quinta-feira, abril 15, 2021

Garimpeiros do Pará articulam protesto e bancam caravana para pressionar o STF

Lideranças do garimpo que exploram a Terra Indígena Munduruku, no sudoeste do Pará, articularam uma vaquinha entre empresários, comerciantes e moradores dos municípios Jacareacanga e Itaituba para enviar ônibus “lotados de índios” a Brasília, com o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso a favor de suas demandas.

Eles pretendem chegar na próxima segunda-feira, Dia do Índio, para protestar contra a retirada dos invasores determinada pelo ministro do STF, Luis Roberto Barroso, e pedir apoio de parlamentares pela aprovação do projeto de lei da Câmara dos Deputados (PL 191/20), que libera a mineração nessas terras.

Belém, vive uma situação tensa após a decisão do STF. Nesta quarta-feira, um grupo de garimpeiros bloqueou a rodovia BR-230 em protesto contra as operações federais de combate à prática ilegal do garimpo. De acordo com uma fonte, um pequeno grupo de indígenas libera a entrada de garimpeiros ilegais em troca de porcentagem da venda de ouro.

A live do vereador continua dando o que falar

O boletim epidemiológico da secretaria municipal de saúde, aponta que Itaituba já está chegando à marca de 270 óbitos. É um número que no começo dessa pandemia jamais alguém imaginaria que o município chegasse a atingir toda essa quantidade de mortes.  

O número de casos positivos também é muito preocupante, pois o município já ultrapassou a marca de dez mil pessoas infectadas pela covid-19 e mesmo com essa tragédia de mortes, temos visto várias atitudes completamente irresponsáveis de pessoas provocando grandes aglomerações, uma dessas aglomerações aconteceu no final da semana passada durante uma Live organizada por um vereador e um colaborador da prefeitura.

Na verdade, esse evento não teve nada de virtual, foi um show presencial, que reuniu um grande público e regado a muita bebida como mostraram as postagens das redes sociais.

Eventos com aglomeração, seja qual for o seu propósito, estão proibidos pelo decreto estadual, pois desrespeita as medidas sanitárias de enfrentamento à pandemia e caracteriza crime, com pena prevista de até um ano de prisão, de acordo com o artigo 268 do código penal, e ainda há o agravante dos promotores do evento serem agentes públicos.

Pelo visto, eles não sofrerão qualquer tipo de punição, pois até agora não há nenhuma manifestação da parte do Ministério Público, que é órgão que tem o dever de defender os interesses da população.

Independentemente de qualquer responsabilização penal, as pessoas de bem que defendem o direito à vida já recriminaram a atitude do vereador pela afronta ao decreto estadual e pelo desrespeito ao luto das duzentas e sessenta e oito famílias que perderam seus entes queridos nessa pandemia.

 

E neste contexto, penso que a Câmara de Vereadores deve um pedido público de desculpas à população por essa atitude irresponsável de um dos seus integrantes, por colocar em risco a vida das pessoas mais vulneráveis a essa doença, lembrando que a Câmara Municipal reduziu o número de sessões presenciais exatamente por causa da pandemia, e será grande contrassenso se o poder Legislativo Municipal se omitir a essa questão. A sociedade organizada deve e precisa cobrar uma posição do presidente da Casa, vamos ver se isso realmente vai acontecer!        

Jornalista Weliton Lima, comentário do Focalizando, hoje, 15.04.2021

Vereadora Maria Pretinha pede para SEMINFRA recuperar pontes no interior

Na sessão de hoje da Câmara Municipal de Itaituba, a vereadora Maria Pretinha continuou apresentando seus pleitos em favor de quem vive no interior.

Dessa vez ela pediu em um dos seus requerimentos aprovados, que a Secretaria de Infraestrutura (SEMINFRA), promova a recuperação de todas as pontes das comunidades de Ramal União e Novo Horizonte.

 A preocupação maior dos vereadores é com a ponte do km 40, que segundo Maria, que conhece bem o local, está em condições precárias.

