sábado, dezembro 11, 2010

O dia em que Ivan desafiou Aragão

A Rádio Itaituba tinha sido inaugurada há poucas semanas. Uma noite, Ivan Araújo estava trabalhando como operador de áudio, quando um sujeito mal encarado chegou perguntando pelo Seu Mané. Ivan respondeu que já tinha ido embora.



O homem, com cara de poucos amigos disse que era para o Ivan ligar o microfone, pois ele queria chamar o Seu Mané pela rádio. Ivan disse que não ligaria. Nessa ocasião o cara levantou a camisa e mostrou uma arma, um revolver 38. Ivan não se fez de rogado. Puxou um trabuco de debaixo da mesa de som, um 38 cano longo.


O meu é maior do que é teu, comentou Ivan com o incômodo personagem. Nisso, quando a situação parecia que iria esquentar de vez, chegou o seu Esdras Baltar, que era o administrador das empresas do Seu Mané. Ele conhecia o camarada e tratou logo de tirá-lo de lá.


Alguns minutos mais tarde seu Esdras voltou para conversar com o Ivan sobre o acontecido. Perguntou se ele sabia com que tinha tido aquela breve alteração. Ivan respondeu que não sabia, nem queria saber. Achava que era algum intruso que foi lá para atrapalhar o seu trabalho.


Ivan, aquele é o famoso, o temido, o impiedoso matador sangue frio Aragão, o pior de todos que já passaram por estas bandas.


Não brinque, seu Esdras! Isso não pode ser verdade!


Mas, é a mais pura expressão da verdade, Ivan, disse seu Esdras.


Felizmente para o Ivan, tudo terminou naquela rápida discussão, pois muita gente que nunca dirigiu a palavra para o Aragão, ele mandou para o andar de cima. Mas, meu amigo Ivan teve a ventura de passar incólume por aquele episódio para poder contar esse fato.


Jota Parente

2 comentários:

  1. Anônimo7:52 PM

    Muitas vezes, sem querer, sem saber do tamanho do obstáculo, da grandeza do malefício, acaba se resolvendo com uma coragem que, com certeza, se soubesse da identidade do personagem, a ação não seria realizada.
    Parabéns, Ivan!
    Belo relato, Parente!
    Luiz Henrique

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  2. Anônimo12:53 PM

    Acusados podem ir a Tribunal do Júri


    Segundo a promotora, após os interrogatórios será oferecida uma denúncia criminal. Ela explica que em um dos casos a acusação é de homicídio doloso, dolo eventual: o agente assume o risco de produzir o resultado. Nesse caso, os acusados podem ser julgados por Tribunal do Júri. “A denúncia criminal vira processo criminal. Um dos crimes é homicídio doloso, dolo eventual. Se ficar tipificado o responsável vai a júri popular. Pode ser o médico, diretor, e o gestor da pasta”, destaca a promotora.


    Para Janaína Andrade deve haver uma maior participação da sociedade nas questões de saúde do município. “O colega Menezes (promotor) faz uma trabalho maior em todos os hospitais. Mas no HMS, o caso é mais grave porque pessoas estão morrendo. O problema não está recebendo a atenção merecida”, destaca.


    Veja a matéria completa www.alailson.blogspot.com

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