Segundo pesquisas realizadas no parlamento italiano, um em cada tres deputados usa drogas.Aqui na Brasômbia, um em cada tres é a própria.
Fonte: Blog 5ª Emenda
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Gosteio dessa, Juvêncio
terça-feira, outubro 10, 2006
A estréia de Clodovil na Câmara
Clodovil (PTC-SP) fez hoje seu debut no Congresso Nacional. Chegou no início da tarde e foi direto ao gabinete do presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Vestia a última moda em roupa masculina - um caban cáqui (espécie de casacão), gravata e lenços azuis, sapatos e meias marrons e uma pasta-carteiro a tira colo.
A notícia sobre a presença dele no prédio do Congresso correu rápida. Em poucos minutos, jornalistas, funcionários da Câmara, copeiros, faxineiras e turistas se aglomeraram para vê-lo.
Foram convocados agentes de segurança para prevenir um possível tumulto. Eles aconselharam Clodovil a ser discreto - imagina só...
- Deputado, saia pelo lado que tem muita gente aí! - aconselhou um deles.
Clodovil respondeu feliz:
- Tem muita gente aí? Graças a Deus.
Então deixou com leveza e pose o gabinete de Aldo pela porta principal. Sorridente, parou três vezes para dar entrevistas. Nas três, elogiou a beleza de jornalistas que lhe faziam perguntas.
Para Leandro Colon, ex-repórter deste blog, dirigiu um gracejo. Com a mão no cavanhaque de Leandro, disse simplesmente:
- Você parece o Che Guevara.
Para Felipe Recondo, repórter do blog, um galanteio:
- Como você é bonito?!
Recondo agradeceu enternecido.
Mas Clodovil não foi à Câmara apenas para desfilar. Foi conhecer seu novo local de trabalho:
- Eu vim aprender o caminho da escola. Eu queria saber que bolsa eu trago, se trago uma Louis Vuitton ou uma sacolinha da Casa da Banha porque eu não quero atrito com ninguém. É um mundo novo. Fui recepcionado pelo presidente e deixei-o com lágrimas nos olhos. Olhei para o Aldo como olhei para o médico que me operou do câncer.
Na primeira entrevista, corrigiu uma declaração atribuída a ele que havia repercutido mal entre seus futuros pares. Saiu publicado que ele dissera ser capaz de vender seu voto por US$ 30 milhões.
- Eu falei que todo homem tem um preço, mas que R$ 30 mil seria muito barato para vender um país. Com US$ 30 milhões de dólares você poderia ajudar alguém, mas mesmo assim não valeria a pena. Não sou analfabeto, nem idiota e nem bebo. Você acha que antes de entrar aqui eu ia falar uma barbaridade dessas?
Dizer uma coisa e depois desmenti-la faz parte da vida dos políticos em geral e de alguns em particular. É normal. Tanto quanto o assédio de lobistas que esperavam Clodovil no Salão Verde da Câmara.
Mas com Clodovil o que funciona é carinho, afeto.
- Eu sou feito cachorro: é só passar a mão que eu abano o rabo.
Pois Lula e Alckmin ainda têm tempo para afagar Clodovil de olho nos seus 493 mil votos. Ele não sabe quem apoiará.
- O voto é secreto. Eleição não é time de futebol. Eu vou trabalhar por Deus e em segundo lugar, por mim - desconversa..
Alckmin sai com leve vantagem. Clodovil gostou do desempenho dele no debate da Rede Bandeirantes:
- Temperaram um pouquinho o chuchuzinho. Ficou ótimo - decretou.
Blog do Noblat
Vestia a última moda em roupa masculina - um caban cáqui (espécie de casacão), gravata e lenços azuis, sapatos e meias marrons e uma pasta-carteiro a tira colo.
A notícia sobre a presença dele no prédio do Congresso correu rápida. Em poucos minutos, jornalistas, funcionários da Câmara, copeiros, faxineiras e turistas se aglomeraram para vê-lo.
Foram convocados agentes de segurança para prevenir um possível tumulto. Eles aconselharam Clodovil a ser discreto - imagina só...
- Deputado, saia pelo lado que tem muita gente aí! - aconselhou um deles.
Clodovil respondeu feliz:
- Tem muita gente aí? Graças a Deus.
Então deixou com leveza e pose o gabinete de Aldo pela porta principal. Sorridente, parou três vezes para dar entrevistas. Nas três, elogiou a beleza de jornalistas que lhe faziam perguntas.