A vereadora também teve dois outros documentos aprovados, nos quais solicitou que a prefeitura realize obra de pavimentação asfáltica das ruas 17ª e 18ª do bairro Bela Vista, até o final de ambas.

Requerimento de Licença de Operação

 F. R. Araújo Silva EIRELI, CNPJ: 32.338.340/0001-13, Torna Público que Requereu à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Jacareacanga - SEMAT, no dia 14 de abril de 2021, Licença de Operação (LO), através do processo 048/2021, para atividade de comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação e demais atividades secundárias, conforme registro no CNAE, com localização na Travessa Tenente Ferenandes, no município de Jacareacanga, Pará.

Ato contra Bolsonaro em Buenos Aires

 


quarta-feira, abril 14, 2021

Catador é aprovado em Medicina na UFPA

O estudante contou com a ajuda de pessoas que doavam livros, além de aprender por meio de materiais de estudos disponibilizados por outros catadores da cooperativa onde ele trabalhava

Ter o nome no listão dos aprovados no Processo Seletivo da Universidade Federal do Pará está entre os sonhos de muitos estudantes paraenses. Um deles é Joel Silva, aprovado no curso de Medicina. Hoje é dia de festa e comemoração na casa do jovem, mas o caminho para chegar até este ponto foi marcado por dificuldades e superação.

A trajetória do rapaz até a faculdade não foi um caminho fácil. Os pais do estudante trabalham como catadores de materiais recicláveis, mesmo ofício exercido pelo jovem durante algum tempo. A rotina era dividida entre os estudos e a jornada de trabalho.

Com a chegada da pandemia, a dificuldade aumentou ainda mais: a falta de acesso à internet de qualidade e ou a equipamentos fazia com que o jovem não conseguisse acompanhar os estudos de forma online. O jeito foi estudar sozinho em casa, sem o acompanhamento de professores.

O estudante contou com a ajuda de pessoas que doavam livros, além de aprender por meio de materiais de estudos disponibilizados por outros catadores da cooperativa onde ele trabalhava.

A falta de um acompanhamento foi um grande desafio, mas não o suficiente para fazê-lo desistir da tão sonhada aprovação.

"Minha rotina foi pautada justamente nesses materiais, praticando muitos exercícios e trabalhando na redação, que foi meu maior obstáculo, pois, apesar de escrever bastante, não tinha com quem contar para correção. Apesar disso, mantive meu foco e busquei os resultados, tentando fazer o meu melhor a cada dia e com muito apoio da minha família, o que considero essencial", conta o estudante.

O jovem ainda teve que fazer sacrifícios para conseguir ajudar nas finanças da família, evitando até mesmo gastar dinheiro com a passagem de ônibus para fazer as provas do Enem.

No primeiro dia de aplicação do exame, o estudante, que é morador do bairro da Terra Firme, foi a pé para o local de prova, em uma escola no bairro do Jurunas. Além disso, ele sequer tinha dinheiro para comprar lanche.

"Tive que economizar. Os recursos estavam escassos. Nos três meses para a prova, tinha saído do meu antigo emprego para focar totalmente em revisões e questões", explica Joel.

Essa não foi a primeira vez que Joel garantiu uma vaga na UFPA. Em 2016, ele foi aprovado no curso de Direito, mas não deu continuidade aos estudos por não se identificar com a área. O sonho de ser médico falou mais alto e o jovem decidiu investir no curso que tanto desejava.

"Desisti dele por um tempo por falta de confiança. Retomei justamente ao conseguir acreditar em mim para buscá-lo novamente", disse.

O que seria motivo para desistência deu vez à persistência. Inclusive, correr atrás dos sonhos é uma dica do estudante para quem almeja ser aprovado em uma universidade.

"Apesar das dificuldades, lutem pelos seus sonhos. O caminho é difícil, mas a recompensa de alcançá-los motiva a caminhar a cada dia", destaca.

