segunda-feira, maio 23, 2022

Vereadoras e vereadores, o candidato a deputado de cada um de vocês, já fez alguma coisa em favor da atividade garimpeira?

Toda vez que tem eleição, faz parte do processo, quem está no degrau de baixo na hierarquia dos cargos eletivos, trabalhar para detentores de mandatos que estejam um degrau acima, ou até dois.

Começando pelo primeiro degrau, é comum para quem exerce o mandato de vereador, fazer negociações com um candidato a deputado estadual e um a deputado federal. Isso, quando o próprio vereador não resolve, ele mesmo, lançar seu nome.

Em Itaituba, até o presente momento, o único vereador que faz um bom tempo que decidiu tentar novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado é Wescley Tomaz. João de Barros andou se assanhando, ainda fala que vai concorrer, mas até agora ninguém levou isso a sério.

A eleição federal acontece dois anos antes da eleição municipal, na qual os vereadores tentam se reeleger. Logo, é preciso pensar em engordar o caixa para a campanha, e trabalhar para um ou dois deputados (estadual e federal) pode ser uma boa oportunidade, pois, saco vazio não se põe de pé, ou, candidato liso não vai muito longe.

Essa é uma prática muito comum e antiga na política brasileira, e não tem nada de errado nisso. Só para evitar mal entendido.

Para que candidatos trabalharão os vereadores de Itaituba?

Cada edil pode dizer que vai trabalhar para quem quiser, e isso não é da conta de ninguém, mas, isso só é verdade até certo, conquanto, por ser representante eleito pelo povo, tanto o vereador, quanto qualquer outro eleito tem o dever de se preocupar com os seus atos públicos. E nada é tão público como uma eleição.

O deputado estadual e o deputado federal para o qual o senhor ou a senhora vai trabalhar, algum dia do seu mandato, tirou cinco minutos para defender a atividade garimpeira na região do Tapajós?

Se a resposta for não, é provável que quando estiver visitando os eleitores da região Sudoeste do Pará, alguns deles lhe perguntem: o que o seu candidato já fez em favor da classe garimpeira? Quantas vezes ele visitou a região de garimpo?

Se as duas respostas forem negativas, no caso do seu candidato se eleger, Itaituba, Trairão, Novo Progresso e Jacareacanga continuarão com pouca, ou nenhuma representatividade, seja na ALEPA, seja na Câmara Federal.

Ah, não vale candidato que já está no parlamento, e que precisou ser procurado para fazer meio-campo para reuniões com autoridades do Executivo federal em Brasília, ou quem só tocou no assunto quando a notícia já tinha se espalhado muito além do Brasil.

E aí, vereadores, os candidatos de vocês preenchem esses requisitos?

Jota Parente

Com subida da covid no Brasil, especialistas recomendam uso de máscaras

Pesquisa conduzida pela Abrafarma revelou que positivos de testes rápidos feitos na primeira quinzena deste mês estão 54% acima do total registrado em abril. Dados do Ministério da Saúde confirmam tendência

Depois de um respiro com o afrouxamento das restrições sanitárias, o Brasil tem apresentado nova alta de casos da covid-19. Os números subiram em janeiro, com a maior circulação de pessoas nas festas de fim de ano, caíram em março e, agora, voltam a crescer. Há ainda um problema que pode agravar a situação: a subnotificação de casos em razão do amplo uso de autotestes adquiridos em farmácias.

Uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) revelou que positivos de testes rápidos feitos na primeira quinzena deste mês estão 54% acima do total registrado em abril. Dados do Ministério da Saúde confirmam a tendência. Na última terça-feira (17/5), a pasta divulgou um levantamento mostrando aumento de 28% na média móvel de registros de casos.

Esse movimento tem chance de ser ainda mais significativo, já que pode ser mascarado pelos autotestes — são 31 kits aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acontece que os resultados desse tipo de exame não precisam ser notificados às autoridades, de modo que não são incluídos nas estatísticas.

“O aumento de casos neste momento já era esperado, porque a gente suspendeu as medidas que atuavam para tentar a redução da transmissão. Com isso, há uma redução dessa força de contenção, e o vírus ganha espaço”, afirma o epidemiologista e professor da Universidade de Brasília Jonas Brant. Para ele, os testes realizados em casa, “sem dúvida, dificultam o entendimento da situação”, porque perde-se a precisão do volume de casos leves, estágio em que muitos optam por não buscar atendimento.

A avaliação é confirmada por Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Existe a recomendação de que as pessoas que fizerem o autoteste e tenham resultado positivo busquem atendimento, até para ter as orientações adequadas e para a própria notificação de casos, que é feita pelo profissional de saúde. Mas a gente sabe que isso, infelizmente, não vai ser a rotina.”