Para Leandro Colon, ex-repórter deste blog, dirigiu um gracejo. Com a mão no cavanhaque de Leandro, disse simplesmente:
- Você parece o Che Guevara.
Para Felipe Recondo, repórter do blog, um galanteio:
- Como você é bonito?!
Recondo agradeceu enternecido.
Mas Clodovil não foi à Câmara apenas para desfilar. Foi conhecer seu novo local de trabalho:
- Eu vim aprender o caminho da escola. Eu queria saber que bolsa eu trago, se trago uma Louis Vuitton ou uma sacolinha da Casa da Banha porque eu não quero atrito com ninguém. É um mundo novo. Fui recepcionado pelo presidente e deixei-o com lágrimas nos olhos. Olhei para o Aldo como olhei para o médico que me operou do câncer.
Na primeira entrevista, corrigiu uma declaração atribuída a ele que havia repercutido mal entre seus futuros pares. Saiu publicado que ele dissera ser capaz de vender seu voto por US$ 30 milhões.
- Eu falei que todo homem tem um preço, mas que R$ 30 mil seria muito barato para vender um país. Com US$ 30 milhões de dólares você poderia ajudar alguém, mas mesmo assim não valeria a pena. Não sou analfabeto, nem idiota e nem bebo. Você acha que antes de entrar aqui eu ia falar uma barbaridade dessas?
Dizer uma coisa e depois desmenti-la faz parte da vida dos políticos em geral e de alguns em particular. É normal. Tanto quanto o assédio de lobistas que esperavam Clodovil no Salão Verde da Câmara.
Mas com Clodovil o que funciona é carinho, afeto.
- Eu sou feito cachorro: é só passar a mão que eu abano o rabo.
Pois Lula e Alckmin ainda têm tempo para afagar Clodovil de olho nos seus 493 mil votos. Ele não sabe quem apoiará.
- O voto é secreto. Eleição não é time de futebol. Eu vou trabalhar por Deus e em segundo lugar, por mim - desconversa..
Alckmin sai com leve vantagem. Clodovil gostou do desempenho dele no debate da Rede Bandeirantes:
- Temperaram um pouquinho o chuchuzinho. Ficou ótimo - decretou.
Blog do Noblat
domingo, outubro 08, 2006
O debate
Para Ricardo Noblat, que assina um dos blogs mais visitados do Brasil, Alckmin saiu-se melhor no debate terminado há pouco nos estúdios da TV Bandeirantes de S. Paulo, transmitido para todo o País.
A Folha de S. Paulo destacou: "Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), no debate da TV Bandeirantes, deixaram um pouco de lado o tema corrupção e passaram a debater propostas para o país. Os ataques mútuos, entretanto, não saíram de cena, em um confronto que continuou acalorado até o fim.
O Globo foi bastante isento em sua avaliação. - "As propostas para governar o país foram deixadas de lado no primeiro bloco do debate entre os candidatos a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) na noite deste domingo na TV Bandeirantes. Desde o início, Alckmin e Lula trocaram acusações e cobraram irregularidades nos governos petista e tucano".
O Estado de s. Paulo: O primeiro debate entre Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, transcorreu como se esperava: os assuntos ética e dossiê Vedoin - que seria comprado por petistas para ser usado contra tucanos - dominaram o confronto. A primeira pergunta de Ricardo Boechat sobre corte de gastos foi praticamente ignorada para que estes assuntos entrassem logo no embate. Durante todo o tempo, Alckmin, olhando para as câmeras, atacava Alckmin. E Lula, olhando para o candidato, se defendia.
Veja: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição presidencial pelo PT, e o tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, fizeram neste domingo o primeiro debate desde o início da campanha para as eleições de 2006.
Em pouco mais de duas horas não faltaram insinuações, acusações e temas como dossiê, compra de votos, mensalão, sanguessugas e até ataques mais diretos, com Alckmin chamando Lula de arrogante e mentiroso e o presidente fazendo provocações chamando o tucano de nervoso e mal preparado. : O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição presidencial pelo PT, e o tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, fizeram neste domingo o primeiro debate desde o início da campanha para as eleições de 2006.
Em pouco mais de duas horas não faltaram insinuações, acusações e temas como dossiê, compra de votos, mensalão, sanguessugas e até ataques mais diretos, com Alckmin chamando Lula de arrogante e mentiroso e o presidente fazendo provocações chamando o tucano de nervoso e mal preparado.