Fonte: DOL

22 países proibem voos do Brasil

Com o anúncio das restrições aos viajantes do Brasil feito pela França nesta terça-feira (13), o país soma barreiras de entrada impostas como forma de tentar conter o avanço da pandemia de Covid-19 -particularmente, a variante brasileira do vírus- em ao menos 22 nações, de acordo com levantamento feito a partir dos dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Os dados atualizados até esta quarta-feira (14) referem-se apenas a países que adotaram medidas específicas contra o Brasil. Assim, ficam de fora do levantamento países como a China, por exemplo, que fechou suas fronteiras de maneira mais generalizada.

Pessoas que estiveram no Brasil em um período de 14 dias antes de viajar não podem entrar na Arábia Saudita, Irã, Itália, Japão, Omã, San Marino e Vaticano. No Reino Unido, o prazo estabelecido como margem de segurança é de dez dias, mas os viajantes precisam se comprometer a ficar em quarentena em solo britânico por 11 noites.

Na Alemanha, quem esteve no Brasil só pode entrar se comprovar fazer parte de algumas das poucas exceções às regras, sendo familiar de um cidadão alemão, por exemplo. Mesmo a vizinha Argentina fechou as portas até pelo menos o final deste mês a quem sair do Brasil.

Na Áustria, segundo a Iata, os voos do Brasil e da África do Sul estão suspensos até, pelo menos, o próximo domingo (18), quando também expiram as restrições em Bangladesh e no Peru. Na segunda-feira (19), também deve cair a barreira imposta pela França e, no dia seguinte, a do Paquistão.

O principal temor desses países é o maior potencial de contágio e letalidade das variantes brasileiras do coronavírus. São elas a P.1, originária de Manaus e já dominante em pelo menos seis estados brasileiros fora do Amazonas, e a P.2, de grande circulação no Brasil e primeiro identificada no Rio de Janeiro.

Além das cepas brasileiras, também foram identificadas variantes do coronavírus no Reino Unido, na África do Sul e nos EUA. Em geral, de acordo com o conhecimento científico acumulado até agora, essas novas versões do coronavírus tendem a ser mais transmissíveis e surgem como consequência do descontrole da pandemia e da alta circulação de pessoas –caso do Brasil.

Quanto mais o vírus circula, maiores as chances de mutações surgirem -algumas delas facilitam a entrada do vírus nas células ou então impedem a ação de anticorpos neutralizantes.

+Assim, embora a maior parte dos países que impuseram restrições ao Brasil tenham taxas de transmissões maiores que a brasileira, as medidas se justificam pelo temor de que as variantes agravem a crise sanitária, sobrecarregando sistemas de saúde e elevando o número de mortes.

A taxa de transmissão, também chamada de "R", indica para quantas pessoas, em média, cada infectado transmite o vírus; quando está acima de 1, significa que a velocidade de contágio é crescente.

Entre os 22 países analisados, o Irã é o que apresenta o maior índice (1,43), segundo os dados compilados pelo portal Our World in Data. Isso significa que cada 100 infectados por coronavírus no Irã contaminam outros 143, que, por sua vez, infectam mais 204, que contagiam 292 e assim sucessivamente, espalhando a doença de forma cada vez mais rápida.

A taxa do Brasil é 1,01 -o quinto menor da lista-, o que significa, segundo o índice, que a transmissão é mais lenta, mas ainda progressiva. Com R abaixo de 1, nos países da lista, estão apenas San Marino (0,96), Reino Unido (0,93), Áustria (0,91) e Itália (0,81).

PAÍSES QUE IMPÕEM BARREIRAS AO BRASIL

Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Áustria, Bangladesh, Cidade do Vaticano, Colômbia, Espanha, EUA, França, Holanda, Irã, Itália, Japão, Marrocos, Omã, Paquistão, Peru, Reino Unido, San Marino, São Martinho, Turquia.

Fonte: Folhapress