quinta-feira, dezembro 18, 2008

Como uma mão só, é difícil

Peço desculpas aos leitores do blog, que com toda razão, cobram a publicação de matérias, sobretudo sobre a Expedição Itaituba/Amazônia, que fiz com o amigo Jadir Fank. Acontece, que continuo com o lado esquerdo imobilizado por causa da fratura do ombro, o que deverá perdurar por mais uns 20 dias. Depois, ainda terei que encarar mais umas semanas de fisioterapia, pois a imobilização já está provocando um atrofia no braço.

Não tem sido nada fácil editar o Jornal do Comércio apenas com com a mão direita. Na medida do possível, tentarei publicar alguma coisa nos próximos dias.

Obrigado pela compreensão.

Jota Parente

Só em 2012

Câmara decide não assinar promulgação da PEC dos Vereadores

A Mesa Diretora da Câmara decidiu, por unanimidade, não assinar a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Vereadores (333/04), aprovada nesta madrugada pelo Senado.

As mudanças constitucionais deveriam ser promulgadas pelas mesas das duas casas antes de entrarem em vigor.A proposta já havia sido aprovada pela Câmara em maio deste ano e aumenta o número de vereadores dos atuais 51.748 para 59.791. Os senadores, no entanto, modificaram os percentuais das receitas municipais que poderão ser destinadas às câmaras de vereadores.

Foi retirado da proposta aprovada o dispositivo que reduzia os gastos com vereadores de R$ 6 bilhões para R$ 4,8 bilhões anuais.O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ressaltou que, na avaliação da Mesa, a PEC foi alterada substancialmente no Senado e, portanto, terá de retornar à Câmara para nova análise.

"Na Câmara nós aprovamos um remanejamento que implicou em aumento do número de vereadores para que os municípios tivessem uma representação mais equilibrada, mas ao mesmo tempo aprovamos uma redução nos gastos das câmaras de vereadores. No Senado, eles referendaram o número de vereadores que a Câmara aprovou, mas mantiveram os gastos.

Como a Mesa poderia promulgar contrariando aquilo que a própria Câmara deliberou?"Chinaglia disse também que, se fosse promulgada agora, a medida poderia gerar confusão jurídica para os vereadores eleitos nas últimas eleições e que tomam posse em janeiro. Ele destacou que, quando houve as eleições municipais, o número de vereadores ainda era o anterior, e se fosse estipulado agora um novo número poderia haver disputa nos municípios e no Judiciário para saber se aqueles que ficaram como suplentes poderiam tomar posse.

Tramitação
Segundo Chinaglia, a PEC voltará a ser analisada pela Câmara e, se aprovada, só terá efeitos para as eleições de 2012.Para ser promulgada, a proposta deveria ter sido aprovada pelo Senado com o mesmo texto recebido da Câmara.

Como foi alterada, ela passará novamente pela análise dos deputados. Primeiramente, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania irá se pronunciar sobre a admissibilidade da PEC, e depois a proposta será analisada por uma comissão especial, antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.A PEC vai de uma Casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas.
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Comentário: Os quatro suplentes de Itaituba, Antônia Sueli, Toinho Piloto, Cauã e Severiano Gomes, pelo jeito, não vão sentar nas quatro cadeireas suplementares que seriam acrescentadas no parlamento local, de imediato, caso a Câmara Federal tivesse promulgado a decisão do Senado, sobre o número de vereadores em todo o país.

Os 11 vereadores com cadeiras seguras, agradecem, pois os quatro que entrariam dividiriam o bolo em fatias menores, pois não haverá aumento de repasse para a Câmara.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

O futebol no país do Chaves

Estádio Jose Anzoategui, em Puerto la Cruz (Venezuela), onde o Brasil jogou a primeira fase da Copa América 2007.
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Com indígenas...

...Pra lá de civilizados, já em território venezuelano. Ele, Donald, ela Beth.
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Comentário do Gilson Vasconcelos

Olá Jota Parente

parabéns à você e ao Jadir por essa aventura, onde vocês levaram orgulhosamente o nome de nossa querida cidade Itaituba, bem como a Amazônia no teu todo. Seria bom que você publicasse algumas fotos no blog relatado essa aventura. E que outras aventuras venham.

www.gilsonvasconcelos.blogspot.com

Erros e acertos

Expedição I
A Expedição Itaituba-Amazônia, idealizada pelo jornalista Jota Parente e excuda por ele e pelo professor Jadir Fank, chegou ao seu final sábado passado.Foi cumprido o percurso estabelecido no projeto, com os neceassários ajustes e correções imprescindíveis.

Expedição II
O trajeto inicialmente traçado resultaria em mais ou menos 32 mil quilômetros percorridos, sendo preciso manter uma média superior a 500 quilômetros diários, o que não é fácil como média pois surgem os imprevistos que consomem tempo. Esse tempo às vezes compromete o cronograma do projeto, que foi o que aconteceu.