Na visão do especialista, o cenário preocupa e atrapalha o acompanhamento do desempenho real da doença, mas não impede a atuação dos profissionais. Ainda, os autotestes dão mais agilidade à população, já que o indivíduo pode fazer o autoisolamento sem depender da exposição em um ambiente vulnerável.
Subnotificação

Também não é possível bater o martelo sobre o quanto a subnotificação dos casos afeta a atuação dos gestores ou a percepção da população. Isso porque o autoteste não dá direito a dispensa para trabalho ou escola, por exemplo. Assim, grande parte dos positivados precisa recorrer aos serviços de saúde para oficializar o diagnóstico.

“Esse teste tem um grande objetivo que é isolar as pessoas que estejam com sintomas brandos, ou mesmo assintomáticas, que encontram resultado positivo e vão evitar contato com outras pessoas. Como a grande maioria de quem faz esse autoteste precisa de uma comprovação do diagnóstico e uma avaliação médica para apresentar no trabalho ou na escola, acredito que essa subnotificação não seja tão relevante”, argumenta o infectologista Hemerson Luz.

“Certamente que a subnotificação pode ocorrer. Uma forma de contornar isso é de forma educativa, orientar as pessoas que estão fazendo o teste que notifiquem o resultado. Isso pode ser feito por campanhas dentro das farmácias, ou na própria embalagem do autoteste”, completa.

Fonte: Correio Braziliense

Lançado fórum de discussão sobre a contaminação da bacia do Tapajós (PA) por mercúrio

É preciso cuidar de todos, ribeirinhos, indígenas, garimpeiros e populações urbanas

Representantes de instituições públicas e de organizações da sociedade civil ligadas à fiscalização, pesquisa e incentivo a políticas públicas na área da saúde e à defesa de direitos socioambientais lançaram, na sexta-feira (20), fórum de discussão e enfrentamento da contaminação mercurial na bacia do rio Tapajós (PA) e adjacentes.

O lançamento ocorreu durante audiência pública promovida em Santarém pelo Ministério Público Federal (MPF) para debater os impactos do mercúrio na bacia hidrográfica. Realizado na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o evento teve lotação máxima, com participação de diversos órgãos e grupos interessados na eliminação dos impactos.

O fórum terá o objetivo de analisar, propor e acompanhar políticas públicas de saúde que evitem e combatam a contaminação da população por mercúrio. O procurador da República Gabriel Dalla Favera de Oliveira anunciou que o edital com o detalhamento da iniciativa e abertura de inscrições de participantes será lançado em breve.

O edital será publicado no site do MPF no Pará e para toda a imprensa. O critério para a participação de organizações governamentais e da sociedade civil no fórum será a pertinência dos temas de atuação das instituições candidatas com os temas de atuação do fórum.

Audiência pública – A audiência pública mostrou que, apesar de organizações favoráveis ao garimpo de ouro discordarem de que há comprovação científica de que o setor seja o principal responsável pela contaminação mercurial na bacia, instituições públicas e organizações de pesquisa, MPF, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), garimpeiros, indígenas, quilombolas e pescadores concordam que a exposição humana ao mercúrio na região é uma questão que precisa ser enfrentada como um problema de saúde pública.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, apresentou os detalhes metodológicos de estudos que detectaram níveis de mercúrio acima de limites seguros em seis de cada dez indígenas Munduruku do médio Tapajós, em um total de 197 indígenas avaliados. No alto Tapajós, pesquisadores notaram que 99,09% dos 109 indígenas estudados apresentaram níveis de mercúrio superiores ao limite de exposição aceitável pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Representantes dos garimpeiros solicitaram que pesquisas de medição da contaminação mercurial incluam testes em trabalhadores dos garimpos. Alguns deles relataram na audiência pública que se sentem abandonados pelo Estado, sem acesso a serviços básicos de saúde.

Problema também urbano – “Estamos muito preocupados com a saúde de todos, sejam ribeirinhos, sejam garimpeiros”, ressaltou a promotora de Justiça Lílian Regina Furtado Braga, complementando que a contaminação por mercúrio é um problema que impacta não apenas as populações que vivem ou trabalham à beira de rios, e sim todas as pessoas que se alimentam do pescado, incluindo moradores de zonas urbanas.

O procurador da República Gabriel Dalla Favera de Oliveira destacou que várias recomendações resultantes da pesquisa da Fiocruz indicam que o problema é também urbano, como a recomendação de ampliação do monitoramento dos níveis de mercúrio nos peixes consumidos não somente nos territórios tradicionais, mas também nas áreas urbanas da Amazônia.

A representante do MPPA conclamou que todas as organizações da sociedade civil interessadas em integrar o fórum de discussão e enfrentamento da contaminação mercurial assumam o compromisso de colaborar para a implementação das estratégias elaboradas conjuntamente mesmo quando essas estratégias tiverem grande impacto, como a cobrança do licenciamento ambiental de todas as áreas de mineração.

Diplomata russo na ONU pede demissão e diz “Vergonha do meu país” por causa da guerra

O diplomata russo Boris Bondarev, chefe da missão da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra por 20 anos, pediu demissão nesta segunda-feira (23). Sem citar diretamente o presidente Vladimir Putin, o diplomata disse nunca sentiu “tanta vergonha de meu país como em 24 de fevereiro deste ano”, se referindo ao início da invasão da Ucrânia pelo exercito russo.

