos trabalhadores foi motivada por mais sete demissões feitas pela Celpa no dia 13/10, uma sexta-feira.

Diário on line

Lá, diferente de cá

Jeffrey Skilling, ex-Enron, é condenado a 24 anos e quatro meses de prisão

VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O ex-presidente e executivo-chefe da gigante americana do setor de energia Enron (que quebrou em 2001), Jeffrey Skilling, 52, foi condenado nesta segunda-feira a 24 anos e quatro meses de prisão, por seu envolvimento na falência da empresa.

Antes de ouvir a sentença, Skilling manteve a alegação de inocência. "Meritíssimo, sou inocente nessas acusações", afirmou. "Sou inocente em cada uma dessas acusações. Vamos [Skilling e sua defesa] continuar a buscar meus direitos constitucionais (...) Estou convencido disso e quero que meus amigos e minha família saibam disso."

Ele negou as alegações de que não sente remorso por seu envolvimento nas fraudes que causaram a quebra da empresa. "Tem sido muito duro para mim, mas, provavelmente, e mais importante, incrivelmente duro para minha família, para os funcionários da Enron, meus amigos e para a comunidade."

Em maio, Skilling foi julgado culpado em 19 acusações de conspiração, fraude, prestação de declarações de resultados falsos e por vazar informações privilegiadas. Foi considerado inocente em outras oito acusações de vazamento de informações

Durante as audiências do processo, Skilling chegou a dizer que "lutaria contra as acusações até o dia sua morte".

O fundador da Enron, Kenneth Lay, morreu em julho. Ele foi julgado culpado em todas as dez acusações de fraude bancária, incluindo uma de declarações falsas que pesava contra ele em um caso separado, relacionado a suas finanças pessoais.Em um outro julgamento, o juiz distrital da corte de Houston (Texas), Sim Lake, considerou Lay culpado em quatro acusações de fraude e declarações falsas.

O juiz Lake cancelou as condenações por fraude e declarações falsas contra o fundador e ex-presidente da Enron, Kenneth Lay --morto em julho deste ano--, pela impossibilidade de apelação no caso. A decisão do juiz Lake encerra o caso criminal contra Lay e também anula os efeitos sobre seu patrimônio, deixado para sua mulher, Linda. Lay morreu aos 64 anos devido a problemas cardíacos.

A pena de Skilling foi a maior das já pronunciadas contra ex-executivos da Enron. O ex-diretor-financeiro da Enron, Andrew Fastow, 44, foi condenado no mês passado a seis anos de prisão e dois anos de serviços comunitários. O ex-chefe dos corretores da divisão de venda de energia no atacado, David Delainey, foi condenado a dois anos e meio de prisão.

A ex-vice-chefe do setor de relações com investidores, Paula Rieker, teve sua pena reduzida para dois anos e meio de liberdade condicional --de um máximo de 10 anos de prisão.Ainda restam por ser pronunciadas as sentenças do ex-diretor-financeiro da divisão de comércio de banda larga da empresa, Kevin Howard, o que deve acontecer ainda neste mês, e do principal contador da empresa, Richard Causey, marcada para novembro.

Quebra da EnronA Enron quebrou em dezembro de 2001, após ter sido alvo de uma série denúncias de fraudes contábeis e fiscais. O lucro e os contratos da Enron foram inflados artificialmente. A investigação indicou que ex-executivos, contadores, instituições financeiras e escritórios de advocacia foram responsáveis direta ou indiretamente pelo colapso da empresa.

O governo americano abriu dezenas de investigações criminais contra executivos da Enron e da Andersen. Além disso, pessoas lesadas pela Enron também moveram processos.Após o colapso da Enron vieram as da WorldCom, da Global Crossing e da Adelphia.

Envolvida em escândalo financeiro também esteve a Tyco: o ex-executivo-chefe da gigante americana Tyco International, Dennis Kozlowski, foi condenado em setembro do ano passado a até 25 anos de prisão por sua participação no desvio de US$ 600 milhões da empresa.A onda de fraudes levou à aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas.
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Meu comentário: Brasileiro gosta tanto de macaquear americano, porque a gente não copia o rigor da Justiça americana, como o exemplo da notícia acima? Seria tão bom.