Jornal do Brasil: Pouco antes do debate, o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, avisou: ''Lula preferia fazer um debate de propostas e programas de governo''. Quando Alckmin deu o seu boa noite, parecia tranqüilo e afável, mas não seguiu o desejo do presidente. Começou agressivo, como que soltando quase de uma vez toda a saraivada de acusações esperada e longamente treinada com os assessores. Falou da corrupção, dos 20 mil cargos aparelhados para o PT.
A réplica de Lula seguiu no mesmo tom. Atacou duramente - como já se esperava- o governo de Fernando Henrique - e, sempre citando números, fez comparações, para tentar demonstrar que alcançou índices econômicos bem melhores que o do antecessor.
O clima do debate já estava estabelecido. Falas duras, acusações e contra-acusações. Quando Lula seguiu perguntando, em um novo bloco, Alckmin não perdoou o fato de o opositor ler as questões. Lula respondeu que não teve tempo de decorá-las. Pouco depois, propôs pela primeira vez uma trégua: queria passar a debater propostas com o adversário.
Antes de ler qualquer dessas opiniões do jornais e revistas e outros que não publiquei, achei que se tivesse que escolher um vencedor, não teria como. Para mim, deu empate técnico.
A Folha de S. Paulo destacou: "Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), no debate da TV Bandeirantes, deixaram um pouco de lado o tema corrupção e passaram a debater propostas para o país. Os ataques mútuos, entretanto, não saíram de cena, em um confronto que continuou acalorado até o fim.
O Globo foi bastante isento em sua avaliação. - "As propostas para governar o país foram deixadas de lado no primeiro bloco do debate entre os candidatos a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) na noite deste domingo na TV Bandeirantes. Desde o início, Alckmin e Lula trocaram acusações e cobraram irregularidades nos governos petista e tucano".
O Estado de s. Paulo: O primeiro debate entre Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, transcorreu como se esperava: os assuntos ética e dossiê Vedoin - que seria comprado por petistas para ser usado contra tucanos - dominaram o confronto. A primeira pergunta de Ricardo Boechat sobre corte de gastos foi praticamente ignorada para que estes assuntos entrassem logo no embate. Durante todo o tempo, Alckmin, olhando para as câmeras, atacava Alckmin. E Lula, olhando para o candidato, se defendia.
Veja: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição presidencial pelo PT, e o tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, fizeram neste domingo o primeiro debate desde o início da campanha para as eleições de 2006.
Em pouco mais de duas horas não faltaram insinuações, acusações e temas como dossiê, compra de votos, mensalão, sanguessugas e até ataques mais diretos, com Alckmin chamando Lula de arrogante e mentiroso e o presidente fazendo provocações chamando o tucano de nervoso e mal preparado. : O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição presidencial pelo PT, e o tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, fizeram neste domingo o primeiro debate desde o início da campanha para as eleições de 2006.
Em pouco mais de duas horas não faltaram insinuações, acusações e temas como dossiê, compra de votos, mensalão, sanguessugas e até ataques mais diretos, com Alckmin chamando Lula de arrogante e mentiroso e o presidente fazendo provocações chamando o tucano de nervoso e mal preparado.
Jornal do Brasil: Pouco antes do debate, o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, avisou: ''Lula preferia fazer um debate de propostas e programas de governo''. Quando Alckmin deu o seu boa noite, parecia tranqüilo e afável, mas não seguiu o desejo do presidente. Começou agressivo, como que soltando quase de uma vez toda a saraivada de acusações esperada e longamente treinada com os assessores. Falou da corrupção, dos 20 mil cargos aparelhados para o PT.
A réplica de Lula seguiu no mesmo tom. Atacou duramente - como já se esperava- o governo de Fernando Henrique - e, sempre citando números, fez comparações, para tentar demonstrar que alcançou índices econômicos bem melhores que o do antecessor.
O clima do debate já estava estabelecido. Falas duras, acusações e contra-acusações. Quando Lula seguiu perguntando, em um novo bloco, Alckmin não perdoou o fato de o opositor ler as questões. Lula respondeu que não teve tempo de decorá-las. Pouco depois, propôs pela primeira vez uma trégua: queria passar a debater propostas com o adversário.
Antes de ler qualquer dessas opiniões do jornais e revistas e outros que não publiquei, achei que se tivesse que escolher um vencedor, não teria como. Para mim, deu empate técnico.
Para ler no fim de semana
"Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!"
Luiz Vaz de Camões
Um ótimo final de semana a todos os leitores do blog
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!"