Expedição III
O erro mais grave que os dois expedionários cometeram ocorreu na saída do Brasil, na cidade de Santa Elena de Uairem, na fronteira da Venezuela, onde eles deixaram de trocar todos os seus reais por dólares. Isso fez com que, mesmo com mais de um cartão internacional, algumas vezes tivessem muita dificuldade para encontrar um lugar onde comer, onde se hospedar ou onde abastecer, que aceitasse pagamento com cartão.

Expedição IV
Na ida para Ayacucho, uma das cidades peruanas com uma história muito rica, na qual há muitos monumentos históricos para se ver, ao parar num restaurante na estrada para tomar um café, Jota Parente perguntou a uma pessoa do local se passavam por lá muitos brasileiros de moto. Nem brasileiro, nem de lugar nenhum. Simplesmente, não costuma passar ninguém de motocicleta por aqui. Vocês não vão conseguir chegar lá nessas motos, respondeu a pessoa. Porque motivo, perguntou o jornalista. Porque tem que passar por lugares muitos altos e por causa do frio, que é muito violento, pois trata-se de um dos lugares mais frios de todo o Peru.

Expedição V
A moça que fez aquele comentário tinha uma boa dose de razão, pois sabia muito bem do que estava falando, porque vive naquele mundo elevado e gelado com o qual tivemos que nos defrontar.

Expedição VI
A Cordilheira dos Andes, onde os dois estavam, lugar no qual permaneceram por 20 dias, não tem complascência nenhuma com os seres estranhos que resolvem enfrentá-la. Aqueles que não estão preparados para tal desafio, podem ter certeza que sofrerão muito mais. Os dois orginários de Itaituba, acostumados a temperaturas de 32,34, 36 ou mais graus centígrados durante o dia, vivendo pouco acima do nível do mar, não imaginavam as dificuldades que teriam pela frene..

Expedição VII
Temperaturas quaze iguais a zero grau e estradas na montanha chegando perto dos cinco mil metros. Foram essas as pedras mais difíceis de serem superadas pelos dois. O pior de todos os lugares, naquela parte da jornadas de Parente e Jadir, até aquele momento, foi APACHETA, lugar nos andes evitado até mesmo por muitos peruanos, é um local inclemente com o seus visitantes. Do alto dos seus 4.746 metros de altura, no leito da estrada, com um vento forte e cortante soprando sempre das montanhas muito próximas, o Apacheta não perdoa os fracos e castiga os fortes. Nessa parte dos Andes os dois passaram alguns dos piores momento de toda a jornada.

Expedição VIII
Os dois motoqueiros itaitubenses tilitavam de frio, enquanto as motos reclamavam sem parar, falhando bastante. A Yamaha XTZ 125 do Jota Parente ia na frente, sentindo bastante os efeitos da altitude. Houve momentos em que chegou a pedir primeira marcha, mas, aos trancos foi em frente. Já a Honda Bros 150 do Jadir reclava ainda mais, chegando ao ponto dele descer da mesma, engatar uma primeira e tentar empurrá-la. Tentar, bem que ele tentou, mas, quem foi que disse que conseguiu prosseguir mais do que uns 50 metros, pois nessa hora faltou oxigênio para o seu organismo. Jadir parou ofegante e resolveu montar novamente na moto.

Expedição IX
Assim, os dois chegaram à bela Ayacucho, e onde pensava, que poderiam seguir para Cusco. Contudo, foram informados que deveriam fazer o caminho de volta até Pisco, na costa do Pacífico, pois a estrada alternativa era péssima. Eles ainda tentaram, mas o bom senso mendou que desistissem. Como as correntes das motos estavam folgadas e precisavam de lubrificação, eles passaram numa oficina para fazer a manutenção.

O Fator Edgar Sosa I
Esse é o nome do cara que resolveu o problema. É o tipo da coisa em que as aparências enganam, pois trata-e de uma oficina de fundo de quintal, comandada por um profissional de grande qualidade, que resolveu um problema que nehum técnico habilitado, das diversas concessionárias pelas quais passamos conseguiu.

O Fator Edgar Sosa II
Nada de apenas dar ganho na regulagem do ar parfa melhorar a combustão, o que tentamos exaustivamente, sem nenhum sucesso. O que o Edgar fez foi diminuir a vazão de gasolina, dentro do próprio carburador. O resultado desse trabalhos foi que a viagem na qual se gastou um tempo enorme paera ir (mais de dez horas para pouco mais de 350 km), fosse feita em cinco horas na volta. Por muitas edições seguintes serão relatados todos os detalhes da Expedição Itaituba/Amazônia, que foi muito rica em acontecimentos.