Os cem anos de Santos Dumont

Frases ditas pelo genial brasileiro, que teve celebrado o primeiro centenário de sua grande invenção ocorrida em 23 de outubro de 1906. 23 de outubro é a data de aniversário de outro gênio, só que este, da bola: Pelé.

01. As coisas são mais belas quando vistas de cima.

02. Os pássaros devem experimentar a mesma sensação, quando distendem suas longas asas e seu vôo fecha o céu...

03. Ninguém, antes de mim, fizera igual. 03 Eu naveguei pelo ar.

04. Criei um aparelho para unir a humanidade, não para destruí-la.

05. No começo deste século, nós, os fundadores da Aeronáutica, havíamos sonhado com um futuro pacífico e grandioso para ela. Mas a guerra veio, apoderou-se de nossos trabalhos e, com todos os seus horrores, aterrorizou a humanidade.

06 As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso.

segunda-feira, outubro 23, 2006

De olhos bem fechados

Do blog Flanar, ex-blog do Barreto, que é médico

Os tucanos paraenses teimam em ver o mundo na perspectiva desalinhada de seus bicos. O caso da unidade ambulatorial da Rede SARAH é emblemático. Ao contrário do que alardeiam não é hospital, é ambulatório; depois, o Ministério da Saúde não tem nada com o fato dele não funcionar até hoje.

A Rede SARAH é uma organização privada sem fins lucrativos, administrada pela Associação das Pioneiras Sociais. Não compõe, portanto, a rede de hospitais sob administração do Ministério da Saúde, restrita apenas a alguns hospitais do Rio de Janeiro (Instituto Nacional do Câncer, Hospital Cardiológico de Laranjeiras) e de Porto Alegre (Grupo Hospitalar Conceição).

Ao contrário do que fazem crer, a Rede SARAH não recebe recursos advindos do número e da complexidade dos serviços prestados à população, como é o caso das instituições vinculadas ao SUS.

O funcionamento da rede depende de recursos a serem previstos no Orçamento Geral da União, ou seja, para que a nova unidade paraense funcione o governo estadual tem de dar providências junto ao Ministério do Planejamento e da Fazenda.

Quanto a equipar a unidade ambulatorial, o governo do estado possui recursos para fazê-lo. Se, contudo, for o caso de poupar para construir a nova capital do estado, pode usar o estatuto das emendas parlamentares da bancada federal paraense, encerrando uma novela escrita para dar ibope em final de eleição.

Redivisão do Pará é assunto proibido

Já prestaram atenção que os candidatos ao governo do Estado não tocam no assunto criação de novas unidades federativas no território paraense? Nem falam que sim, nem que não. E sabem porque? Porque é um assunto muito perigoso.

O candidato que por ventura resolvesse falar a favor correria o risco de perder votos na capital e cercanias. Quem falasse contra, certamente perderia muitos votos nas regiões Oeste e Sudeste do Estado, que sonham com o Estado do Tapajós e no Sul, que quer ver o Carajás criado. Por tanto, para os dois finalistas é bom nem tocar no assunto. Como tanto Almir quanto Ana Júlia são contra, eles mantêm o silêncio sobre o tema.

Chama-me atenção, também, o fato de nehum jornalista ter perguntado a posição dos dois candidatos durante os debates. Sabe-se que em Belém vivem diversos colegas das duas áreas citadas anteriormente, mas, nenhum deles parece ter sido convidado para formular perguntas. Porque será?
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Meu amigo Val Mutran comenta a opinião acima, direto de Brasília.

É porque a ambos falta o que não se compra na feira: visão de um Estadista. Afinal, caro Jota Parente, o Pará não é mais um feudo dominado por amarelos ou vermelhos.

Além disso, o candidato que corajosamente viesse a público dizer: Não sou contra, nem a favor, o povo é que decidirá no Plebiscito. Esse seria o candidato vencedor.
Val Mutran
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Você está certíssimo, meu camo Val Mutran.

Um vice pró Estado do Tapajós

O PSDB tem questionado muito o fato do vice de Ana Júlia, o santareno Odair Corrêa não aparecer nos horário eleitoral. Diz que ele está sendo escondido e quer saber porque. Eu também não entendo porque o Odair não aparece e isso causa uma preocupação para quem como eu espera que o time dos que lutam pela criação dos Estados do Tapajós e do Carajás seja reforçado.