Luiz Vaz de Camões
Um ótimo final de semana a todos os leitores do blog
Vejam só
Do Repórter Diário
Descasados
O tucano Almir Gabriel não quer mais saber de Lira Maia (PFL) na coordenação de sua campanha, em Santarém. Vai trocá-lo pelo deputado eleito Alexandre Von e por Elenilson Pontes, candidato derrotado do PPS. Almir não conseguiu digerir o fiasco do terceiro lugar nas urnas santarenas, com 36.669 votos, atrás de Ana Júlia e de Priante, este com 62.195 votos. Já Maia teve 65.634 no município.
-----------------
Se for verdade o que diz essa nota, creio que o Almir está mesmo ficando gagá, ou seus marqueteiros, que não foram nada bem no primeiro turno continuam comentendo erros. Qualquer ser humano com inteligência mediana deduziria com grande facilidade, que uma parte considerável do eleitoral de Lira Maia, provavelmente a maioria, jamais votaria em Almir, mesmo o deputado federal eleito pedindo.
Será que ele (Almir) pensa que o povo de Santarém tem memória tão curta assim? O que ele fez com aquele município por causa de sua briga com Maia não dá para esquecer tão rápido.
Porque os outros candidatos, incluindo sobretudo os que se elegeram, não transferiram votos para Almir?
Isso é bem do estilo do ex-governador, que já demonstrou fartamente que é rancoroso.
Em tempo: embora o voto seja secreto, não tenho porque esconder que votei em branco no primeiro turno, pois considero que estamos muito servidos de candidatos para o governo do Estado.
Jota Parente
Descasados
O tucano Almir Gabriel não quer mais saber de Lira Maia (PFL) na coordenação de sua campanha, em Santarém. Vai trocá-lo pelo deputado eleito Alexandre Von e por Elenilson Pontes, candidato derrotado do PPS. Almir não conseguiu digerir o fiasco do terceiro lugar nas urnas santarenas, com 36.669 votos, atrás de Ana Júlia e de Priante, este com 62.195 votos. Já Maia teve 65.634 no município.
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Se for verdade o que diz essa nota, creio que o Almir está mesmo ficando gagá, ou seus marqueteiros, que não foram nada bem no primeiro turno continuam comentendo erros. Qualquer ser humano com inteligência mediana deduziria com grande facilidade, que uma parte considerável do eleitoral de Lira Maia, provavelmente a maioria, jamais votaria em Almir, mesmo o deputado federal eleito pedindo.
Será que ele (Almir) pensa que o povo de Santarém tem memória tão curta assim? O que ele fez com aquele município por causa de sua briga com Maia não dá para esquecer tão rápido.
Porque os outros candidatos, incluindo sobretudo os que se elegeram, não transferiram votos para Almir?
Isso é bem do estilo do ex-governador, que já demonstrou fartamente que é rancoroso.
Em tempo: embora o voto seja secreto, não tenho porque esconder que votei em branco no primeiro turno, pois considero que estamos muito servidos de candidatos para o governo do Estado.
Jota Parente
sábado, outubro 07, 2006
Autorização para plebiscito de novos Estados tramitarão apensados

Brasília - Ontem os Projetos de Decreto Constitucionais (PDC) de números 1217/2004 e 2265/2006 foram apensados, ou seja, tramitarão, desde agora, conjuntamente na Câmara dos Deputados.
O primeiro dispõe sobre a realização de plebiscitos para a criação dos Estados do Aripuanã, do Araguaia, do Xingu, de Tapajós, de Carajás, do Rio Negro, de Solimões, do Uirapuru, do Madeira e do Juruá; e o segundo, trata apenas do plebiscito autorizativo para criação do Estado de Carajás.
De acordo com a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, resta apenas o Colégio de Líderes da Casa fechar acordo para colocar os projetos em votação em Plenário. "É o que falta para os colegas decidirem a questão", disse por telefone de Belém o deputado federal reeleito Zequinha Marinho (PSC), simpático a um novo desenho geopolítico da região amazônica e não apenas do Pará.
Em entrevista exclusiva ao blog o deputado argumenta as razões para a redivisão territorial do Estado do Pará. As mesmas perguntas serão feitas aos demais deputados federais paraenses eleitos no último domingo e para os dois candidatos aos governo do Estado que disputarão o segundo turno das eleições no próximo dia 29 deste mês. Acompanhe os melhores trechos abaixo:
RESPOSTAS DO DEPUTADO ZEQUINHA MARINHO – PSC/PA SOBRE A REDIVISÃO TERRITORIAL DO ESTADO DO PARÁ
1)- O Sr. é a favor ou contrário às propostas de divisão do Pará? (Se possível, explique suas razões para adotar esse posicionamento).
