Comunique-se |
O jornalista da TV Record Dennes Queiroz relembra que o cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da Band, teve uma atitude de despedida antes de ser atingido por um tiro de fuzil durante operação policial na favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. A ação, que contou com membros do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do BPChoque (Batalhão de Choque), foi realizada na manhã de domingo (6). "Antes de levar o tiro, ele veio e abraçou todos os jornalistas. Foi o destino", revela Queiroz à reportagem do Comunique-se. O repórter da Record Rio diz que estranhou a atitude do colega de profissão, apesar de sempre vê-lo alegre e sorridente. Depois da morte de Gelson, o jornalista encara que o cinegrafista parecia sentir que não deixaria a comunidade carioca vivo. “Não foi só um abraço de cumprimento, foram abraços fortes e demorados. Como se fosse mesmo uma despedida”. Sem esconder que está emocionalmente abalado e que mal conseguiu dormir devido à morte do colega de profissão, Queiroz informa que não houve, em nenhum momento da ação em Antares, a imposição de que profissionais da imprensa não poderiam entrar na comunidade junto com o Bope. Porém, o repórter da Record isenta os policiais de culpa pela morte de Gelson, ao avaliar que tudo o que poderia ser feito pela corporação foi feito, como levar o cinegrafista ao hospital. Vale o risco? Com a morte do repórter cinematográfico da Band, o jornalista da TV Record levanta a questão se não está na hora dos próprios profissionais da imprensa refletirem se é necessário entrar nas comunidades ao lado da polícia. Ele, que está desde 2006 na emissora carioca, informa que não há pressão dos veículos de comunicação durante este tipo de cobertura, mas que os próprios jornalistas querem fazer a melhor reportagem e ter a mais bela imagem a respeito de uma operação policial nas comunidades cariocas. “A gente tem que avaliar se a vontade de fazer um bom trabalho vale a pena, mesmo com o risco de morrer. Deveríamos nos unir e decidir que nenhum jornalista e cinegrafista vai mais entrar nas comunidades. Tem que existir um pacto entre todos, pois são pais de família, no caso do Gelson, já era até avô”, argumenta Queiroz. O repórter da Record Rio afirma querer lançar a campanha “Vale o risco?”, para evitar que mais mortes aconteçam entre os profissionais da mídia. |
segunda-feira, novembro 07, 2011
“Ele veio e abraçou todos os jornalistas", conta repórter sobre morte de cinegrafista
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Olá Jota Parente, tudo bem?
ResponderExcluirLamentável o que ocorreu com o colega de imprensa. Quanto a campanha do outro colega não creio muito que vingue. Quando Tim Lopes foi morto também ocorreram manifestações desse tipo. No entanto, outros repórteres continuam ai dando prosseguimento sempre com o propósito de produzir a melhor reportagem.
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