Caso Ana Júlia seja eleita no próximo domingo, hipoteticamente, o movimento terá ganhará um reforço e tanto. Contudo, isso vai depender diretamente do comportamento de Odair na vice-governança.

Não vai ser assim tão fácil. Afinal, vice não tem muita autoridade. Porém, dependendo de seu desempenho, sem precisar romper com a governadora, repito, caso ela seja eleita, ele poderá atrair os holofotes e desfraldar a bandeira da emancipação.

A eleição de 3 de outubro foi pródiga. Um federal e oito estaduais conseguiram se eleger. Será que vamos ter o reforço de um vice comprometido com a causa, já que o Odair foi o coordenador do Movimento pela Criação do Estado do Tapajós durante muitos anos? Isso vamos ver.

De qualquer forma, vamos aguardar o desfecho da eleição para cobrar ou não dele.

PF rastreia dólares, encontra “laranjas”, mas não identifica o dono do dinheiro para compra de dossiê anti-tucano

Val-André Mutran (Brasília) – Apesar das duras críticas de membros da CPMI das Sanguessugas que acusam a Justiça de obstrução, a Polícia Federal já identificou um grupo de pessoas que teriam sido utilizadas como "laranjas" na aquisição dos dólares que serviriam para a compra de um dossiê com informações contra candidatos do PSDB. Segundo a PF, “só falta o donos ou donos do dinheiro”.

Segundo uma fonte ligada à investigação, a PF tenta, agora, agendar o depoimento destes supostos "laranjas" no inquérito que apura o caso, o que poderá ocorrer ainda esta semana.

Uma corretora de valores, a Victur, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, os registros com os nomes dos “laranjas” é a melhor pista para o rastreamento da origem do dinheiro que comprou os dólares apreendidos em um hotel em São Paulo, antes da compra do dossiê por petistas que o utilizariam na campanha eleitoral.

Ainda segundo a fonte, os “laranjas” são “pessoas de uma mesma família, de origem humilde, residente no subúrbio do Rio de Janeiro”.

Os documentos dessas pessoas podem ter sido utilizados sem a autorização delas para a compra dos 248,8 mil dólares apreendidos no dia 15 do mês passado juntamente com 1,1 milhão de reais. O dinheiro estava em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, militantes do Partido dos Trabalhadores .

"Temos de ouvir esses 'laranjas' para saber a verdadeira origem do dinheiro que seria usado na negociação", explicou a fonte.

A PF já recebeu do Banco Central todas as informações relativas à Vicatur. A empresa está em atividade há cerca de 20 anos e, desde abril de 1999, possui autorização para comercializar dólares.

Obstrução - O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), voltou a criticar a Polícia Federal ontem em entrevista para jornalistas.

“A PF está impedindo o trabalho da comissão ao ‘atrasar’ o envio de documentos para os parlamentares, dentre eles o relatório parcial da apuração do caso dossiê encaminhado à Justiça Federal em Mato Grosso na sexta-feira”, acusou.

Jungmann havia prometido protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de forçar a PF a acelerar a entrega de documentos à CPI, mas mudou de idéia.

"Conversei com outros integrantes da CPI que se inclinaram a dar mais um tempo (à PF)", afirmou.

Jungmann disse esperar que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tome providências. Ele também pediu ao juiz Jefferson Schneider a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar quem foi o responsável pelo vazamento das informações.

Para o deputado, o vazamento do relatório foi seletivo e deixou de fora as quebras de sigilo telefônico dos envolvidos e o vídeo do circuito interno de TV do hotel de São Paulo onde houve a apreensão do dinheiro que seria usado por petistas para comprar o dossiê.

O deputado acredita que a disputa eleitoral seja a principal motivação para tanta demora. "Espero que o ministro da Justiça tome as providências e resolva abrir inquérito para apurar a autoria desse crime. E que também apure a quem interessa divulgar um relatório parcial e, ao mesmo tempo, sonegar à CPMI e à opinião pública todo complemento desse relatório", declarou.

Segundo Jungmann, esse complemento traria dados "extremamente ricos para o andamento da investigação e para descobrir a autoria do crime".

Na sexta-feira, o juiz federal Jefferson Schneider, encarregado do caso, determinou que os documentos solicitados pela CPI devem ser encaminhados diretamente a ele, que decidirá pela liberação ou não dos papéis.