Resposta – Inicialmente quero dizer que sou a favor, pelos motivos que passo a expor:
Primeiro - gostaria de fazer uma análise desapaixonada desse assunto, que apesar de muita gente achar demasiadamente complexo, eu particularmente acho muito simples – porque não se trata de reinventar a roda ou responder ao óbvio, como por exemplo, será que o computador contribuiu com o desenvolvimento da humanidade?
É óbvio que a roda, que a bússola, que o computador e tantos outros instrumentos contribuíram com o desenvolvimento da sociedade em todos os tempos. Assim também é óbvio que se quisermos trazer desenvolvimento consistente, quantitativo, qualitativo e permanente à sociedade paraense precisamos fazer a redivisão territorial do Pará.
Se o modelo atual do Estado estivesse correto, durante esses quatro séculos de existência, com certeza todas as regiões do Estado estariam bem desenvolvidas, com a infra-estrutura e qualidade de vida que todos nós queremos e pela qual temos lutado. Nossos governadores, lutam como verdadeiros gigantes, na tentativa de fazer o melhor, buscando recursos, investindo, fazendo o que está ao alcance, todavia as demandas são gigantescas e as condições são poucas para atende-las quando a sociedade quer respostas urgentes dos governantes.
A dimensão territorial é um fator que precisa ser levado em conta, pela sociedade e principalmente por quem administra com pouco recurso. Se tivéssemos outra saída era uma beleza, não precisaríamos ficar discutindo isso ou tendo que enfrentar questionamentos todo dia sobre esse assunto.
O problema é que não temos outra alternativa. Temos sim o dever de encarar o assunto com a seriedade que ele requer, sem o medo de nos expor ou de perder voto. Estamos numa encruzilhada e precisamos tomar uma decisão – não é a idéia de dividir por dividir mas assumirmos a postura da opção pelo desenvolvimento dessas regiões ou fada-las a estagnação econômica e social, pelo medo de encarar uma questão séria e importante, porém delicada e polêmica.
Segundo – porque não existe em nenhum país civilizado e desenvolvido do mundo, unidades federadas com a dimensão territorial do Pará, Amazonas, Mato Grosso etc.
Isso aqui, ainda é a marca da colonização portuguesa que as vezes criticamos chamando-a de atrasada, que a sociedade que nós chamamos moderna ainda não conseguiu remover, adequando às nossas realidades e necessidades atuais.
Terceiro – porque todas as experiências sobre redivisão territorial no Brasil foram bem sucedidas, tanto as antigas quanto as recentes: São Paulo/Paraná; Mato Grosso/Mato Grosso do Sul; Goiás/Tocantins etc.
Contra fatos não há argumentos, não há necessidade de ficarmos querendo reinventar a roda ou descobrir o sexo dos anjos. Basta sermos pragmáticos e sinceros conosco mesmos. Por que não fazer uma constatação “in loco” por exemplo – com relação ao desenvolvimento experimentado pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul após sua separação ou Goiás e Tocantins que são casos mais recentes?
Quarto – porque não acho justo que uma região do Estado tenha que bancar a outra. Todas as regiões têm condições de trabalhar e de se auto sustentar. Todavia hoje, mais de 80% da arrecadação do Estado se concentra na região Norte/Nordeste, que tem que cobrir grande parte dos custos do governo com o Sul/Sudeste(futuro Carajás) e Oeste/Sudoeste(futuro Tapajós), apesar de serem regiões com grande potencial de riqueza.
Quinto – porque essas regiões passíveis de separação enfrentam grandes problemas que por sua natureza exigem presença efetiva e permanente de governo. Por exemplo, problemas agrários e de regularização fundiária; seríssimos problemas com relação a questões e políticas ambientais; evasão de divisas; tráfico e produção/beneficiamento de drogas; violência e impunidade, etc.
2) - Na sua opinião, quais as conseqüências da divisão do Pará?
Resposta – se desmembrarmos do Pará o futuro Tapajós e o futuro Carajás, o estado remanescente ficará com uma área aproximada de 255.000 km2 portanto maior ainda que o Estado de São Paulo, com uma infra estrutura rodoviária, hidroviária, portuária, aeroportuária, de energia elétrica, de comunicação, hospitalar e universitária completamente prontas, quase que sem demandas de altos investimento para os próximos anos, concentrando 67% da população/censo 2000 ( cerca 4.105.000 habitantes), arrecadando mais de 80% dos impostos do estado hoje, com uma economia forte baseada na agricultura ( dendê e grãos ), pecuária bovina e bubalina, pesca em escala industrial, turismo abundante e um FPE ( Fundo de Participação dos Estados ) fabuloso, face a sua grande população, além de uma expressiva bancada federal empenhada na captação de recursos para investimentos num estado relativamente pequeno e com uma infra praticamente pronta.
