O ano de 2016 começou na
mesma toada de 2015, quando se tratar de números de acidentes de transito e, se
nenhuma medida de impacto for tomada para conter a essa violência alarmante que
se instalou no nosso trânsito, só Deus sabe como iremos fechar essa estatística
no final deste ano.
Proporcionalmente ao número
de habitantes, Itaituba tem mais vitimas de transito que Santarém, que tem uma
frota de veículos quase três vezes maior que a nossa. E porque isso acontece?
Porque aqui em Itaituba mais que em qualquer outro lugar do Brasil, as leis não
são respeitadas, ninguém obedece a sinalização do transito.
Na transamazônica os
motociclistas usam a pista dos ciclistas para fazer ultrapassagens, avançando
inclusive a faixa de pedestre, menores dirigem despreocupadamente tanto faz ser
de dia como de noite, motoqueiros trafegam sem capacetes, carregando três, às
vezes até quatro pessoas numa moto.
Todas essas irregularidades
fazem parte do rol das imprudências que são praticadas diariamente nas ruas de
nossa cidade, mas de todas essas cenas de irresponsabilidades a mais absurda
que já assisti foi ontem à noite, duas mulheres trafegando numa moto e a carona
levando uma criança de colo sentada em uma de suas pernas.
Imaginem só o risco que
corria aquele bebe. São imprudências como essa que acabei de citar que colocam
o transito de Itaituba entre os mais caóticos do Brasil e só há uma forma de
fazer condutor irresponsável entrar nos trilhos da lei, que é fiscalização
rigorosa, mas como fazer essa fiscalização se os órgãos competente estão
desaparelhados para fazer o seu trabalho.
O Detran não tem nem um
centímetro de espaço no seu pátio para recolher os veículos irregulares e a
COMTRI precisa passar por uma reestruturação que lhe dê autonomia financeira,
aumentar o numero de agentes e garantir condições ideais para o trabalho de rua
dos agentes e assim, melhorar a imagem do órgão junto a opinião publica. Mas o
desafio de humanizar o trânsito deve ser uma tarefa de todos, e a
sociedade também precisa assumir a sua parte de culpa nessa historia.
A família tem um papel
decisivo na mudança desse quadro de violência que se instalou no transito,
impedindo que seus filhos façam do seu transporte uma arma que está tirando a
vida de muita gente; e as vitimas em sua grande maioria são jovens que
estão ingressando ou prestes a ingressar no mercado de trabalho. Sem o
envolvimento da sociedade nessa luta, infelizmente vamos continuar assistindo
em 2016 mais e mais famílias chorando a perda de seus entes queridos...
Jornalista Weliton Lima,
comentário do Focalizando desta quinta, 07/01/2016
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