“Aqueles que conceberam esta guerra querem apenas uma coisa: permanecer no poder para sempre, viver em palácios pomposos e de mau gosto” escreveu.

Trabalhando no Ministério das Relações Exteriores desde 2002, Bondarev atuou tanto em seu país, como em Genebra (Suíça).

Bondarev ainda trouxe críticas diretas ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. “Uma pessoa que constantemente transmite declarações conflitantes e ameaça o mundo (ou seja, a Rússia também) com armas nucleares!”, afirmou.

“Hoje, o Ministério das Relações Exteriores não tem nada a ver com diplomacia. É tudo sobre belicismo, mentiras e ódio” completou.

Maria quer redutor de velocidade em frente ao Hospital Regional do Tapajós

A vereadora Maria Pretinha teve requerimento aprovado por unanimidade, no qual pediu a implantação de um redutor de velocidade através a colocação de uma lombada na Avenida Marechal Rondon, em frente ao Hospital Regional do Tapajós.

O fluxo de pedestres no local é intenso durante o dia todo, com muita gente atravessando a via de um lado para o outro, tanto usuários dos serviços prestados pelo HRT, como funcionários do mesmo.

Esse pedido, depois de enviado o documento para a prefeitura, vai chegar à COMTRI, que é quem trata do assunto.

ESTRADA DE BARREIRAS

O inverno pesado na região, que começou no final do ano passado e se estendeu até praticamente o mês de maio, provocou muitos problemas em estradas principais e em vicinais.

A estrada de Barreiras foi uma das mais castigadas, por essa razão, a vereador Maria Pretinha pediu através de requerimento, que seja feita a manutenção dos trechos críticos da mesma, que se encontra em situação precária, especialmente o trecho do baixão, de 5 km, onde a água sempre sobe muito em invernos pesados como o mais recente.

Outra estrada para a qual Maria está pedindo atenção da Seminfra é a vicinal da comunidade Perpétuo Socorro, que apresenta pontos bastante críticos.

Mudanças na fórmula de reajuste dos combustíveis? Tem que falar com o Posto Ipiranga

Apesar dos chiliques e ameaças de Jair Bolsonaro em lives, o governo sabe que neste momento não tem como fazer qualquer mexida na política de preços da Petrobras.

Para o Ministério da Economia e o de Minas e Energia basta que a Petrobras mantenha a política atual de espaçar o quanto mais puder os reajustes — o que, na verdade, é algo que vem sendo feito desde a gestão do general Silva e Luna.

Agora, por exemplo, a gasolina está há 73 dias sem alteração nos preços. O último reajuste ocorreu em 11 de março e o anterior deu-se em janeiro.

Jair Bolsonaro tem falado muito de Petrobras, insinuado que pode mudar alguns diretores, mas o poder todo hoje em relação à alterações na fórmula de reajuste dos preços dos combustíveis está nas mãos de Paulo Guedes — poder dado por Bolsonaro, claro.

As ideias para mudanças da política de paridade de preços internacionais ou a criação de subsídios e outras possibilidades têm que ser apresentadas diretamente ao Posto Ipiranga, um apelido que nunca fez tanto sentido quanto agora.

Por enquanto, Guedes tem atuado como um zagueiro, barrando integralmente as soluções apresentadas. A ala política anda inquieta.

Historicamente, Guedes sempre se mostrou contra subsídios e só é a favor de criação de fundos (incluindo o de erradicação de pobreza, de investimentos e o de estabilização de preços dos combustíveis) após uma eventual privatização da Petrobras.

Lauro Jardim, O Globo

Delegada que trabalhou em Itaituba e estava em Alenquer é demitida da Polícia Civil por improbidade e corrupção

Foi demitida da Polícia Civil do Pará (PCPA) nesta quarta-feira (18), “a bem do serviço público”, a delegada Fabíola Martins Rabelo, atualmente lotada na cidade de Alenquer, região do Baixo Amazonas.

A policial, natural de Santarém, deixa o cargo com base em 4 artigos (74, 81, 84 e 87) do Estatuto da PCPA, em vigor desde março de 1994.

Ela incorreu, por exemplo, em atos de improbidade administrativa e corrupção, ambos elencados no artigo 81 do estatuto (Lei Complementar 022/1994).

Em decorrência da gravidade dos atos ilegais praticados por Fabíola Rabelo, foi aplicado a ela a cláusula “a bem do serviço público”, a mais grave com relação à dispensa por responsabilidade disciplinar.


Por 5 anos, a delegada não poderá exercer o cargo novamente, ainda que neste prazo seja aprovada em concurso público.

O decreto de demissão foi assinado pelo governador Helder Barbalho (MDB) e publicado na edição de hoje do diário oficial paraense.

- Novas demissões: Mais 2 investigadores são demitidos da polícia por corrupção no Baixo Amazonas.

Fonte: Portal do Jeso