Em havendo uma divisão, o ganho para o estado remanescente é imediato e fantástico. O desenvolvimento no sentido vertical terá tudo para ser rápido e forte, melhorando a qualidade de vida da sociedade carente em tempo recorde, pois o governo terá condições para fazer isso, como nunca.
3) - A criação de um novo Estado geralmente gera grandes despesas. Estima-se que os gastos com a nova estrutura sejam de aproximadamente um bilhão de reais. O Sr. Acha que é necessário gastar tanto? Não seria mais coerente aplicar esse volume de recursos no Pará?
Resposta – esta afirmativa não é verdadeira, nem racional, pois nenhuma das áreas que pretendem emancipação, necessitam construir uma cidade para servir de capital( sede do governo) como ocorreu no Tocantins e nem por isso se gastou tanto, inviabilizando o novo estado.
Um novo estado tem que investir rapidamente é na construção de sua infra estrutura para atrair investimentos e produzir desenvolvimento. Na história da sociedade, ela sempre fez as coisas de acordo com as suas possibilidades, no estágio atual creio que não será diferente. Edifícios e cargos burocráticos sem necessidade, são características de estados velhos e onerosos para a sociedade. É evidente que teremos custos. Tudo que se faz tem um custo.
Agora o que não dá pra comparar é a relação do custo – benefício de uma máquina administrativa nova, eficiente e enxuta com um estado velho oneroso com uma máquina administrativa cansada e improdutiva, isto sim, é mil vezes pior e muito mais caro para o contribuinte. Por outro lado, o governo federal, não está e nunca esteve disposto a gastar dinheiro com a criação de novos estados.
Cada um deve procurar se arranjar com o que tem, quando criado, equacionando suas despesas com as suas receitas, sempre foi assim. Com certeza não será diferente agora. No caso do Tocantins, só após 12 anos de existência é que começou a receber algum recurso para apoiar sua implantação. Já pensou, sendo uma região economicamente fraca, teria morrido ao nascer, mas teve competência para se estabelecer. Assim, com certeza, ocorrerá com os novos estados que hão de ser criados.
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Meu comentário:
No primeiro semestre deste ano, como jornalista e coordenador do Movimento pela Criação do Estado do Tapajós, tive oportunidade de entrevistar o deputado Zequinha Marinho, aqui em Itaituba.
Pude sentir o quanto o deputado é envolvido com a causa da redivisão territorial do Pará e o quanto é independente quanto ao ocupante do Palácio dos Depachos, independente de que seja Jatene, Almir ou qualquer outro nome. Essa independência não existe da parte de muitos outros deputados federais paraense. Os que são convictamente contra, eu respeito, embora trabalhe em sentido contrário a eles.
Lamento pelos que, por serem pusilânimes, se escondem e agem contra o movimento. Além do deputado Zequinha Marinho, que se reelegeu com folga, o movimento pela redivisão do Pará ganhou um reforço de peso na Câmara Federal com a eleição do ex-prefeito de Santarém, Joaquim de Lira Maia, que é claramento envolvido com essa causa. Quem sabe, dessa vez o plebiscito entra e não é retirado de pauta.
Jota Parente

VOU CONTINUAR NA POLÍTICA

Chapelão declarou que vai continuar sendo candidato até que consiga se eleger e ajudar a resolver problemas cruciais de Itaituba. Principalmente na área da saúde, defendendo a implantação de um hospital regional neste município. Vai ser candidato a vereador em 2008, provavelmente pelo PSB porque o 40.100 já é muito conhecido, mas, não descarta a possibilidade de trocar de partido.

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Comentário do jornalista Val Mutran, direto de Brasília
Val Mutran
Parabéns pela excelente cobertura do resultado eleitoral de Itaiuba.
Imparcial, objetivo, informativo e com singular conscientização do leitor. Show de jornalismo amigo!Um bom domingo para você e toda a família
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Obrigado amigo pelo elogio. Pelo blog confirmou que sua bela reportagem com o deputado Zequinha Marinho a respeito do que ele pensa sobre a redivisão territorial do Pará estará nas páginas da próxima edição do Jornal do Comércio.
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